Inconscientemente escrita por Jessyhmary
Notas iniciais do capítulo
Oláa, galera!! Para todos aqueles que estava com saudades de "Inconscientemente" (Principalmente a Gleice que é fã de carteirinha... hehe ^^) Mais um capítulo pra vocês, com uma pequena surpresa... Espero que gostem! :)
#BoaLeitura! :)
– Como estamos com as turbinas, Agente Triplett?
– Já esquentaram tempo suficiente, senhor. Não teremos problemas daqui pra frente.
– Ótimo. Quando atingirmos os 170 Km mandaremos um sinal para May e Skye no campo. A noite nós faremos a comunicação com os comboios.
– Sim senhor.
Os painéis piscavam vivos indicando que o Bus estava em perfeita ordem. As nuvens fracas iam se desfazendo com a aproximação da águia de aço que domava gloriosamente os céus, fazendo-me lembrar de que ela estava longe. A piloto que não saíra do meu lado por tanto tempo agora se ausentara para arriscar sua vida em uma missão peculiar. Skye e Ward eram importantes para May, só não tinha certeza ainda sobre como ela lidaria com o romance dos dois. Não que ela quisesse entrar na disputa, Melinda sabia quando valia a pena lutar. E ele não valia tanto assim para ela.
Triplett permanecia encantado pela Simmons, que estranhamente começara o dia evitando-o descaradamente, o que eu só pude atribuir ao nosso pequeno incidente na noite anterior. Fitz ainda estava no quarto e para ser sincero, nem ao menos tinha ido vê-lo pela manhã. Apenas uma mensagem avisando que estávamos prontos para voar novamente. Aquele avião não era o mesmo sem metade da equipe. Sem a Skye descendo para o treino com o rosto ainda marcado do travesseiro; sem o bom-humor matinal da May, sem a falsa disciplina de Ward... A propósito, ele precisaria de uma ótima razão para que eu não o mandasse embora pela rampa de carga quando atingíssemos uma altura acima de 30.000 pés. Precisava de mais do que um pedido de desculpas para que eu o deixasse voltar para aquele avião.
– Senhor, estamos prestes a atingir a referida distância. – Triplett adentrava o escritório com um olhar atento esperando meus comandos.
– Chame o Agente Fitz para enviar o sinal aos comboios. May e Skye poderão visualizar as imagens internas de Kremlin quando a conexão for estabelecida.
– Sim senhor.
Triplett era um bom soldado. Estava estampado no seu rosto que ele faria qualquer coisa que eu mandasse, apenas por agradecimento por tê-lo deixado ficar no Bus, onde ele estaria perto de Simmons. Mal terminara de pronunciar a ordem e ele já se dirigia ao quarto de Fitz para informa-lo sobre a atual situação.
– Agente Fitz? – Ele bateu na porta, entreabrindo-a lentamente.
– Agente Triplett. – Fitz respondeu com um sorriso suspeito.
– Agente Triplett – Jemma repetiu imediatamente depois, com menos empolgação.
– Está melhor?
Fitz ainda abriu a boca para responder, mas Simmons tomou a frente dele, sendo ela a médica do Bus.
– Ele apresentou alguns sintomas preocupantes inicialmente, mas com o soro e a transfusão o organismo dele está estabilizando.
– Transfusão? – Ele perguntou confuso.
– AB positivo – Fitz-Simmons responderam em uníssono.
– Felizmente o corte não atingiu o nervo. – Simmons continuou.
– É, do contrário... Bem, eu não estaria aqui para contar.
– Que bom, Agente Fitz. – Triplett sorriu – Consegue se levantar?
– Acho que sim – O garoto olhou para Simmons.
– Mas devia ficar em repouso. – Ela reclamou sua condição.
– Coulson precisa dele na sala de reuniões. Atingimos a distância necessária para que os fotóns se embaralhem. Agora podemos invadir sem sermos vistos.
– Mas ele não...
– Eu vou Simmons. – Ele fazia um esforço para se levantar, usando o criado-mudo como suporte. – Precisamos liberar a entrada para as damas.
– Eu não vou ganhar de vocês mesmo... – Ela se conformava. – Tudo bem... Vamos – Simmons recolhia a bandeja e preparava-se para sair do quarto com os garotos.
– Não, você fica. – Triplett segurou Jemma pelo braço – Precisamos conversar.
– Não temos nada a tratar, Agente Triplett. – Ela tentava se esquivar, mas ele não a deixaria ir.
– Pode ir na frente, Agente Fitz. Encontraremos vocês em instantes.
O olhar de Fitz agora estava tenso. Ele queria poder dar uma surra em Triplett, mas naquelas condições, suas chances caíam de zero para nulo. Ele desceu as escadas devagar – Ainda lento do impacto da queda – Mas dessa vez ele não estava preocupado. Sabia que Jemma não o trocaria pelo Triplett. Agora ele sabia.
– Por que você está me evitando? – Triplett foi simples e direto com ela.
– Eu... Porque eu... – Ela gaguejava, procurando uma maneira decente de explicar aquilo.
– Não precisa mentir. Você sabe que é uma...
– Péssima mentirosa. – Ela o interrompeu, parecendo ter estabilizado a frequência da sua voz. – Eu sei disso.
– Então?
Ela engoliu em seco, fechou os olhos e inspirou profundamente. Não estava acostumada a fazer coisas como essa frequentemente. Havia perdido a prática.
– Temo que o tenha enganado, Agente Triplett. – Ela deu uma pausa para levantar os olhos e encará-lo – Sinto muito se agi de forma que o fizesse pensar que em mim havia algum interesse real na sua pessoa.
– Mas você praticamente...
– Eu sei! Eu sei! – Ela apertava os olhos e os punhos simultaneamente, sentindo a voz de sua própria consciência a condenando. – Eu não estava sendo totalmente sincera... Sinto muito... Eu achei que queria isso, mas... Não quero.
Ele calou-se diante da sinceridade quase bagunçada dela. Não iria forçá-la a nada, com certeza. Ele ainda era um cavalheiro.
– Me desculpe por tê-la pressionado, Agente Simmons. Eu sei que também não fui muito cauteloso quanto a isso, eu só... – Ele falhou um pouco, realmente gostava dela. – Está tudo bem.
Ele estava dirigindo-se à porta para sair do quarto, quando foi interrompido pela voz apressada de Simmons, atropelando os pensamentos recém-chegados à mente do rapaz.
– Eu amo o Fitz, Trip. – Ela falou incialmente tensa – Sempre o amei. Só agora finalmente percebi – A tensão começava a dar lugar a um sorriso singelo que a propósito, Triplett amava admirar. – Nós nos conhecemos há tanto tempo... Ele me completa. – Ela sorriu – De todas as formas possíveis.
– Eu sei. – Triplett se pronunciou após alguns segundos em silêncio – Eu acho que já havia percebido isso.
– Sinto muito, mais uma vez. Eu precisava ser totalmente sincera a respeito disso.
– Não esquenta. Você fez o certo, garota.
Agora sim Simmons o deixara ir. Estava se sentindo livre. Não mais suja, só... Livre.
(...)
– Senhor, rápido! Tem alguma coisa muito errada nos monitores!
A voz assustada de Fitz pelo comunicador anunciava que alguma coisa tinha saído do nosso controle e pela entonação não era nada bom.
– O que houve, Fitz? – Tripplet e eu adentramos a sala correndo.
– Senhor, não temos sinal delas. – Jemma anunciava, com a voz ligeiramente trêmula.
– Delas? E as tropas? – Arregalei os olhos.
– Uma parte das tropas continuam posicionadas, mas...
– Mas? – Fitz não terminara o raciocínio.
– O comunicador delas não funciona. E segundo o raio de alcance dos dispositivos, o único meio de interferir na transferência de rádio seria...
– Se elas estivessem dentro dos muros de Kremlin. – Arrisquei.
– Exato, senhor. – Fitz abaixava a cabeça, impacientemente tenso.
– Pegaram elas. – Jemma concluiu.
A tensão tomou conta do grupo. May estava com Skye, mas não fazíamos ideia do que podia haver ali dentro. Se May não pudesse lutar contra aquilo, a chance de libertá-los caía drasticamente. Mas naquele momento, precisávamos focar em soluções.
– E agora? Como faremos? Skye é a única hacker do grupo e Kremlin não é qualquer fortaleza... É Kremlin! – Triplett começava a sair do controle.
– É isso! – Jemma olhou para Fitz que depois de alguns instantes, entendeu a ideia da parceira. – Precisamos de outro hacker.
– Do que está falando, Simmons?
– Não podemos simplesmente arrastar um nerd pela camisa para dentro de uma missão ultrassecreta da S.H.I.E.L.D. Sem contar que o recrutamento duraria semanas, a Central não permitiria nem mesmo a entrada de algum agente com nível se segurança menor do que 6!
– Agente Triplett, não a interrompa. – Coulson o repreendeu – Continue, Jemma.
– Se Skye está presa em Kremlin, isso constitui-se em dois cenários: o ruim é que não sabemos o risco que ela está correndo, nem o acesso que ela possui dentro da fortaleza...
– Mas por outro lado, com ela lá dentro as chances de conectarmos uma ponte digital são muito boas.
– Ponte digital?
– Podemos fazer a triangulação de dados. É como... Estabelecer uma conexão permanente. Teremos todas as informações que precisaremos para tirá-las de lá, e quem sabe o que mais podemos descobrir sobre esse esconderijo? Podemos salvar muitas outras pessoas de lá.
– Tudo bem, parece um bom plano, mas sobre o nerd...
– Precisa ser alguém que consiga se conectar com a Skye através de códigos...
– Que se importe o suficiente com ela para se arriscar...
– E que já tenha invadido Kremlin antes.
– Ou seja...
– Miles!
– Exatamente, senhor – Jemma deu um sorriso, triunfante – Ainda temos como localizá-lo?
– Felizmente a pulseira que bloqueia o seu acesso à internet ainda não foi liberada. Ele nos ajuda a libertar nossos agentes e eu libero ele da “babá da internet” – Dei uma pausa, lembrando-me da minha pequena agente nível 2.
– Palavras de Skye... – Jemma reconheceu.
– Tudo bem, vamos atrás do Sr. Miles. Algo me diz que ele vai amar a visita.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Miles's back! kkk Eita, rapaz... Vai rolar ciúmes aí...
— Comentários e Sugestões são sempre bem-vindos! :)
#StandWithSHIELD