Inconscientemente escrita por Jessyhmary


Capítulo 36
O Nome Errado


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!! Mais um capítulo para nós! Uhuuu! (Cá estou eu de novo... hehe ^^)
Espero que curtam o capítulo como eu!

#BoaLeitura



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Quando dei por mim, já tinha o rosto dela entre as minhas mãos. Num impulso totalmente inconsciente, me aproximei de seu lindo rosto esculpido em jaspe e a beijei, findando toda a minha ansiedade e despejando nela todo o amor que eu sentia. Melinda nunca mudara interiormente. Nunca deixara de ser a garota que conheci. E isso era o que eu mais amava nela.

– Coulson... Senti tanto a sua falta. – ela sussurrou, também segurando o meu rosto entre suas mãos. – Achei que nunca mais teria você novamente. – ela confessou, olhando fixamente para mim.

– Você nunca me perdeu, Melinda. – respondi, alisando seu rosto impecável. – Eu sempre estive aqui por você e você sempre esteve aqui por mim. Nós sempre pertencemos um ao outro.

– Me desculpa, Phil... Isso foi tudo minha culpa... Eu não consegui segurar as pontas, fui pra longe, conheci o idiota do Brock e tive medo demais pra lutar por nós dois... Depois que eu te vi com Audrey... Eu simplesmente perdi o chão, as coisas estavam difíceis... Acabei casando com aquele idiota...

– Devagar, meu amor – interrompi seu discurso com um breve beijo. – Não precisa pensar nisso agora... Já passou. Nós cometemos erros, é disso que a vida é feita. O que importa é que nos reencontramos.

– Nós devíamos ter ficado juntos por todo esse tempo, Phil...

– Só me diga um dia em que você não esteve na minha mente – a desafiei. – Não houve um só, Linda. Nenhum dia se passou sem que eu pensasse em você. Você sabe como isso é perturbador?

– Claro que sei, Philip – ela tentou sorrir, mas ao invés disso, uma lágrima escorreu do seu rosto. – Porque eu senti o mesmo durante todos esses anos.

– Isso é só mais um motivo pra que fiquemos juntos. Recuperar o tempo perdido. Viver o que nós deveríamos ter vivido todos esses anos, meu amor. Você nunca me perdeu e nunca perderá. Eu sou seu para sempre.

Os olhos da minha chinesa romperam em lágrimas e ela apegou-se às minhas vestes num abraço devastador. Conseguiria medir sua frequência cardíaca sem qualquer instrumento, tamanha era a veracidade em que seu coração batia. Melinda May estava completamente desarmada e com alguns curativos pelo corpo. Esgotada. Contudo, aquele choro não era de dor ou cansaço. Era acima de tudo, de alegria.

– Vamos, você precisa descansar, meu anjo. Essa semana não foi nada fácil pra nós, pra você então... Anda, você precisa repor as energias.

– Mas o Bus...

– Triplett pode cuidar disso muito bem. Vamos, vou te fazer um chocolate quente. Trip disse que também reabasteceram a comida do Bus quando pousaram. Verei o que posso fazer pra você.

Ela afastou-se um pouco de mim e me olhou profundamente, agora com um belo sorriso nos lábios. Aquela era uma visão que eu daria tudo para que ficasse eternizada em sua face. Aquele sorriso era como ganhar na loteria. Na verdade, ser o motivo daquele sorriso era bem melhor do que qualquer outro prêmio que eu pudesse ganhar.

– Tão atencioso... Como sempre.

– Você sabe que eu faria qualquer coisa pra que você ficasse bem.

– Não entendo como eu pude viver tanto tempo longe de você – ela sussurrou e abraçou-me novamente, aninhando sua cabeça em meu peito.

– Não entendo como eu não te roubei um beijo há mais tempo.

Ela revirou os olhos e bateu com as duas mãos sobre o meu peito, acabando por me pressionar contra a parede. Sorriu indiscriminadamente e sem nenhum motivo aparente, apenas aumentando a felicidade que eu sentia em tê-la novamente em meus braços. Melinda May era a mulher da minha vida.

– E quem te garante que eu ia deixar você me roubar um beijo.

– Eu.

– Você tá ficando muito convencido, Phil.

Ela pronunciou aquilo de forma engraçada e eu senti como se voltasse àquele dia em L.A. Nunca mais eu deixaria aquela mulher escapar de mim.

– E você está me enrolando – coloquei os dois braços em seus ombros e a virei em direção à porta. – Por favor, tome um banho quente e deite-se. Quero que minha chinesa tenha uma noite agradável depois de uma missão tão tensa e complicada como essa. Por favor, Linda.

– Já estou indo! – ela reclamou irritada. – Nós mal voltamos e você já quer me dizer o que fazer... Eu devo te amar demais pra isso.

– E ama mesmo.

– Sim, eu amo.

Ela admitiu e me deu um beijo, seguindo em direção ao seu quarto, enquanto eu ia para a cozinha preparar-lhe a melhor refeição possível.


(...)


A garota corria desnorteada e sem controle sobre seu corpo, esbarrando em uns cinco objetos diferentes antes de chegar ao quarto da amiga. Havia deixado Miles desacordado no seu quarto e procurava desesperadamente os braços e o sorriso reconfortante de Jemma. Aquela noite parecia que não teria fim.

Skye abandonara o rapaz em sua cama e simplesmente fugiu daquela situação confusa. Ela com certeza o amava, mas não era mais como antes. Agora ela o amava como um amigo, como o cara que esteve com ela no sufoco, mas que não substituiria o agente robótico por quem ela realmente era apaixonada. Grant Ward, com todos os seus erros e defeitos ainda era o causador dos seus mais lindos sonhos e dos seus piores pesadelos. Ele ainda era o fator que causava um terremoto de sentimentos dentro da sua cabeça, e no momento que ela pronunciou o nome dele, tudo ficou claro. Para os dois.

– Jemma! Socorro!

Ela abriu a porta de uma vez, num sussurro desesperado que interrompeu o beijo dos dois cientistas. Fitz e Jemma estavam sentados na beira da cama e a olharam subitamente assustados. Skye coçou os olhos e olhou para o despertador ao lado da cama e viu o relógio marcar 03:45am. Coçou os olhos mais uma vez e viu a amiga sorrindo timidamente, de cabeça baixa, e Fitz a abraçando com um braço e também sorrindo. Okay, aquela noite realmente seria muito, muito longa.

– O QUÊ?! VOCÊS DOIS... O QUÊ?! – Skye exclamou, levando uma das mãos à boca. – Oh meu Deus! Quando vocês iam me contar? Vocês iam me contar?!

– Calma, Skye...

Jemma levantou-se cuidadosamente e segurou nos ombros da amiga – que ainda estava boquiaberta – e a guiou até a cama, colocando a garota entre ela e Fitz.

– Nós estávamos esperando o momento certo. – Fitz tocou o ombro da garota, tentando se explicar.

– Não tem momento certo pra isso, Fitz! – a garota estava nitidamente chocada. – Era só ter dito: “Hey, Skye! Sabe a Simmons, a cientista da S.H.I.E.L.D? Pois é, tô pegando ela!” – ela ironizou irritada, tentando imitar o sotaque do rapaz.

– Skye! – os dois a repreenderam em uníssono.

– Caramba!

Ela enterrou o rosto entre as mãos, levando-as até os próprios cabelos em seguida. Deixou o ar fugir dos pulmões, como se o oxigênio não pudesse passar mais tempo ocupando aquele minúsculo espaço. Skye não estava exatamente brava com o fato de eles terem mantido segredo dela, na verdade, ela sabia que aquela irritação toda não tinha apenas um único motivo.

– Skye, não fica com raiva da gente! – Simmons a abraçou ternamente e aos poucos a garota cedeu e acalmou-se.

– Não tô brava com vocês... Eu só... Não sei explicar direito – ela olhou para Jemma, como se pudessem conversar mentalmente. – Não estou tendo uma noite muito tranquila.

– Ops – Fitz falou, recordando-se de Miles. – Acho que eu vou dormir, garotas – ele levantou-se subitamente e depois voltou para dar um beijo em Simmons antes de sair. – Vejo-as pela manhã, boa noite.

– Boa noite, Fitz.

– Boa noite, pegador. – Skye soltou-se da amiga e alfinetou o cientista, que ignorou o comentário e saiu envergonhado.

– Você não vai deixar ele em paz agora, não é mesmo? – Simmons perguntou, colocando as duas mãos na cintura.

– Nem ele e nem você – a garota respondeu, descaradamente. – E só por não terem me contado antes, vou encher o saco mais do que o normal.

Ela mostrou a língua pra amiga e se acomodou melhor na cama, encostando as costas na cabeceira. Simmons balançou a cabeça em negação e sentou-se de pernas cruzadas na frente da amiga, esperando a explicação para aquela atitude.

– Desde quando vocês dois...

– Skye... – Jemma a interrompeu. – Não foi por isso que você invadiu o meu quarto subitamente às 3:45 da manhã.

– Não, não foi.

– Então... O que houve?

– Sim... Se lembra da coisa que eu disse que tinha visto antes de dormir?

– Sim.

– A “coisa” – ela fez as aspas com os dedos. – Era o Miles.

– Okay... – Jemma se fez de desentendida.

– Ele ainda estava aqui no avião e foi me visitar... No meu quarto!

– Oh, não. – a cientista agora tinha os olhos arregalados. – E o que você fez?

– Bem... Ele se aproximou, veio com uma conversa mole, todo carinhoso e atencioso, e você sabe que nós temos uma história juntos aí ele me beijou e...

– Skye, isso não tá ficando bom.

– Você não ouviu a pior parte. – Skye passou a mão no rosto e respirou fundo. – Beleza, ele me beijou, a gente começou a se pegar e...

– E?! – Jemma estava quase comendo as unhas de nervosismo.

– E eu falei o nome do Ward.

O queixo da cientista veio de alto a baixo e Skye (por mais cara de pau que fosse) se escondeu debaixo das cobertas, um pouco desnorteada. Bem, aquilo devia ter sido no mínimo constrangedor.

– Posso dormir aqui? – ela perguntou com uma cara de criança. – Miles adormeceu na minha cama... Eu sou uma sem-teto novamente.

– Claro, Skye – a amiga balançou a cabeça em negação e suspirou, juntando-se à amiga no cobertor. – Você é mesmo louca, garota.


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Notas finais do capítulo

Ops... kkkk

O que acharam??

#itsallconnected #StandWithSHIELD #23thSeptember