Não se apaixone por mim / Hiatus escrita por Asheley Dream


Capítulo 25
Pedir perdão e perdoar


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Não me matem! Sumi essa semana, pois fiquei dois dias sem enegia elétrica e três sem net. Desde quinta estou preparando o capítulo pra vocês. Ele esta um pouco grande e talvez o próximo ainda esteja na versão da Eny. Mas espero que gostem, Desejo a todos uma ótima leitura! E ainda postarei mais esse final de semana.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/495143/chapter/25

Em quanto tomo meu café da manhã despreocupada, minha mãe, correndo como uma louca. Terminou seu café, deu-me um beijo de despedida e partiu em disparada para o hospital. Apesar de não ter cumprido o que disse que estaria ontem em casa, de folga, e não só metade do dia, ela disse que me recompensará ficando o final de semana em casa. Às vezes me pergunto se isso, o trabalho dela não é uma desculpa para assim não ficar em casa relembrando fatos tristes do passado, como a morte de Erry. Entendo que pra ela isso tudo foi extremamente difícil, tanto quanto foi pra mim, mas mamãe precisa lembrar que tem duas filhas, ou que ainda tem uma.

Outro assunto ao qual quase nunca conversamos é sobre o meu pai. A única coisa que sei é que eles estudavam na mesma escola. Tudo bem clichê. Ele popular, ela a excluída nerd. Mamãe contou-me que uma das amigas dela, que era prima dele, descobriu que ele ou “pai”, gostava dela. E, é claro mamãe também estava apaixonada por ele. Buscando corangem, ela começou a por em praticar suas investidas, com o apoio de suas amigas. Em uma festa os dois ficaram juntos, a coisa esquentou e... Você já sabe o resto. Mas havia um problema, vovó. Pelo jeito meu pai é rico, e vovó muito conservadora. Não preciso nem dizer que ela não aceitaria um filho bastardo, fora de um casamento. É minha gente, a realidade é uma grande droga às vezes que é melhor continuar dormindo e torcendo para ter sonhos bons. Resumindo minha trágica história de novela mexicana, mamãe ameaçada por vovó resolveu sumir. Um tempo depois, eu com dois anos, mamãe conheceu Frank. Ele era um ótimo pai pra Erry, e um ótimo padrasto pra mim. Ele me amava como sua filha, e o mais importante, amava nossa mãe. Mas Frank morreu de uma parada-cardíaca. Tudo isso quando Erry tinha seis e eu nove.

Pergunto-me se sou tão visível assim ou se deixo transparecer claramente meus sentimentos. Thomas estava certo ao afirmar que estou fugindo. Isso é o que temos em comum. Dois constantes fugitivos, escapando eternamente de seus problemas. Não quero mais ser uma fugitiva. Estou cansada disso. Há momentos na vida em que devemos simplesmente deixar-nos ser levado pelo furacão, esperar que tudo passe e só então tomar uma decisão e não fugir.

Meu celular começa a tocar em meu bolso. Pego o aparelho o atendendo.

_Eny, como você esta? _Wilá pergunta meio receosa com a resposta.

_Bem. Não precisa ficar preocupada.

_Depois quero saber tudo o que houve no hospital. Vai pra escola?

_Sim. _Sorri.

_Falando nisso, já tá na escola?

_Não, fiquei até tarde fazendo aquele maldito dever de história. Acordei a pouco, ainda podemos pegar o segundo tempo. E sim, antes que pergunte,estarei ai em breve para lhe dá uma carona. _Gargalhamos juntas. Mas fico um pouco triste em seguida ao lembrar a briga com Bruce, James e Ranna. Tenho que conversar com eles.

_Estarei esperando na varanda. Até então. _Ouço ela boceja antes de desligar. Fico contente que naquele dia na lanchonete Wilá não tenha se envolvido no meu surto com os sem cérebros. Não suportaria saber que fui à causa não só da minha, mas da demissão dela também. Termino tudo. Lavo a louça, pego a mochila e tranco a casa, sentando-me na escada da varanda. O carro do pai de Thomas surge na esquina, logo em seguida estacionando na garagem deles. Torço para que não tenham me visto. Dez minutos se passam e respiro aliviada.

_Eny! _Uma voz feminina me chama. Pulo imediatamente, levando a mão ao peito, completamente assustada com a aproximação inesperada de Melisa, a irmã de Thomas. Faz bastante tempo que não a vejo, ela vive viajando junto com os pais.

_Ah, Melisa. _Dou um pequeno sorriso.

_Desculpa, não queria assustá-la. _Dar um pequeno sorriso tímido, em seguida senta-se também nos degraus da escada.

_Tudo bem. Pensei que tinha ficado estudando na Alemanha, já que na há tinha antes.

_Cheguei bem antes dessa confusão toda com o Thomas, mas preferi ficar trancada em casa, ou na casa de amigas. _Sorrir colocando uma mecha de seu cabelo loiro atrás da orelha.

_Entendo. Por que não veio me vê? _A questiono, nunca fomos muito amigas, mas Melisa e eu sempre conversávamos muito uma com a outra. Quando Erry morreu, os pais de Thomas, que já viviam viajando resolveram passar longos tempos fora do país e levaram a filha com eles. Não entendo muito o porquê de os pais deles preferirem Melisa e sempre deixarem Thomas em segundo plano. É muito estranho. É bem visível a diferença de tratamento dada pelos pais aos dois.

_Você e Thomas mudaram muito. Perguntei de você a ele e também o motivo de não se falarem mais, mas ele simplesmente me ignorou e disse que você havia mudado. Fiquei com medo que ao vim falar com você fosse ignorada também. _Diz de cabeça baixa enrolando uma mecha do cabelo no dedo, em um ato de nervosismo.

_Não faria isso com você. Eu e Thomas temos muitos assuntos inacabados. Não somos mais amigos como no tempo em que você estava aqui.

_Mas vocês não gostavam um do outro?

_Ainda gostamos. _Afirmo pela primeira vez em voz alta a alguém.

_Então por que nãoe estão juntos e meu irmão namorando a Briana?

_É complicado.

_Seres humanos, sempre complicando tudo. _Diz brava.

_Ei! Você também é um ser humano. _Digo sorrindo.

_É por isso que estou furiosa. Como pode duas pessoas apaixonadas tão burras como vocês?

_Ei!

_Desculpa, mas é a verdade.

_Eu estou disposta a lutar por ele, mas seu irmão... Ele é um babaca! Ele criou uma ilusão de vida perfeita e apesar de ter admitido estar apaixonado por mim, me quer longe da vida dele. Tem medo que eu estrague sua ilusão de vidro. Mas pode apostar, vou tacar pedra na janela dele e fazer enormes buracos. _Encaro o outro lado da rua, respirando de vagar, tentando me acalmar.

_Não é que ele não queria você na vida dele. Tente entender que ele tem medo.

_Medo do quê? _A questiono, encarando-a. Ela suspira pesadamente.

_Sei que todos nós afastamos depois do que houve a Erry, mas Thomas já se sentia sozinho muito antes disso. Nós éramos seus únicos amigos. Eu já questionei a minha mãe sobre o porquê dela e papai o tratarem diferente, sempre foi assim. Sempre o deixando sozinho. Ela fugiu do assunto e não me respondeu. Mas eu entendo a cabeça do meu irmão. Ele acha que a culpa e dele por eles o tratarem assim, que fez algo errado, que os magoou. Se soubesse que ele ficaria completamente sozinho não teria ido com os meus pais. Thomas tem medo de ser abandonado, de magoar as pessoas e de ficar sozinho. _Engulo seco, tentando digerir toda a informação que acabei de adquirir a respeito de Thomas. Estava certa ao pensar que ele tem medo.

_Um pouco disso é minha culpa.

_Isto não importa no momento Eny. Esqueça o que aconteceu no passado, perdoe e perca perdão. Se realmente ama meu irmão, então lute por ele. Não desista e se quiser minha ajuda, pode contar comigo. _Me dar um sorriso brilhante. Concordo com um aceno de cabeça, e seguida a puxando para um abraço. Ouço o som de uma buzina. Wilá acena para nós com um enorme sorriso no rosto, faço sinal para ela esperar um pouco. Ela concorda com um aceno de cabeça.

_Tenho que ir. _Levanto-me, segurando minha mochila, pondo-a em um ombro.

_Meus pais trouxeram Thomas a pouco do hospital. Ele estar dormindo, se quiser fazer uma visitinha depois da escola. E não se esqueça do jantar hoje às sete. _Sorrir. Concordo com um aceno de cabeça, dou mais um abraço nela e entro no carro.

_Quem era? _Questiona sem desviar a atenção da rua, em quanto dirige.

_Melisa, irmã do Thomas.

_Hum. O que aconteceu ontem no hospital?

_Nossa!Direto ao ponto. Bom dia pra você também. _Ironizo. Brincando com ela.

_Para de palhaçada e conta logo Eny! _Rio da apreensão dela em saber dos fatos.

_Muito fofoqueira mesmo. _Ela me encara por um segundo nada contente.

_Ele disse estar apaixonado por mim, que a vida dele é perfeita, que somos diferentes e que não me quer em hipótese alguma na vida dele, estragando sua bela ilusão de vida perfeita.

_Então acabou antes mesmo de começar. Vai ficar por isso mesmo, ele lá e você cá?

_De jeito nem um. Tive uma conversa muito proveitosa com a Melisa e não irei desistir de Thomas. Deixei bem claro a ele no hospital que irei lutar. Vou conquistar esse babaca.

_Isso ai amiga! Eu sabia que não iria se conformar tão fácil assim. Eu irei apoiá-la. _Sorrir. O que me faz lembrar novamente de James, Ranna e Bruce.

_O que foi? De repente você ficou com essa expressão de tristeza.

_Não quero continuar brigada com o pessoal.

_Relaxa, sei que eles irão lhe desculpar.

_Mas não estou errada Wilá. Se eles são meus amigos e gostam de mim como dizem, terão que se conformar com minha decisão. Não estou pedindo para que eles entendam, apenas continuem ao meu lado. _Ela não diz nada. Sei que Wilá também não me entende, ou melhor, essa paixão louca que sinto por este babaca. Mas ela permanece ao meu lado. Sei que eles voltaram a falar comigo. Assim espero. Como já previsto, entramos no segundo tempo. A professora de Geografia chamou nossa atenção e em seguida nos sentamos em nossos lugares. As aulas seguiram um tédio total, e estou morrendo de ansiedade. Quero que esse maldito intervalo chegue logo. James e Bruce estão tendo aulas separadas das nossas e Ranna não apareceu na sala, assim, como surpreendentemente Bri / vaca não veio também. Estou encarando o relógio como uma louca. Falta um minuto para o intervalo.

_Vai derreter o relógio com o poder da mente desse jeito. _Cochicha Wilá em meu ouvido. Sorrio a encarando por alguns segundos. Finalmente o sinal soa. Enfio meu material na mochila como uma louca e seguida, andando apressadamente para fora da sala, indo ao nosso local de encontro, em baixo de uma árvore. Avisto Ranna sentada, com as costas encostadas na árvore. Usando uma calça jeans preta detonada, coturnos preto, óculos escuros e uma camiseta também preta com a seguinte frase: Morram vadias! Com os fones de ouvido ela balança a cabeça ao ritmo da música. Seu cabelo alaranjado estar preso em um coque alto, com algumas mechas escapando. Aproximo-me de vagar, sentando ao lado dela. Não sei se ela percebeu minha presença ou esta me ignorando.

_Ranna? _Ela não me responde. Tento novamente, mas desta vez ao invés de chamá-la dou uma leve cutucada em seu braço. Ela retira os fones, me encarando.

_O que foi? _Questiona nada contente.

_Quero pedir desculpa por tê-la envolvido nessa história toda com o Thomas.

_O que aconteceu? Quebrou a cara no concreto? Era mais uma armação daquele idiota? _Ergue uma sobrancelha.

_Em parte, ainda estou com algumas fraturas, mas irei sobreviver se é com isso que esta preocupada. _Digo sarcasticamente, assim como ela.

_Poupe-me do seu sarcasmo logo de manhã. Espero que saiba o que esta fazendo.

_Então... Estamos bem de novo? _A questiono.

_Nunca estivemos mal. Amigos também brigam. Quero apenas o melhor pra você, mas se quer ser burra e se fingir de surda em quanto estou lhe avisando, tudo bem. Mergulhe fundo com a cara no concreto.

_Eu te amo Ranna. _A surpreendo, lhe dando um abraço apertado. No começo ela não coresponde, mas logo em seguida também me abraça.

_Eu também te amo Eny, mas se ele a fizer chorar de novo, juro que irei bater em você e não nele. _Diz brava. Em seguida caímos na gargalhado.

_Bom dia meninas! _Nos cumprimenta Bruce, com uma expressão séria. James ao lado dele, calado apenas desvia a olhar, olhando para qualquer coisa, desde que não seja o meu rosto.

_Bom dia meninos! _Sorrio para ele. Mas sou ignorada. Suspiro me levantando.

_Bruce, James... _Chamo a atenção dos dois.

_Quero pedir desculpa por envolvê-los na minha briga com Thomas e os sem cérebro.

_Sem problemas Eny. Você sabe que mexeu com um de nós, mexeu com todos. _Diz James sorrindo para mim.

_Pensei que não fosse mais vê este seu lindo sorriso. _O abraço, depositando um beijo em sua bochecha.

_Posso sorrir quantas vezes quiser e até gargalhar se me der mais beijos. _Faz biquinho. Rio, apertando suas bochechas e lhe dando um selinho.

_Você não tem jeito James. _Ranna balança a cabeça.

_Então...? _Encaro Bruce, fazendo minha melhor cara de gatinho que derramou o leite.

_Esta desculpada. _Ele sorrir me abraçando.

_Odeio ficar brigando com você. _Diz ele sério. Concordo com um aceno de cabeça.

_Vejo que já fizeram as pazes. _Diz Wilá ao se aproximar de nós, apoiando-se no ombro de Bruce, que lhe envolve a cintura com um braço.

_Abraço em grupo? _Ela sugere. Ranna gira os olhos, mas dar um pequeno sorriso. James também sorrir com seu sorriso divertido e brincalhão ao qual amo. Eles são meus irmãos. Minha família e eu os amo do fundo do meu coração. Damos um abraço carinhoso e apertado em grupo.

_Preciso respirar! _Ranna foge do abraço. Caímos na gargalhada.

_Oi Eny! O Pessoal! _Kyle nos cumprimenta, com um enorme sorriso no rosto. Meus amigos cruzam os braços, o encarando profundamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai gente? Agora com a Melisa e Wilá ajudando ela, será que Eny ganha essa luta pra conquistar Thomas? Lembre-se que ela ainda não sabe que Bri/vaca tá na parada. E o que achou das pazes dela com os amigos? E no próximo capítulo, será que Kyle vai ser mandado por hospital, apesar de desconfiar que ele adorará isso, pois esta gamado na enfermeira.