Inconscientemente escrita por Jessyhmary


Capítulo 34
Amigo Robô


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!! Depois de um pequeno probleminha de conexão... Estamos de volta com mais um capítulo!
Espero que curtam.

#BoaLeitura! :)



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Desapareci corredor adentro, planejando deixa-los a sós. Quem sabe com um leve empurrãozinho eles não se resolviam de vez? Não que eu não me importasse com o sangramento da May, mas convenhamos... Ela é a Cavalaria! E além do mais tinha lutado com metade de Esparta e havia sobrevivido, e não seria agora dentro do avião e segura que ela ia simplesmente ter uma hemorragia interna ou sei lá o quê e bater as botas.

Separei o material de primeiros socorros e estava os guardando em uma cestinha num canto em cima da mesa. Se alguém ia trata-la, seria Phil com certeza. Seria a gota para a aproximação perfeita. Momento perfeito, na verdade: acabamos de sair de uma missão cansativa, onde todos achávamos que íamos morrer ou ver um de nós ser morto, mas que no fim deu certo. May está machucada, o que não é bom, mas contribui para que ela esteja mais frágil e ele possa cuidar dela... Enfim, é o plano perfeito.

– Oh, May... Não estrague tudo – pensava alto, voltando os olhos para a cestinha como se ela pudesse me entender. – Não faça nenhuma besteira.

Peguei a cestinha confidente e segui de volta para onde estávamos, andando lentamente e com os olhos pesados de sono. Bem que eu poderia escolher outra hora para bancar o cupido, (alguma outra hora em que eu estivesse mais acordada, de preferência) mas se depender daqueles dois esse negócio não vai pra frente. Não sem a minha ajuda.

Ainda me encaminhava até eles quando olhei de relance para o pequeno compartimento que guardava os materiais de limpeza e tive a impressão de ver a porta se fechando rapidamente. Okay, eu também juro que vi uma figura de capuz, encolhida e agarrando-se a um cabo de vassoura ou algo assim, talvez na tentativa de se esconder (o que, considerando o estado em que estava, devia indicar que eu já estava a meio caminho do meu subconsciente).

Ignorei aquilo, passei em frente aos dois na escada e coloquei a cestinha de primeiros socorros no último degrau da escada. Tecnicamente, como diria a Simmons, não é bem “primeiros socorros” já que aquilo tinha tudo que ele precisava para costurar o braço dela ou fazer uma mini cirurgia (se ele soubesse). Então, tava mais para um mini auxiliar cirúrgico. Mas, devaneios a parte, apenas me despedi dos dois brevemente, com uma cara de cachorro perdido – e sonolento – estampada no rosto, me dirigindo ao laboratório para dar boa noite aos outros. Simmons estava apenas terminando com os últimos ferimentos e apesar da frequência cardíaca estar fraca, ele iria ficar bem.

– Esse idiota não morre tão cedo. – Falei, passando a mão na testa dele.

– Não mesmo – Simmons apenas me olhou, enquanto colava a gaze com o esparadrapo em algum ferimento no joelho dele. – Ele andou se machucando muito antes de nós o encontrarmos. As radiografias mostram várias sequelas de fraturas que não foram tratadas corretamente.

– Sabe-se lá o que era o lugar onde ele estava. – Fitz respondeu, enquanto calibrava o leitor de sinais vitais e de temperatura do corpo dele.

– O que importa é que acabou – respondi, bocejando. – Por favor, Jem, me mantenha informada sobre esse idiota, okay? Preciso fechar os olhos e desabar na minha cama por pelo menos uma hora.

– Nada disso, garota! – ela me olhou autoritária, e eu já sabia o que vinha por aí. – Você vai descansar e muito, pois está esgotada! Olhe só para os seus olhos! Eu devia era te examinar antes de deixar você dormir...

– Não, tá bom, tá bom! Eu durmo, prometo! – cruzei os dedos e os beijei, em sinal de juramento. – Já estou na minha caminha, olha só eu dormindo. – juntei as mãos e imitei um som de ronco.

– Muito engraçadinha a senhorita. – ela deu um falso sorriso, ficando com os olhinhos minúsculos.

– Olha, Fitz – falei, me aproximando de Jemma e virando o rosto dela na direção dele. – Ela não fica absolutamente linda quando faz essa carinha?

Ele apenas passou a mão no cabelo e sorriu um sorriso bobo, como se já tivesse notado isso há séculos. E é óbvio que ele já havia notado isso há séculos.

– A Simmons é linda de qualquer jeito. – ele respondeu sem jeito, mas sem gaguejar e ela ficou vermelha imediatamente.

– Ah! E fica ainda mais quando fica com vergonha. – completei, sabendo que isso a deixaria completamente constrangida.

– Hey, vocês dois! – ela protestou, virando-se para o seu paciente. – Dá pra vocês comentarem isso quando eu não estiver presente?

– A gente faz isso, já. – Dei um sorriso cínico e a abracei. – Mas é sério... É bom estar de volta com vocês. – ela me abraçou de volta e eu segui para o Fitz em seguida. – Cheguei a pensar que não sairíamos daquela. – o abracei, parecendo uma criança carente e com sono.

– Mas como você mesma disse: Acabou! – Jemma concluiu.

– É, tem razão. – cocei os olhos, bocejando mais uma vez. – Tô indo pro quarto. – me dirigia até à saída quando me lembrei da figura de alguns minutos atrás. – Ei, vocês dois construíram um robô quando eu estava fora?

– Não? – os dois responderam juntos.

– Pra quê criaríamos um robô? – Fitz perguntou.

– Sei lá, deve ter milhares de aplicações, não?

– Mas nós não criamos um. – Jemma respondeu, enquanto ajeitava a bolsa de sangue de Ward no suporte. – Por quê?

– Sei lá... Achava que tinha visto mais alguém no avião...

– Não... Fora a nossa equipe, não tem mais ninguém.

– Okay então – respondi, me arrastando até a porta. – Boa noite pros gênios.

– Boa noite, Skye.

– Durma bem e cuidado com os robôs. – Fitz brincou, mas eu não tinha mais forças pra responder ou pensar.

Cheguei ao quarto sem me machucar (milagrosamente) e troquei de roupa numa velocidade incrível. Desliguei o despertador e coloquei uma das facas da May no criado mudo, caso alguém ousasse tentar me acordar antes das dez da manhã. Mal deixei o corpo cair na cama e senti todo ele dolorido, como se o sono de quinze noites mal dormidas tivessem recaído sobre mim e ouvi a porta abrindo lentamente e uma mesma figura de capuz aproximando-se lentamente.

Mas o sono já havia tomado conta de mim.


* * * Fitz Point of View * * *


– Será que a gente não devia ter contado a ela? – Perguntei, enquanto Simmons sentava-se travessa ao meu lado.

– Não, não. Vai ser melhor quando ela descobrir sozinha.

Ela deu uma risada conspiradora e me deu um beijo em seguida, me arrastando para assaltar o armário no meio da madrugada.


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Notas finais do capítulo

Quem ou o quê está aparecendo?? o.O

#itsallconnected #StandWithSHIELD!

23th September! #AoS