As Marotas e o Ciclo das Sombras escrita por TheCherrySecrets


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Sejam muito bem vindos à mais um capítulo de As Marotas e o Ciclo das Sombras! YAAAAAY! Dessa vez espero mais comentários, hein galera! *olhar desconfiado* Espero que curtam e não se percam muito com as famílias de coelho que vão aparecer hahaha



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POV. Jasmine Brooke

–Vai deixar a gente entrar ou não? - Cochichou Cammie.

Chacoalhei a cabeça, saindo do meu estado de choque, e corri para abrir a janela, liberando caminho logo em seguida para que elas pudessem entrar.

–O que estão fazendo aqui? - Perguntei, em voz baixa, enquanto elas adentravam o quarto.

–Viemos te salvar, claro. - Respondeu Lia, sorrindo como se entrar pela janela das pessoas no meio da noite fosse algo rotineiro.

–Não achou que te deixaríamos presa em AzkaBrooke, né?! - Disse Amy, erguendo uma sobrancelha.

–Como foi que eu não pensei que as minhas melhores amigas apareceriam no meio da madrugada para me salvar? - Falei em um tom irônico. - Que idiota que eu sou!

–Você pode ser uma idiota se movendo? Temos que te tirar daqui antes que seus avós acordem. - Apressou-me Cammie, já indo em direção ao meu armário para pegar minhas roupas.

–Além do mais, não sei quanto tempo os meninos são capazes de ficar em silêncio. - Acrescentou Lia, pegando minha coruja, Hermes, e soltando-a pela janela assim que lhe informou para onde ir.

–Espera, que meninos? - Perguntei, colocando meus pertences no malão.

–Aaron e Keaton. - Respondeu Amy com simplicidade, sentada na minha poltrona. - Os dois estão no seu quintal, esperando o nosso sinal para subirem e pegarem sua mala. - A morena se acomodou melhor em seu assento, parecendo satisfeita. - Nossa, Jazz, isso aqui é muito confortável.

–É, eu acho que a almofada da Sonserina ajuda um pouco. - Comentei, rindo em seguida devido ao pulo que ela deu para longe da poltrona.

–Credo. - Resmungou, fazendo uma leve careta.

–De qualquer modo... - Começou Cammie, voltando ao tópico anterior. - Como os gêmeos completaram 17 anos, podem usar magia fora da escola, portanto eram perfeitos para nos ajudarem.

–Foi assim que não foram vistas? - Perguntei.

–Feitiço da desilusão. - Confirmou Lia.

–Sabe o que realmente me deixou surpresa? - Falou Amy, sem realmente estar esperando uma resposta. - O fato de não ter nenhum feitiço de defesa em volta da casa. Quer dizer, pessoas como os seus avós não deveriam ser mais prevenidos?

–Eles acham que só o fato de serem sonserinos ricos e maus vai afastar invasores. - Expliquei, revirando os olhos.

–É muita pretensão.

–Mas é a isso que devemos o sucesso do nosso resgate. - Completou Cammie.

Dois minutos mais tarde, todas as minhas coisas estavam dentro do meu malão e eu estava pronta para sair daquela prisão intitulada Mansão Brooke.

Lia foi até a janela chamar os meninos, enquanto eu rabiscava um bilhete para meus avós. Eles, provavelmente, teriam um ataque quando entrassem no meu quarto pela manhã e o vissem vazio, mas eu não me importava realmente. Afinal, essa não era a primeira vez que eu fugia de casa.

–E ai, galera, tudo certo? - Perguntou uma voz animada, vindo da minha janela.

–Fala baixo, garoto! - Ralhou Lia, para o irmão Aaron. - Quer que nos peguem?

–Desculpa. - Sussurrou ele, fazendo uma careta adorável.

Julia passou minha mala para o irmão que a prendeu magicamente em sua vassoura. Em seguida, outro rosto quase idêntico ao anterior apareceu em meu campo de visão.

–Oi cobrinha. - Cumprimentou ele, enquanto se esgueirava para dentro do quarto.

–Olá Keaton. - Respondi com um sorriso, desconsiderando a referência à minha casa.

O garoto sacou a varinha, tocou-a no topo da cabeça de cada uma de nós e, logo, estávamos praticamente invisíveis. Keats voltou para fora, prendeu a gaiola de Hermes à sua vassoura e desapareceu também. Nós quatro o seguimos e alçamos voo para longe da Mansão Brooke.

Quando a minha casa já não passava de um pontinho distante, senti a sensação de liberdade tomando conta de mim.

–Missão completa, Marotas! - Comemorou Cammie, em altos brandos, fazendo-nos rir.

(...)

Depois de Merlim sabe quanto tempo, a enorme casa de verão dos Stroker/Bejuk/Miller apareceu por trás das montanhas. Graças à Morgana, todas as luzes da mansão estavam apagadas, o que significava que ninguém havia dado pela falta dos meus amigos.

Em poucos minutos, nós seis aterrissamos na varanda do quarto que as meninas dividiam e nos esgueiramos para dentro da forma mais silenciosa possível.

–Sucesso! - Exclamaram Aaron e Keaton, assim que o primeiro fechou as cortinas que cobriam a porta de vidro da varanda.

–Será que vocês são incapazes de falarem baixo ou estão fazendo força para que nos apanhem? - Ralhei, fazendo os dois cobrirem as bocas ao mesmo tempo.

Os garotos retiraram o encantamento de nós e saíram furtivamente do quarto. Mas não antes de se virarem para mim e, com um sorriso travesso, dizerem:

–Bem vinda ao lar, cobrinha.

Quando cada uma de nós já estava em sua devida cama, uma questão me ocorreu:

–Ei, o que vamos dizer às suas famílias de manhã, quando eles verem que eu "surgi" aqui?

–A gente inventa alguma coisa. - Disse Cammie, dando um enorme bocejo em seguida.

–Afinal de contas, somos Marotas. - Falou Lia, fechando os olhos. - Improviso está no nosso sangue.

Sorri levemente, observando as meninas se aconchegarem por baixo de seus cobertores.

–Obrigada pelo que fizeram por mim. - Agradeci, sentindo-me uma pessoa de extrema sorte.

–Uma marota nunca deixa a outra para trás. - Respondeu Amy e em seguida lançou uma almofada direto na minha cabeça. - Agora fica quieta e dorme.

Revirei os olhos, mas obedeci, sentindo as pálpebras pesarem. Dessa vez, não tive sonho algum.

O quarto se iluminou de repente, fazendo com que eu me escondesse embaixo das cobertas para proteger os olhos. Nossos resmungos de objeção foram instantâneos, mas uma de minhas amigas não teve uma reação tão calma.

–Zoe, eu vou te matar! - Berrou Cammie para a irmã mais velha, que estava parada perto da janela aberta.

–Bom dia para você também, maninha. - Respondeu a morena, tranquilamente. - Mamãe disse para vocês descerem logo.

Ela caminhou tranquilamente para a saída, mas se deteve ao chegar na porta. Zoe se virou lentamente e estreitou os olhos na minha direção.

–Você não estava aqui noite passada. - Falou, apontando para mim.

–Brilhante constatação, Zoe, você é um gênio. - Ironizou Lia, pulando da cama. Ela foi até a porta e já fechando-a, terminou: - Vamos descer em um minuto.

Em vista de que não tínhamos alternativa a não ser nos arrumarmos para o café da manhã, cada uma nós se arrastou para fora da cama. Dentro de mais ou menos 15 minutos, não estávamos mais tão parecidas com zumbis e sim com adolescentes levemente sonolentas.

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Cammie: http://www.polyvore.com/cammie_stroker_amcs/set?id=88602107

Lia: http://www.polyvore.com/julia_bejuk_amcs/set?id=88603850

Amy: http://www.polyvore.com/amy_miller_amcs/set?id=88607387

–Jasmine! - Exclamou a Sra. Miller, no pé da escada, assim que à alcançamos. A mãe de Amanda me deu um abraço afetuoso. - Mal acreditei quando Zoe disse que você estava aqui. Quando chegou?

–Ontem a noite. - Respondi, tentando ao máximo soar verdadeira.

–Era mais de madrugada, se quer saber. - Acrescentou Cammie.

–Os avós dela decidiram deixa-la vir somente a noite... - Continuou Amy.

–E até fazer as malas e tudo, já eram quase duas da manhã. - Terminou Lia, sorrindo angelicalmente.

Giovanna Miller estreitou os olhos em nossa direção, obviamente desconfiando da veracidade da história.

–Eu quero saber, o que realmente aconteceu? - Perguntou ela, cautelosamente.

–Não. - Respondemos todas juntas, fazendo a mulher arregalar os olhos.

Minhas amigas e eu corremos para a sala de jantar antes que as perguntas começassem.

A Sra. Miller já nos conhece bem o suficiente para saber que há certas coisas que é melhor não perguntar. Se tratando das Marotas, a resposta pode não agradar muito à pais preocupados.

A enorme mesa de jantar estava coberta por bolos, frutas, cereais, torradas, waffles, panquecas, sucos, leite e tudo mais que se pode desejar para um café da manhã dos deuses. Ao seu redor estavam os pais de Cammie, Melissa e Johnny, conversando com o pai de Amy, Harry, e com a mãe de Lia, tia Samantha; Aaron e Keaton faziam uma guerra de bolinha de papel com Robert Stroker e o caçula dos Miller, Alexander, e eram assistidos por Katherine e alguma menina ruiva que não reconheci; Henry, o mais velho dos Bejuk, e Zoe liam o Profeta Diário calmamente enquanto os pequenos Michael e Alice corriam em volta da mesa.

–Jasmine, querida, quando chegou aqui? - Perguntou a Sra. Bejuk, assim que nos sentamos.

–É melhor você nem perguntar, Sam. - Disse a Sra. Miller, entrando na sala com um prato de ovos mexidos nas mãos. - Aparentemente não foi algo muito bom.

Tia Melissa nos olhou, desconfiada.

–Meninas, o que vocês fizeram?

–Nada ilegal, mãe. - Respondeu Cammie, normalmente. - Não se preocupe com isso.

A Sra. Stroker parecia disposta a continuar a discussão, mas um olhar de advertência do marido a impediu. Ele sabia que era melhor não saber a verdade.

Nós nos servimos e começamos a comer, quando eu finalmente identifiquei quem era a garota sentada perto de Katherine.

–O que Isabella Schneider está fazendo aqui? - Perguntei, em voz baixa, às minhas amigas.

–Katherine a convidou. - Explicou Lia. - Aparentemente, é muito chato para ela ficar aqui sem nenhuma amiga.

–E a Amy deve estar aproveitando para fazer uma média com a cunhadinha, eu suponho. - Provoquei minha amiga, que me olhou torto.

–Cale a boca e coma, Brooke. - Mandou Amanda, rudemente, fazendo com que o resto de nós risse.

A refeição se seguiu tranquila e eu estava quase terminando minha tigela de cereal, quando ouvi a porta da frente ser aberta. Logo depois o patriarca dos Bejuk, Joseph, e o filho mais velho dos Stroker, Marcus, entraram na sala; ambos parecendo muito cansados.

–Eles só chegaram agora do Ministério? - Perguntei espantada.

–Pois é. - Confirmou Lia, fechando a cara. - As coisas andam... Complicadas no Ministério. Especialmente para os aurores.

–Por que? O que está havendo? - Questionei.

–Me surpreende que você não saiba, Jazz. - Comentou Amy.

–Saiba o que?

–Tem acontecido algumas coisas estranhas por aí. - Explicou Cammie, abaixando o tom de voz. - Alguns desaparecimentos, assassinatos... Os aurores estão trabalhando muito para tentar entender o que está se passando, mas não tem conseguido muita coisa.

–O Ministério está tentando abafar o caso, mas mamãe diz que o Profeta não vai poder ficar calado por muito mais tempo, se esses ataques continuarem. - Disse Amanda, parecendo tensa.

–Os aurores não tem nem ideia de quem esteja por trás disso?

–Se eles tem, papai e Marcus não nos dizem. - Falou Lia. - Essa história toda me da arrepios, se querem saber.

–Para com isso, Julia. - Mandou Cammie, tentando ser positiva, como sempre. - Vai dar tudo certo.

Nós deixamos a conversa seguir para assuntos mais amenos, mas por alguma razão, eu ainda estava incomodada com toda a história dos desaparecimentos. Mais do que isso, não conseguia me livrar da sensação de que tudo aquilo tinha a ver com a mulher de olhos azuis e o homem de voz gélida que aterrorizaram meu sonho.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Não gostaram? Me digam, porque é importante pra mim *-*
Até o próximo capítulo!
Beijos da Cherry xx