Zumbilândia escrita por Gato Cinza


Capítulo 12
Cofre


Notas iniciais do capítulo

titulo chato...

boa leitura



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PdV – Luke

Eu estava me embriagando no bar mais uma vez como faço desde que perdi minha esposa e filhos para essas malditas criaturas quando ouvi uma moto e depois de um longo silêncio tiros distantes, dei de ombros seja lá quem fosse era burro suficiente para enfrentar a orda daqueles monstros continuei bebendo tranquilamente ouvindo os tiros depois voltou o silêncio, os monstros deviam estar devorando a carne de outro idiota que fugiu de alguma colônia mais um tiro. E silêncio...

PdV – Ás

A garota de cabelos castanhos lutou bem era corajosa e tola me enfrentar daquele modo, depois de lutar foi presa por Rir em vez de gritos e xingamentos ela apenas me encarou seus olhos cheios de medo e ainda assim se recusava a desistir de lutar e se debatia contra Rir, mandei Dan e Frey o ajudar mas ela não parava teimava em lutar contra a morte. Ela será uma excelente serva farei dela fonte de ódio por tudo que existe tudo que esta vivo, agora só preciso recupera-la e matar aquele imundo covarde bêbado que vive se escondendo.

A mulher e os filhos dele alimentaram meu exército enquanto ele lutava depois fugiu como um covarde não aceitando o que eu lhe oferecia. Ele servira de alimento a mim e a garota que ele tirou de minhas mãos. Se arrependerá de ter me desafiado.

PdV – Agatha

Quando a mulher mandou os outros dois ajudarem o que me segurava e entrei em pânico e comecei a me debater com mais força, as mãos deles eram fortes e apavorantes um deles não tinha metade do braço e o que lhe restava estavam com os ossos a mostra.

Não importava eu não gritaria como uma menininha assustada lutaria até o fim. Ai algo acertou com força o primeiro que havia me segurado ele logo começou a se incendiar depois o sem braço foi atingido. Eu me contorci nas mãos deles e fugi, mas ainda havia a mulher os três zumbis estavam em chamas e ela sequer me olhava, procurava algo acima dos prédios que eu nem me virei para ver. Subi na moto e fui para onde havia vindo. Ia entrar na balsa e voltar para a Itália nunca devia ter saído da colônia.

Ouvi algo semelhante a um grito angustiado, a zumbi. Por maldade da sorte e azar de minha existência a moto afogou na metade do caminho e eu ainda nem via a praia de onde estava. Tentei fazê-la funcionar quando uma mão tocou meu ombro... Zumbi vadia.

– Vem comigo – disse a voz de um homem, eu me virei ele estava indo em direção a um prédio não era um zumbi.

Desci da moto e comecei a segui-lo não sabia quem era, mas algo me dizia que era responsável pelos zumbis em chamas, empurrava a moto com máximo de força que me restava e tropecei deixando escapar um Inferno.

– Deixe o inferno em paz garota e a moto não vai ser útil em nada.

Ignorei-o e continuei empurrando, entramos em um prédio e descemos escadas de um porão depois mais escadas e escondida em um fundo falso que realmente não dava de ser notado mesmo não tendo absolutamente nada o cobrindo um alçapão. Ele desceu primeiro e eu peguei outra pistola já que as outras e a espada haviam ficado para trás. Coloquei a mochila de munição na costa e desci a moto. Ouvi um baque surdo de metal e vidro, aquele idiota nem tentara segurar a moto depois eu desci.

O homem estava a metros de distancia parado virado para mim, não sei se me olhava naquele breu eu não enxergava nem meus dedos, peguei uma lanterna e iluminei o lugar era o esgoto, seco e sombrio o homem se virou quando iluminei o rosto dele então com a lanterna na boca, as mãos empurrando a moto e a pistola muito bem segura entre meus dedos o segui novamente. Caminhamos por um tempo interminável até uma coluna com pequenas escadas que subiam.

– Eu disse que a moto era inútil – resmungou o homem enquanto subia as escadas.

Desamarrei a bolsa com comida e armas da moto e tentei subir a escada com cerca de 30 quilos a mais. Alguns degraus a cima eu estava mais lenta e ofegante o homem não estava mais á vista, olhei para baixo e pensei em descer quando o escuto descendo a escada novamente. Ele me tomou a bolsa e a lanterna que estava minha boca quando cheguei ao alto ele estava sentado girando em uma cadeira. Quando me viu pegou a bolsa e seguiu em frente até o fim do corredor onde abriu uma porta onde dizia “Só pessoal autorizado” e mais um longo corredor com portas numeradas a ultima porta era de metal pesado depois que ele girou a alavanca redonda e porta rangeu e abriu.

Foi ai que notei que era um cofre, estávamos em um cofre ele trancou a porta por dentro. Sentou em uma cadeira atrás de uma mesa e se deitou para trás com os pés sobre a mesa e mãos atrás da cabeça.

– Quem é você? – perguntei curiosa, mas foi bobagem o homem dormia.

Me sentei em um canto olhando para as paredes o cofre era iluminado por uma luz suave e avermelhada que incomodava meus olhos, fora o terrível cheiro de bebidas ali parecia bem seguro, segurei a pistola e adormeci.

...

Acordei com uma vontade súbita de ir ao banheiro, não sei quanto tempo fiquei ali dormindo, mas sei que o homem dormiu o tempo todo também, ele estava com os braços caídos para os lados e a cabeça inclinada sobre o peito. Aquilo devia ser bem desconfortável. Tentei abrir a porta de ferro e acabei tendo que pedir ajuda ao belo adormecido.

– Senhor! – nota chamar alguém de senhor me causa risos – senhor!

O chamei varias vezes estava suspeitando que ele era surdo, ao menos sei que estava vivo pelo modo com que o peito dele subia e descia enquanto respirava, comecei a cutuca-lo com a pistola sei que ali dentro estava quente, mas isso não era motivo para ele dormir sem camisa. Ele segurou meu pulso quando eu estava começando a perder a paciência, ele era forte.

– Ficou louca? – gritou empurrando minha mão – me batendo com essa merda ai e s disparasse?

– Não sou louca esta travada, dããã.

– O que quer comigo? – cuspiu as palavras indo até um monte de garrafas.

– Preciso ir ao banheiro.

– Se for urinar pode fazer isso ali no canto – disse apontando o outro lado.

– Sou uma garota não vou fazer isso.

Ele se virou para mim e me analisou. Deu um suspiro e se arrastou até a porta de ferro – ele não se arrastou de verdade, mas o modo que andou até a porta parecia que estava subindo uma montanha com pedras nos pés.

– A quarta porta a direita é uma sala cofre tem um banheiro lá.

Grazie – fiquei um tempo no banheiro pensando o que fazer e me decidi que precisava dar um jeito de voltar para a estrada. Me levantei e fui para o cofre novamente o homem estava com as duas mãos na cabeça como se sentisse muita dor.

– O senhor esta bem? – perguntei sem me aproximar.

– Não boneca italiana eu só estou com resaca.

– Me chamo Agatha Niey.

Ele me olhou tem os olhos escuros.

– Não me lembro de ter perguntado boneca

– É pra não me chamar de boneca que eu disse meu nome. O senhor tem um nome?

O senhor tem um nome – disse ele me imitando – Luke.

– Luke de que?

– Não faz diferença boneca. Me deixa quieto.

Peguei minhas coisas e fui para a porta quando estava no fim do corredor ele gritou comigo.

– A BONECA VAI PRA ONDE?

– Vou pegar minha moto e seguir caminho senhor.

Ele começou a rir. Eu soltei a mochila.

– Só vai facilitar da Ás te achar menina

– Quem é As?

– Ás... é a mulher zumbi de quem te salvei.

– Não tenho medo dela – disse erguendo minha mochila pesada novamente.

– Pra que vai se arriscar? Não salvei sua vida para que fosse atrás da morte.

– Não pedi para ser salva, mas como fez isso agradeço de coração. A vida é minha você não me salvou da morte apenas adiou o inevitável. Quer que eu faça o que? Fique aqui como você me embriagando dia pós dia esperando pela morte e remoendo minhas dores? Não sou covarde e não sou uma boneca nem uma menina.

Virei às costas e sai do corredor dos cofres. Fiquei meio perdida dentro do prédio em que estava, tinha salas e cubículos por todos os lados, mas definitivamente não vou voltar ao cofre para pedir ajuda aquele bêbado miserável. Menina, garota, boneca... Espero que seja mordido por um zumbi e sofra de dor até a morte que será bem lenta. Retiro meu desejo ele me salvou da zumbi Ás, desejo que ele tenha uma morte rápida e sem dor.


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Notas finais do capítulo

Luke: http://1.bp.blogspot.com/_iI3VVZ5eDL0/Sl02aBLl73I/AAAAAAAAA9I/k7L1fbXEvMo/s320/MALVINO.jpg



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