Kalona's Fall escrita por Arabella James


Capítulo 5
Capítulo 5 - Perpétuo, a profecia de Têmis e o encontro com "Destino"


Notas iniciais do capítulo

Olá, ufa, terminei mais um capítulo espero que vocês gostem...
Terá notas de rodapé por isso dêem uma olhada ok?! Beijos!



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◯☽

5

– Kalona's fall –

Quinta Lua

" Perpétuo, a profecia de Têmis e

o encontro com 'Destino' "

AURORA FOI levada por Circe e duas de suas sacerdotisas a mais uma câmara, está estava escondida mais profundamente na grande edificação do templo do que a primeira e a segunda onde estivera antes.

Logo Circe guiou Aurora por um caminho estreito e escuro que a conduziu primeiramente até a entrada de uma gruta escura. Aurora passou por sua passagem e então, de repente, ela estava dentro de outro salão... Ante a pitonisa.

Têmis[1], como era conhecida, era uma das filhas mais antigas do Ouga. Com os dons da sabedoria eterna e Justiça ela era muito reconhecida e adorada pela raça humana e vampírica no mundo inferior, a Terra. Agora ela permanecia intacta e inamovível. Sentada acima de um trípode[2] de ouro maciço no limiar de um patamar de pedra lixada, acima do chão, em forma de um circulo.

Aurora observou que como uma estátua, sem sequer demonstrar que respirava, ela segurava, a frente do corpo em sua mão direita um ramo de flores selvagens. Na esquerda, um tipo de símbolo, em ouro. Parecia um tipo de “moeda” (símbolo que os habitantes do mundo inferior usavam para agregar valor as coisas)... Estranho, pensou Aurora.

Têmis permanecia sobre o trípode quase como em um transe — seus olhos estavam vendados por um tipo de tecido longo, branco, e por isso Aurora podia ver apenas o nariz e os lábios vermelhos entre abertos sobre sua pele reluzente. Os cabelos dela, castanhos escuros, muito longos, escorriam atrás das costas como cascatas. O vestido plissado de tecido fino, branco, que ela usava, apenas com uma faixa vermelha na cintura, fazia sua pele clara e leitosa reluzir mais ainda daquela distância...

— Essa é Têmis, a segunda pitonisa do templo depois de mim. — anunciou Circe. — Nós estávamos apenas esperando por você... Ela já está preparada.

— E eu estou pronta... — Aurora respondeu, em contrapartida, quase em um sussurro. Seus olhos ainda avaliavam o lugar.

— Então começaremos. Siga-me. — chamou Circe andando.

De outras portas emergiriam mais sacerdotisas, todas vestidas em branco. Elas reuniram-se ao redor do circulo de pedra lixada, mas não o fecharam, de forma que Aurora ainda podia ver Têmis sentada.

Logo, enquanto as sacerdotisas se organizavam, Aurora observou duas delas se separarem das demais para então subir sobre o patamar radiano. Elas se posicionaram uma em cada lado do trípode perto do alcance das mãos de Têmis e ali ficaram.

Circe posicionou a Aurora longe do circulo, mas de frente para a pitonisa. Logo em seguida explicou:

— Preciso que você fique aqui. As sacerdotisas irão cantar e dançar invocando e transmitindo assim seu poder a pitonisa. Logo depois ela descera do trípode e quando o fizer colocara o ramo de flores e o símbolo de ouro, que segura em cada uma de suas mãos, no centro do circulo. Então aí as sacerdotisas lhe tirarão a venda. Ela fecha, assim, uma conexão com o Ouga.

Logo depois Circe apontou e disse:

— Vê os castiçais que queimam incenso dentro do circulo?

— Sim... — respondeu Aurora encarando com os olhos fixos e fascinados tudo que acontecia dentro do salão. Ela observou os dois castiçais altos, finos... fogo crepitava em seus topos e deles uma fumaça suave escapava...

— Depois que a pitonisa largar suas oferendas. Ela mesma, em transe, dança absorvendo o incenso, e então por último bebe o elixir do Fate[3]... e finalmente lança sua profecia.

— Oh, entendo... — Aurora não podia expressar mais fascinação... — Então faremos isso...

— Na verdade já está acontecendo. — respondeu Circe em um sorriso finalmente se afastando de Aurora para controlar o ritual.

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AURORA OBSERVOU calada e fascinada a sincronia das sacerdotisas enquanto elas cantavam palavras de invocação e faziam movimentos jamais vistos em suas danças;

“Mistérios da vida, mistérios da morte... [4]

Mistérios da montanha e da floresta, mistérios da natureza

Mistérios do céu, mistérios da terra

Mistérios de sonhos, mistérios do amor...”

Era o que elas entoavam.

Nos cantos opostos do salão, algumas delas tocavam címbalos, tambores semelhantes à bodhrán’s[5], e instrumentos de corda, como viola de roda e Hurdy Gurdy[6].

“...Mistérios da alma, mistérios da humanidade

Mistérios de pensamentos, mistérios de palavras

Mistérios de dores, mistérios de curas

Mistérios de respostas, mistérios de mistérios...”

A música, com as vozes, era tão inebriante... Todos os instrumentos em sincronia formavam um ritmo único, constante e lindo!

“Não há objetividade a ser pregada, assim como também não há relatividade.

Nenhuma doutrina deve ser encontrada em meus lábios porque é a verdade que eu procuro dar

(...) Amante de Deus. Eu dou o amor que me é dado...
Através dos mistérios da vida, vago em meu caminho
.

E procuro dar um pouco da sabedoria que me é dada...”

Suas vozes líricas que combinavam umas com as outras pareciam movimentar o ar e atrair algo para elas, para o circulo, direto para a pitonisa. Uma energia intensa parecia pairar e dançar sobre o lugar.

Definitivamente havia algo acontecendo ali. O Ouga daria uma resposta a Aurora. Ela mesma podia sentir!

Quando as sacerdotisas terminaram seu canto elas deram as mãos por alguns segundos para depois se separarem. Em seguida com alguns passos elas se afastaram aos poucos do circulo...

Aurora então observou as duas jovens que haviam se postado, anteriormente, perto de Têmis, se levantarem, e, então estender suas mãos para a pitonisa, oferecendo apoio. Com a ajuda das duas outras sacerdotisas Têmis desceu do trípode de ouro. Então foi guiada até o centro do círculo. Ali, foi colocada de joelhos. Aurora então observou, finalmente, como Circe já havia lhe explicado, Têmis colocar suas oferendas — o ramalhete de flores selvagens e o símbolo de ouro — a cada lado oposto de seu corpo. A peça de ouro à esquerda; as flores à direita. Então seus olhos foram desvendados pelas duas outras divindades e Aurora então percebeu, ao encara-la que, assim como a orbita de seus olhos, as íris e suas retinas, eram cinzentas. Era como se ela fosse cega.

Aurora observou as duas jovens ainda do lado de Têmis atiçarem mais o fogo dos incensários sobre os castiçais, até que a fumaça ficasse mais densa. E embora a pitonisa parecesse cega Aurora pode vê-la levantar-se sozinha em uma posição rígida. Parecia realmente já estar num transe, como Circe havia lhe avisado.

As duas outras sacerdotisas se afastaram e então de repente aqueles tambores, que foram tocados juntamente ao ritmo de outros instrumentos e vozes, agora soavam solitários com batidas profundas e ritmadas que faziam seu som ecoar pelo grande salão...

Enquanto uma nova música soava pelo recinto, Aurora viu Têmis em um movimento respirar profundamente, e, de repente, como se a fumaça dos incensários tivesse se juntado ao redor e a frente dela, Têmis a respirou parecendo inala-la por completa...

Logo que parou de absorver a fumaça de perfume doce seu corpo paralisou por apenas dois segundos para então em seguida, em uma mudança completa de comportamento, começar a se movimentar constantemente.

Ela estava dançando.

Seus movimentos consistiam em atirar-se diversas vezes ao chão e se levantar. A cabeça, os braços se movimentavam... em câmera lenta. Tão devagar que ela parecia estar debaixo d’água. Era como se um poder tivesse a possuído. Tomado o total controle sobre tudo. Sobre seus membros e seus movimentos. A fumaça que ela havia inalado antes, agora saia devagar por sua boca e a cercava flutuando ao seu redor. Foi então que uma energia a cercou fazendo seus vestidos quase flutuarem e seus movimentos se tornarem leves. Então já não existia gravidade ao redor dela. Os seus cabelos flutuavam, ela, quase por completa, flutuava...

Logo que a música, o poder e a fumaça desapareceram e cessaram, Têmis caiu de joelhos ao chão... Parecia extremamente exausta e esgotada... mas logo Aurora observou-a levantar-se e caminhar até Circe, mais uma vez então se pondo de joelhos.

Circe estendeu-lhe a mão segurando o recipiente que carregava o elixir do Fate. Tremula a pitonisa inclinou sua cabeça até a mão de Circe e então bebeu... Foi então que aconteceu... Ainda de joelhos, como em um segundo ela novamente havia paralisado, com as mãos apoiadas sobre o colo, seus olhos pairaram sobre Aurora...

Um pressentimento transpassou Aurora. Era algo frio que a fez engolir em seco. Seu coração pulsou forte e então... O tempo parou. Havia a presença de mais alguém ali. “Alguém poderoso atrás dela”, refletiu.

Aurora olhou para a pitonisa, que a encarava de uma distância considerável, de forma inamovível. Isso parecia comum à condição metafísica em que ela se encontrava, quase sempre em transe, mas Aurora estranhou totalmente a situação quando percebeu que não só Têmis estava totalmente paralisada como as outras sacerdotisas e... o resto do salão.

O tempo havia parado.

Tudo ao seu redor de repente estava fora do alcance do tempo.

— Oh, o que está acontecendo? — questionou Aurora em um sussurrou. Os olhos observando com cuidado tudo a sua volta...

— Parei o tempo. — uma voz respondeu e seu tom, a forma que soava no ar, fez algo transpassar Aurora novamente. Aquela sensação de pressentimento mais uma vez a tomou.

Ela se voltou para a voz profunda, ressonante e... masculina.

— Você parou o tempo... no mundo espiritual?! — ela encarou a criatura com quem falava com receio e cuidado.

Ninguém a não ser o Ouga poderia ter esse poder...

— Sim. — ele respondeu simplesmente. Mais uma vez sendo monossilábico.

— Quem é você? — Aurora questionou vendo que ele tinha a forma de uma das divindades, mas que seu corpo era coberto por um grande e comprido manto negro que também caia sobre sua cabeça escondendo assim seu rosto. Ele era muito, mas muito grande. Segurava em suas mãos um grande e grosso livro cheio de selos que se prendia ao seu braço esquerdo por um grilhão e uma corrente... Sim, literalmente uma corrente.

— Chamo-me Leór[7], também sou conhecido como “Sina” ou “Destino”... Parece que você veio aqui justamente para me encontrar, não?

Aurora o observou, tinha de levantar sua cabeça para encara-lo. Ela captou, vindo dele, uma aura totalmente diferente da que as demais divindades apresentavam.

— Não sou como os outros; você está certa. — era como se tivesse lido seus pensamentos para responde-la daquela maneira. — Sou como você, um dos sete Perpétuos[8], e, é por isso que estou aqui...

— Se- sete... Sete Perpétuos? Não sei o que significa... —Aurora sentiu sua voz vacilar.

— Você “não saber” de muitas coisas também é uma das razões pelas quais estou aqui...

Ele era tão enigmático, Aurora estava confusa e não encontrava sentido em nada do que ele falava...

Leór, um dos sete Perpétuos, O Destino, havia aparecido no templo do Oráculo de Erótisi parando o tempo para que pudesse conversar com ela, com Aurora.

De repente as coisas se tornaram um pouco mais claras para Aurora perdendo a obscuridade que a envolvia em confusão e ignorância. Ela lembrou-se das palavras de Circe ao recebê-la no templo:

“Sei por que está aqui. Também conheço o seu destino...”.

“(...) você veio aqui, na verdade, para cumpri-lo.”

Ele. Está criatura, que falava com ela, agora, era O Destino. Ele provavelmente conhecia sua sina, seus caminhos. As futuras escolhas e decisões de Aurora. Ela viera buscar respostas e havia encontrado bem mais... Havia encontrado seu Destino. Poderia obter dele as respostas que desejava? Ou ele estava ali para cumprir outra de suas tarefas?

Antes que ela falasse e perguntasse qualquer coisa ele explicou:

— Como você sabe... as divindades tem muitos filhos... Como não foram criados diretamente do Ouga, são chamados de Imortais... Herdam a imortalidade e poder de seus genitores, mas existe, entre estes Imortais os escolhidos também nomeados de “Os Sete Perpétuos”.

— Escolhidos para reger o universo, o cosmo, os mundos... e você é uma de nós, uma Perpétua.

Ele continuou:

— O título, há muito tempo foi esquecido. Mas os escolhidos como Perpétuos não. Eu o “Destino” exerço meu poder sobre a vida e a morte; designo aqueles que devem viver ou morrer, dito suas sinas. Mas e você Aurora? Você tem o poder sobre o sol. Tem a capacidade de trazer sobre a noite a luz... Também controla a natureza. Os elementos fazem parte de você... No final eu, você e os outros, somos as ferramentas ocultas do Ouga... As chaves essências que fazem os mundos se movimentarem... e hoje estou aqui, como Perpétuo, como Leór, como Destino... para avisar-lhe do que pode encontrar no seu caminho; aqui...

— O que quer dizer? — perguntou ela com cuidado.

De repente ele largou o livro que segurava nas mãos. O grande exemplar caiu, mas logo foi sugado pelo que pareceu ser um buraco negro que surgiu no ar antes mesmo que o livro tocasse o chão. A corrente e o grilhão que o prendiam ao livro antes se desintegraram no ar, como se tivessem deixado de existir...

Ele estendeu suas mãos para a touca sobre seu rosto e então a abaixou revelando sua face...

Aurora observou aquele Perpétuo, como ele mesmo havia se designado. O rosto dele, angular, era coberto por uma pele clara, perfeita. Os olhos eram fendas azuis. Pareciam sondar tudo, ver tudo... O cabelo negro, meio cumprido, cobria seu pescoço e sua tez, mas não impediram que Aurora visse o halo de luz branca atrás de sua cabeça. O halo brilhava e rodava, cheio de símbolos. E de repente ao conhecer seu rosto Aurora percebeu que todo o corpo dele também se iluminava agora. A beleza dele era tão ou mais estonteante que as das demais divindades ou imortais que ela já vira...

— Como parte de sua sina e razão de existência... — ele continuou se aproximando mais agora, o que a fez dar alguns passos a trás. —, proteger aqueles que foram entregue a seus cuidados faz parte de você, como se tivesse sido determinado e escrito em sua alma.

— Aonde exatamente você quer chegar com isso?

— Queria fazer a mesma pergunta a você...

Ela apenas o encarou então o ouviu continuar.

— Aurora, você veio aqui ainda com a esperança de ouvir ao Ouga, mas não sabe que, o que veio buscar de verdade é o conhecimento sobre seu futuro, sobre sua sina, sobre quais serão as consequências se realmente continuar seguindo por este caminho que escolheu...

Ela o encarou em silêncio. Sentia seu coração martelar forte e arrepios percorrerem seu corpo. Sim, ele tinha razão... Porque ela já havia escolhido...

— Sim, você já escolheu... Antes que chegasse aqui, já havia decidido que o sacrifício seria feito, mesmo que custasse algo caro para você... mesmo que custasse sua vida... Mas tudo não é tão simples quanto você julga que é...

— O que quer dizer afinal? É claro que não é simples... Escolher se sacrificar, morrer e deixar de existir... Isso não é uma escolha fácil. Mas como você mesmo disse isso, essa responsabilidade, esse amor protetor que tenho por meus protegidos, é como algo determinado, escrito em minha alma...

— A escolha é sua Aurora... mas saiba apenas que existem outras formas.

— Não, não há... As duas únicas escolhas que tenho agora é rogar ao Ouga para que aniquile Kalona da Terra assim como seus filhos e que, traga paz aos meus protegidos... ou então, se ele me recusar auxilio, sacrificar-me...

Ele apenas a observou para então, por fim, dizer:

— Se escolher ainda escutar a profecia desta pitonisa e tomar a salvação de seus protegidos através do sacrifício, saiba, nunca mais voltara para o mundo Superior... Sua alma não irá também para um descanso, nem para o mundo dos mortos... Você estará condenada a solidão eterna durante os tempos... O preço será caro Aurora; você é uma Perpétua abandonar sua vocação terá grandes consequências para você mesma...

— Estou disposta a correr o risco...

Ele a encarou durante algum tempo antes de, sem palavras, assentir a sua sentença com um manear de cabeça e então com alguns passos para trás afastar-se dela. Um buraco negro do tamanho dele abriu-se a suas costas o engolindo o fazendo desaparecer em seguida.

Logo Aurora viu o tempo voltar ao normal.

Havia a respiração das demais divindades no salão, e, agora, também havia movimento novamente e expectativa. Aquele sentimento de premonição e antecipação pulsou como um frenesi pelo corpo dela, então ela observou Têmis, a pitonisa, abrir seus lábios e soltar sua profecia como se ela e o tempo tivessem sido interrompidos entre lacunas para que "Destino" e "Aurora conversassem!

O pássaro negro caiu, [9]

finalmente... sua força ruiu.

A escuridão do mundo findou quando a Aurora de um novo dia chegou.

O despertar, o novo despertar...

O renascer...

É necessário um sacrifício de sangue para remir aos perdidos...

E quando a Aurora do mundo se findar; uma nova luz nascera...

A-ya”

Aurora entendeu perfeitamente a resposta do Ouga...

“Uma vez que Aurora descansar,

Nos braços da noite morrer

Uma esperança a de chegar; um novo renascer...”

E então depois que terminou sua profecia, em um tipo de parábola, a pitonisa caiu fraca ao chão. Aurora não se movimentou. Continuou parada. Era como se não estivesse realmente ali. Era como se estivesse em outro lugar, apenas observando e escutando...

Então seria assim... Teria de ser o sacrifício...

— Já temos sua resposta... — Aurora escutou Circe falar. De alguma forma, que ela não viu, Circe havia se aproximado e agora estava quase as suas costas...

— Sim, o Ouga deu-me sua resposta e é como você disse... Vim aqui para cumprir meu destino...


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Notas finais do capítulo

Notas do capítulo:

Têmis [1]; foi a primeira pitonisa do Oráculo de Delfos. Uma peça (um vaso) do ano 440 A.C., retrata a entrevista do Rei Egeu com ela. Uma outra Têmis também foi uma deusa; que sim, como disse através de minha narrativa no texto, era a representação da Justiça... Mas eu criei minha própria Têmis, a do Mundo Superior, como uma divindade paradoxal que representa tanto a Têmis do Oráculo como a deusa!

Trípode [2]; Um tipo de assento, quase triangular, com apenas três pernas. Segundo pesquisas relevantes, verídicas ( a cerca do Oráculo), e segundo a própria citação e narração de Plutarco (que descreveu como ocorriam as entrevistas ao Oráculo de Delfos) a pitonisa se assentava em um trípode sim, por isso o descrevi em minha história.

Elixir do Fate [3]; A palavra "Fate" em inglês literalmente significa algo como "Destino" ou "Sina". O oráculo na antiga Grécia não só dava as mais diversas respostas a variadas perguntas como também conselhos como "para o que fazer e como fazer". Também previa o futuro... Segundo discrição de Plutarco e demais historiadores de seu tempo, a Pitonisa, que ficava em uma camará, mais profunda dentro da edificação do Oráculo, em um tipo de gruta, inalava (como em meu texto) um tipo de gás para entrar em transe e depois bebia um tipo de água ou liquido que a fazia "entrar (em transe) em contato" com Apolo (podemos assim dizer) e então ela falava... É por isso que descrevi o ritual assim... mas o elixir ganhou esse nome "Elixir do Fate" porque eu não queria que fosse apenas uma "água" e sim algo que fosse do tipo magico; Então em tradução literal "O elixir do fate" significaria algo como: "A bebida do destino" ou "Elixir do Destino" que ao ser ingerida faz a Pitonisa profetizar "Sobre o destino"...

“Mistérios da vida, mistérios da morte...” [4]; A canção não foi inventada por mim, não. Está é a letra de uma música chamada "Druid" da banda "Eluveitie" uma banda de gênero Folk ( meio mitológica, quase com um som meio celta, meio irlandês...) eu curto muito essa banda... mas quero que você escute mesmo a música "Carnutian Forest" imaginando que as sacerdotisas tocam e cantam essa letra de música que está introduzida no texto...

bodhrán’s [5]; Tipo de tambor tribal Irlandês;

Hurdy Gurdy [6]; Se não me engano também é um instrumento irlandês... O som é lindo... Ouçam "Eluveitie" eles usam esse instrumento...

Leór [7]; Eu transformei em um nome, mas, na verdade era apenas a palavra "Leor" em irlandês que em sua tradução literal significa algo como "Sina".

Sete Perpétuos [8]; Eu usei um pouco de "Sandman" aqui (Se não conhece pesquise) Basicamente os Perpétuos são o que Leór explica, "As engrenagens" que fazem os mundos se movimentaram... Só que os meus Perpétuos vão um pouco além...

“O pássaro negro caiu.." [9]; Esse fui eu que criei.. um tipo de verso, não é música...

E então o que acharam? ^^ As notas foram esclarecedoras? Aguardo retornos, beijos!



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