GaLe - Acampamento Escolar escrita por Bi Hyuuga


Capítulo 22
Meu Mundo Desaba


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridos leitores! Tudo bem com vocês?

Primeiramente, eu queria agradecer à okumura Rin, Shiro Lowell, Tia Nekomori Kawaii, juvia sama, Rafaela, Just That Girl, Saya, NakayamaKaori, little blue, Watamote, Isa Isa Neko Chan e sweet cupcake pelos lindos comentários do capítulo anterior! Amei todos!

Bom, era para eu ter postado esse capítulo ontem, mas como eu não tinha revisado e não estava tão satisfeita com o resultado, mudei de ideia. Agora ele já está arrumado e revisado. A única coisa que eu quero avisar é que ficou um pouquinho dramático o final, ok?

Por enquanto é só isso. Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/494849/chapter/22

Levy POV’s on

– Por que me beijou? – Gajeel pergunta.

– Porque eu quis. É o suficiente pra você? – ele me irrita muito. Já é o quê? A terceira ou quarta vez que ele me pergunta isso? Por um momento me arrependi de ter dito aquilo, mas após ver o choque no rosto dele e vê-lo sem reação, deixei essa sensação de lado e sorri por dentro.

Suspirei fechando os olhos.

– Agora que eu respondi, tenho direito de te questionar também – falei e fitei os olhos castanhos avermelhados de Gajeel enquanto cruzava os braços. - Por que retribuiu?

Ele ficou pálido. Não pálido por estar passando mal ou coisa do gênero, mas pálido por causa da surpresa. Mas afinal, nada mais justo do que eu perguntar isso, certo?

Gajeel não respondeu. Eu senti as mãos dele apertarem mais forte minha cintura e corei. Ele estava tenso, eu sei, mas isso não faz com que eu não fique com vergonha.

– Estou esperando uma resposta – falei sem parar de fitá-lo. Seu rosto estava corado e sério agora (imagino que o meu também). – Tenho direito à minha resposta também.

– Por... vontade... própria...? – escutei-o murmurando. Espera aí, ele ainda está lembrando-se da minha resposta? – Eu não sei, baixinha... – ele finalmente disse.

– Eu também te respondi isso e você não aceitou como resposta, logo exijo que a minha também seja objetiva. – eu realmente não sei como minha voz não estava saindo trêmula. Talvez minha curiosidade esteja falando mais alto que a timidez.

Ele me encarou e franziu o cenho. Gajeel puxou-me e fez nossos corpos grudarem, imobilizando-me.

Comecei a me debater sem perceber que nossos rostos estavam a milímetros de distância.

– Ora, Gajeel, solte-me agora! O que pensa que está fazen... – a pergunta ficou no ar quando eu abri meus olhos. Ele me encarava como se me analisasse.

– Por que quer tanto saber?

– Responda minha pergunta primeiro – ele não vai virar o jogo.

– Impulso? Isso serve? – ele disse meio apreensivo.

– Isso não pode ter sido um impulso! Agir por impulso é o que você acabou de fazer e... – enquanto falava e me debatia, não percebi que ele me encarava com uma cara divertida. Calei-me.

– Parou? – perguntou. Eu não respondi, apenas virei o rosto e fiquei com uma cara emburrada.

– Por que só eu tenho que responder de verdade? – resmungava baixinho. – Não é justo.

Não pude ver a expressão dele, eu apenas senti seus lábios nos meus. Por um momento fiquei imóvel. Logo depois descruzei os braços e envolvi o pescoço dele com os mesmos, assim, fechando meus olhos.

Foi um beijo carinhoso, calmo e romântico. Gajeel pediu passagem com a língua. Hesitei rapidamente, mas logo cedi. Estávamos em sincronia até eu mesma parar o beijo.

Continuei com os olhos fechados e com a nuca apoiada na dele.

– Por que vez isso? – sussurrei com a voz falha.

– Agora estamos quites. – respondeu, simplesmente. Em seguida se levantou e dirigiu-se à porta.

Tu Dum ♥ Tu Dum ♥

Apoiei-me no balcão recuperando o fôlego e torcendo para que ninguém me visse, mas é claro que isso não aconteceu.

– Le-chan! – Lucy, Juvia e Lisanna corriam em minha direção – O que acabo de acontecer aqui?

– Estavam nos espionando? – Graças a Kami que minha voz saiu normal.

– Hai! – a loira responde como se fosse óbvio. – Estão juntos? – ela foi direta.

– Nani? – perguntei, fitando Lucy. Acho que não escutei direito.

– Você ouviu... Estão juntos?

– Ma-Mas é claro que não! – como explicar para elas o que acabou de acontecer?

Esforçando-me ao máximo, relatei o ocorrido desde a primeira festa até agora, resumindo da melhor forma que conseguia e de modo que desse para entender.

– Agora estamos apenas... quites – conclui, usando a mesma expressão que Gajeel.

– Como tem coragem de dizer que estão quites? – a loira pareceu indignada.

– Lucy tem razão. – pronunciou Lisanna – Não se fica quite com alguém que você beijou mais de uma vez – ela enfatizou as últimas palavras.

– Juvia concorda. Você devia falar com Gajeel e dizer o que sente antes que a Juvia faça isso.

– Eu não sei. – fiz uma careta. Não era tão fácil como elas imaginavam. Ou será que era? – Já falei pra vocês. Paixão passa com tempo, não quero me envolver.

– Para de ser chata Levy – Lucy repreendeu-me – Desde que eu te conheço você nunca namorou ninguém. Já está na hora. – revirei os olhos. A loira era mesmo insistente.

– Vou indo – mudei de assunto.

– Mas já? – Lisanna pergunta e eu assinto.

Despeço-me delas e sigo de volta para o dormitório. Temos apenas mais um dia no acampamento.

(...)

Gajeel POV’s on

Sábado. Último dia aqui. Sem nenhum tipo de atividade em grupo com a intensão de compensar a aula. Poderíamos fazer o que quisermos, segundo o diretor. Mas não foi isso que aconteceu, JÁ QUE O MALDITO SOL ESTÁ NA MINHA CARA EM PLENA MANHÃ E EU NÃO POSSO DORMIR ATÉ TARDE! CADÊ O “FAZER O QUE QUISER”? KUSO!

Eu não era o único que xingava’ (não só mentalmente) no quarto. Parece que todos os outros meninos também queriam fazer o mesmo que eu, mas foram igualmente impedidos.

Ainda resmungando, sentei na cama e esfreguei os olhos. Eu devia estar parecendo um zumbi tamanhas olheiras que devia estar.

Enquanto ainda estava tentando acordar, sinto uma coisa fofinha bater na minha cara.

– Tudo bem... QUEM JOGOU ESSE TRAVESSEIRO? – como já perceberem, EU ESTOU DE MAU HUMOR! Não obtive resposta, o que me deixou mais irritado ainda.

O único que estava como todos os outros dias era Rogue, que mexia no celular na cama e parecia bem entretido. O que será que ele está fazendo?

Levy POV’s on

Tanto as meninas como eu, resolvemos ficar no quarto pela manhã, afinal, nada mais que tinha no acampamento nos interessava. Já conhecíamos tudo por lá.

As meninas estavam formando uma roda no centro do dormitório para conversar.

– Levy-chan! - escutei Lucy me chamando e gesticulando para que eu sentasse ali com elas. Nesse exato momento recebo uma mensagem.

– Já vou, Lu-chan! – falei pegando meu celular. Número desconhecido? Li o texto.

Levy, aqui é o Rogue. Queria te dizer uma coisa. – Meus músculos enrijeceram. Espero que não esteja planejando nada.

– O que quer Rogue?

– Eu ia falar com você na festa, mas estava muito ocupado com Gajeel.

– Desembucha logo.

–. A essa altura você já deve saber o que aconteceu há algum tempo comigo e com a Juvia, por isso peço desculpa, pois tenho quase certeza que você pensou que eu ia acabar fazendo o mesmo com você.

“Na festa de quinta-feira, eu conheci uma garota pela qual me apaixonei de verdade e que sente o mesmo por mim, não irei mais tentar nada com você, até por que sei o que sente pelo Gajeel. Podemos ser amigos?” – Admito, eu não esperava por isso. Não sei, algo me diz que ele está falando sério e sem segundas intenções.

– Tudo bem e... como sabe sobre...ele?

– Está na cara. – Kami-sama! N-na cara?

– Não conte pra ele, onegai. – Não me juguem, ok? Foi a única resposta que eu pensei que não parecesse desesperada.

– Não se preocupe. – Vou tentar.

– Ahn... como conseguiu meu número?

– Olhei o celular do Gajeel sem que ele percebesse.

– Oh – A conversa acabou aí. De verdade, essa foi a conversa mais estranha e rápida que eu já tive em toda a minha vida.

– Le-chan! Venha logo! – Lucy chamou-me mais uma vez e eu me juntei à elas.

(...)

Gajeel POV’s on

Era o quê? Umas 16h00 já? Bom isso não importa, estava sol e jogávamos futebol. O esquentadinho, o stripper e o Jellal estavam no meu time e Rogue, Sting, Loke e Laxus no outro.

Erza, Juvia, Mira e Lisanna assistiam-nos. A azulada torcia enquanto gritava “Gray-sama” para que todos escutassem. As albinas queriam que o irmão ganhasse e Erza mostrava-se indiferente quanto ao vencedor, embora eu tivesse minhas dúvidas que ela não estivesse torcendo pra ninguém.

Demos uma pausa de 5 minutos para tomarmos água.

Fui até a arquibancada onde eu deixara minha garrafa de água. Tirei a camisa toda suada, joguei em qualquer canto e comecei a tomar grandes goles do líquido.

– Gajeel – escuto alguém me chamar e dou um giro de 180º. Tamanho médio, cabelos pretos, curtos e lisos, expressão séria e braços cruzados.

– O que é, Rogue? – disse frio e sem tentar ao menos deixar isso transparecer.

Levy POV’s on

– Vamos, Lu-chan! Eles já devem estar jogando! – corremos até o campo onde Erza havia nos informado que os meninos iam jogar. Quanto mais passos dávamos, mais longe parecia estar, até que finalmente chegamos, ofegantes.

Apoiei minhas mãos nos joelhos puxando o ar com força para recuperar o fôlego.

Escuto uma voz não tão distante.

– Você não percebeu nada? É burro o suficiente para não perceber o que ela sente? – era a voz de Rogue. Levantei a cabeça. A uns cinco metros na minha frente, encontrava-se Gajeel virado de costas para mim e Rogue, que acabara de me notar ali.

Neguei com a cabeça, em um sinal de quase súplica, como se dissesse “Onegai, não diga nada!”. Basicamente, ele me ignorou, o que me deixou um pouco frustrada. Poxa’, ele tinha dito que não ia falar nada.

– Mas o que... – Gajeel parecia confuso.

– Estamos falando da Levy, imbecil – ótimo, muito obrigada Rogue.

– O que tem ela?

– Não só ela, mas você também. Levy te ama e você ama ela, só que, é claro, nenhum dos dois admite.

– Eu não amo ela...

– Mas é muito óbvio que...

– E o que você tem a ver com isso? Eu não gosto dela. – Gajeel falou com a voz em um tom um pouco mais alto – Eu não gosto dela. – repetiu ele, dando ênfase à antepenúltima palavra. Larguei a garrafa que estava em minhas mãos, o fazendo virar-se para mim.

Eu sei, já esperava que ele dissesse isso, mas depois do que ele fez ontem, esperava pelo menos um mínimo de consideração, ou algo assim. Senti uma queimação na garganta, minha cabeça pesar e meus olhos se encherem e, mesmo tentando evitar, lágrimas escorreram pelos meus olhos. Apenas corri.

Gajeel POV’s on

Escutei algo cair no chão e virei-me. A baixinha estava ali e me olhava triste. Mas isso não foi o pior.

Quando vi as primeiras lágrimas escorrerem pelo seu rostinho perfeito, meu mundo desabou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu disse que ficou um pouco dramático. Espero que tenham gostado!

Meus queridos, estou pretendendo concluir a fic no 25º capítulo, ou seja, ela está na reta final. Não tenho certeza se realmente vai acabar no capítulo 25, pode pode acabar tendo mais ou até mesmo menos capítulos. No próximo avisarei com certeza em qual ela acaba.

Espero que vocês continuem me acompanhando até o final!

Críticas? Sugestões? Elogios? Gostaram? Odiaram? Querem me matar? Estou toda a ouvidos. Espero vocês nos comentários!

Até sexta ou sábado, dependendo do meu tempo. Beijokas! o/