Inconscientemente escrita por Jessyhmary


Capítulo 15
Pesto Aioli Caseiro - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Gente... Muito obrigada pelos reviews, gente!! Vocês são muito dedicados! Dei até pausa no meu episódio de #AgentsofSHIELD para postar mais um capitulo para vocês!

Também queria recomendar uma fic de #AoS que eu comecei e que tem tudo para ser ótima! Chama-se "The Whole Truth" Autoria de: "Cidade dos Livros" Leiam!! :)

Espero que curtam a segunda parte de Pesto Aioli Caseiro, dessa vez narrada por Jemma Simmons. Beijos!!

#BoaLeitura! :)



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Fitz é meu melhor amigo. A gente se conheceu quando eu me mudei de Sheffield pra Chicago, na semana em que completaria dezesseis anos de idade. Foi uma mudança muito brusca. Meu pai trabalhava numa multinacional em Londres que abriu uma franquia nos EUA e meu pai foi nomeado para administra-la. Ele subiu de cargo e viajava todo final de semana para Chicago, até que chegou o dia em que estava complicado demais para ele morar em dois continentes diferentes e ele nos trouxe para cá. Fitz era meu vizinho e tinha acabado de chegar da Escócia e assim como eu estava totalmente deslocado de seu país.

Dois adolescentes britânicos tentando se readaptar a uma vida que se reinventava completamente nova. A começar pelo sotaque. Cinco de cada dez meninas da minha turma tentavam imitar ridiculamente o meu inglês acentuado. Oh, aquilo era tão inconveniente! Por que se prestar àquilo? Sentia falta dos ares da Inglaterra e da pontualidade que reinava no meu país. Para tornar as coisas ainda mais formidáveis, meu aniversário caiu exatamente no meu primeiro dia de aula – E eu já havia perdido uma parte do semestre mudando de escola no meio do ano – O que eu não esperava era que o meu presente tivesse sido importado do Reino Unido assim como eu.

– Tudo bem. Obrigada por me ajudar a encontrar a sala. Primeiro dia de aula... Vou ter que dizer que moro na Elm Street... Bom, pelo menos eu não sou a única.

– Não. Não é. Então... Boa sorte com o primeiro dia de aula.

– Nos vemos no intervalo? – Perguntei.

– Acho que sim. Eu sempre fico sozinho na mesa 42.

– Acho que não ficará mais. – Sorri para ele, me sentindo bem por não parecer mais tão deslocada assim.

– Boa aula pra você.

– Até mais, Fitz.

– Até mais, Simmons.

A minha primeira aula havia terminado e apenas duas meninas haviam falado comigo. Saí para o intervalo, procurando Fitz até que olhei para a mesa 42. Lá estava ele. Os cabeiros dourados, os olhos mergulhados num tenro azul esverdeado e um semblante angelical. Ele era divertido, carinhoso e sem dúvidas tinha o futuro mais promissor daquela sala, era o garoto mais brilhante que eu já havia conhecido e embora eu fosse quase dois anos mais velha, ele era maduro e sabia como tratar todos bem; completamente diferente dos trogloditas da nossa turma.

– Oi, não vi você chegar. – Ele respondia tímido quando eu o cumprimentei. – Como foi a aula?

– A aula em si foi legal... É só estranho ainda... Tudo novo por aqui.

– Eu também estou me acostumando. As primeiras semanas são as piores.

– É o que todo mundo diz... – Sorri – Ainda estamos ajeitando as coisas com a mudança.

– Se quiser ajuda pra conhecer o bairro... Posso falar com a minha mãe e ela pode sair com a sua. Minha mãe adora ajudar as pessoas e nem me fale o quanto ela se anima com vizinhos novos.

– Sério?

– Claro! Espere só ela ouvir o seu sotaque! Posso até ouvi-la gritando. – Rimos.

– Você está sendo muito gentil.

– E você está sendo a minha única desde que cheguei da Escócia.

– Que doce... Que bom que eu estou aqui, então.

– Que bom que moramos na mesma rua... Agora poderei te mostrar como eu sou bom com eletrônicos... Quer dizer... Posso te mostrar?

– Claro que pode, Fitz! Quem sabe você consiga criar alguma coisa que eu possa utilizar no meu trabalho... – Pensei um pouco... – Quem sabe um super microscópio! – Ele soltou uma risada contagiante.

– Sim! Quem sabe nós até trabalharemos juntos... Imagina?

– Oh, seria no mínimo muito divertido! – Estávamos parecendo amigos de longo tempo.

– Você pensa em voltar para a Inglaterra? – Ele perguntou, deixando o sorriso dar lugar a uma expressão mais séria.

– Se depender dos meus pais... Ficarei aqui até eu me casar! – Falei em tom de brincadeira, mas realmente era verdade. – E você?

– A mesma coisa. – Voltamos a rir.

– Então acostume-se a conviver comigo, Fitz.

– Não consigo me lembrar de quando eu almoçava sozinho... – Ele virou os olhos, fazendo uma cara engraçada.

– Que exagero! – Dei um leve tapa no braço dele sobre a mesa – Isso foi semana passada! – Ele abaixou a cabeça timidamente, voltando a me olhar com o sorriso mais sincero que eu já tinha visto.

– Quantos anos você tem?

– Dezesseis. – Sorri, desviando o olhar dele, sabia que eu ficaria um pouco constrangida – Hoje é o meu aniversário.

– Sério? – Ele me olhou, incrédulo.

– Sério! – Sorri, enquanto tirava a minha identidade da mochila para comprovar.

– Nossa... É verdade mesmo!

– Mas eu disse que era.

– Mas podia ser um truque.

– Mas não era. – Não conseguia ficar séria perto dele, era inevitável não sorrir.

– Então... Você merece uma coisa especial.

– Fitz, não...

– Quando voltarmos para a sala eu digo o que é.

– Tudo bem.

Saímos do refeitório caminhando a passos lentos, Fitz era fofo, atencioso e muito divertido, sem contar que ele fazia caras engraçadas e eu não segurava a risada. Ele era uma graça. Paramos em frente aos armários e ele tirou sua mochila de um deles, e começava a mexer em alguma coisa, mandando que eu fechasse os olhos e abrisse as duas mãos.

– Isso, agora junta as duas mãos.

– Assim? – Permanecia de olhos fechados.

– É. – Ele ficou mudo, me deixando curiosa e vermelha. – Está pronta?

– Você está me assustando. – Disse sorrindo, como sempre.

– Está pronta? – Ele repetiu.

– Estou.

Senti uma coisa macia de pelúcia com uma argola na ponta.

– Pode abrir os olhos.

– Monkey! – Praticamente gritei... Não acreditava que ele estava abrindo mão do seu macaco-prego. – Fitz... Eu não posso aceitar.

– Por que não? Ele só vai mudar de mochila... Eu poderei ver eles todos os dias. E ele será um presente duplo.

– Duplo? Como assim, duplo?

– É um presente de aniversário e um presente de amizade. Já que vamos ficar por perto, acho que vamos ser grandes amigos.

– Você já é meu amigo, Fitz. – Sorri, olhando para o pequeno macaquinho nas minhas mãos – O que você acha de passar na minha casa no fim da aula? Minha mãe está fazendo sanduíches para o meu aniversário. Ela faz isso todos os anos... Bom, esse ano não vai ser festa, afinal, não conhecemos ninguém ainda, mas você deveria ir.

– Ela não vai ficar brava se você convidar um garoto para a sua casa no primeiro dia de aula? – Ele sorriu e suas bochechas ficaram rosadas.

– Fitz! De onde você tira essas ideias? – Dei outro tapa no braço dele e acho que fiz uma cara engraçada porque ele sorriu.

– Mas... De que é o sanduíche?

– Presunto com Mussarela de búfala.

– Nunca comi.

– Ah, você vai amar! E acompanha um delicioso molho aioli que ela mesma faz!

– Parece ótimo, Jemma... Então... Depois da aula, não é?

– Sim. – Ele já estava indo para a aula de física aplicada- Ei, obrigada pelo Monkey.

– Não precisa agradecer.

– Mas ele vai mudar de nome. – Ele voltou alguns passos na minha direção.

– É justo. Então, que nome você pensa em dar pra ele?

– Não sei, acho que não tenho muitas...

– Fitz! Simmons! O que estão fazendo no corredor? O segundo sinal já tocou. Retornem às suas salas.

– Tudo bem, diretor Riggs – Respondemos em uníssono e prendemos a risada quando ele deu as costas.

– Fitz-Simmons.

– O quê? – Ele não entendeu nada.

– "Fitz-Simmons" será o novo nome do nosso macaquinho.

– Uau... Até que ficou bom. Gostei da sonoridade. – Sorrimos.

– Sim. Assim nenhum dos dois briga pelo nome dele.

– Vamos! Antes que o diretor volte e nos dê uma advertência.

– Até depois da aula, Leo.

– Até depois, Jemma.


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Notas finais do capítulo

Esses dois são uma fofura só! *__* #FitzSimmons!