Inconscientemente escrita por Jessyhmary


Capítulo 17
Verdadeiro Herói


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que postaria antes de dormir, guys! hehehe :)

— Só tenho que agradecê-los pela dedicação, mais uma vez...
A cada dia é um reply mais fofo, mais estimulante... So... Thank you!
#You are the best!

#BoaLeitura! :)



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O impacto foi inevitável. O Bus adentrou a construção abandonada que veio abaixo alguns segundos depois. Uma enorme nuvem de poeira nos encobriu e só víamos uma enorme mancha clara que se misturava com o alvo da neve. Eu estava um pouco dolorida, tudo tinha sido muito rápido. Quando fui recobrando a consciência, meu corpo percebeu que não estava em contato com a neve e um par de braços estava esparramado pela neve. Abri meus olhos e vi meu pequeno Fitz desacordado e só então me lembrei dos segundos anteriores. Havíamos saltado da rampa de carga e Fitz usara o seu corpo como escudo para me proteger da queda. Um verdadeiro herói.

Coulson e Triplett estavam atirando contra o último drone, usando as ruínas como proteção e fez sinal para que eu e Fitz saíssemos do fogo cruzado. Ainda estávamos há alguns metros da pista e precisávamos adentrar a floresta para ficarmos escondidos, mas Fitz permanecia inconsciente já que ele teve a pior queda de todos nós. Não tive outra escolha a não ser coloca-lo sobre uma enorme tábua de madeira e arrastá-lo pela neve. E ele pesava! Levantei a cabeça dele delicadamente e minha mão ficou suja de sangue. Uma rocha pontuda o havia ferido e meu coração apertou forte dentro do peito. Impulsivamente, me dirigi para onde estavam Coulson e Triplett e pedi que me ajudassem a coloca-lo no avião, pois eu precisava examiná-lo.

– Essa não é uma opção, Simmons.

– Com todo respeito, senhor, é mais do que uma opção. É uma urgência.

– Foi só um corte superficial, Simmons. Ele só está desacordado pela pancada – Triplett tentava reduzir a importância do caso – Ele não está acostumado com a ação.

– Sério, Agente Triplett? – Não acreditava que ele tinha dito aquilo para mim – Porque ele me pareceu bem ativo quando voltou para me salvar de colidir com essa construção em ruínas.

– Simmons, vocês precisam sair daqui ou mais alguém vai se ferir...

– Se ferir?! – Me sentia ultrajada – Traumas encefálicos podem causar danos neurológicos permanentes! Oh! Eu não vou esperar o sangue dele se esvair para fazer alguma coisa! Eu o levarei para dentro eu mesma!

Ignorei as ordens de Coulson instintivamente. Fitz estava sangrando e eu não sabia o quão profundo havia sido o corte. Precisava conter o sangramento o quanto antes e fazê-lo retomar os sentidos. Usei toda força que tinha para empurrá-lo até a rampa, que foi de grande ajuda para conseguir coloca-lo para dentro. O drone havia cessado fogo e como já não estávamos mais em solo Russo, as autoridades retiraram a aeronave, dando-nos uma trégua. Coulson e Triplett voltaram para o interior do Bus e me ajudaram a colocar Fitz sobre o leito.

– Vamos lá, Fitz.

– Ele vai ficar bem? – Estava injuriada com aquela hipocrisia. De repente Fitz era importante.

– Vai. Eu estou trabalhando para isso. – Respondi inclemente – Trabalharia melhor se me deixassem sozinha no laboratório.

Coulson e Triplett saíram sem dizer uma palavra e minhas atenções se voltaram exclusivamente para aquele garoto pálido que estava quase congelando no leito à minha frente. Ele perdera a consciência e estava sangrando, logo, meu primeiro pensamento foi uma lesão mais grave. Felizmente, não houve traumatismo cranioencefálico ou eu estaria desesperada naquele momento. Sem sangramentos pelo ouvido ou pelo nariz, e as pupilas permaneciam sem alterações. Respirei aliviada. Contive o sangramento e o coloquei no soro, preparando-me para fazer uma pequena transfusão de sangue. Felizmente nós dois éramos AB positivo, então foi um procedimento simples. Em algumas horas de repouso ele deveria acordar.

Já estávamos em três horas da manhã e o ônibus permanecia no chão. A casa havia desabado sobre o avião, então havia muitos destroços sobre as asas e a cauda do nosso Bus. Triplett precisaria limpar o avião e fazer a revisão para ver se tudo estava nos conformes antes de decolarmos. Eu não consegui dormir, Leo ainda não havia acordado e eu não conseguia sequer cochilar sem que sonhasse com esse pelos breves minutos.

Ele parecia um anjo com a cabeça machucada. Os cabelos num tom castanho-dourado ainda estavam um pouco úmidos da neve que condensara-se e eu não podia ver seus olhos. E como eu amava aqueles olhos. Que sorriam sem nem mesmo perceber... Ele é tão espontâneo... Tão amável e bobo... E eu amo o modo como ele fica tímido quando eu o elogio. Na verdade ele estaria tímido nesse exato momento se soubesse o que eu estava pensando e o quanto eu estava preocupada com ele. Ele era lindo. E dormindo era ainda mais despretensioso... No entanto, ele havia se arriscado por mim. Não que eu não esperasse isso dele, mas... Ao vê-lo machucado, literalmente sangrando nos meus braços eu comecei a pensar sobre o que faria se eu o perdesse. E cheguei à conclusão de que eu não suportaria.

– Jemma... – Ele sussurrou e eu larguei a cadeira rapidamente para me dirigir até ele.

– Leo... Como você se sente?

– Bem... – Ele abria os olhos com dificuldade – Vivo, eu acho.

– Você bateu com a cabeça numa rocha quando caímos.

– Isso explica a dor de cabeça horrível... O que é isso? – Ele olhou para as agulhas e o soro.

– Você perdeu muito sangue, então... Eu precisei cuidar de você.

– AB positivo? – Ele esboçou um sorriso.

– AB positivo. – Confirmei, sorrindo.

– Obrigada, Jemma. – Ele abriu a palma da mão para que pudesse segurar minha mão. – Por estar sempre comigo... Nós sempre estamos juntos, mas acho que nunca disse o quanto eu amo a sua companhia. Desde a primeira vez naquele ônibus. Você foi a única pessoa em quem eu realmente confiei todos esses anos.

– Mas foi você quem me salvou. Você pulou com toda força e me pôs por cima de você para que eu tivesse o menor impacto e se feriu, você...

– Você é a pessoa mais importante da minha vida. E enquanto eu puder, eu cuidarei de você...

– Awnn, Fitz! – Meus olhos se encheram de lágrimas – Eu fiquei tanto com medo... Há algumas horas atrás... Pensei que... Você... Eu te vi sangrando, nos meus braços, naquela neve, aqueles tiros... E eu simplesmente enlouquecia só de pensar em algo ruim acontecendo a você... Eu não suportaria...

– Ei – Ele fez sinal para que eu me calasse – Não precisa mais pensar nisso agora, tudo bem? Eu estou aqui, inteiro... Bom, quase – Sorrimos – E estamos juntos. É só isso que eu quero.

Eu não sabia ao certo o que eu estava fazendo, mas eu estava praticamente ajoelhada ao pé da cama dele e ele segurava a minha mão sobre o seu peito. Ele sorria. Aquele sorriso que ele dá quando quer me deixar bem a respeito de algo e eu podia sentir seu coração pulsando. Era a melhor sensação do mundo. Meu coração voltou a acelerar e minhas mãos ficaram frias de repente. Poderia apostar um saco de rosquinhas que eu estava vermelha como um pimentão naquele exato momento. Nós estávamos tão próximos um do outro e depois daquela conversa antes da loucura com os drones, parecia que as coisas tinham mudado entre nós.

– E sobre antes... – Ele continuou – Sobre o Triplett... Acho que era um pouco de ciúmes, sim... Mas só um pouco... – As maçãs do rosto dele coraram – Nós sempre estivemos juntos, Jemma... Não quero que as coisas mudem entre nós.

– Tarde demais Fitz... As coisas já mudaram.

E aproximando-me lentamente dos lábios dele, eu o beijei.


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Notas finais do capítulo

#JemmaRocks! Muito bem, garota!! É isso aí!!!! o/

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