Um Ano Com Você escrita por Madame Baggio


Capítulo 11
Fevereiro


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por todos os comentários!!!

Estamos bem pertinho do final! Que emoção... T.T



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Pobre James... Teve que aguentar Darcy chorando em seu ombro por quase 40 minutos, antes que ela conseguisse parar tempo o bastante para tentar explicar o que estava acontecendo. E, mesmo assim, quando falou “Audrey” começou a chorar de novo. Mais uns 30 minutos.

Pobre James...

Quando ela finalmente conseguiu contar a história toda, James pareceu perdido e decepcionado consigo mesmo. Ele admitiu que não tinha ideia do que podia falar para faze-la sentir-se melhor (e ele queria muito ajudar), mas que, se Darcy quisesse, ele podia por Phil em um novo coma.

Darcy agradeceu a preocupação dele (tadinho, tão fofo), mas garantiu que ia ficar bem. Pegou o helicóptero de volta para Nova York e resolveu seguir em frente com seu trabalho.

Na manhã seguinte, Hill chamou-a na sua sala e informou, que justamente por causa do ataque em DC, a transfêrencia de Darcy tinha sido transferida para março. Só boas notícias...

Phil teria que ficar em recuperação em DC, mas tinha que continuar a trabalhar, então Darcy enviou Caro para lá. Sim, foi covarde, mas ela inventou as melhores desculpas possíveis e algumas eram até verdadeiras!

Ela pegou Bones (sim, esse era o nome do vira-lata que Phil tinha resgatado. Ele era tão nerd que quisera nomear o cachorro de Spock. Quando Darcy indicou que aquele cachorro não tinha nada de Spock, Bones foi a segunda opção) e levou para seu micro apartamento, porque alguém tinha que ficar de olho naquele cachorro.

Ela passou as três semanas seguintes afundada em trabalho e treinamento. Organizou papéis, transferiu reuniões, reorganizou prioridades, falou com Felicity, que era uma gracinha de menina e trabalhava com o vigilante super gostoso de Starling City (do qual Darcy teoricamente não sabia o nome)(1), treinou um pouco mais com Clint e teve uma das piores conversas da sua vida.

Com Clint.

–OK, chega. –ele declarou um dia, no meio de uma sessão com armas –Eu não aguento mais. Eu não ligo para o que a Nat diz.

Darcy lançou um olhar confuso para ele.

–Eu não sabia que estava indo tão mal. –ela falou preocupada –Desculpa...

–Não é isso. –ele falou rapidamente –Você tem um talento nato pra atirar em coisas. Levemente preocupante, pra ser sincero. Eu to falando de outra coisa.

–Quer que eu saia? –Darcy ofereceu ainda confusa, porque não estava entendendo nada.

–Também não é isso. –Clint respirou fundo –Nat me fez prometer ficar de fora da sua história com o Phil porque, de acordo com ela, vocês são idiotas e...

–Clint... –Darcy tentou cortar em vão.

– ...precisam se resolver sozinhos. Mas eu ja nem acredito mais que isso vai acontecer! –ele continuou, empolgado em seu discurso –Seja lá qual for o problema de vocês dois eu tenho certeza de que tudo pode ser resolvido se vocês conversarem.

–Clint, não há problema nenhum. –Darcy falou o mais firme que pôde.

–Até parece, Darcy. –ele retrucou na hora –Vocês dois se beijam no Ano Novo, brigam dois dias depois, ficam de mal, ele quase morre de novo, você corre pra DC e volta logo em seguida, parecendo que chutaram seu chihuahua.

–Todo mundo viu o beijo, né? –ela falou num muxoxo.

–Todo mundo viu? O Stark gravou e ficou passando em todas as telas da Torre de 15 em 15 minutos no dia seguinte.

Claro que ele tinha. Babaca.

–Esse não é o ponto, Darcy. –Clint se apressou –O que aconteceu entre vocês? Eu e a Natasha estamos tentando arrancar isso dele há dias, mas ele nunca conta nada.

Darcy respirou fundo.

–Ele não recebeu bem a notícia de que eu seria transferida. –ela falou por fim.

–Como assim? –Clint insistiu –Me conta direito.

Então Darcy contou tudo o que aconteceu no dia em que contou para Phil que ia trocar de posição.

Ao final da história, Clint suspirou.

–Darcy, eu não vou defender o Phil, porque sinceramente... Só que você sabe muito bem que a culpa não é só dele. Você omitiu muito, por tempo demais. Não acha?

Ela não ia nem responder essa. Porque era verdade e era uma das coisas que mais doíam. Darcy sempre achou idiota pessoas que falavam que só se arrepediam do que não tinham feito, nunca do que tinham feito. Agora ela meio que entendia o que isso realmente queria dizer.

Todo o tempo que ela enrolou, tudo o que podia ter acontecido...

–Eu sei de tudo isso, Clint. –ela falou frustrada –Você acha que eu não passei aqueles dias me culpando, me xingando e sentindo pena de mim mesma? Eu fiquei revendo cada momento do tempo que passamos juntos e pensando no que eu devia ter feito diferente, como se isso fosse resolver alguma coisa. Só que não vai resolver nada.

–Darcy, você ainda pode falar com ele...

–Não, eu não posso! –ela protestou –Eu não posso porque ele gosta de outra pessoa. –droga, a voz dela estava ficando carregada –Ele me chamou pelo nome da Audrey quando acordou.

Os olhos de Clint se arregalaram.

–Audrey?

–Você sabe quem ela é, obviamente. –Darcy resmungou.

–Todos nós sabemos. Ele era... –Clint hesitou -Louco por ela.

–E pelo jeito ainda é. –ela continuou –E eu quero que ele seja feliz, mais do que tudo nessa vida. Se ela fizer ele feliz, como eu posso interferir?

–Darcy, ela pensa que ele está morto. –Clint argumentou.

–Ele estava planejando contar a verdade para ela. –Darcy insistiu –A Jemma me contou. Ele a viu de novo numa missão...

–Eu sei. –Clint cortou –Quando os prisioneiros escaparam da Geladeira e um deles foi atrás dela de novo.

–Você sabe. –ela adivinhou –Ele te falou tudo.

–Ele falou. –Clint admitiu –Mas ele não falou mais dela nos últimos tempos, nem tocou mais no assunto. Darcy, ele superou.

–Ele te falou isso? –ela quis saber.

–Não. –ele falou baixo.

–Eu não sei qual o seu problema, Clint. –ela falou frustrada –Eu estou tentando ser madura. Eu quero que ele seja feliz.

–O que te faz ter tanta certeza de que você não o faria feliz? –Clint replicou irritado.

–Por que quando você acorda qual o primeiro nome que você chama? –ela praticamente gritou para ele.

Clint olhou para o chão e respirou fundo.

–O da Nat. –ele admitiu após um silêncio prolongado.

–Eu acho que isso responde sua pergunta.

XxX

E então chegou o dia dos namorados.

Sério, não tinha data pior no mundo para chegar do que essa. Pelo menos no momento.

Darcy não estava mesmo no clima para essa baboseira toda de romance e pessoas se amando. Coincidentemente, rolou uma confusão envolvendo mutantes, robôs e um esquilo gigante (e sim, ela estava falando sério) na madrugada do dia 13 para o 14, fazendo todos na SHIELD trabalharem no sábado.

Toda a turma encalhada do escritório combinou de sair para beber assim que fossem liberados. Dessa forma, Darcy se viu as sete da noite de um sábado, em pleno dia dos namorados, bebendo cerveja com vários outros funcionários da SHIELD.

Skye estava la com ela, porque Jemma tinha um encontro com Fitz! As duas estavam torcendo para que tudo desse certo. Conhecendo os dois eles iam falar de ciência a noite toda até Fitz criar coragem para finalmente beijar Jemma.

Darcy até estava se divertindo. Era bom falar com outros e rir, sem que eles ficassem perguntando de Phil. Era uma boa mudança.

Clint não tinha insistido no assunto depois da última conversa deles. Agora ele estava numa missão na Tailândia e devia voltar em algumas semanas.

Darcy também precisava falar com Bucky, porque ele continuava preocupado com ela. Fora isso, Carolina e Phil estavam para voltar de DC e estava na hora do super soldado e da ruiva darem uma.

É, Phil estava voltando. Segunda-feira ele estaria no escritório e Darcy não tinha certeza do que faria ou como agiria.

Estava odiando essa pessoa insegura que se tornara, estava na hora de tomar uma atitude. Né?

Tinha um mocinho do TI conversando com ela. Ele era bonitinho, mas Darcy ainda não estava no clima. Quem sabe dali um ano ou cem?

É, definitivamente não estava no clima.

Ela ia tomar só mais uma cerveja e daí ia embora. Era isso.

Devia ter ido sem a cerveja, porque pouco depois dessa decisão, Phil entrou no bar.

A presença dele ali não era estranha. Aquele lugar era bem popular entre o pessoal da SHIELD. E ve-lo... Uau. Graças a Deus ele estava bem, inteiro. Vivo.

Phil olhou em volta, como se procurasse alguém, então seu olhar encontrou Darcy e ele sorriu.

E daí começou a andar na direção dela.

Ah não! Hoje não! Por favor, ela ainda não estava pronta.

Skye interceptou Phil no meio do caminho e pulou no pescoço dele, abraçando-o. Skye tinha se apegado ao agente como uma figura paterna. Era mais que óbvio que Phil também adorava a hacker.

Os dois conversaram rapidamente e Darcy resolveu dar um jeito de fugir. Se bem que não era muito maduro. E ela ia ser madura, não ia?

Sim, ela ia.

Mas dava para esperar até segunda pra isso?

Phil alcançou-a sorrindo.

–Oi, Darcy.

–Phil. –ela murmurou –Que bom te ver... Uau. –respirou fundo e abraçou-o –Uau.

Ta, ele não merecia abraço, mas ela precisava de um desesperadamente. Nos dias em que não ficara sendo uma idiota e choramingando com a história da tal Audrey, estava preocupada com a saúde dele.

Ah, ser jovem, burra e apaixonada... Que maravilha.

–Eu achei que você só ia voltar na segunda. –ela falou afastando-se dele.

–Eu estava sentindo falta de Nova York. –ele falou com calma, ainda sorrindo para ela.

Darcy não sabia o que responder, porque tudo o que queria era bater nele por te-la chamado por outro nome.

Phil pareceu hesitar diante do silêncio dela, então limpou a garganta e coçou a nuca.

–Eu não acredito que você cuidou do Bones para mim. –falou sem graça –Se ele destruiu alguma coisa...

–Só uma cadeira. –Darcy informou –Mas tudo bem. Ela era feia e desconfortável e merecia a morte.

Phil riu suavemente, então fixou seu olhar em Darcy.

–Darcy... –suspirou –Desculpa.

–Pelo que? –ela quis saber.

Sério, ela tinha uma lista de coisas pelas quais queria que ele se desculpasse (e “Audrey” estava bem perto do topo), então queria saber exatamente por onde ele estava começando.

E ta, talvez também tivesse que pedir desculpas por algumas coisas. Mas ele ia ter que começar!

–Aquele dia no escritório... –ele começou –Quando você veio me contar da sua transferência, eu fui...

–Um babaca? –ela sugeriu –Porque você foi mesmo.

Phil bufou.

–Eu reagi mal e não tinha o direito. –ele completou –Não deixei você falar, gritei... Enfim. –respirou fundo –Me desculpa, Darcy. Você tem sido uma pessoa incrível para mim: generosa, cuidadosa, atenciosa e mais paciente do que eu mereço.

Hum, isso estava ficando interessante.

–Prossiga. –Darcy encorajou.

Phil tentou parecer bravo, mas não conseguiu.

–Eu não quero que você sinta como se eu nunca tivesse apreciado seu trabalho ou tudo que você fez por mim. Você tem sido, nesses últimos meses, mais que uma funcionária, mais do que uma amiga, Darcy.

Ela não ia chorar, sério. Não ia mesmo. Seja forte, porque ele tinha algumas explicações para dar e Darcy queria ouvi-las.

Não estava ajudando muito que ele resolvera falar com ela hoje.

E ele ainda estava falando.

–...e quando eu rolei escada a baixo e tudo começou a apagar, eu soube que ia ficar inconsciente... Eu sabia que estava perto demais de morrer de novo e só conseguia pensar...

–Na Audrey. –Darcy cortou.

Phil congelou, ficando completamente sem reação.

–Foi o primeiro nome que você disse quando acordou. –Darcy explicou -Bom, na verdade você me chamou de Audrey, mas tudo bem. –ela se forçou a dizer –Jemma me contou a história de vocês. Que é muito linda! –apressou-se em dizer –E bom... Já que ela ta tanto assim na sua cabeça eu acho que você devia ir atrás dela. Se fazer feliz, Phil. Você merece mais que qualquer um.

Phil ainda estava olhando para ela chocado.

–Você estava no hospital? –ele perguntou.

–Estava. Eu fui assim que pude. –ela deu de ombros, porque queria que não parecesse que era grande coisa, ao mesmo tempo que queria que ele entendesse que era –E daí você acordou, olhou para mim e... Bom, Você parecia muito feliz em ve-la, mesmo que fosse eu, não ela, na verdade. Então, para de perder tempo, Phil. Você ja deu para a SHIELD mais do que eles merecem. Ta na hora de você ser feliz.

Darcy forçou um sorriso e abraçou Phil de novo.

–Darcy... –ele apertou-a contra si –Obrigado.

Ela engoliu as lágrimas.

–De nada, Phil. Te vejo segunda.

Ela saiu dali na hora. No processo deixou seu casaco para trás. E não ligou para isso.

Não sabia para onde ir, então foi para o único lugar onde sentia-se cem por cento segura.

Clint não estava em casa. Disso ela sabia, mas mesmo foi na porta do apartamento dele onde foi bater.

Natasha abriu a porta usando um robe de seda preta, ridiculamente linda, como sempre.

–Eu não sabia para onde ir. –Darcy explicou num suspiro.

Natasha revirou os olhos e puxou a garota para um abraço.

Dia dos namorados era um saco...


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Notas finais do capítulo

N/A: Meu deus, qto drama!!! Darcy, vira macho, criatura!!! hahahaha

Mais dois capítulos e tudo estará terminado! E agora, no que vai dar????

(1) Eu não resisti uma citadinha de Arrow... hahahahaha

COMENTEM!

B-jão



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