Inconscientemente escrita por Jessyhmary


Capítulo 31
Boa Hora Para Reagir


Notas iniciais do capítulo

Olá, amores! Não poderia dormir sem postar mais um capítulo... E muito em breve daremos adeus à nossa Fic... =(
Espero que curtam... Algumas revelações e mais mistérios surgindo... Muito obrigada a todos que acompanham a fic e que comentaram ou não... Fico feliz que tenham curtido e estejam recomendando... Vocês são os melhores!!! *_*
E vamos de capítulo!!

#BoaLeitura :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/494803/chapter/31

Meus olhos se fecharam ao ouvir o estrondo impactante do disparo. Meu coração apenas não teve tempo de distinguir uma coisa da outra, foi impulsivo e ao mesmo tempo completamente consciente.

Aquilo foi como séculos na minha cabeça, como se tudo estivesse em câmera lenta e nada mais ao redor tivesse algum tempo para reagir. O pequeno macaquinho caíra ao lado da pistola que Coulson havia chutado para baixo das ferragens e a contagem estava acabando. Era a única chance de ver meus amigos vivos outra vez.

Andrea cambaleou com o impacto, levando uma das mãos ao peito. Minhas mãos estavam trêmulas e naquele momento só consegui agradecer mentalmente ao Ward por ter me dado aulas de tiro após o meu pequeno salto sem paraquedas. A loira do mal tinha os olhos opacos, as pernas bambas e seu corpo estava pesando demais para permanecer de pé. Provavelmente o oxigênio percorria a ferida a cada respiração. Sucção de ar. As costelas não permitiriam facilmente que se estancasse o sangramento. Andrea desabou no chão frio, talvez tivesse alguns minutos antes de sua pressão sanguínea cair rapidamente. A imagem de ver a sua chefe definhando amargamente, havia deixado todos os soldados estáticos. Era uma boa hora para reagir.

– Skye, à sua direita! – May gritou após derrubar dois soldados com a arma que Andrea havia posto em sua mão.

– Peguei! – Skye derrubou um deles e Coulson atirou em outros dois, enquanto o último conseguiu disparar em sua direção.

– A.C! – Skye gritou, correndo na direção dele.

– Phil! – gritou May, olhando para trás, procurando por Coulson, quando sentiu o ferro gelado encostado na sua cabeça.

– Olá, meu amor – ela não podia acreditar naquilo. – Sua amiguinha acabou de matar a irmã da minha mulher – Brock pronunciava aquilo com um misto de ódio e satisfação. – Mas olhe pra frente... Seu amado Phil Coulson também teve o dele.

– Brock, eu – May permanecia com os olhos em Coulson, assistindo seu sofrimento. – Eu juro que eu vou te matar!

E com apenas a perna esquerda ela desequilibrou Brock e ele deixou a arma escapar. Ela deu dois chutes no rosto dele e quando ia dar o terceiro, Brock segurou sua perna.

– Ah, você quer uma luta justa? – ele assistia May levantando os punhos na sua direção. – Então cai dentro, esposinha!



(...)



Fitz correu em minha direção com os olhos lacrimejando, desesperado.

– Simmons! – ele segurou meu rosto, dando-me um beijo. – Eu... Eu... Você foi muito corajosa...

– Eu não tive escolha, Fitz. – respondi, encostando minha testa à dele e soltando o choro que estava preso à minha garganta.

– Tá tudo bem, tá tudo bem, Jemma.

Ele me abraçava forte e eu me recompus. Mesmo com todos os meus medos, tendo que assistir o cara que eu amava, minha melhor amiga e a minha equipe inteira à beira da morte, eu me recompus. Eu estava inteira, Andrea estava morta e Coulson precisava de mim naquele momento.

– Não se sinta mal por isso, okay? – Fitz soltava meu rosto lentamente.

– Tá tudo bem, Fitz... Andrea não foi a primeira.

O olhar dele se modificou ao ouvir aquilo. Bom, até aquele momento eu não havia falado aquilo pra ninguém. Nem mesmo pra ele.

– Vamos, Fitz – enxuguei as lágrimas e o puxei pelo braço, tentando fugir do assunto. – Coulson precisa de nós.

Skye não sabia o que fazer. Ao notar a nossa aproximação ela apenas sussurrou: “Cuidem dele” e retirou-se, indo agora na direção de Ward, que estava caído há dez cinco metros de nós. Por sorte, Coulson não tinha sido pego em cheio e apenas o lado direito de seu abdômen havia sido atingido.

– Fitz, faça pressão sobre o sangramento! – Pedi, enquanto Fitz retirava seu blazer azul escuro e pressionava o ferimento. – Por sorte, não acertou nenhum órgão interno. E olha, aqui está o projétil! – disse, segurando o material em minhas mãos.

– Isso fica para a balística. – Coulson respondeu, numa expressão de dor.

– Está respirando direito, senhor? – Fitz perguntou.

– Sim, Fitz. Como Simmons mencionou, foi só de raspão. Não há o que se preocupar.

– Ótimo. – ele disse sorrindo. – Jemma, acho que deveria dar uma olhada no Ward. Ficar com Skye. Eu fico aqui com o Coulson.

– Tudo bem. Eu vou examiná-lo.

Aproximei-me rapidamente, mas parei atrás dela quando a ouvi falando com ele. Partia meu coração vê-la naquele estado. Ward estava desmaiado, e sangrando, Skye havia rasgado um pedaço de sua blusa e estava pressionando o local.

– Ward... Matamos ela, Ward. – Skye sussurrava segurando-o em seus braços. – Não precisa mais se preocupar... Ninguém mais vai machucar você.

Ela olhava para ele, alisando seu cabelo com uma mão, enquanto a outra tentava estancar o sangue. Seus olhos estavam molhados e seu rosto avermelhado, minha amiga se esvaia em lágrimas no desespero de perdê-lo e naquele momento, toda raiva que eu sentia por Ward ter nos traído simplesmente foi embora. Ele havia se sacrificado por nós de qualquer forma. Fora também uma vítima da Hydra. Ele merecia uma segunda chance.

– Skye – aproximei-me cuidadosamente e me ajoelhei ao lado deles. Verifiquei o pulso de Ward. Fraco, mas existente. – Ele vai ficar bem e descobriremos uma forma de salvá-lo, okay? Agora, ajude-me a leva-lo até onde estão Fitz e Coulson, certo?

– Certo. – ela enxugou as lágrimas e segurou minhas mãos, respirando profundamente. – Você nos salvou, Jemma. – ela dizia, me puxando para um abraço inesperado. – Você nos salvou...

– Eu só fiz o que eu achei correto no momento, Skye. Fui apenas uma parte disso...

– Mas você foi muito corajosa ao fazer aquilo. Como você se sentiu?

– Fazendo o que deveria ser feito. – respondi secamente, tentando evitar mais perguntas.

Skye se afastou do abraço, agora segurando meus ombros e me olhando com uma cara estranha. A testa franzida e os olhos espantados me disseram o quanto ela havia ficado surpresa com a minha afirmação. Bem, logo logo surgiriam mais perguntas a respeito.

– Uau, Doutora Simmons – ela falou, piscando os olhos devagar. – Você falou exatamente igual à May, agora... O que você está escondendo que eu não tomei conhecimento ainda? – ela perguntou e colocou as mãos na cintura.

– Skye, temos que levar o Ward pra lá! Coulson quer ver você, ele ficou muito apreensivo com essa situação. Pare de ficar vendo coisa onde não há! Só fiz o que deveria fazer e ponto! – respondi firme, mas sem traços de raiva na voz.

– Okay, Senhorita Jemma May! – ela falou enquanto puxava o canto dos meus olhos, tentando imitar uma feição oriental. – Já entendi. Vamos levar esse bastardo pra lá.

– Bastardo...

– O que foi? – ela notou uma ponta de insinuação no meu tom de voz.

– Você é louca por ele, Skye. – despejei, fazendo com que ela ficasse de boca aberta. – Não precisa esconder isso. Não de mim, pelo menos.

– Jemma...

– Okay. – levantei as mãos em sinal de inocência. – Okay... Segure a cabeça dele e parte do tronco, tudo bem? Tente não balançar muito.

– Tudo bem.

E assim ela o fez.



(...)



– Olhe o que você fez com meus amigos, seu imbecil! – May dava mais um golpe nele e ele tentava acerta-la com um soco. Ele não era tão bom quanto ela, mas resistia bem.

– Porque não vai lá ver como ele está, bebê? Pelo sangramento, não foi tão ruim... Talvez o suficiente para ele ter uma hemorragia interna e...

– Você não sabe o que está falando! – May gritou e deu uma rasteira derrubando ele no chão.

– Ah, não? – ele prendeu as pernas dela com suas próprias pernas, fazendo com que ela também caísse. – E o que me diz? – Brock avançou pra cima dela e usou uma das mãos para tentar estrangula-la. – Depois que eu acabar com você, Phil Coulson será o próximo da lista.

O olhar de May enfureceu-se mais ainda com a menção do nome de Coulson e ela deu um grito alto que todos nós ouvimos claramente, mesmo há alguns metros de distância. Ela girou o corpo rapidamente e inverteu as posições, ficando por cima dele. Agora eram as suas mãos que seguravam o pescoço dele. Ela estava pronta para dar o golpe final.

– Brock – ela pronunciava calmamente, num tom ligeiramente irônico. – Sabe por que me chamam de Cavalaria?

– Porque você é um doce de pessoa? – ele não iria mostrar dor nem confusão num momento como aqueles. O orgulho de Brock parecia ser maior do que ele mesmo.

– Porque eu não costumo errar o alvo. – ela apertava o pescoço dele cada vez mais. – Eu não costumo falhar. Eu costumo ser muito boa de briga. – ela soltou o pescoço dele e apenas segurou sua cabeça com as duas mãos, preparando-se para quebrar seu pescoço. – E porque eu costumo dar conta do recado.

– Com essa última parte eu concordo. – ele balbuciou num sorriso descarado, quase sem voz. Ele era inacreditavelmente horrível.

– Adeus, Brock. Caia juntamente com a sua Hydra!

Ela não esperou resposta, nem ele devolver o adeus. Ele provavelmente a irritaria com alguma brincadeira e a última coisa que ela permitiria era que ele tivesse o prazer de zombar dela na hora de sua morte. May quebrou o pescoço de Brock com um movimento rápido e fatal.

– Phil! – ela agora corria em nossa direção. – Phil, você está bem?

A expressão de preocupação no rosto dela fez com que Coulson arqueasse levemente as sobrancelhas, como se tivesse se surpreendido com aquela atitude da parte dela.

– Estou, Melinda. Foi apenas superficialmente. – ele respondeu calmamente e olhando firme nos olhos dela.

– Aquele desgraçado. – ela xingou, olhando para o corpo caído de Brock no chão.

– Está tudo bem, agora... Você foi ótima, May.

– Eu fiz o que tinha que ser feito. – ela respondeu e Skye olhou para mim, relembrando minhas palavras de minutos atrás, provavelmente.

– Não, May. – ele segurou a mão dela, atencioso. – Você sempre fez mais do que deveria fazer.

Ele ainda a encarava quando algo começou a bipar. Coulson retirou o telefone do bolso da calça e atendeu prontamente.

– Agente Philip Coulson.

– Philip, onde diabos você se meteu?

– Estamos na Rússia, senhor. Numa unidade que pertencia à Hydra até alguns minutos atrás...

– Eu sei que estão na Rússia! Ordenei que o agente Tripplet calibrasse o avião em solo e voltasse para resgatá-los, ele deve estar chegando aí a qualquer momento.

– Ótimo, senhor! – Coulson respondeu animado. – Obrigado.

– "Obrigado..." - Fury repetia, indignado - Eu deveria tomar aquele avião de você por me convencer a permitir isso!

– Desculpe senhor, não queria trazer problemas a...

– Tá, tá... Foram só alguns milhões de dólares naquele avião mesmo...

– O quê... Obrigada, senhor. – Coulson desistira de entender o homem. – Ah, senhor... Temos apenas mais um problema.

– Dois problemas. – Skye lembrou.

– Isso, dois problemas. - Coulson se corrigiu.

– Que novidade, Philip – o diretor falou com a voz cansada, suspirando em seguida. – Anda! Desembucha, o que houve?

– Ward foi injetado com algo do Barão de Von Strucker. Precisamos achar uma solução para esse problema... “robótico” dele.

– Ah, só precisaremos do sangue de uma das filhas dele. - ele respondeu como se isso fosse muito óbvio. – A Kristen ou a vaca da Andrea estão por aí?

Todos se entreolharam, prendendo um riso preocupado.

– Bem... As duas estão... Mortas, senhor. – Coulson disse por fim.

– Mortas?! – Fury quase gritou do outro lado da linha. – Vocês são piores do que eu pensei! – ele deu uma pausa, para nos deixar mais tensos ainda. – Apenas pegue uma amostra do sangue de Andrea ou sei lá, quem tiver morrido por último...

– A Andrea, senhor.

– Pronto, a Andrea. Strucker fez um antídoto para as meninas quando nasceram, então a chave para recriá-lo está no corpo delas. Tragam uma amostra para o QG e rapidamente desenvolveremos a cura.

Todos nós suspiramos aliviados ao ouvir aquilo, especialmente Coulson e Skye, esta última quase colocando o coração para fora. Ela deu um leve beijo na testa de Ward e continuou a mexer nos cabelos bagunçados dele.

– Ouviu isso, bastardo? Em breve você estará novinho em folha! – dizia ela, ainda pressionando o sangramento e verificando seu pulso a todo instante.

– E o segundo problema, Philip? – a voz do diretor Fury novamente surgiu na conversa.

– Temos uma agente da S.H.I.E.L.D. entubada numa sala estranha desse prédio. Por sorte essa parte não fica no campo de visualização de todo o Kremlin de Moscovo. Estamos no heliponto, mas como essa unidade fica isolada de todo o resto, não chama muita atenção. May limpou os andares, poderemos retirá-la de lá e leva-la conosco até o QG.

– Uma agente da S.H.I.E.L.D?! – Fury estranhou. – O que ela estaria fazendo aí? Sabe quem ela é?

– Eu sei, senhor. – Skye se meteu para responder. – Ela era da S.H.I.E.L.D há muito tempo. O Barão pirado disse que era uma tal de Kate Neville...

– A KATE?! NÃO PODE SER!! KATE NEVILLE...

– E aí...

Uma voz surgia de cima, nos assustando. O Bus apareceu há uns dez metros acima de nós, com Tripplet acenando e uma enorme escada sendo lançada.

– Alguém quer carona?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

- Eita... Muito bem, Simmons... Você é a Melhor, garota!!! #SimmonsHateFu kkk

— O que acharam? Sugestões, palpites, dúvidas?

#Itsallconnected #StandWithSHIELD



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Inconscientemente" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.