Inconscientemente escrita por Jessyhmary


Capítulo 30
O Jogo Assassino


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!! Vamos para mais um capítulo dessa história que está chegando ao fim... Já posso ver o final da fic chegando, talvez teremos mais uns 3 ou 4 capítulos no máximo... Mas... Sempre temos outras, então... (Mesmo que eu esteja com uma dor no meu coração por isso... É a vida...)

Espero que curtam o capítulo e admirem a nossa "querida" Andrea Von Strucker (diretamente do filme: Nick Fury: Agent of SHIELD)
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#BoaLeitura



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– Ora, ora – Andrea deu alguns passos em nossa direção, cercada por cinco capangas. – Uma festinha particular e eu não fui convidada? – ela esboçou um biquinho de tristeza. – Era só o que eu precisava para alegrar meu dia.

– Andrea! – Ward começou a respirar descompassado e nervoso, aquela mulher deve tê-lo feito passar um inferno. – Andrea aqui!

– O que fizeram com você, meu bebê?

Andrea aproximou-se de Ward, alisado os cabelos do filho, fingindo que se importava com a condição em que ele se encontrava.

– Você está todo machucado, Grantie... O que...

– Você fica longe! – Ward gritou, empurrando Andrea. – Você não gostar Ward! Você... Você... Machucar Grant, Taylor e Samantha!

– Por que está falando isso filho, eu não sei do que...

Estávamos todos perplexos com a situação e não percebemos que Skye se dirigiu até Andrea. Antes que ela pronunciasse mais uma mentira cínica, Skye deu-lhe um tapa que ecoou pelo recinto. Ela simplesmente não aguentava mais ouvir tanta hipocrisia.

– Você calar a boca! – Skye gritou, metendo a mão na cara dela. – Não vê o que você fez com seu próprio filho, sua louca psicopata...

– Skye! – Coulson gritou atrás de nós, buscando acalmá-la. – Não é assim que...

– Quem é essa garota petulante? – Andrea a segurou pelo pulso e olhou para os seguranças que vieram com ela. – Você é quem está louca se acha que vai me agredir e sair impune! – Andrea virou-se para acertar o rosto de Skye com o cotovelo, mas foi impedida por outra mão.

– VOCÊ NÃO MACHUCAR SKYE! – Ward gritou, apertando o pescoço de Andrea.

– Ah, é? – a Bruxa ainda conseguia pronunciar, mesmo perdendo o ar. – E por que não?

– Grant proteger Skye... Grant ama Skye!

Os olhos de Skye procuraram Grant. Ela faria qualquer coisa para vê-lo melhor, seria qualquer coisa que o deixasse feliz. Ela o amava. E ele também, mas disso ela já sabia. Aquele momento, no entanto, foi diferente. Ela podia ver claramente agora, sabia que daria a própria vida por ele se fosse preciso.

Andrea fez sinal para que um dos seguranças atirasse contra o filho, a fim de protegê-la. Ward não pôde se virar a tempo e a bala o atingiu no abdômen, lançando-o ao chão. Skye bradou, correndo até ele e jogando-se no chão ao seu lado. Coulson segurava sua arma cuidadosamente, enquanto Fitz envolvia Simmons num abraço confortante. Jemma estava com medo. Meus olhos vasculhavam o prédio silenciosamente procurando uma saída e imaginando quão longe Tripplet estaria com o avião. Aquela seria uma boa hora para um resgate relâmpago.

– Nossa, que cena comovente – ela aproximava-se de nós, enquanto seus capangas nos apontavam os fuzis. – O chefe bancando o defensor, o cientista apaixonadinho abraçando a bióloga mosca morta e a Cavalaria... Bem, sem o cavalo. – apertei os punhos, desejando afundar a cara daquela loira oxigenada, como diria Skye. – Ah, e ia me esquecendo. – ela olhou com desprezo para o filho e a garota ao seu lado. – A dama e o vagabundo... Oh, façam-me o favor!

– O que você fez, sua cobra! – Skye segurava a cabeça de Ward enquanto se enfurecia com Andrea. – Seu filho está morrendo por sua culpa!

– Ele não vai morrer, garota dramática. – Andrea virava os olhos, entediada. – Vai apenas sentir dor... Mais do que o normal.

– Eu juro que eu vou te matar. – Skye fechou o punho e deu um murro no chão.

– Skye – Ward falava com a voz fraca. – Você ficar longe Andrea. – ele levantava o braço para alisar o cabelo dela, enfraquecendo. – Andrea má... Andrea matar pessoas que Ward ama.

– Sshhh! – Skye colocou seu indicador nos lábios dele, o calando. – Fique quietinho, Grant... Concentre-se em respirar fundo, okay? – ela dizia, tendo as mãos trêmulas e a voz vacilante. – Por favor, fique comigo, Ward... Não se atreva a me deixar.

Levantei os olhos para o céu, estava uma noite nublada. A lua escondia-se atrás das nuvens escuras e não havia vento algum. Pensei no quanto havia julgado o cara que estava morrendo na minha frente. Meus olhos ardiam com a iminência salgada das lágrimas. Aquilo não podia simplesmente acabar daquele jeito. Não depois de tanta luta, não depois de nos expormos daquela maneira. Tinha que haver um meio de salvá-lo.

Skye chorava ao sentir os batimentos de Ward diminuírem, Simmons poderia até examiná-lo se não estivéssemos todos sob a mira daqueles seguranças que apenas assistiam às fartas risadas de Andrea. Ela não tinha nenhum respeito pela vida, era exatamente igual à irmã. A única coisa que as diferenciava era a experiência em maldade. Seus cabelos também eram loiros e estavam amarrados da mesma maneira, talvez Kristen fosse também uma seguidora cega da irmã psicopata. Isso explica tanta antipatia. É de família.

– Por que ele está morrendo? Você disse que ele não morreria!

– Eu disse isso? – Andrea gargalhou. – Eu nunca disse isso! Grant é fraco demais para conseguir controlar o poder que foi injetado nele, e pra falar a verdade, nem teve o efeito esperado! Quando papai injetou o soro em mim e em Kris para reverter o processo de contaminação, nós descobrimos que nosso corpo não suportava o vírus do papai. Achávamos que você suportaria... Mas não! – ela andava de um lado para outro, alternando entre encarar Skye e o filho e o resto do grupo do outro lado. – Ao invés disso você virou uma espécie de robô maluco descontrolado ou sei lá o quê! Você reviveu porque o vírus te fez imune... Mas você não se tornou imortal, meu bebê.

– Você é um monstro. – Jemma gritou, tendo Fitz a abraçando tentando acalmá-la sem sucesso.

– Oh, a mosca morta tem língua! Achei que você só tinha...

– Não se dirija a ela dessa maneira, sua sociopata insolente! – Fitz respondeu, colocando Jemma para trás dele. – Você vai pagar por tudo que está fazendo a nós.

– Oh! Estou mesmo com muito medo – onde está o Bus quando se precisa lançar um míssel numa certa vadia? – E sem paciência! – ela olhou para os seus seguranças. – Vamos! Matem todos eles e vamos encontrar o papai e a Kris.

Ela não sabia ainda.

– Ei. – Skye pôs-se de pé e caminhou na direção de Andrea. Os seguranças viraram-se imediatamente e apontaram para ela suas armas. – Se encontrar a sua irmã, diz a ela que aquele penteado ridículo não está mais em alta... Por favor. – Skye sorriu ironicamente, causando uma expressão de dúvida em Andrea. – E diga que foi a Skye que falou. – ela sussurrou perto de Andrea, que imediatamente ligou os fatos.

– Você... Todo aquele silêncio no corredor... O rastro de sangue... Não era de um de vocês?! – Andrea perguntou, atônita.

– Um de nós, querida? – Aproximei-me dela e parei ao lado de Skye. – Relembre-me quando o seu querido pai e sua irmã invejosa se juntaram a S.H.I.E.L.D. – sorri com sarcasmo.

– Não... Vocês não os mataram... NÃAO!! – Ela tomou um dos fuzis e aproximou-se de nós duas. Coulson aproximou-se também, mas colocou sua arma no chão e a chutou para baixo das ferragens quando Andrea ameaçou atirar em nós duas. – Vou fazê-las pagar por isso! Essa morte será memorável.

Andrea nos colocou uma de frente para a outra e nos entregou duas armas. Coulson e Fitz foram arrastados para o outro lado, deixando Jemma sozinha para assistir aquela cena. Um dos guardas entregou duas outras armas para Coulson e Fitz, fazendo-os ficarem um de frente para o outro. Ward continuava desmaiado, a dor e o sangramento provavelmente não o fariam acordar tão cedo.

– O jogo é o seguinte – Andrea explicava enquanto tomava uma certa distância de nós, aproximando-se de Simmons. – Quando eu contar até cinco, um dos membros de cada dupla vai disparar no outro membro. É a única chance de eu não matar todos vocês. Combinem entre vocês qual dos dois irá disparar, ou sejam rápidos o bastante para não morrerem. Se a contagem terminar e ninguém atirar em ninguém, todos vocês morrerão, a começar pela bela e inocente britânica que está ali na frente. Ah, e um último aviso... Sem truques. Na primeira gracinha, a cientista amiguinha de vocês vai sofrer as consequências.

– Não! – Skye gritou – Você não pode fazer isso!

– Não só posso como vou! – ela sorriu, aproximando-se das duplas. – Vocês tem cinco minutos para se despedirem um do outro.

– Fitz! – Simmons gritou, enquanto corria até nós.

– Na-na-não! – Andrea se pôs na frente dela, impedindo-a de chegar até nós. – Você volta pro seu lugar. – ela apontava para as ferragens do outro lado. – Eu disse que somente as duplas poderão se despedir. Você só pode torcer para que o seu belo namoradinho seja rápido no gatilho.

Os olhos de Simmons flamejaram nesse momento. Sua expressão era de indignação total. Pela primeira vez na vida a vi socar alguma coisa, ela virou-se para a parede e deu um murro, gritando logo em seguida. Ela chutou as ferragens com muita raiva.

– Quatro minutos. E a contagem começará.

Olhei para Skye. Seus olhos viram Simmons e Ward uma última vez e ela voltou a abaixar a cabeça. Estava tremendo segurando aquela pistola, não queria nem ao menos levantar os olhos para me ver. O desespero estava tomando conta dela e eu sabia o que deveria ser feito naquele momento.

– Skye, olha...

– Não, May! Eu não vou atirar em você. – ela levantou a cabeça com o rosto banhado de lágrimas.

– Não faça por mim, faça pelo Ward. – meus olhos não suportavam vê-la naquele estado. Quebrada. – Se você viver, você poderá salvá-lo. Eu sei que pode dar um jeito nisso.

– Eu não posso matar você. – ela sussurrou abaixando a cabeça mais uma vez.

– E eu não posso vê-la morrer – confessei, limpando a garganta para o que viria em seguida. – Talvez eu nunca tenha demonstrado, mas... Eu amo você – ela limpou as lágrimas e levantou o rosto como se não tivesse ouvido o que eu falei. – Depois que a minha filha... – uma lágrima calada descia do meu rosto. – Eu achava que não poderia abrir meu coração novamente e aí apareceu você e...

Skye segurou na minha mão, aos prantos, deixando meu coração mais aflito do que já estava. Não poderia ver a garota que eu protegi e amei durante esses dois anos morrendo pelas minhas próprias mãos. Não, eu me mataria antes disso.

– Eu cuidei de você como se fosse a Chloe... A minha pequena Chloe. Ela era alegre, esperta e fazia travessuras. – Skye sorriu em meio às lágrimas e só então percebi que eu estava fazendo o mesmo. – Não posso mata-la, Skye. Eu sinto muito, mas não posso... Não poderia viver com isso.

– O que nós vamos fazer, então? Não posso matar a pessoa que desde o primeiro dia me protegeu. Lembra? Daquele soldado na estação de trem?

– Sim, Skye.

– Então... Eu não posso matar a única pessoa que me tomou por filha nesse mundo. – ela soluçou na última parte. – Não posso matar minha única mãe...

– Tempo esgotado!

Andrea olhou no relógio e eu e Skye fechamos os olhos. Skye precisava fazer aquilo. Eu não conseguiria mata-la. Olhei para Coulson uma última vez, seus olhos claros pareciam estar vazios de dor e isso fez meu coração doer junto com o dele.

– Você foi um bom agente, Fitz. – Coulson dirigiu-se ao garoto, com um pequeno sorriso. – Obrigada por estar ao meu lado, Melinda. – ele disse um pouco distante de mim e em troca eu lhe devolvi um sorriso. Um sorriso que ele conhecia muito bem.

– Foi um prazer, senhor – Fitz pronunciou em voz alta, olhando para Simmons logo em seguida. – Nós somos FitzSimmons, Jemma... Sempre seremos. Você foi a única mulher que eu amei... Depois da minha mãe. – ele esboçou um sorriso.

– Eu te amo, Fitz... Eu sempre te amei.

Jemma apertava nas mãos um pequeno macaco que ela tirara de seu bolso. Provavelmente ela havia trocado o seu chaveiro logo que ela e Fitz resolveram assumir de vez esse relacionamento. Ela apertava o macaquinho com suas mãos trêmulas, o deixando cair ali perto. A britânica abaixou-se para procura-lo, quando ouviu novamente a voz de Andrea.

– Um.

– Skye, atire.

– Não, May... Eu não consigo.

– Dois.

Respirei fundo e encarei aquela garota. Pelo que eu conhecia dela, ela não ia fazer aquilo.

– Três.

– Skye, isso é uma ordem! – Tentei ser rude, ainda com os olhos molhados. – Atire!

– Quatro...

E o tiro fez-se ouvir no recinto.


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Notas finais do capítulo

O-ou... Quem atirou em quem?

— O que acharam das fortes emoções deste capítulo?

#itsallconnected #StandWithSHIELD :)



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