GaLe - Acampamento Escolar escrita por Bi Hyuuga


Capítulo 14
Invadindo Pensamentos


Notas iniciais do capítulo

Yoo minna! Capítulo mais cedo de novo! XD
Esse capítulo ficou maior do que o normal porque eu estava inspirada, coisa que não acontece sempre. Particularmente, fiquei satisfeita com o que escrevi.
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Obrigada à Just That Girl, little blue, okumura Rin, Shiro Lowell e ErzaKawaiiPotato pelos ÚNICOS comentários do capítulo anterior! Fico feliz que estejam gostando!
Obrigada à Shiro Lowell e à Musefanpl KUN pelas lindas segunda e terceira recomendações da fic! Amei elas! Muito obrigada *-*
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Sem mais delongas, boa leitura



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Gajeel POV’s on

Não acredito! Como ele teve coragem de fazer isso? E ainda passar por “herói” da história? Ele está fazendo o mesmo joguinho que fez com a Juvia!

Depois de a baixinha ter subido as escadas, o infeliz se aproveitou. Propositalmente, quando “ninguém” estava vendo, ele bateu na escada, fazendo com que ela caísse. Rogue pegou-a e depois atingiu o chão e agora está passando por “herói”. E o pior de tudo é que se eu contar pra anã que a verdade, na realidade, é essa, ela não vai acreditar!

Neste exato momento, eu estou encarando o cara de pau do Rogue me segurando pra não voar no pescoço dele. Como ele pôde? Cerrei os punhos quase enterrando minhas unhas na mão por conta da força. Já perdi a paciência.

Poucos minutos depois do ocorrido, a equipe da Lucy chega ao salão seguido da equipe da Juvia. O diretor parabenizou estas fez um discurso sobre o objetivo dessa atividade (que, na minha humilde opinião, foi uma perda de tempo completa), e nos mandou de volta para os dormitórios, onde iriamos tomar banho e nos arrumar (pois estávamos suados, sujos e cansados) para depois almoçarmos.

Senti um par de olhos me observando grande parte do tempo, porém os ignorei, e, quando o diretor nos liberou, segui direto para o quarto, sem olhar para nenhum dos lados sequer.

Levy POV’s on

Tenho que ser sincera: Enquanto o diretor falava, eu não estava prestando 100% de atenção; 30% dela estava voltada para Gajeel. Por incrível que pareça, eu fiquei de certa forma preocupada, afinal, o que o deixara tão bravo? Ou melhor, o que o deixara tão furioso? O Rogue apenas me impediu de cair, igual ele já fez algumas vezes... ok, várias vezes, o que chega a ser até irônico, pois ele vive tentando me fazer cair e me irritando ao me dar apelidos por conta da minha altura.

Segui com até o dormitório. Lucy já estava no banho. Erza, Mira e Juvia conversavam enquanto preparavam suas coisas. Cana estava jogada na cama, quase dormindo. E Lisanna estava sentada procurando algo em sua mala. Olhá-la me fez lembrar uma cena que aconteceu hoje pela manhã.

Flashback on

“- Yooooo – chega Natsu gritando e abraçando Lucy por trás. Pude perceber certo desvio de olhar da pessoa que estava ao meu lado. Lisanna.”

Flashback off

Por que será que ela ficou daquele jeito, mesmo que por poucos segundos? Minha curiosidade falou mais alto. Aproximei-me dela.

– Yo, Li – disse sentando na cama ao lado dela.

– Yo, Levy – ela me olhou com um sorriso e depois voltou a procurar alguma coisa na mochila. – Tudo bem?

– Tudo sim, só não sei se posso dizer o mesmo de você.

– Por que não? – ela me olhou com uma cara de interrogação e olhou-me novamente.

– Vou ser bem direta com você, Li – comecei – Hoje, na hora do café, quando o Natsu abraçou a Lucy, você meio que deu uma desviada de olhar que não passou despercebida por mim. – falei casualmente para não causar “possíveis danos” – Posso saber por quê?

– Aah, não é nada, é bobeira – ela respondeu.

– Não, eu sei que não é bobeira. Tem certeza que não quer falar?

Ela voltou a olhar a mochila sem dizer nada por alguns instantes. Depois, com um sorriso tímido no rosto, ela começou a me contar:

– Eu conheço o Natsu há mais tempo que você conhece a Lucy, imagino. Desde quando tínhamos três anos, brincávamos juntos no quintal da minha casa ou, mais tarde, na rua. Até criamos um gatinho que encontramos abandonado. Éramos, e ainda somos muito amigos.

“Quando eu completei 12 anos, passamos um dia inteiro juntos brincando de tudo o que você pode imaginar. Foi um dos melhores dias da minha vida, como também o dia em que passei a me sentir diferente em relação á ele, ou eu pelo menos achava que sim. Pensava que tinha me apaixonado, e achava que ele também era e, com isso, alimentava esse sentimento que não era verdade. Fiz isso até a Lucy entrar na escola.”

“Quando ela chegou, pude perceber que a forma de como o Natsu agia com ela era diferente da forma de como ele agia comigo, percebia que até o olhar era diferente. Ele não estava apaixonado por mim, e sim pela Lucy.”

“A partir daí passei a notar que nossa relação era de irmãos, e não de amor em outro sentido e também notei que eu não sentia o que achava que sentia. Por isso, quando eu descobri que eles estavam namorando, meu coração apertou um pouquinho da mesma forma que aconteceu hoje. Mas já passou. Eu disse que era bobeira. Não sinto nada por ele nesse sentido, mas por achar que sentia antes, fez com que eu sentisse isso hoje” – Ela fez uma careta depois disso como se estivesse pensando na possibilidade de estarem juntos hoje – Ia ser bem esquisito eu e o Natsu. – ela começou a rir e eu a acompanhei. Era engraçado vê-la daquele jeito.

– Mas então... Não tem nenhum pretendente? – pergunto em meio aos risos.

– Pretendentes? – ela gargalhou mais – Só na próxima encarnação – rimos ainda mais.

Escutamos a porta do banheiro se abrir. Lucy saiu. Estava usando uma saia rosa, uma regata baby look preta e estava com o cabelo preso como sempre. Ela veio em nossa direção enquanto Erza entrava no banheiro.

Conversamos bastante até chegar a minha vez de ir tomar banho.

Peguei minhas coisas e entrei. A água estava bem quente por conta do sol, fazendo com que eu tivesse que abrir mais o registro de água fria.

Em poucos minutos, já saíra do banho e me trocara. Eu estava com um short jeans até o meio da coxa, uma camiseta verde com mangas até a dobra do cotovelo e uma tiara rosa bebê que impedia meu cabelo de cair no rosto. Usava um All Star preto com detalhes em branco.

Sai do banheiro e me juntei às meninas. Faltava apenas Juvia para tomar banho. Deixamo-la por último pelo simples fato dela demorar demais, já que ela adorava água. Vai entender.

Gajeel POV’s on

Vou demorar bastante no banho. O dia nem começou e eu já estou cansado. Ninguém merece. Primeira manhã no acampamento e o diretor já vêm com uma “atividade educativa” para encher nossas cabeças. Acho que nem a baixinha gostou, e olha que ela é cheia de “frescurinhas” literárias, educativas e blá, blá, blá, aquelas coisas quem enchem o saco. Por mais que ela seja esperta, inteligente, estudiosa, dedicada, ela não pareceu gostar da “atividade”. Mas... ahn... por que eu estou pensando na baixinha mesmo?

Faço uma careta embaixo do chuveiro. Que estranho.

Enfim, ter que quebrar a cabeça para “desvendar mistérios” e achar pistas, que perda de tempo (não, eu não vou parar de repetir isso)! E ainda tem o idiota do Rogue, que, além de bancar o espertão e metido a romântico, fica dando em cima da baixinha. Quem é tão trouxa de fazer a menina cair de propósito para parecer o “herói da história”? E a anã acredita! O Rogue está conseguindo...

– Ei, Gajeel! – gritou Natsu batendo na porta – Sai daí!

– Eu to’ tomando banho seu idiota!

– Você tá’ demorando muito! Eu quero entrar!

– Cala boca e me deixa em paz! – esbravejei. O Natsu é um baka. Nem tomar banho mais eu posso.

... Enfim, o Rogue está conseguindo fazer o joguinho dele de novo, igual que ele fez com a Juvia há alguns anos. Que raiva! Ódio desse imbecil! Eu vou tentar livrar a baixinha dessa roubada! Ela não pode cair na laia desse aí. Mas eu estou me preocupando à toa, na verdade, “se preocupar” não é exatamente a palavra certa, está mais para um sentimento de intranquilidade, não, não, espera de angústia; não, não, de... er... er... VOCÊS JÁ ENTENDERAM!

– Abre essa porta, Gajeel! – gritou Natsu do outro lado.

– Calma aí esquentadinho! – berrei.

Desliguei o chuveiro, sai do box e comecei a me trocar.

... Bom, não sei que palavra usar, mas como vocês JÁ ENTENDERAM... A baixinha devia perceber que o Rogue tá’ fazendo um joguinho, ela tem capacidade suficiente para perceber que...

Interrompo meu “raciocínio”. Por que eu estava pensando na pequena?

Levy POV’s on

Pela segunda vez, as meninas estavam esperando os meninos para ir almoçar, igual aconteceu pela manhã. Estávamos conversando sobre coisas banais. Claro que sempre aparecia o assunto “garotos”, tipo Natsu, Jellal, Laxus e alguns outros. Mas eu não estava prestando atenção no quea animaç elas falavam. Eu absorvia algumas palavras, o suficiente para saber do que se tratava.

Meus pensamentos pairavam no ocorrido a pouco, com o Rogue. Gajeel ficara tão furioso. Por que será? Ele viu alguma coisa que eu não vi, por acaso? Sabe de alguma coisa que eu não sei? Arrrg! Odeio não entender as coisas! Acho que vou perguntar para o Gajeel depois o que aconteceu para ele ficar desse jeito, já que minha curiosidade fala mais alto e...

– Levy! – Lisanna chamou – Eu estou falando com você!

Despertei-me de meus devaneios.

– Aah, gamem. Eu estava...

– ...Pensando no Rogue? – Lucy completou com um sorriso malicioso.

– Não seja tonta, Lucy-chan, é claro que eu não estava pensando no Rogue!

– Aah, tem razão – Cana se pronunciou – Ela estava pensando no Gajeel.

Senti uma queimação nas bochechas.

– E por que eu pensaria naquele ogro? – perguntei tentando não perder a compostura. – Ele me irrita!

– Awn! – falou a Mira – Ela está vermelhinha! – Até ela?

– Er... parem de serem bestas! Eu não gosto dele!

– Seu rosto diz o contrário – Erza provocou.

– Quanta maturidade... – reclamei. Elas deram risinhos.

Pude ouvir uma delas dizer “Ficou bravinha”, mas resolvi ignorar. Levantei e fui para o banheiro. Fechei a porta atrás de mim e me olhei no espelho. Eu realmente tinha corado. Mas é claro, Levy! Você estava mesmo pensando nele!

Respirei fundo. Como era difícil. A pessoa te irrita, te tira do sério, faz você cair, ri da sua cara, faz piadinha e você, depois, é acusada de gostar de dela.

Paciência é uma virtude, pena que eu não tenho.

Sai do banheiro, agora recuperada (ou quase). As meninas conversavam sobre o possível (e visível) caso entre Erza e Jellal. Pude perceber que ela, apesar de durona e coisas do tipo, ficava incomodada com esse assunto, tanto que eu não conseguia distinguir o rosto dela dos cabelos escarlates dela. Segurei uma risada.

Sentei-me na minha cama, peguei um livro e continuei minha leitura enquanto esperávamos os meninos para o almoço. Porém, meus pensamentos voltaram.

Por que Gajeel. Estava tão bravo?

Uma ideia me veio à cabeça.

– Ei, Juvia – chamei-a de forma que só ela pudesse me escutar. – Empresta seu celular, por favor?

– Hai – ela respondeu – Por quê?

– É que eu quero ver se você tem o número do celular de uma pessoa.

– Gajeel? – ela perguntou de volta, sem fazer nenhum olhar “pervertido” ou dar risadinhas igual algumas pessoas fariam, tipo a Lucy.

– Como sabe?

– Não sabia – ela deu de ombros, me entregou o celular e voltou para a conversa com as meninas.

Procurei nos contatos até encontrar quem eu queria. Passei o número pro meu celular e devolvi o outro para Juvia, agradecendo-a.

Gajeel POV’s on

Estava deitado na cama escutando música e esperando o resto tomar banho quando senti meu celular vibrar no travesseiro. Peguei-o e olhei o número. Desconhecido. Franzi o cenho. Abri a caixa de mensagens.

– “Por que ficou com aquela cara hoje depois que o Rogue me impediu de cair?”.

– “Baixinha? Como conseguiu meu número?”.

– “Juvia”.

– “Pra quê?”

– “Porque eu quero saber o motivo da sua raiva de hoje, como eu já disse”.

– “E por que você quer saber?”.

– “Curiosidade. Agora para de me enrolar e responde”.

– “Você não vai acreditar, o que adianta falar?”.

– “Vai me dizer ou não?”.

Parei um minuto. Alguma coisa naquela fala me fez hesitar.

– “O Rogue que te fizesses cair hoje. Ele tá’ fazendo isso pra você gostar dele igual ele fez com a Juvia há um tempo”.

– “Então ele que fez eu cair?... Maldito! Ele queria bancar o herói é?”

– “Obviamente”

Levy POV’s on

Ele ficou daquele jeito porque ele se preocupou comigo? Será mesmo?

– “O que ele fez à Juvia para fazer você se preocupar com o que ele fez ou vai fazer comigo?”.

– “E quem disse que eu estou preocupado com você?”.

– “Que seja! Não muda de assunto... O que ele fez com a Juvia?”.

Gajeel POV’s on

Ops! Falei demais. Eu prometi pra Juvia que não iria contar a ninguém sobre isso.

– “Sabe, eu não posso falar”.

– “Tudo bem, eu pergunto pra ela”

Meu coração parou.

– “Não faça isso!!!”

– “Já entendi. Você não podia falar isso pra ninguém, mas acabou falando pra mim?”.

– “Er... Acho que sim”.

– “Acho que sim? Ai, ai, ai.. Tudo bem, Gajeel, eu não vou falar nada para ela, mas minha conversa com você não acaba aqui.”

– “Como assim???”

Ela não me respondeu mais, o que me deixou frustrado. O que ela quis dizer com isso?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado tanto quanto eu (ou mais) XD
Sugestões? Críticas? Ideias?
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PS: E leitores fantasmas, deixem de ser fantasmas! Deixem seus reviews assim como os outros!
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