A Seleção - Uma nova Chance escrita por Nathy Prior, Booh, Pérola
Notas iniciais do capítulo
Chegay zenti bunita! Booh na áaaarea!
Mais um capitulo que eu amei escrever. Porque está tranquilo e tem umas leeeeeves reviravoltas.
Nãos sei muito bem o que escrever, então vamos direto ao que interessa.
Enjooooy
– Porque me passar o trabalho de chamar pessoas, se eu não conheço ninguém? – Kath disse, se deixando cair na minha cama.
– Meu trabalho é fácil. Vou escolher musicas ótimas para agitar essa festa – Ash disse.
– Ash, não. Temos que saber do que eles gostam. Qualquer deslize e iremos ser mandadas embora – eu disse.
– Isso é muita pressão – Kath disse, sentando.
– Vamos a biblioteca – sugeri – Vamos pesquisar sobre a França.
– Pesquisar? Essa palavra me dá sono – Ash disse.
– É uma ótima ideia – Kath disse, levantando e indo ate a Ash – Vamos logo garota.
Chegamos na biblioteca e começamos a procurar por livros uteis. Fomos interrompidas pelo som do piano. Eu e Kath, que estávamos próximas, olhamos para trás e vimos Ashley tocando graciosamente. Nos olhamos e demos de ombros. Seria bom ter uma boa musica enquanto estudávamos.
Pegamos alguns livros e começamos a procurar por referencias. A porta da biblioteca se abriu e Alice entrou.
– Ouvi musica e vim ver quem era. Imaginei que fosse você Ashley – ela disse.
– Estamos pesquisando sobre os franceses – Kath disse.
– Vem também, quanto mais melhor – eu disse.
Ela sorriu e se juntou a nós, pegando um dos livros que estava na mesa. Logo depois, Hannah entrou com um caderno e um estojo.
– Vi que tiveram a mesma ideia que eu – ela disse, se aproximando.
– Sim. Junte-se a nós – Kath disse.
Ela deu de ombros e sentou ao lado de Alice. Deixou suas coisas no canto da mesa e pegou um livro. Ashley parou de tocar e levantou, sem dizer nada. Todas paramos e assistimos enquanto ela saia. Demos de ombros e voltamos aos estudos. Logo depois a porta se abre e Ashley entra, seguida por Beatrice. Acredito que, assim como eu, nenhuma das outras esperava por isso.
– Não é justo vocês ficarem ai com a cara nos livros e essa ai ficar fazendo a unha – Ashley disse, voltando a tocar.
Kath caiu na gargalhada, ao ver a cara de tédio da Beatrice, e entregou um livro a ela. Ficamos horas lendo e marcando as paginas interessantes. Depois que tínhamos terminados todos os livros, eu levantei e juntei todos os livros na cabeceira. As meninas ficaram me olhando, sem entender. Pedi a Hannah para que emprestasse folhas e canetas a todas e ela o fez sem falar nada.
– Muito bem – eu comecei, abrindo o primeiro livro na pagina marcada – aqui diz que os franceses são conservadores e recatados. Que são conhecidos pelas festas elegantes e seu ouro. Quem marcou esse?
– Eu – Katherine disse – Acho que eles iriam preferir uma festa mais intima, com pouca gente. Conhecido por seu ouro, festa dourada e branca talvez?
– Ótimo. Alguém anota a parte de decoração por mim? – perguntei.
– Eu anoto – Kath disse.
E ficamos assim o resto da tarde. Eu lia um trecho marcado e todas discutiam a respeito, ressaltavam varias coisas e cada uma fazia anotação do que achava útil para sua área. Ate Beatrice, que estava calada no começo, ficou mais entrosada e dando opinião. Ashley não parou de tocar um minuto, ela estava nos mantendo calmas e Beatrice, por incrível que pareça, se ofereceu para fazer as anotações dela.
Quando acabamos de ver todos os livros, começamos a discutir nossas anotações, dizendo o que pretendíamos com aquilo. Dizíamos nossas ideias e as vezes riamos de algum comentário sarcástico que a Ash fazia enquanto tocava. Ela estava bem atenta, não sei como. Uma criada entrou, dizendo que tínhamos perdido o lanche e que estava quase na hora do jantar. Todas começamos a juntar as coisas e guardar os livros.
Hannah sugeriu de nos juntarmos de novo amanha depois da aula. Kath concordou e Ashley também. Alice estava nervosa, porque a data estava se aproximando e tinha medo de sair. Mas convencemos que todas juntas faríamos um trabalho melhor do que separadas. Beatrice não falou nada, apenas deu de ombros e saiu. Corri atrás dela.
– Beatrice, espera – a chamei, fazendo ela para na escada.
– O que?
– Você foi legal hoje, ajudando a gente.
– É, tanto faz.
– Porque você ficou de mau humor?
– Eu sei de muita coisa Amberly.
– Como o que?
– Prefiro não contar. Você ficaria mal – ela disse, voltando a subir, abraçada a um livro – alem do mais. Isso tudo é em vão mesmo. Eu provavelmente sairei após a festa.
– Porque diz isso?
– Tem selecionada que esta mais pendurada que outras. Eu diria que tem duas que estão prestes a sair. E eu sou uma delas.
– Mas se formos bem nessa recepção, nós..
– Você é muito inocente Amberly – ela disse, parando ao fim da escada – Você ajudou todas nós, mesmo sabendo que isso por te tirar da competição. O rei não gosta de você.
– Eu sei.
– Sabe. E ainda assim, aqui esta você, se importando com as outras. Eu no seu lugar, estaria fazendo o possível para fazer todas errarem, menos você.
– Ganhar assim, não é legal.
– Mas ainda assim, é ganhar. Você esta tão segura de seu lugar na competição, que não tem medo de ser puxada para baixo. Quando a Ashley me arrastou para a biblioteca, eu logo percebi que aquilo tinha sido sua ideia. Trabalhar em equipe. Pensei que você fosse nos enganar ou coisa assim. Mas depois, percebi que você estava de fato ajudando e eu finalmente consegui fazer progresso na minha parte e tinha ideias ótimas. Eu por um momento, esqueci que estava no castelo e me deixei sorrir.
– Se você parasse de tentar destruir a todas, talvez se sentiria melhor.
– Eu não sou igual a você. Se eu perder, significa que sou uma fracassada.
– Beatrice, você está na Elite!
– Ainda assim.
– Pare de pensar nisso tudo como uma competição e aproveite sua estadia. Faça memórias. Sabe quantas pessoas irão poder olhar para trás e dizer: Eu estive no palácio. Se você não ganhar, ainda assim, será uma conquista e tanto. E você se sentirá muito melhor se tiver a consciência tranquila.
– Esta vendo?
– O que?
– Você já ganhou.
– Porque diz isso?
– Porque você é nobre. É altruísta. Você daria uma ótima princesa e rainha.
– Porque você não começa de novo? Porque não aproveita essa recepção e nos apresenta a verdadeira Beatrice? Quem sabe assim, eu não consiga dizer o mesmo que você me disse agora?
– Vou pensar no seu caso – ela disse, sorrindo de lado – agora pare me atrasar com esse papo meloso. Preciso ficar bonita para o jantar.
– Vai precisar de muita maquiagem para esconder esse seu rosto feio – eu disse, dando de ombros.
Não esperava que ela fosse rir tão alto. Mas ela fez. Deu uma gargalhada e saiu andando. Sorri comigo mesma, por finalmente ter conseguido manter um dialogo com a fera. Voltei minha atenção as anotações que eu carregava e entrei no meu quarto. Percebi que tinha mais alguém ali, deve ser uma das minhas criadas. Continuei andando enquanto lia e entrei no closet.
– O que irei vestir hoje? – perguntei, olhando as roupas no cabide – Pode me preparar um banho?
– Ate poderia – Clarkson disse – Mas creio que não ficaria tão bom e eu iria exigir minha participação.
– Clarkson? – eu disse, voltando para o quarto – Como.. O que.. O que está fazendo aqui?
– Eu vim te procurar, para ver se precisava de ajuda com o trabalho – ele disse, se aproximando – Mas suas criadas disseram que você tinha ido estudar na biblioteca com as outras meninas. Dai resolvi esperar.
– Mas estou atrasada para o jantar.
– Na verdade, eu pensei em jantarmos juntos hoje. Queria conversar com você sobre uma coisa.
– Ah. Então tá. Mas então você terá que me dar sugestões para a recepção. Dai terei um bom argumento para fugir das perguntinhas amanha.
– O que tem amanha? – ele perguntou, indo ate a porta e fazendo sinal para uma criada.
– Vou me reunir com as meninas depois da aula para tratarmos dos últimos detalhes da recepção.
– Nunca imaginei que as selecionadas trabalhariam juntas nisso – ele disse, depois de pedir a criada para servir nossos jantar no quarto.
– Não é justo fazermos tudo sozinhas. É algo muito importante para ter erros. Dai acabamos nos ajudando. Fizemos grandes progressos. Quer ouvir?
– Adoraria.
Clarkson deitou na cama e ficou me ouvindo falar. Eu andava pelo quarto, contando tudo que tínhamos decidido ate agora. Ele ria e prestava tanta atenção, que cheguei a ficar sem graça. O jantar chegou praticamente ao mesmo tempo que eu dizia “e isso é tudo”. Sentamos e começamos a comer, a principio em silencio.
– Então, você queria conversar comigo? - Perguntei, entre uma garfada e outra.
– Sim. Claro – ele disse largando os talheres – eu quase perdi o controle com meu pai.
– Como assim?
– Eu disse umas coisas e pensei em dizer outras. Acho que por sorte, eu disse baixo e ele não ouviu.
– Mas sobre o que? – perguntei, preocupada.
– Sobre ele ter matado o primeiro marido de minha mãe. E sobre eu não ter certeza se sou filho dele.
– Você acha que não é?
– Não sei. Ela casou grávida.
– Mas o primeiro marido já tinha morrido a um tempo não?
– Não tenho certeza. Mas acredito que tenha razão. Sou um Schreave mesmo.
– Acredito que se houvesse qualquer chance de você se um Illéa, eles não cogitariam de manter o nome.
– Como você sabe tanto? – ele perguntou, me olhando ternamente.
– Não sei muito sobre realeza. Mas entendo de pessoas. Cresci em uma família muito unida.
– Invejo isso em você, sabe?
– Mesmo?
– Mesmo. Você é tão diferente de tudo o que eu conheço. Tão tranquila. Tão nobre.
– Certo, é a segunda vez que me chamam de nobre hoje, isso esta me assustando.
– Isso é uma conformação. Eu já devia ter acabado com essa seleção e te pedido em casamento – ele disse, naturalmente, como se fosse algo totalmente normal.
Clarkson mantinha seus olhos na comida, o que me fez ficar agradecida, porque se ele olhasse para mim, veria o quão corada e emocionada estou. Eu sorria.
– Entendo. Bom. Acredito que você tenha seus motivos.
– Eu não tenho motivos. Mas meus pais e o conselho ficam me tirando a paciência. Eles querem controlar tudo. Isso que essa recepção representa. É apenas uma oportunidade deles colocarem o dedo nas minhas escolhas sem que eu possa protestar.
Fiquei calada. Eu de fato corria risco de sair, sem que ele possa fazer algo.
– Mas vocês estão fazendo um trabalho tão excelente, que a escolha só poderá ser minha novamente. E eu só tenho a agradecer a você, minha princesa.
Ele disse, sorrindo e olhando para mim. Dessa vez não pude esconder minha emoção. Ele me chamou de princesa? Eu devo acordar desse sonhos a qualquer momento.
– A propósito. Tenho algumas observações a fazer – ele disse, assim que terminou de comer.
– Sobre? – perguntei, terminando também.
– A recepção. Você me contou as ideias, e eu tenho algumas coisas a acrescentar.
– Porque você não vem com a gente amanha e ajuda?
– Não posso ter participação na tarefa de vocês.
– Entendi. E o que tem a acrescentar, príncipe Clarkson?
Ele sorriu e deitou na minha cama. Disse muitas coisas e eu me apressava para anotar. Ele deu dicas para todas as tarefas e eu precisava passar tudo perfeitamente amanha. Fiquei tão distraída escrevendo, que mal percebi quando Clarkson tinha ficado frente a frente comigo.
Estávamos sentados na minha cama. Quando terminei de anotar tudo, olhei para ele. Clarkson me olhava de uma forma diferente. Seus olhos brilhavam e seus lábios estavam entreabertos. Já não vestia mais o paletó e sua gravata estava frouxa. Ele começou a se aproximar lentamente. Colocou a mão em minha nuca e me puxou para um beijo calmo. Mas a calma foi se perdendo cada vez mais. Não percebi quando deitamos, mas eu agora o envolvia com minhas pernas, enquanto ele se apoiava em um cotovelo e pousava a outra mão em minha perna. Eu acariciava seus braços e bagunçava seu cabelo, consciente da proximidade de nossos corpos. Fomos subitamente interrompidos pela porta se abrindo.
– Amber, porque você.. Wow! – Ash disse, entrando no quarto sem bater.
– Ash! – eu disse, sentando na cama apressada.
Ela olhou de mim para Clarkson, que passava a mão no cabelo, boque aberto. Após alguns segundos sem dizer nada, ela começou a rir e saiu apressada. Olhei para Clarkson, que olhava para a porta com o cenho franzido. Estávamos ofegantes. Levantei correndo e fui ate ela. Ela ainda ria, a alguns metros da porta.
– Ash! Ash! Espera! – chamei.
– Ai.. Meu.. Deus! O que vocês estavam fazendo? – ela perguntou, rindo – Não! Não responda!
– Não Ash. Nós..
– Como você é safada! – ela gritou, rindo ainda mais – Não esperava. Ai meu Deus. Alguns minutos depois e eu iria ver outra coisa.
– Não. Ash não!
– Caramba. Agora essa imagem ficara para sempre gravada em minha memória.
– Ashley!
Ela me olhou assustada, mas finalmente tinha parado de falar, ou rir. Eu sentia meu rosto pegar fogo.
– Não sou “safada”. Nós não fizemos nada – eu disse em voz baixa.
– Não parecia que era “nada”.
– Estávamos nos beijando. Só isso.
– Você estava com a perna envolta do quadril dele!
– Eu.. Eu sei.
– É sempre assim?
– Não! – eu disse, apressada – Mas tem ficado.
– Menina. Olha. Eu não gosto tanto dele quanto você e Kath. Então por mim, ter visto aquilo..
– Não tem nada para ter visto.
– Ah ta bom. Olha, vou dormir.
– O que você foi fazer lá no quarto?
– Saber por que não tinha ido jantar. Mas esta explicado.
– Ah sim. Bom ele deu boas dicas para a recepção. Eu passo para vocês amanha.
– Sei. Ótimo. Ate amanha então.
– Ate amanha Ash.
– Pode deixar, eu não contarei para ninguém – ela gritou.
– Contar o que? – Kath perguntou, surgindo do nada ao meu lado.
Olhei assustada para ela e Ashley parou, olhando para mim, pedindo desculpas.
– Acho que temos que conversar Kath – eu disse.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Vamos conversar Kath! Chega ae!
O que ela vai falar? E como a Kath vai reagir?
Clarkson safado! haha
Bjooooos :3