Inconscientemente escrita por Jessyhmary


Capítulo 21
Péssima Mentirosa


Notas iniciais do capítulo

Oláa, galera!! Para todos aqueles que estava com saudades de "Inconscientemente" (Principalmente a Gleice que é fã de carteirinha... hehe ^^) Mais um capítulo pra vocês, com uma pequena surpresa... Espero que gostem! :)

#BoaLeitura! :)



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– Como estamos com as turbinas, Agente Triplett?

– Já esquentaram tempo suficiente, senhor. Não teremos problemas daqui pra frente.

– Ótimo. Quando atingirmos os 170 Km mandaremos um sinal para May e Skye no campo. A noite nós faremos a comunicação com os comboios.

– Sim senhor.

Os painéis piscavam vivos indicando que o Bus estava em perfeita ordem. As nuvens fracas iam se desfazendo com a aproximação da águia de aço que domava gloriosamente os céus, fazendo-me lembrar de que ela estava longe. A piloto que não saíra do meu lado por tanto tempo agora se ausentara para arriscar sua vida em uma missão peculiar. Skye e Ward eram importantes para May, só não tinha certeza ainda sobre como ela lidaria com o romance dos dois. Não que ela quisesse entrar na disputa, Melinda sabia quando valia a pena lutar. E ele não valia tanto assim para ela.

Triplett permanecia encantado pela Simmons, que estranhamente começara o dia evitando-o descaradamente, o que eu só pude atribuir ao nosso pequeno incidente na noite anterior. Fitz ainda estava no quarto e para ser sincero, nem ao menos tinha ido vê-lo pela manhã. Apenas uma mensagem avisando que estávamos prontos para voar novamente. Aquele avião não era o mesmo sem metade da equipe. Sem a Skye descendo para o treino com o rosto ainda marcado do travesseiro; sem o bom-humor matinal da May, sem a falsa disciplina de Ward... A propósito, ele precisaria de uma ótima razão para que eu não o mandasse embora pela rampa de carga quando atingíssemos uma altura acima de 30.000 pés. Precisava de mais do que um pedido de desculpas para que eu o deixasse voltar para aquele avião.

– Senhor, estamos prestes a atingir a referida distância. – Triplett adentrava o escritório com um olhar atento esperando meus comandos.

– Chame o Agente Fitz para enviar o sinal aos comboios. May e Skye poderão visualizar as imagens internas de Kremlin quando a conexão for estabelecida.

– Sim senhor.

Triplett era um bom soldado. Estava estampado no seu rosto que ele faria qualquer coisa que eu mandasse, apenas por agradecimento por tê-lo deixado ficar no Bus, onde ele estaria perto de Simmons. Mal terminara de pronunciar a ordem e ele já se dirigia ao quarto de Fitz para informa-lo sobre a atual situação.

– Agente Fitz? – Ele bateu na porta, entreabrindo-a lentamente.

– Agente Triplett. – Fitz respondeu com um sorriso suspeito.

– Agente Triplett – Jemma repetiu imediatamente depois, com menos empolgação.

– Está melhor?

Fitz ainda abriu a boca para responder, mas Simmons tomou a frente dele, sendo ela a médica do Bus.

– Ele apresentou alguns sintomas preocupantes inicialmente, mas com o soro e a transfusão o organismo dele está estabilizando.

– Transfusão? – Ele perguntou confuso.

– AB positivo – Fitz-Simmons responderam em uníssono.

– Felizmente o corte não atingiu o nervo. – Simmons continuou.

– É, do contrário... Bem, eu não estaria aqui para contar.

– Que bom, Agente Fitz. – Triplett sorriu – Consegue se levantar?

– Acho que sim – O garoto olhou para Simmons.

– Mas devia ficar em repouso. – Ela reclamou sua condição.

– Coulson precisa dele na sala de reuniões. Atingimos a distância necessária para que os fotóns se embaralhem. Agora podemos invadir sem sermos vistos.

– Mas ele não...

– Eu vou Simmons. – Ele fazia um esforço para se levantar, usando o criado-mudo como suporte. – Precisamos liberar a entrada para as damas.

– Eu não vou ganhar de vocês mesmo... – Ela se conformava. – Tudo bem... Vamos – Simmons recolhia a bandeja e preparava-se para sair do quarto com os garotos.

– Não, você fica. – Triplett segurou Jemma pelo braço – Precisamos conversar.

– Não temos nada a tratar, Agente Triplett. – Ela tentava se esquivar, mas ele não a deixaria ir.

– Pode ir na frente, Agente Fitz. Encontraremos vocês em instantes.

O olhar de Fitz agora estava tenso. Ele queria poder dar uma surra em Triplett, mas naquelas condições, suas chances caíam de zero para nulo. Ele desceu as escadas devagar – Ainda lento do impacto da queda – Mas dessa vez ele não estava preocupado. Sabia que Jemma não o trocaria pelo Triplett. Agora ele sabia.

– Por que você está me evitando? – Triplett foi simples e direto com ela.

– Eu... Porque eu... – Ela gaguejava, procurando uma maneira decente de explicar aquilo.

– Não precisa mentir. Você sabe que é uma...

– Péssima mentirosa. – Ela o interrompeu, parecendo ter estabilizado a frequência da sua voz. – Eu sei disso.

– Então?

Ela engoliu em seco, fechou os olhos e inspirou profundamente. Não estava acostumada a fazer coisas como essa frequentemente. Havia perdido a prática.

– Temo que o tenha enganado, Agente Triplett. – Ela deu uma pausa para levantar os olhos e encará-lo – Sinto muito se agi de forma que o fizesse pensar que em mim havia algum interesse real na sua pessoa.

– Mas você praticamente...

– Eu sei! Eu sei! – Ela apertava os olhos e os punhos simultaneamente, sentindo a voz de sua própria consciência a condenando. – Eu não estava sendo totalmente sincera... Sinto muito... Eu achei que queria isso, mas... Não quero.

Ele calou-se diante da sinceridade quase bagunçada dela. Não iria forçá-la a nada, com certeza. Ele ainda era um cavalheiro.

– Me desculpe por tê-la pressionado, Agente Simmons. Eu sei que também não fui muito cauteloso quanto a isso, eu só... – Ele falhou um pouco, realmente gostava dela. – Está tudo bem.

Ele estava dirigindo-se à porta para sair do quarto, quando foi interrompido pela voz apressada de Simmons, atropelando os pensamentos recém-chegados à mente do rapaz.

– Eu amo o Fitz, Trip. – Ela falou incialmente tensa – Sempre o amei. Só agora finalmente percebi – A tensão começava a dar lugar a um sorriso singelo que a propósito, Triplett amava admirar. – Nós nos conhecemos há tanto tempo... Ele me completa. – Ela sorriu – De todas as formas possíveis.

– Eu sei. – Triplett se pronunciou após alguns segundos em silêncio – Eu acho que já havia percebido isso.

– Sinto muito, mais uma vez. Eu precisava ser totalmente sincera a respeito disso.

– Não esquenta. Você fez o certo, garota.

Agora sim Simmons o deixara ir. Estava se sentindo livre. Não mais suja, só... Livre.



(...)




– Senhor, rápido! Tem alguma coisa muito errada nos monitores!

A voz assustada de Fitz pelo comunicador anunciava que alguma coisa tinha saído do nosso controle e pela entonação não era nada bom.

– O que houve, Fitz? – Tripplet e eu adentramos a sala correndo.

– Senhor, não temos sinal delas. – Jemma anunciava, com a voz ligeiramente trêmula.

– Delas? E as tropas? – Arregalei os olhos.

– Uma parte das tropas continuam posicionadas, mas...

– Mas? – Fitz não terminara o raciocínio.

– O comunicador delas não funciona. E segundo o raio de alcance dos dispositivos, o único meio de interferir na transferência de rádio seria...

– Se elas estivessem dentro dos muros de Kremlin. – Arrisquei.

– Exato, senhor. – Fitz abaixava a cabeça, impacientemente tenso.

– Pegaram elas. – Jemma concluiu.

A tensão tomou conta do grupo. May estava com Skye, mas não fazíamos ideia do que podia haver ali dentro. Se May não pudesse lutar contra aquilo, a chance de libertá-los caía drasticamente. Mas naquele momento, precisávamos focar em soluções.

– E agora? Como faremos? Skye é a única hacker do grupo e Kremlin não é qualquer fortaleza... É Kremlin! – Triplett começava a sair do controle.

– É isso! – Jemma olhou para Fitz que depois de alguns instantes, entendeu a ideia da parceira. – Precisamos de outro hacker.

– Do que está falando, Simmons?

– Não podemos simplesmente arrastar um nerd pela camisa para dentro de uma missão ultrassecreta da S.H.I.E.L.D. Sem contar que o recrutamento duraria semanas, a Central não permitiria nem mesmo a entrada de algum agente com nível se segurança menor do que 6!

– Agente Triplett, não a interrompa. – Coulson o repreendeu – Continue, Jemma.

– Se Skye está presa em Kremlin, isso constitui-se em dois cenários: o ruim é que não sabemos o risco que ela está correndo, nem o acesso que ela possui dentro da fortaleza...

– Mas por outro lado, com ela lá dentro as chances de conectarmos uma ponte digital são muito boas.

– Ponte digital?

– Podemos fazer a triangulação de dados. É como... Estabelecer uma conexão permanente. Teremos todas as informações que precisaremos para tirá-las de lá, e quem sabe o que mais podemos descobrir sobre esse esconderijo? Podemos salvar muitas outras pessoas de lá.

– Tudo bem, parece um bom plano, mas sobre o nerd...

– Precisa ser alguém que consiga se conectar com a Skye através de códigos...

– Que se importe o suficiente com ela para se arriscar...

– E que já tenha invadido Kremlin antes.

– Ou seja...

– Miles!

– Exatamente, senhor – Jemma deu um sorriso, triunfante – Ainda temos como localizá-lo?

– Felizmente a pulseira que bloqueia o seu acesso à internet ainda não foi liberada. Ele nos ajuda a libertar nossos agentes e eu libero ele da “babá da internet” – Dei uma pausa, lembrando-me da minha pequena agente nível 2.

– Palavras de Skye... – Jemma reconheceu.

– Tudo bem, vamos atrás do Sr. Miles. Algo me diz que ele vai amar a visita.


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Notas finais do capítulo

Miles's back! kkk Eita, rapaz... Vai rolar ciúmes aí...

— Comentários e Sugestões são sempre bem-vindos! :)

#StandWithSHIELD