Apenas Mais Uma de Amor escrita por Yukino Miyazawa


Capítulo 4
Quatro Anos


Notas iniciais do capítulo

Oi cheirosos!! Desculpa pela demora na postagem.

Como sempre relevem os erros que encontrarem pelo caminho.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/495096/chapter/4

– Espera... Tem certeza?

– Claro que tenho!!

– Mas não era para fica assim!

– Você deve ter feito algo errado!

– As medidas estão certas?

– É o que esta escrito aqui...

– Me deixa ver isso!!

– Você esta dizendo que eu não sei lê?

– Me da à droga dessa revista Jaiminho.

– Não... Dou!

– Jaime!

– Vocês vão acorda eles! - Jonathan virou para seu irmãozinho que estava sentado em um banco com seu pijama do bob esponja, seus grandes olhos arregalados. Voltou sua atenção para o irmão do meio, e aproveitando um segundo de distração tomou a revista das mãos dele. Os ingredientes e medidas estavam corretos.

– Viu, eu ditei todos os ingredientes e medidas certos - Jaiminho disse tomando a revista de suas mãos.

– Então o que deu errado?!

– Isso tá com cara de coco! - Fabricio disse fazendo uma careta, o que fez Jonathan abrir um sorriso.

– Cala boca monstrinho!

– Acho que precisa de mais ovos! - Analisou mexendo a massa.

– Que ovos! Precisa é de mais farinha - Jaime disse olhando a revista.

– Aqui tá os ovos! –

– Fabricio me dar esses ovos!- Jonathan colocou a bacia na mesa indo em direção o pequeno.

–Mas eu quero ajudar! - respondeu abraçando a cesta de ovos.

– Fabricio me entrega esses ovos antes que você... – Jonathan não pode termina a frase, Fabricio deu um impulso da cadeira, quando seus pés tocaram o chão, o impacto o fez perde o equilíbrio levando o cesto para o chão, ovos se espalhando pelo chão da cozinha.

– Oops!

– Seu monstrinho, olha o que você fez... - Jaime sussurrou se afastando da meleca no chão.

– Fabricio... Jaime limpa isso! - Jonathan desviou dos ovos e segurou o irmão o afastando da sujeira e o colocando em cima da mesa.

– Por que eu? Você que disse que precisava de mais ovos! Precisa é de mais farinha.

– Olha a farinha! - Fabricio disse segurando o pacote de farinha que estava em cima da mesa.

– Fabricio!!

– O que!!

– Me da isso!

– Larga Jaime!

– Vocês dois soltem isso agora! - Jonathan disse impaciente antes que os irmãos fizessem um desastre maior.

–Não!

– Eu quero ajudar!!

– Solta

– Solta você

BAM!

Jonathan olhou seus irmãos os dois estavam cobertos de farinha, e provavelmente ele não deveria esta em um estado melhor. Suspirou, e puxou o pano que estava sobre a mesa, para começa a limpeza, não tinha percebido que a travessa estava em cima do pano, viu a travessa preferida do seu pai ir ao chão em câmera lenta e se partir ao meio com um barulho que pareceu se espalhar pela casa inteira. Ouviu o gemido do Jaime, ao seu lado.

Um palavrão ser formou em sua boca, mas engoliu quando olhou seu irmãozinho, que olhava para a porta da cozinha sorrindo. Jonathan rezou para não ser o que ele imaginava, mas hoje ele não estava com sorte.

– O que esta acontecendo aqui?!

– Feliz aniversário!!! - Fabricio gritou erguendo os braços, Jonathan encontrou o olhar do Jaime, e por um segundo quis rir, pois o irmão estava ridículo com aquela expressão de “fudeu” na cara e todo coberto de farinha.

Seus pais estavam parados, olhando-os. Tinha que se comporta como o irmão mais velho, iria toma toda a responsabilidade. A cozinha estava um caos, ovos pelo chão, junto da travessa e a massa que parecia coco, farinha por todos os lados.

Era para ser um café da manhã especial. Levariam o café da manhã para eles na cama. Hoje eles comemoravam aniversário de casamento, mas deu tudo errado.

Jonathan e Jaime abaixaram a cabeça em desanimo, a espera da bronca por terem destruído a cozinha. Mas levantaram a cabeça com rapidez ao ouvirem as risadas. Seus pais estavam rindo?! Rindo não, estavam gargalhando!

– Esperem um minuto - Niko saiu da cozinha correndo, sua risada podendo se ouvida da cozinha, voltou um minuto depois com uma maquina na mão.

– Digam Xissss!

****

Niko abriu um sorriso, ao ouvir as risadas vindas da sala.

– Adriana, querida da uma olhadinha aqui, daqui a pouquinho abaixa o fogo.

– Pode deixa seu Niko.

A intensão de Niko era se junta a eles, mas preferiu fica afastado olhando. Sua família. Os quatro estavam em frente a grande tv, jogando vídeo game cada um com um controle tentando fazer os carrinhos na tela irem mais rápidos.

Niko suspirou, no inicio não tinha sido fácil, a casa era menor do que a que eles moravam em São Paulo. A adaptação também não foi moleza, para o Jaiminho, que não dominava o inglês, para o Jonathan que estava em uma nova situação.

Mas esses contratempos apenas fizeram com que se unissem mais. Principalmente entre ele e Felix, não que Niko acreditasse que tudo seria sempre um mar de rosas, mas a verdade é que nunca imaginou que os motivos de suas brigas com Felix, naquele inicio seria por trabalho.

Entendia que Felix precisava sentir que não era sustentado por ele, o que ele não era. A abertura do restaurante foi trabalho completamente dele. Em poucas semanas ele tinha encontrado um ótimo lugar, cuidou dos papeis necessários, contratou funcionários para a reforma, da divulgação... Niko apenas auxiliou na decoração e na comprar dos produtos para o estoque.

Felix se esforçava ao máximo, era o primeiro a chegar ao restaurante e o ultimo a sair. Niko pensou que após a inauguração, as coisas se acalmariam. E por um tempo foi assim.

– Felix... Felix...

– Oi amor... Um minuto! - Niko colocou a cabeça dentro do pequeno quarto que Felix usava como escritório.

– Felix já é tarde.

– Vai para cama... Eu vou daqui a pouquinho! - Felix disse sem tirar os olhos do computador.

– Eu estava na cama... Sentir sua faltar... Felix! - Niko entrou no pequeno cômodo, fechando a porta e encostando-se à mesma.

– Felix você pode olhar pra mim... - Felix levantou o olhar.

– Niko isso é importante... Podemos conversar depois! - Disse já voltando à atenção para a tela a sua frente.

Niko pensou em briga, mas se era importante. Não iria atrapalhar. Lançou um olhar de desaprovação a Felix, que ele não viu, pois estava concentrado no computador e saiu batendo a porta.

Aquela noite, não viu que horas Felix veio para a cama. Assim como nas noites seguintes. Isso quando ele não dormia naquela cadeira, com o rosto grudado no teclado. Mas as coisas ficaram piores, pois a cada dia ele ficava mais impaciente e irritado.

– Mas que droga de barulheira é essa?! A queda de Gomorra!

– Desculpa Pai, a gente tá jogando... Você não quer jogar com a gente?

– Por favor, Jonathan! Vocês já estão bem grandinhos! Niko!

– O que foi... O que esta acontecendo! - Niko que estava na cozinha, apareceu para saber os motivos dos gritos.

– Você não poderia controlar essas crianças! Eles estão fazendo um barulho infernal!

– Barulho... Que barulho Felix!... - Niko perguntou confuso, olhando do Felix para os meninos.

– Você não ouviu toda essa barulheira? - Felix perguntou como se Niko estivesse se fazendo de idiota.

– Desculpa Pai, a gente não vai fazer mais barulho! - Jaiminho falou com olhar de culpa. Olhando para o irmão mais velho. Jonathan puxou o irmão colocando um braço em volta dele.

– Espero! - Felix respondeu rispidamente, voltando ao escritório.

Niko tinha perdido completamente o raciocínio com o que tinha acabado de acontecer. Como Felix podia... Sentia sua respiração acelerar, a raiva pulsando dentro dele.

Quando entrou no escritório, Felix estava novamente em frente ao computador.

– Felix...

– Agora não Niko!

Niko sorriu em descrença, caminho ate a parede mais próxima e puxou a tomada que estava ligada a ela. Felix levou alguns segundos para entender o que tinha acontecido, confusão estampada em seu rosto.

– O-oque... o-que aconteceu... Niko! O que você fez? - Sua voz estava cheia de raiva.

Niko sentiu um prazer indescritível. Felix agora prestava atenção nele.

– Agora podemos conversar! - Niko disse com firmeza.

– Como você pode! Meu trabalho!

– Trabalho?!! Isso é mais importante que sua família! - Niko tentou manter sua voz em um tom baixo.

– Não acredito que você fez isso por uma carência idiota - Felix se levantou e religou o computador na tomada. Voltando a se concentrar no computador.

– Carência?!... - Niko mal podia acreditar no que tinha ouvido

– Você percebeu como tratou o Jaiminho e Jonathan?! Como você vem tratando nossa família. Você mal sai desse lugar... Não dar atenção às crianças... Não me dar atenção! - Niko sentiu as lagrimas ameaçando saírem.

Felix encarou Niko, seus olhos brilhando. Ele abriu a boca, como se quisesse dizer algo, mudou de ideia e voltou à atenção ao computador.

Após alguns segundos Niko o viu suspirar em alivio, provavelmente ao perceber que nada havia sido perdido. Então era isso... Felix se importava mais com essa maquina idiota, do que com sua família... Do que com ele.

As lagrimas vieram. Niko se apoiou na porta, magoa e raiva rivalizando dentro dele. Felix levantou o olhar, o encarando.

– Niko... Por favor, não faz drama!

Niko levou as mãos ao rosto, sentindo-se muito cansado.

– Carneirinho... Você saber como esse projeto é importante... Se der tudo certo... Saber quanto dinheiro vamos ganhar?!

Niko balançou a cabeça em descrença, era apenas nisso que Felix pensava. Dinheiro.

– Não precisamos de mais dinheiro Felix... O restaurante esta indo muito bem.

Felix ficou reto na cadeira. Sua expressão endureceu, quando falou sua voz saiu fria e dura.

– O restaurante é seu! A casa é sua! O dinheiro é seu!

Niko arregalou os olhos em surpresa. Há quanto tempo ele estava guardando isso?

– Há quanto tempo você vem guardando isso?! - exclamou - Isso é ridículo... Voc... - Niko não pode concluir, pois Felix se levantou em um impulso raiva irradiando dele.

– Ridículo!... - Felix cuspiu dando a voltar na mesa - É isso que você achar?... Ah... Já sei... Você esperava que eu ficasse aqui sendo sustentado por você.

– Felix... De onde você tirou isso?! Você tem o seu trabalho...

– Sim. Trabalho para você!

Niko olhou em voltar tentando encontrar o que dizer, mas as palavras não vieram. O silencio se estendeu. Felix estava a sua frete, ao alcance de sua mão. Mas parecia que estavam a quilômetros de distancia.

– Deixa eu termina isso - Felix disse em um sussurro cansado, dando as costas a ele.

Não saia. Não saia. O pensamento se repetia em sua cabeça como um mantra. Alguma coisa lhe dizia que se saísse, nunca mais conseguiria alcança Felix novamente.

Mas suas pernas não se moveram. Seu coração batia tão forte que doía.

Felix se virou. Seus olhos cheio de lagrimas não derramadas. Ele diminuiu a distancia entre eles, suas roupas agora roçavam uma na outra.

– Niko – sua voz saiu rouca. Lagrimas escorrendo por seu rosto.

Niko ergueu sua mão e acaricio o rosto do moreno descendo por seu pescoço, ombro, pela extensão de seu braço até chegar a sua mão onde entrelaçaram seus dedos.

– Eu sinto muito... Eu não sabia...

– Shiii - Felix encostou um dedo nos seus lábios, impedindo-o de falar.

Niko sorriu seu coração já não doía. Mas precisavam conversar não podia deixar que isso se transformasse em um abismo entre eles.

Niko precisou apenas inclinar a cabeça um pouquinho e seus lábios estavam sobre os dele. Em um leve roça. Niko se afastou. Olhando-o.

– Precisamos fala sobre isso Felix... Eu pensei que você estava feliz!

– Eu estou feliz carneirinho - Niko queria acreditar

– Eu nunca estive tão feliz... Eu nunca pensei que seria tão feliz... - Felix inspirou e expirou

– Niko eu tenho medo, de que um dia você acorde e perceba que cometeu um erro. Que você se arrependa... Eu quero que você tenha orgulho de mim.

– Eu tenho orgulho de você meu amor! Você fez tanto por mim, e ainda faz... Olha o restaurante, você fez tudo praticamente sozinho. Mas se esse projeto é importante para você, eu vou te apoia... Eu só quero ficar com você. Os meninos também, eles sentem a sua faltar.

– Eu sei... É só que se isso de certo, tudo vai melhorar... Poderemos comprar uma casa maior... Um outro restaurante. Eu quero pode dar tudo que você e nossos filhos merecem.

– Eu sei... Mas o que eles mais querem agora é fica com o pai deles!

Felix olhou para a porta, voltando seu olhar para Niko, seus olhos brilhando. Ele sorriu e inclinou sua cabeça sua respiração batendo em seu rosto.

– Eu te amo - disse antes de beija-lo...

****

– O jantar esta pronto!

– Pai só mais um pouquinho... Estou dando uma surra nesse cara aqui!

Jonathan riu, mas não desviou a atenção da tela, era verdade que estava levando uma surra, mas fazia meses que não jogava.

– Engraçadinho... Quando terminarmos, veremos quem levou uma surra!

– Você dois, deem pausa nisso e vamos jantar! Agora! - Felix disse.

Jonathan olhou de relance para seu irmão, quando seu pai usava aquele tom de voz significava que eles tinham que fazer o que ele disse que tinham que fazer. O jogo foi pausado. Jonathan esticou seus braços sobre a cabeça.

Como sentia falta disso, a vida no campus era uma loucura em todos os sentidos, mas era em momentos como esse quando estava com sua família, que percebia o quanto sentia falta deles.

Ainda lembrava quando escolheu ir com o pai, na época acreditou que tinha sido uma decisão difícil. Hoje percebia que havia sido uma escolha fácil. Sua mãe tinha sua vida, uma vida que ele não conseguia aprovar totalmente, sua avó e bisavó estava recomeçando suas vidas, com novos amores...

Então seu pai lhe ofereceu a chance de ter uma família. A família que ele nunca teve, pois a família que tinha apesar de parecer perfeita para quem via de fora, era tudo menos perfeita. Perfeito, era essa família.

É claro que no inicio foi... Desafiado. Sua visão de família era bem... Diferente. Era um tolo, e hoje sabia disso. Ver seu pai com Jaime e o Fabricio, no inicio foi doloroso, lembrava-se da sua infância sem o amor paterno, mas sempre tentava tira da cabeça esses pensamentos, pois seu pai agora era o melhor pai que poderia desejar carinhoso, amigo e companheiro. Seu pai. Seu verdadeiro pai.

Não que importasse antes quando pensavam que eram irmãos, o sentimento era igual. Mas não podia negar que foi como se alguma peça que estivesse faltando tivesse sido preenchida, agora estava tudo certo.

Em pensar que aquela noite, onde tudo mudou. Onde descobriu a verdade, que seu pai era realmente seu pai. Onde suas escolhas foram reavaliadas e um novo caminho foi escolhido.

Olhar é aquela... - Jonathan olhou a garota bonita a alguns metros de onde estava, ela correspondeu seu olhar e sorriu. Ela tinha lindos olhos azuis, e um sorriso de matar.

– Ela faz psicologia! - Seu amigo Adam disse dando um leve cutucão em suas costas.

A faculdade tinha vencido um importante jogo de basquete, e a barulheira no estacionamento estava infernal, todos se preparando para irem para o compus, onde rolaria a maior festa regada a muita bebida, e provavelmente terminaria com Jonathan levando aquela garota para o seu quarto.

Estava terminando seu primeiro ano de arquitetura, não podia dizer que estava odiando, longe disso, mas sentia que faltava alguma coisa.

Tinha ido ao jogo no carro do Adam. O amigo segurava uma garrafa de cerveja, e já tinha bebido umas três durante o jogo. Jonathan pegou a chave da mão do amigo. Seu pai sempre lhe enchia a paciência com relação à bebida e direção. Mas isso ele não podia prever.

Tudo aconteceu tão rápido, em um segundo estava com o controle total do carro no milésimo de segundo seguinte, o carro saia da estrada, cantando pneus, sentiu um aperto em seu peito, quando o sinto de segurança o manteve preso ao banco. Uma dor do lado esquerdo, um pouco abaixo de sua axila.

– Mas que merda!... Adam você tá bem?! - Perguntou quando o carro parou de se mover.

Seu amigo olhava para a estrada de onde tinham acabado de sair. O ônibus que tinha acabado de desviar estava atravessado no meio da pista, tombado. Jonathan tirou o sinto, olhou seu amigo que não parecia ter sofrido nenhum arranhão. E correu em direção ao ônibus.

Ainda se perguntava como foi capaz de fazer o que fez, sempre que conhecia alguém, e essa pessoa sabia que sua família era dona de um hospital, sempre presumiam que ele seria um medico, havia também o desprezo que seu pai falava da profissão em conversas com sua mãe, que hoje ele entedia que era decorrente do fato dele não ter conseguido se torna um medico.

Talvez por isso, foi a primeira profissão que descartou.

Mas naquela noite, todas as conversas sobre procedimentos e casos médicos que ouviu durantes anos na mesa de jantar, ou no café da manhã, serviram para ajudar. Mas que isso, serviu para salvar.

Quando os paramédicos chegaram e viram Jonathan ajudando uma garota, foi com surpresa que os ouviu pergunta se ele fazia medicina. E foi com surpresa maior ainda quando sentiu uma dor pulsante do lado esquerdo, afastou o casaco que usava e ao toca o lugar, sua mão saiu encharcada de sangue.

Essa era sua última lembrança daquela noite, quando acordou no dia seguinte estava deitado em uma cama de hospital, seu pai estava deitado em uma poltrona, um pequeno curativo em seu braço.

Depois de abraços apertados, e uma broca sem sentido, onde seu pai reclamou que ganhou vários cabelos brancos, e que ele não tinha idade para ter cabelos brancos, e que ele provavelmente tinha servido o melhor e maior banquete na santa ceia.

Veio à explicação, que um pedaço da garrafa de cerveja que seu amigo bebia, havia lhe cortado e que com toda a adrenalina do que tinha acontecido, não havia percebido que estava perdendo sangue.

Precisou de uma transfusão de sangue, que foi doado por seu pai. E devido à diferença sanguínea descobriu que não poderia ser filho do seu avô. E o exame de DNA só veio a confirma.

Mas descobriu também aquela noite que era isso que queria fazer pelo resto da sua vida. Queria ajudar pessoas, queria salvar vidas.

Arquitetura virou um hobby. Um ano estudando duro, e conseguiu entra na faculdade de Medicina.

Aquela mudança também trouxe muito mais.

– Desculpa não queria atrapalha! - Jonathan olhou o relógio sobre a mesa eram quase meia noite, estava a horas estudando.

– Não esta atrapalhando Niko... - disse esfregando os olhos, e olhando Niko realmente. Ele segurava um prato em uma mão e na outra um grande copo.

– Achei que você precisaria de um descaço - disse colocando o prato e o copo sobre sua mesa de estudos.

– Obrigado! - Niko sorriu e saiu sem dizer mais nada.

No inicio havia um certo incomodo sempre que estava sozinho com Niko, eram sempre gentis um com outro, com o tempo criaram um laço de cordialidade. Mas Jonathan não podia nega que às vezes essa cordialidade o incomodava, era como um muro que nenhum dos dois conseguia derrubar.

***

– Desculpa carneirinho, mas essa reunião é muito importante... Acho que agora consigo um investido para o meu projeto!

– Tudo bem amor... Eu posso ir sozinho não é muito coisa mesmo!

– Eu posso ir com você Niko - Jonathan disse após acompanhar a conversa do seu pai e Niko.

Niko precisava ir ao mercado comprar algumas coisas para o restaurante, seu pai ia com ele, mas de ultima hora surgiu essa reunião com um possível invertido. Jonathan pensou que poderia ajudar em algo.

– Tem certeza... Você não precisa estudar?! - Niko perguntou em duvida.

– Niko vai ser bom ele sair um pouco, ele não sair daquele quarto pra nada, daqui a pouco o cérebro dele vai derrete de tanta estudar. Vai sim Jonathan, vai ser bom descansa um pouco.

Jonathan balançou a cabeça sorrindo. Mas seu pai tinha razão vinha estudando sem descanso, e se continuasse nesse ritmo acabaria ficando doente.

Niko foi rápido nas compras, pois já conhecia a loja e sabia onde ficava tudo que precisava. Estavam no estacionamento guardando as compras.

– Jonathan! - Jonathan se virou em direção à voz, encontrando um velho amigo de high school. Ele se afastou do grupo que o acompanhava.

– Cara como você esta... Soube que largou a faculdade!

– Sim, vou fazer medicina agora!

– Uau... Medicina!... Legal. Cara vai ter uma apresentação de skate na praça central, vamos com a gente!

Seu velho amigo apontou com a cabeça o resto do pessoal e depois olhou Niko como se tivesse acabado de velo, olhou Jonathan com olhar interrogativo. Jonathan trocou o peso do seu corpo de uma perna para outra. A verdade era que não falava muito de sua família, não que sentisse vergonha, quando estava na escola ninguém ficava perguntando sobre seus pais, e ele não saia por ai espalhando sobre a sua família.

– Esse é o Niko – apresentou com um aceno.

– Oi... Jonathan pode ir com seus amigos eu levo tudo para o restaurante tire o resto do dia de folga - Niko disse desviando o olhar.

Jonathan sentiu suas bochechas ficarem vermelhas e percebeu o que Niko tinha acabado de fazer. Dando a entender que trabalhava para ele.

– Cara seu chefe é legal... O meu é um pé no saco... Por isso pedir demissão...

Lembrou-se de todos os lanches que Niko levava enquanto estudava, antes e agora. De como sempre deixava um prato pronto para que ele comesse quando chegava tarde em casa. Ou como no seu ultimo aniversário comprou o tênis que ele estava namorando.

– Niko não é meu chefe... Ele é companheiro do meu pai... É meu outro pai! -disse com firmeza.

– AH... É... Certo... Você vai com a gente? - o garoto parecia constrangido.

– Vou sim, mas a gente se encontra lá.

Jonathan o observou se afastar. Quando se virou Niko estava com a cabeça baixa e meio de costas, mas as lagrimas que escorriam por seus olhos eram impossíveis de esconder.

Esse foi à primeira rachadura no muro que os separavam. Mas quem realmente os ajudou a derruba-lo foi Fabricio.

– Carneirinho é quase certeza que conseguir o investimento ele ficou muito empolgado.

– Que bom Felix sabia que você conseguiria!

– Claro carneirinho você vai ver quando...

Jonathan voltou sua atenção para seus irmãos Fabricio estava no seu colo quase cochilando, Jaime estava lendo um livro no sofá ao lado.

– Ei vocês esta na hora de dormir - Niko disse vindo em direção à sala.

Jonathan estava cansado, se levantou com o irmãozinho no colo. Seu pai estava na cozinha e provavelmente iria demora a dormir empolgado com a reunião.

– Pode deixar, eu ponho esses dois para dormir... Você já vai ter bastante trabalho com aquele ali - disse indicando com a cabeça Félix.

Niko sorriu e suspirou sabendo que aquela era uma verdade irremediável.

– Felix venha da boa noite as crianças

– Boa noite meus filhos - Jonathan fez uma careta e depois sorriu, quando seu pai o beijou, após ter beijado Jaiminho e Fabricio.

Niko beijou Jaiminho e depois se aproximou para beija o Fabricio.

– Boa noite meus amores!

– Boa noite Papai

– Boa noite Papai - Jaiminho disse apos receber o beijo dos pais, ato que foi repetido por Fabricio.

– Boa noite Pai

– Boa noite Niko - Jonathan disse se preparando para sair.

– Espela! - Fabricio disse e olhou para o irmão mais velho e depois para Niko.

–Não é Niko... é Papai!

Jonathan olhou o Pai e depois Niko, por isso nenhum deles esperava. Fabricio encarava Jonathan com seus olhos bem abertos. Ele era muito parecido com Niko.

– Boa noite Pai - Jonathan disse e saiu da sala antes de ver as lagrimas que tinham se formado nos olhos do Niko se derramarem.

Aquela foi à primeira vez. Mesmo com Niko não tendo idade para ser seu pai, sempre que Fabricio estava perto o chamava de Pai. E logo quando Fabricio não estava também.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, próximo cap acho que vem mais rápido.
Então ate lá!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Apenas Mais Uma de Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.