– meg você está machucando a minha mão. Ele reclamou.

– desculpa é que eu estou nervosa. Eu disse soltando um pouco a mão dele.

– porque?

– as crianças podem ser muito malvadas quando querem. Eu disse tendo um pequeno flash back da minha infância estranha.

– ei, já passou. Ele disse me dando um selinho. – em todo lugar que você vai tem que ter uma inimiga? O Cam perguntou rindo.

– ei, não. Eu disse reclamando, mas pensando bem. – pra fala a verdade sim, meu brilho atrapalha de demais sabe. Eu disse mexendo no cabelo.

– nem um pouco metida. Ele disse rindo e recebeu um tapa de mim, quem ele pensa que é para me chamar de metida, eu sou a rainha soberana isso sim.

Estávamos em um taxi em NY a caminho da casa de minha vó.

– nossa, tem muitos prédios aqui né. O Cam disse olhando para a janela com os olhinhos brilhando, parecia uma criança na Disney.

– você gostou daqui? Eu perguntei sorrindo, ver o Capitão tão animado com a minha cidade natal é melhor coisa do mundo.

– se eu gostei? EU AMEI. Ele gritou e depois me abraçou e nos começamos a nos beijar, você deve pensar, “nossa, eles só se beijam” mais tenta namora o Cameron, não beijar ele é um desafio meu amor. – só que os carros são muitos estranhos, como conseguem dirigir por esse lado? Ele disse fazendo uma cara pensativa eu ri e dei um selinho nele

Bem depois que nós fizemos amor, nossa relação ficou bem melhor, melhor quer dizer “sem vergonha”, enfim, meu pai não concordou muito em me deixar vim pra tão longe e blá blá blá, mas eu precisava ver a minha vó antes de morrer, porque tem grandes chances de o coração não ficar livre e eu vou me arrepender se não me despedir dela. A parte ruim é que eu tenho alguns fantasmas que me assombram desde sempre (meu ex-namorado, minha arqui-inimiga de infância e etc.), e minha vida já está bagunçada demais não quero mais bagunça.

– chegamos. O taxista me tirou dos meus pensamentos.

– quanto deu?

Deixei o Cam resolvendo o preço e sai correndo do taxi.

– ei Meg volta aqui. Ele disse eu parei de a volta e o encarei.

– Cam, a gente já namora faz muito tempo, esse negócio de dividir a conta é só charminho, te vejo lá dentro. Eu disse rindo.

Ele bufou e falou pro taxista: você aceita libra? Eu sou britânico sabe.

Dei uma risada e sai correndo pra casa da minha vó.

Só de chegar perto do gramado, a nostalgia me atingiu, era uma casa grande afinal toda a família morava lá ou passava as férias lá, era uma típica casa americana em um pequeno subúrbio, me lembrei de quando eu brincava com a minha mãe e o Nick ali, quando eu enfiei a cara do meu primo dentro das rosas da minha vó, quando eu acidentalmente matei o porquinho da índia da escola e o escondi dentro da casinha de boneca de minha prima, ah que época boa.

– Meg minha macaquinha. Ouvi a voz da minha vó atrás de mim.

Rapidamente sai correndo até ela dando um abraço de urso na velinha.

– que saudade vovó.

– eu que o diga, depois que vai ficar lá com os britânicos nunca mais ligou. Ela disse me dando um tapa na cabeça.

– ai, pra que tantos anéis? Eu disse passando a mão aonde ela bateu.

– superar minha flor. Ela disse e logo nos ouvimos um resmungo, me virei junto com a minha vó e quem era? ah claro meu namorado preguiçoso que não aguenta nem duas malas. – hm né, já entendi porque você não ligou, ele é um pedaço de mal caminho hein.

– vó. Eu a repreendi rindo. – deixa eu te ajudar Cam. Eu disse descendo as escadinhas e pegando uma mala da mão dele. – vó esse é o Cameron meu namorado, e Cam essa é a minha vó. Eu disse fazendo as devidas apresentações.

– e um prazer conhecer a senhora. Ele disse todo educado, dei uma risada.

– eita menino pode me chamar de vó também, vem, vamos entrar, fiz bolo de chocolate com avelã. Ela disse puxando a mão dele. – meg leva as malas, ele é visita.

Ela disse e eu bufei, peguei as malas e fui me arrastando pro andar de cima, continuei me rastejando pelo corredor até chegar na porta do meu antigo quarto e lá vem a nostalgia de novo.

Entrei no meu quarto e me surpreendi, tudo continuava no mesmo lugar, até as minhas bagunças, andei pelo quarto e vi as minhas merdinhas, meu pai me proibiu de colar coisas na parede e eu como nunca obedeci todas as minhas paredes eram cheias de fotos, pôsteres e qualquer papel q eu achava legal só para deixar ele puto. Eu amava meu quarto, passava a maior parte do tempo aqui, só saia as vezes e olhe lá. Deixei de babar pelo meu próprio quarto e decidi descer, afinal TEM BOLO DE CHOCOLATE COM AVELÃ.

Desci as escadas e ouvi risadas, serio mesmo que eles estão se divertindo? Sem mim? não é possível meu good. Assim que cheguei na cozinha vi minha vó com um álbum de fotos, o Cam do lado rindo, e é claro o mais importante, o bolo, metade já comido, ah é hoje que eu mato meu namorado. Tossi forçadamente pra perceberem a minha existência.

– Meg você voltou. Minha vó disse e continuou mostrando as fotos pra ele.

– vó, não acredito nisso. Eu disse bufando e pegando o álbum deles. – isso deveria estar queimado. Eu disse bufando e colocando o álbum em cima do armário.

– ah Meg você fica tão linda vestida de joaninha. O Cam disse rindo e eu dei uma risada irônica.

– não me faça lembrar que você usou fralda até os seis anos. Eu disse e ri ou ver a cara zangada dele.

– Megan seja mais educada com seu namorado. Minha vó me repreendeu, de novo.

– aff vó. Eu disse revirando os olhos e pegando um pedaço de bolo. – ain meu deus, que saudade desse bolo.

– Meg, leve o Cam para conhecer a cidade vai. Minha vó disse me expulsando. – só sabe sujar minha cozinha.

Peguei mais um pedaço de bolo e puxei o Cam pela mão, quando chegamos no portão da casa me virei pro Cam que me olhava sorrindo.

– tá rindo de que? Eu disse mastigando o bolo.

– é que tá sujo aqui. Ele disse apontando pro meu rosto, passei a mão tentando limpar.

– saiu?

– não. Ele disse e eu tentei limpar de novo. – deixa que eu limpo. Ele disse pegando as minhas mãos e colocando só seu peito e quando eu fui perceber meus lábios já estavam colados no seus iniciando um beijo calmo.

Minhas mãos foram para sua nuca, as mãos do Cam estavam na minha cintura fazendo círculos na minha barriga descoberta pelo cropped florido que eu usava. Sorri entre o beijo.

– hmm, beijo com gosto de avelã e chocolate. Ele disse rindo e encostando nossas testas.

– você é ridículo, se queria um beijo era só pedir. Eu disse brincando com o cordão que ele usava.

– então, quero um beijo. Ele disse sorrindo, dei uma risada e em seguida beijei ele, só que agora foi um beijo de cinema. Nossas línguas estavam em guerra praticamente.

– uou, isso sim é um beijo. Eu disse rindo ofegante, senti meu celular vibra no meu bumbum, peguei meu celular e vi que era uma mensagem da Kath “como é q está NY sem mim? espero q esteja ruim muuuito ruim, bjz” ri e comecei a conversar com ela por mensagem e o Cameron pegou o celular da minha mão.

– ei, porque você fez isso? Eu reclamei, ele colocou o celular pra cima e eu fiquei pulando tentando pegar.

– é o NOSSO final de semana, só nosso, sem Kath. Ele disse rindo de mim que tentava pular, dei um pulo mais alto e consegui pegar o celular fazendo começar um cabo de guerra com o meu iphone.

– SOLTAAA. Eu gritava em quando nos dois puxávamos.

– okay. Ele soltou e eu puxei fazendo meu celular ir para no telhado, ISSO MESMO MEU IPHONE FOI PARAR NO TELHADO.

– AAAAAAH MEU BEBE. Eu gritei e me joguei de joelhos no chão.

– caralho. O Cam só falou isso.

– CAMERON JOHNSON VOCE VAI PEGAR MEU CELULAR, E VAI PERGAR AGORAAA. Eu disse com a minha voz de assassino.

– mas Meg isso é quase impossível. Ele disse fazendo uma cara de dor, já sabendo que ele iria.

– FODA-SE COMO VOCE VAI FAZER PARA TIRAR DE LÁ, MAIS VOCE VAI. Eu disse dando vários tapas nele.

– está bom. Ele disse baixinho.

...

– OLHA ISSO CAMERON TEM UM ARRANHÃO NELE. Eu disse brigando com ele.

Pois é ele conseguiu, parecia aqueles gatos molhados, minha vó brigou com a gente porque ia ter pegadas no telhado dela.

– cara eu nunca mais brinco com você. Ele disse reclamando enquanto nos andávamos pela a vizinhança.

– você que jogou meu celular no telhado. Eu disse emburrada fazendo um biquinho.

– okay, desculpa. Ele disse me abraçando de lado.

– tudo bem. Eu disse e continuei com biquinho.

– não faz esse bico. Ele disse me fazendo cosquinhas. – porque assim eu não aguento e vou te beijar aqui no meio da rua.

– então faça. Eu o desafiei.

E quando eu fui piscar nós já estávamos em u, beijo urgente, pediu passagem e eu entreabri os lábios, parei os beijos com vários selinhos e sorri.

– Megan?

Ouvi uma voz atrás de mim, e meu organismo parou por alguns segundos, me virei lentamente e não acreditei quem eu vi na minha frente.

MEU EX NAMORADO DE MÃOS DADAS COM A MINHA ARQUE INIMIGA...