Inconscientemente escrita por Jessyhmary


Capítulo 32
Milk-Shake de Kiwi


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!! Modo turbo ativado! rs Esperamos mais capítulos por hoje! *_* (de outras fics.. rs)
Espero que curtam, pq eu amei esse capítulo!
P.S.: Adoro colocar nomes de comida nos títulos... kkk

#BoaLeitura! :)



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Tripplet apenas manteve o Bus acima de nós enquanto May, Fitz e Skye voltaram na sala estranha em que a Agente Neville se encontrava. Toda aquela estrutura verde que elas descreveram ainda estava mantendo a Agente presa e eles precisaram trazer aquilo tudo do jeito que estava. Por sorte, a câmara era sustentada por uma armação metálica com rodinhas. O resto do material era leve e eles puderam trazer do mesmo jeito que encontraram, afinal ninguém sabia a implicação em retirá-la a força daquela câmara estranha.

– Simmons! – Skye gritava, surgindo pela porta. – Ajuda!

Simmons prontamente a atendeu e correu até eles, segurando uma das bolsas que mantinha o líquido que corria pelo corpo daquela mulher.

– Isso é... Estranho. – Simmons franziu a testa.

– Nunca confie em substâncias verdes. – Fitz advertiu, empurrando a câmara em direção a nós. – Principalmente clorofila. Clorofila é o pior.

– Fitz! Não precisa odiar clorofila só por causa daquele projeto de ciências de décadas atrás. – Simmons rebateu.

– Não, eu odeio. E sabe por quê? Porque eu ainda tive que beber aquela... Aquele – ele fez uma cara de nojo. – Aquela gosma verde e grudenta, achando que era Milk-shake de kiwi. – Simmons revirou os olhos e Skye fez uma cara de espanto.

– E quem é que toma milk-shake de kiwi, pelo sagrado trono de Odin? – Agora a cara de nojo veio de Skye. – Isso sim é nojento. Eu tipo, odeio kiwi. Desde sempre.

– Okay, gênios. – May interrompeu a conversa amistosa dos meninos, enquanto agarrava os ganchos que colocariam Kate no bus. – Encaixem um em cada ponta da câmara e amarrem firme esses tubos e bolsas que estão presos à ela. Tripplet a suspendera até o bus.

No mesmo instante cada um deles encaixou o gancho em uma das pontas e fixou bem todo o material. May verificou se tudo estava em ordem e sinalizou para que Tripplet a puxasse para dentro. Depois foi a nossa vez. Ward também precisou ser levado imobilizado numa maca que Tripplet desceu pela corda. Depois de alça-lo, May me auxiliou na subida, alegando que eu não deveria fazer tanto esforço, já que havia tomado um tiro há poucos minutos. Mesmo que não doesse muito e fosse superficial, eu não ousaria confronta-la. Até porque, se fosse a situação inversa, eu seria tão cuidadoso quanto.

– E a equipe que deixamos lá embaixo? – May lembrou-se quando já estávamos entrando no bus.

– Fury já ordenou que eles se retirassem. – Tripplet respondeu. – Bem-vindos de volta. Esse avião estava uma chatice sem vocês. – ele sorriu.

– Também estamos felizes, agente Tripplet. E completos agora.

Tão logo Simmons chegou ao bus, Ward foi levado para o laboratório e colocado em um leito. Ela o colocou no soro. Ele estava pálido e desidratado, precisaria de soro e de sangue.

– Fitz, duas bolsas de A positivo, e três toalhas limpas, por favor.

– Tudo bem.

O cientista saiu às pressas até o estoque farmacêutico e recolheu os itens que Simmons pedira com certa rapidez. Ele a entregou tudo e ela começou a trabalhar rapidamente e com cautela. Skye assistia tudo do lado de fora, mais tranquila agora que ele estava sendo socorrido adequadamente. Ela apenas sentou-se do meu lado e suspirou.

– Ele vai ficar bem – procurei animá-la. – Como você disse, Ward é um homem difícil de matar.

– Eu sei, A.C. – ela respondeu, ainda com o olhar distante. – Nem acredito que isso tudo acabou. – ela nem conseguiu sorrir direito.

– Você não dorme há dias. – chutei.

– Na mosca – ela concordou, sorrindo fracamente. – Nossa, tipo... Eu estou tão feliz de estar de volta que não consigo esboçar nenhuma reação! – ela fechou os olhos e suspirou novamente. – Meu corpo parece estar submerso em alguma coisa pesada ainda. Eu definitivamente preciso descansar.

– E eu concordo. Você e a May.

– Ela principalmente – Skye completava. – May tomou dois tiros não tem nem 48 horas. Se eu fosse você, pegaria no pé dela pra que ela fosse até o laboratório depois que Simmons tiver terminado com o Ward.

– Ela já está de novo na cabine, mas ela não vai pilotar essa noite.

– Não deixe mesmo não. Foi um no ombro e um...

– No joelho – a interrompi. – Eu a vi mancando enquanto ela lutava com o Brock.

– E você conhece o Brock? – ela perguntou, meio desconfiada.

– O quê, o Rumlow? Há séculos.

– Ele era marido...

– Eu o conhecia, Skye. Ele foi casado com a May algum tempo.

Ela me olhou com um olhar divertido, que contrastava com o cansaço que suas olheiras imprimiam em seu rosto de criança. Aquela cabecinha estava maquinando alguma coisa.

– É impressão minha ou eu notei um fiozinho de ciúmes no seu tom de voz? – ela perguntou, travessa. Óbvio que perguntou.

– Ele era um troglodita! Não entendo como a May ficou com um homem daqueles.

– Achei que não tinha notado isso, já que você estava com a violoncelista naquela época...

Uma voz surgiu de cima, interrompendo a conversa. May estava com os braços cruzados, ligeiramente apoiada no corrimão da escada. Meu coração pareceu parar por alguns segundos. Ela havia ouvido uma parte da conversa.

– May... Há quanto tempo...

– Eu acabei de chegar, Coulson. – ela deu um meio sorriso divertido, arqueando uma sobrancelha. – Estava indo até a enfermaria pegar mais alguns desses – ela apontou para o curativo do ombro que estava encharcado de sangue.

– May! – Skye levantou-se e a encontrou perto da escada. – Espera aqui, eu vou buscar o kit de primeiros socorros. Quanto mais esforço você fizer, mais isso daí vai sangrar – ela virou-se pra mim e piscou um dos olhos sem que May visse. – Coulson, não a deixe fugir, eu volto em um minuto.

Ela saiu pelo corredor em direção ao estoque da enfermaria, deixando-nos a sós. May desceu as escadas lentamente e sentou-se no último degrau, enquanto eu aproximava minha cadeira de onde ela estava e sentava-me ao seu lado.

– Isso tá feio. – pressionei o curativo para que o sangue não começasse a jorrar novamente.

– Já tomei um desses antes.

– É, eu sei – respondi, encarando a gaze banhada em vermelho vivo. – Missão anti-chamas no Cairo há sete anos. Fomos atacados por homens em camelos.

– Foi – ela sorriu, lembrando-se da cena. – Aquilo foi ridículo – ela olhou para o chão, nostálgica. – Mas me rendeu um belo furo no ombro.

– Eles estavam com espingardas, ou alguma coisa do tipo?

– Era – ela sorriu novamente, notando minha falta de memória. – Alguma coisa do tipo.

– Melinda – não pude evitar tocar no assunto. – Sobre o que você ouviu, sobre o Brock...

– Tudo bem, não levei aquilo a sério.

– Não? – perguntei, como alguém que sabe quando Melinda May está mentindo muito mal.

– Não. Aquilo foi há tanto tempo...

– É verdade. Faz muito tempo mesmo.

– É, eu tinha acabado de ser mandada na primeira missão de nível 4.

– Sim, faz muito tempo mesmo. – repeti as palavras. Aquilo estava começando a ficar constrangedor para os dois.

– Ou seja, não tem importância...

– Melinda – tirei os olhos do curativo e a olhei fixamente nos olhos. – Mas... Se você pudesse voltar ao passado... Você mudaria alguma coisa?

Os olhos dela piscaram duas vezes e continuaram me encarando, atônitos. Suas mãos perderam um pouco o foco e ela apenas deixou que elas encontrassem o degrau gelado da escada. Parecia ter voltado alguns anos no tempo.

– Voltar ao passado? Isso não é possível, Coulson...

– Mas se fosse... Você se casaria com ele?

Ela abaixou a cabeça por alguns segundos e voltou a olhar pra mim em seguida.

– Coulson, eu acabei de mata-lo. – ela deu uma pausa, olhando fundo nos meus olhos. – Eu não casaria com ele novamente, porque pra começo de história, eu não o amava!

Ela despejou, alterando um pouco o tom de voz. Desviei o olhar dela e me xinguei mentalmente por tê-la incomodado com aquele assunto, afinal, tínhamos passado por muita coisa naquela semana e eu simplesmente estava tornando a sua noite – que era pra ser tranquila e reparadora – apenas mais tensa.

– Desculpe, May... Eu não quis...

– E você, Coulson? – ela insistiu no assunto. – Você ficaria com a Audrey? Você realmente a amava... Todos viam o quanto você gostava dela... Eu sua melhor amiga, irmã no máximo... Mas a Audrey...

– A Audrey não me conhece como você, Melinda. Pra começo de história, ela nem sabe que eu estou vivo – respondi calmamente, segurando seu braço de leve. – Eu gostei dela, com certeza. Ela é...

– Eu sei como ela é. – ela me interrompeu antes que eu começasse a descrevê-la.

– Ela não é você. Nós dois estávamos juntos, mas quando eu vi minha melhor amiga saindo com o agente mais durão da academia de operações, o veterano mais promissor da minha equipe... Eu me desestabilizei. Permaneci com a Audrey porque não soube como agir. Não queria magoa-la e nem arriscar perder sua amizade... Vocês dois estavam tão felizes que eu... Foi tudo muito rápido, quando dei por mim você estava casada e eu me dediquei a esquecê-la. Foi quando eu me aproximei mais de Audrey e achei que a tinha esquecido.

– “Achou”?

– É... Achei. – admiti, suspirando ao final da frase.

– E o que te impediu depois disso?

– O de sempre... Medo.

– Você age como se não me conhecesse, Philip Coulson. – ela falou, dando um sorriso leve e cansado.

– Então, me ensine a lidar com esse sentimento. – falei sem cerimônias e com o coração acelerado.

– Mas já faz tanto tempo...

– Mas eu ainda a amo.


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Notas finais do capítulo

Uii *__* Phil todo saidinho, rapaz... Dá logo um beijo na boca dessa mulher, cara! Num espere mais não!! kkkk

— O que acharam? :)

#itsallconnected #StandWithSHIELD :)



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