A Seleção - Uma nova Chance escrita por Nathy Prior, Booh, Pérola
Notas iniciais do capítulo
O que dizer sobre meu fim de dia? Que meu notebook deu pau e eu corro o risco de perder tudo. Eu já estava no final do capitulo de hoje e ele parou de vez. depois de diversas tentativas de ressuscita-lo, falhas, eu vim para o note da minha mãe e reescrevi tudo. Não irei revisa-lo.. Porque estou caindo pelas tabelas..
Mas devo alerta-los.. Que dei uma de Booh maluca de novo e joguei tudo pro alto! Eeeeee..
Coloquem os cintos antes de ler!
Enjoy!
Percebi que o guarda estava fazendo um caminho diferente que o normal. Mas não questionei, apenas o segui. Entramos em um corredor mal iluminado e senti alguém me agarrar, cobrindo minha boca. Me debati, mas era em vão. Logo depois, vi que muitos outros guardas chegaram, segurando alguém pelos braços. A pessoa não se debatia, nem nada, apenas andava de cabeça baixa e trocando os pés, como se estivesse dopado. Um deles abriu uma porta na parede, que eu não tinha visto antes e me empurrou lá para dentro junto com o outro refém.
A porta se fechou com um baque e me vi em um local totalmente escuro com um desconhecido. Comecei a apalpar as paredes e achei um botão. Apertei e uma luz fraca se acendeu. Olhei para trás, com receio.
– Jake? Jake! Acorde. Jake! – eu disse, debruçando sobre ele e balançando seus ombros.
– Onde estou? – ele disse, fazendo força para levantar.
– Acho que em um esconderijo.
– Porque..
– O que aconteceu? – eu o interrompi.
– Não me lembro. Só sei que estava rondando pelo corredor e senti um baque na cabeça – ele disse, sentando e usando a parede como apoio.
– Vire-se, você deve estar machucado.
– Mas porque estamos aqui?
– Soou um alarme. Achei que fosse um ataque rebelde. Segui o guarda que me acordou e aqui estamos nós.
– Porque será que nós estamos aqui?
– Não sei – respondi, sentando ao seu lado - Mas sua cabeça não tem ferimentos.
– Estou com dor.
– Esta sentindo esse cheiro? – perguntei, respirando fundo.
– Não.
– Parece gás.
POV Clarkson
– Não feche os portões. Amberly ainda não chegou – eu gritei para o guarda.
– Entre Clarkson. Há em ataque acontecendo – meu pai disse, rudemente.
– Não! Ela esta lá fora.
– Os guardas estão a procura dela filho. Mas não encontraram ainda – minha mãe disse, me puxando pelo braço.
– Eu vou ate lá – disse, puxando meu braço de volta.
– Você perdeu a cabeça? Volte já aqui. Os guardas a acharam – meu pai gritou.
– E o que? Vão deixa-la do lado de fora?
– Não podemos sacrificar a família real e todas as selecionadas por causa de uma – minha mãe disse.
– Não aceito isso. Que fique claro.
Realmente, o certo seria eles fecharem os portões. Não poderia colocar a vidas de outras meninas em risco, mesmo que me partisse o coração. Os portões foram fechados. E aquele foi de longe o ataque mais longo que já vivenciei. Andei por todo o abrigo. Aflito. Minha mãe tentava me acalmar, mas eu desviava de todas as suas tentativas.
Quando finalmente abriram os portões, fui o primeiro a sair. Corri por todo o palácio. Vi a devastação do ataque. Abri todos os esconderijos que eu conhecia, passei em seu quarto e nada. Comecei a me desesperar. Gritava com todos ao meu redor, dando ordens atrás de ordens.
Vi que Ashley e Katherine apalpavam as paredes. As selecionadas começaram a acompanha-las. Deixei meu corpo cair em uma parede, me senti no vácuo. Os sons deixaram de ser nítidos.
– Clarkson. Clarkson acorde. Nós vamos acha-la Katherine disse.
– Eles a levaram - sussurrei.
– Não. Nunca mais diga isso! – Ashley disse - Eu pedi para fazerem rondas pelo bosque. Não foi lá que ela ficou a ultima vez?
– Mas o que ela estaria fazendo no bosque de madrugada? – perguntei.
As duas ficaram em silencio. Estendi a mão para elas e elas me ajudaram a levantar. Comecei a andar pelos corredores, nós três passando as mãos pelas paredes.
[...]
Já estava quase amanhecendo. Eu, vários guardas e todas as selecionadas ainda procurávamos por ela. Algumas choravam, dizendo que a levaram e outras diziam que era melhor ficar procurando do que tentar dormir. Como sempre fui apaixonado por arquitetura, eu tinha a planta do castelo escondida, e com ela, fomos conferindo cada esconderijo e marcando com um X onde já tínhamos olhado.
Quando faltavam apenas cinco para acabar, um dos esconderijos foi aberto por Hannah e ela começou a tossir. Todos olhamos em sua direção e vimos que saia muita fumaça do local. Ela começou a tentar dissipar a nuvem que se formava ao seu redor, ainda tossindo.
– Acho que tem alguém aqui! – ela gritou, com dificuldade.
Corri ate lá e todos me seguiram. Cobri o nariz com a gravata e entrei. Estava quase que impossível de ver alguma coisa lá dentro, por isso acabei tropeçando. Quando olhei para ver em que eu havia tropeçado, vi que eram pernas.
Engatinhei ate elas e vi que se tratavam, na verdade, de duas pessoas abraçadas e encolhidas no chão. Coloquei a mão na da frente e a puxei, a fazendo cair desacordada em meus braços. Amberly.
A peguei no colo e corri para fora do esconderijo. A fumaça já estava bem menos espessa, o que ajudou os guardas a sair com a outra vitima nos ombros. Era o soldado Conner. Me deixei cair de joelhos, colocando minha Amberly em sobre minhas pernas. Seu nariz estava envolto de sangue, o que me deixou muito nervoso e aflito.
– Amber? Amber! Por favor acorde! – eu disse, com minha voz fraca – por favor.
– Ela esta com a respiração fraca. Mas ainda respira – Katherine disse, se ajoelhando.
Uma roda havia se formado ao nosso redor. Ashley se ajoelhou também, pedido para todos darem espaço.
– Clarkson, consegue leva-la? Precisamos correr com ela para a área hospitalar, ela aspirou muita fumaça.
– Sim, vamos – eu disse, me levantando.
Soldado Conner já tinha sido levado, e eu condicionei meu pensamento à saúde dela e não para o fato de eles estarem lá juntos, abraçados. Depois do que meu pai disse, inconscientemente fico com um pé atrás.
Assisti ao medico em todo o atendimento. Katherine a Ashley também estavam lá. Foram elas que trocaram a roupa dela pelas roupas de hospital. Amberly estava cheia de tubos e cabos, que a ajudavam a respirar e monitoravam seus batimentos cardíacos.
– Como ela está? – minha mãe perguntou, entrando no quarto.
– Mal, eu disse levantando e indo ata ela.
– Filho, você precisa dormir. Os três precisam – ela disse me abraçando.
– Eu não vou conseguir dormir até vê-la bem – Katherine disse.
– Eu não vou conseguir dormir ate descobrir como um esconderijo seguro se transformou em uma câmara de gás – Ashley disse.
Senti que minha mãe enrijeceu ao ouvir aquilo. Olhei para Ashley, pensando pela primeira vez nisso. Ela estava certa. Como isso aconteceu?
– Não peça para que eu, ou qualquer outra selecionada, apareça no jornal esta tarde – Katherine disse chorosa – estamos muito transtornadas com tudo isso.
– Não podemos ir sem a Amber – Ashley concordou.
– Vocês dirão que estamos em alguma atividade, e que por isso não chegaremos a tempo do jornal – eu disse, autoritário.
– Mas filho..
– Eu não vou, e elas também não. Melhor pensarem em uma desculpa muito boa.
– Falarei com seu pai – minha mãe disse antes de sair.
Passei a mão no cabelo e voltei para o sofá ao lado das meninas. Ficamos em silencio. Pouco antes da hora do jornal, as selecionadas entraram, lotando o quarto.
– É verdade que não participaremos do jornal? – Rose perguntou.
– Sim. Não sei o que dirão. Mas por hora, as senhoritas estão livres de qualquer tarefa.
– E quanto a Amberly? – Hannah perguntou.
– Seu estado é estável, mas não é dos melhores.
– Ela vai ficar bem? – Elizabeth perguntou.
– Ela aspirou muita fumaça. Esta sendo monitorada. O jeito é esperar.
– O que foi aquilo lá dentro? Porque ela estava presa lá com aquele guarda? E porque tinha tanta fumaça? – Therese desatou a perguntar, parecendo a ponto de explodir.
– Não sei. Mas acho melhor vocês irem para seus quartos, ou para o salão das mulheres. Não é bom para a Amber ter tanta gente no mesmo cômodo.
Elas assentiram e começaram a sair silenciosamente. Notei que Beatrice demorou mais para sair. Ela ficou um tempo olhando para a Amber com uma expressão indecifrável. Quando ficamos novamente a sós, relaxei o corpo no sofá.
– Vocês também deviam ir – eu disse – ficar junto com as outras selecionadas. Eu mandarei noticias, prometo.
– Não queria ir, mas entendo – Katherine disse – Vamos Ash.
– Nos mantenha informadas – Ashley disse, levantando e saindo com Katherine.
[...]
Nem sei quanto tempo havia se passado. Eu não dormia ou comia, só ficava ali, olhando para ela, esperando a hora que ela abriria seus lindos olhos e sorriria para mim. Ashley e Katherine passavam lá sempre que podiam, mas eu infelizmente não tinha nenhuma novidade para contar a elas.
A porta se abriu e o soldado Conner entrou, arrastando um tripé com uma bolsa de soro pendurada.
– Como ela está? – ele perguntou, com a voz fraca.
– Estável.
– Mas bem ou mal?
– Mal.
Eu estava sendo rude, mas não conseguia evitar. Aquele cara me causava essa reação.
– Eu fiz de tudo para ela ficar bem – ele disse – mas era muito gás. Eu tentei cobri-la de todas as formas, mas acho que por eu ser maior e mais forte, aguentei melhor.
– O que vocês estavam fazendo lá? – não me aguentei.
– Sinceramente?
– Por favor!
– Eu no tenho ideia. eu estava fazendo minha ronda e fui acertado por trás. Acordei com a senhorita Amberly me chacoalhando.
– Não entendo – eu disse, andando ate a maca e acariciando seu rosto – Não aguento vê-la assim.
– Me sinto mal.
– Melhor você se deitar então.
– Não. Me sinto mal por ela. Mesmo quando estava claramente mal, ela se preocupava comigo. Tentava dividir a toalha molhada que improvisei para ela respirar. Ela é uma verdadeira rainha, se me permite dizer.
– Eu sei.
– Então porque não acaba logo com isso majestade?
– Porque não depende só de mim!
– Sim claro. Depende dela também. E ela gosta de você!
– Como sabe? – perguntei, intrigado. Como ele sabe tanto dela?
– Por favor majestade, esta estampado no rosto dos dois.
– Eu a amo – sussurrei.
– Então faça esse favor a si mesmo. Case-se com ela.
– Você não entende.
– Entendo mais do que vossa majestade pensa. Eu sei o que o povo quer. E digo categoricamente que o povo anseia por uma rainha com as qualidade que a senhorita Amberly tem. O povo anseia por um rei que ame sua rainha e vice versa.
– O povo também aprova a Amber?
– Com toda certeza.
– Pode me deixar a sós com minha rainha?
Soldado Conner sorriu e fez uma reverencia. Sentei ao lado dela e segurei sua mão. Beijei cada dedo e cada parte de suas finas mãos.
– Acorda meu amor. Por favor. Acorda. Eu não sei o que eu faria sem você. Você é minha escolhida, mesmo que os parlamentares ou o meu pai seja contra. Eu farei de tudo para te ter ao meu lado. Mas por favor, acorde Amber. Eu te amo tanto – Já não enxergava mais nada, meus olhos estavam embaçados em lagrimas.
Fiquei longos minutos falando com ela e nem reparei que ela estava com os olhos levemente abertos. Apertei sua mão, a levando ao meu peito e ela esboçou um sorriso.
– A quanto tempo esta acordada? – perguntei, sorrindo.
– Desde pouco antes de você dizer que fará de tudo para me ter ao seu lado – ela respondeu, com a voz fraca.
Sorri e beijei delicadamente.
– Você quase nos matou de susto!
– Juro que não tive essa intenção.
– Não vou fazer perguntas. Apenas quero que você descanse.
– Deita aqui comigo? Vou ficar melhor com seus braços me protegendo.
– Claro meu amor.
Deitei ao seu lado, entrando debaixo das cobertas. Amberly se movimentava devagar e com certa dificuldade. A puxei delicadamente para meu peito e a envolvi, apoiando meu queixo em sua cabeça. Acabei dormindo, sentindo seu perfume.
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Esta menor do que o usual.. Mas cara. Com tudo o que aconteceu, tenho nada a declarar.
Dei a louca novamente né? #Adogo!
O próximo é meu também e espero que meu note ja esteja melhor #Sdd
Ate sexta então people
Bjooos :3