True Love escrita por Bianca Saantos


Capítulo 28
Problemas que o dinheiro tráz.


Notas iniciais do capítulo

Hey !!!!

Voltei depois de uma semana muito cansativa, pelo menos para mim. E queria agradecer pelos maravilhos comentários que recebi sobre o capítulo passado, e também pelas opiniões sobre os atos da senhora Vargas haha'

*Agradecimento muitíssimo especial à Victoria Estoessel Blanco, e não você não é horrível em recomendações, pois eu amei a sua, e fico extremamente feliz que ache tudo aquilo de minha história, Obrigada *-*

É isso Gente....
Boa Leitura !!



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¨¨

_Violetta – uma voz bem longe me chamou. – Violetta – chamou-me novamente, só que dessa vez estava mais próxima, e um arrepio surgiu. Eu estava sendo despertada, mas não queria acordar, queria dormir, e dormir, até não poder mais, eu não era muito disso, mas no momento, quero me isolar um pouco.

Senti algumas caricias em meu rosto e logo algo quente e úmido em minha boca. Abri os olhos e deparei-me com León beijando os meus lábios. Sorri ao ser acordada do jeito mais gostoso que se tem.

_Bom dia dorminhoca – murmurou voltando as carícias em meu rosto. – Nem o despertador te acordou dessa vez. – riu levemente.

_Que... Que horas são...? – perguntei baixo com um pouco de dor de cabeça.

_Tarde. – respondeu. – Ludmila te mandou uma mensagem, disse para você estar lá no horário da tarde, para resolver sua transferência. – disse. – Tomei a liberdade de pegar seu celular. – sorri. – Você está melhor?

_Só com um pouquinho de dor de cabeça – murmurei.

_Você está estranha – disse beijando minha testa. – E eu estou preocupado. Você não está bem meu amor. – León falou acariciando meu cabelo. – Desde o dia do jantar você...

_Eu estou bem – o cortei. – Não precisa se preocupar.

_Se tem haver com... – o interrompi novamente.

_Eu estou bem amor. – falei acariciando seu rosto. – Só preciso refletir sobre algumas coisas. – falei fitando aqueles olhos que me olhavam com tanta ternura.

_Eu me preocupo, me preocupo porque te amo, porque quero te ver bem, animada. – falou abraçando o meu corpo, com seus braços quentes e confortáveis. – Vou te confessar uma coisa.

_O que...? – perguntei curiosa.

_Não imagino minha vida sem você. – falou meigo enquanto acariciava minhas bochechas. – Não sei o que faria sem você.

_Eu... Muito menos

_Então por que não confia a mim suas preocupações? – perguntou suplicante.

_León... – suspirei tirando aquelas cobertas de cima de mim e me pondo sentada em cima da cama. – Eu estou bem, só estou com um pouco de dor de cabeça. – falei calçando os meus chinelos.

Ele não disse nada, apenas se levantou e rumou para fora do quarto, o que me fez pensar que ele estaria chateado ou até mesmo com raiva de mim. Aproveitei que ele saiu do quarto e coloquei uma roupa confortável, não vou trabalhar agora mesmo. Penteei meus cabelos e arrumei a cama, como de costume.

Lembrei-me de uma coisa e corri até a porta, me certificando de que o León não estava passando pelo corredor, e ele não estava, acho que foi embora, ou não, mas a casa estava em um silencio perturbador, acho que Francesca estava dormindo. Fechei a porta com cuidado, fazendo um mínimo ruído.

Fui até a minha cômoda e abri a gaveta tirando o envelope que estava ali dentro, com o dinheiro que o meu pai havia me dado. Sem querer deixei-o cair no chão, esparramando aquela quantia grande. Minha preguiça foi tanta que eu nem peguei, e fui direto ao que me interessava: o número de meu pai.

Peguei o celular e comecei a discar. Chamou por um tempo, mas caiu na caixa postal. Liguei mais uma vez, e no segundo toque ele me atendeu, e eu fiquei um pouco nervosa, sem saber o que dizer ou fazer.

_Alô. – escutei a mesma voz grossa e rouca de anos atrás e sorri.

_Oi – falei meio envergonhada.

_Quem está falando? – perguntou.

_Violetta, sua filha. – respondi.

_Violetta?! – quase gritou do outro lado da linha, ele parecia entusiasmado, o que me fez rir brevemente. – Filha, que bom que me ligou, não sabe o quanto que sinto sua falta. Como você está?

_Estou bem, e o senhor? – perguntei.

_Estou muito melhor agora que eu soube que minha filha está bem. – disse. – Como tem passado? Está bem financeiramente? Precisa de algo? Está... – o interrompi, ele parecia maluco por informações.

_Eu estou bem. – falei o cortando. – Não passo mais necessidade em relação ao dinheiro, consegui um novo emprego, e estou muito bem, se quer saber. – revelei e ouvi-o suspirar. – Por que me mandou todo esse dinheiro? – perguntei vendo as notas espalhadas no chão.

_Achei que era uma forma de você me perdoa pelo tempo que te deixei sozinha. – contou com uma voz um pouco triste.

_Não funcionou – falei um pouco dura. – Uma coisa nesses dois anos que eu aprendi, é que dinheiro não compra felicidade, muito menos o perdão. E pai, francamente, não sai o porquê, do senhor, ter feito essa idiotice. Se me conhecesse realmente saberia que eu nunca irei aceitar esse dinheiro.

_Você não utilizou?

_Não.

_Pra que esse orgulho? – perguntou um tanto irritado.

_Não é orgulho. – neguei. – É só que eu não gosto disso, não gosto que as pessoas me vejam como uma interesseira, que só quer se dá bem na vida. Eu quero batalhar, mas acho que ninguém me vê dessa forma.

_E o seu marido? Ele é rico? Já tem filhos?

_Eu não tenho marido. – falei. – E acho que ainda é cedo demais para pensar em filhos. – disse um pouco mais baixo. – Eu estou namorando, ele é um cara muito gente boa se o senhor quer saber.

_É rico?

_O que importa se ele é rico ou não, pai? – falei um pouco cansada. – O amor não está naquilo que a pessoa tem, e sim no que ela é. E o León é um homem estudado e bem empregado, além de ser um amor comigo.

_Ele é rico. – afirmou com uma risadinha. – Vocês se dão bem? E sua relação com a família dele? – perguntou invasivo.

_Acho que nos damos bem. – falei. – Uns desentendimentos são normais. – disse me lembrando de hoje de manhã. – E com relação à família... Eles não gostam de mim. – disse triste.

_Como não?

_Assim como você, a mãe dele me ofereceu dinheiro. Mas para me afastar dele, porque ela disse que estando com o León, eu ofendo a ela e a família dela. – falei com certa magoa. – Eu não o mereço.

_Ah filha... Não pense assim. – disse como consolo. – Você gosta dele?

_Eu o amo. – falei sincera. – E sem ele, já não me sinto eu mesma.

_Então pronto, vocês se amam, é isso que importa.

_Você não entende, você não vive o sufoco que eu vivo, não escuta a mãe dele falando da pretendente que arrumou para ele, que é mil vezes melhor do que eu. Não viu quando ela me humilhou, e também não esteve presente quando me ameaçou.

_Ela te ameaçou? – perguntou abismado e com certa preocupação na voz.

_Ela me disse vai acabar com a minha história de romance, e isso me da muito medo. – falei com certa agonia no coração.

_Por que não me disse isso antes? – Escutei a voz rouca e pesada de León soar atrás de mim, me dando um grande susto.

Ele estava apoiado de lado na porta. Com as mãos dentro do bolso da alça de moletom azul escurecida. Ele me olhava com certa decepção e magoa. E eu juro que não o escutei abrindo aquela porcaria de porta.

_Violetta? Está aí? – meu pai falava no telefone.

_Eu tenho que desligar. – falei e ele bufou do outro lado. – Desculpe se te perturbei, outro dia conversamos com mais calma. – falei apreensiva, olhando para León que me olhava atentamente. – Tchau. – desliguei.

Evitando um olhar mais irritado do homem mais lindo do mundo, que estava apoiado na porta, abaixei pegando aquele monte de notas grandes espalhadas a minha frente. Peguei uma por uma, colocando de volta dentro do envelope, e logo guardando na gaveta.

Assim que terminei virei para ele, que ainda se mantinha em silêncio aguardando minha explicação. Suspirei um pouco nervosa, eu não queria que ele ficasse brigado ou chateado com a própria mãe. Eu não tinha minha mãe, e isso me dói, não queria que as pessoas passassem pelo mesmo.

_Onde você estava? – Perguntei baixo, já que a casa parecia vazia e muito silenciosa.

_Na sala – respondeu curto.

_Por que estava escutando? – perguntei, porque nunca vi nenhuma atitude desse tipo vindo da parte de León.

_Apenas vim te chamar para o café e acabei escutando. – explicou sem em nenhum momento desviar seu olhar de mim.

_O que você ouviu?

_O necessário para saber o porquê de seus pesadelos e preocupações. – respondeu vindo até mim. – Aquele dinheiro que estava no chão, foi o que minha mão te deu? – perguntou cruzando os baixos na altura do peito, com a face bem séria. Não respondi, tinha medo de complicar ainda mais. – Não acredito que você foi capaz de aceitar esse dinheiro sujo Violetta. – falou bravo.

_Não foi sua mãe que me deu – falei em um tom normal. – Eu não aceitei aquele dinheiro, porque eu te amo demais, e eu não sou uma interesseira como o meu pai, sua mãe, e agora você, acham que eu sou. – disse. – Aquele dinheiro foi meu pai que me enviou, se quiser posso até te mostrar o bilhete, se você não acredita em mim. – falei abrindo minha gavetinha e tirando o bilhete de meu pai e entregando ao León.

Ele correu os olhos por aquele pedaço de papel, lendo-o. Esperei ele dizer algo, mas o mesmo demorou mais do que o esperado, e depois que terminou, apenas soltou um suspiro pesado balançando a cabeça negativamente.

_Esta vendo, não tem nada a ver com sua mãe, este dinheiro. – falei tomando novamente o bilhete. – E eu também não aceitei esse dinheiro de meu pai. Eu me dou o respeito, não quero que as pessoas pensem que por dinheiro eu faço qualquer coisa, porque eu não faço.

_Quando minha mãe te ameaçou?

_Não quero falar disso. – falei abaixando o olhar, observando os meus próprios pés.

_Estou te pedindo Violetta. – falou num tom mais firme, e ele estava evidentemente irritado porque meu nome soava extremamente agressivo em suas falas.


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Notas finais do capítulo

E aí ??
O que acharam do capítulo??
Provavelmente amanhã postarei mais um, não sei, depende se eu estiver criativa e bem disposta.
Beijos!!