Os Jogos da Fome - Interativa escrita por Natacha Cesar


Capítulo 5
Colheita do distrito 4


Notas iniciais do capítulo

Cá esta o capitulo da colheita do distrito 4, espero que gostem e comente ;)



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Mas um ano para o Distrito 4, mais um dia de sofrimento e terror, era só mais um dia em que o distrito ia perder dois jovens para pô-los numa arena a lutarem como animais para entreter a Capital. Era mais um ano em que se podia ver mães a chorar, crianças com medo e família inteiras em pavor. Era só mais um ano, só mais um dia, mas para Ellie não. Ela não queria saber dos Jogos, para ela aquilo até parecia ser bem divertido. Matar era um hobby para ela. Dês de pequena sempre teve de viver sozinha sem ninguém para a ajudar, aprendeu a caçar sozinha e teve de crescer à força. Mas agradece por isso, aprendeu a caçar e não tem medo de matar, é como se a partir dos 10 anos a vida a tivesse obrigado a treinar e a ser a melhor e este ano seria a ocasião certa para mostrar o que valia. Naquele dia ela estava na praia a olhar o mar, pela primeira vez sentia medo e nervosismo. Ela levantou-se e sacudiu a areia que ficou nas mãos e caminhou de volta para casa. Uma casinha simpática, à beira-mar, a casa era de tamanho médio, tinha uma cozinha, dois quartos, uma sala e uma casa de banho. Aquilo era a antiga casa da avó com quem morava antes de esta ter falecido. Ellie subiu as escadas e entrou no seu quarto. Numa das quatro paredes uma delas estava coberta de alvos, muitos deles com marcas de facas e machados. Na sua cómoda na última gaveta estava um molho de seis facas pequenas. Ela mirou com atenção, todos os alvos e mandou as seis facas ao mesmo tempo errado apenas um alvo. Aquilo significava que ela estava nervosa, ela nunca falhava o alvo. Ela sentou-se à beira da cama e suspirou, era aquilo que ela queria mas quanto mais se aproximava a hora mais a vontade passava. Enquanto pensava ouviu um barulhinho de lá de fora. Era o seu melhor amigo Luke. Era o seu único amigo e era como um irmão. Ela desceu as escadas e foi ter com ele.
– Pensei que já estivesses ponta. – Disse ele olhando para a moça que estava de calças de algodão cor de terra e um top preto justo com umas botas de pele, o cabelo estava amarrado num elástico preto.

– E já estou, não dá para ver que estou linda. – Disse a rapariga sorrindo e olhando para o amigo que estava de fato e gravata.
– Tu és inacreditável. – Disse o rapaz rindo juntamente com a menina.
Ellie era mesmo assim, ela fazia o que queria como queria e ninguém podia mudar isso. Mas um pouco mais para o interior do distrito encontrávamos Luy, um rapaz simpático e divertido. Ele mora com a tia dês de que foi misteriosamente abandonado pelos pais. A tia sempre foi muito exigente com ele aceitando apenas o melhor do sobrinho, nunca aceitou falhar e sempre obrigou Luy a treinar e ser um excelente matador. Luy sempre fez tudo o que a mulher mandou sem reclamar, tinha de retribuir o que a tia fez por ele, era graças a ela que ele tinha comida e um tecto. E a tia apesar de ser arrogante e fria sempre gostou dele como um filho. Luy estava no quintal, o rapaz estava sentado no chão com montes de palha e cordas à sua frente. Estava a construir uma armadilha para coelhos. Montou toda a armadilha em míseros minutos. Concentrado com o seu trabalho nem deu pela chegada da sua melhor amiga Kara, que morava ali mesmo ao lado. A sua mãe e a tia do Luy sempre se deram bem então Kara e Luy sempre foram amigos dês de crianças. Kara já esta vestida com um simples vestido branco, que caia pela cintura e lhe dava pelo joelho. A rapariga mandou um pequeno raminho caído no chão para chamar este à atenção.
– Estas aqui! Não te tinha visto. – Disse o rapaz levantando-se do chão.
– Eu sei. O que estas a fazer? – Perguntou a rapariga sorrindo.
– Uma armadilha de coelhos.
– Pobres bichinhos, não podes fazer mal aos animais. – Disse a rapariga com uma voz de mimo.
– Tem calma, não vou fazer mal a nenhum coelho, é só para ver se as minhas armadilhas funcionam.
– Mas depois vais deixar o bichinho livre?
– Obvio. Vamos ver. – Disse Luy pegando na armadilha e escondendo debaixo de uma folhagem. Os dois esconderam-se atrás da árvore e ambos esperaram ver algo interessante. Em poucos minutos viram uma bolinha de pelo com manchinhas pretas a mexer-se pelo quintal, não tardou até o coelho entrar na armadilha e ficar preso. Os dois jovens correram para perto do animal.
– Olha que fofo. – Disse Kara deliciada com o bichinho.
– Fixe a armadilha resulta. – Disse o rapaz entusiasmado.
– Que bom, agora liberta o coelhinho. – Disse a rapariga com uma voz séria.
– Ok, ok, pronto está livre. – Disse o rapaz abrindo a armadilha e deixando o coelho ir embora.

Os dois começaram a rir até que a tia de Luy disse para ele se ir preparar, os dois jovens despediram-se e Luy foi para o seu quarto vestir o fato que a tia lhe obrigava a usar. Pronto em menos de minutos o rapaz dirigiu-se com a sua tia até ao local onde seria feita a seleção. A multidão dividia-se em duas parte, uma feminina e outra masculina. Luy deslocou-se até à multidão de rapazes e Ellie estava na multidão de raparigas. No palco estava um homem, loiro de cabelo comprido mais ao menos á medida do pescoço. Aquele homem era o Austin Firth, o sorteador e mentor do distrito 4. Enquanto o homem mostrou o vídeo que todos os anos é passado Ellie estava ao lado de Kara, a amiga de Luy.

– Olá. – Disse a rapariga sorrindo.

– Conheço-te? – Perguntou Ellie num tom frio e aborrecido.

– Não. Mas eu gosto de dizer olá as pessoas que não conheço. – Disse a rapariga continuando a sorrir.

– Tu és estranha. – Disse Ellie mostrando um pequeno sorriso.

– Não sou a única. – Disse Kara e ambas se olharam e sorriram.

Quando o filme terminou Austin dirigiu-se para o globo de vidro com os nomes as meninas.

– E agora está na hora da seleção. Primeiras as raparigas. – Disse o homem tirando um papel. – Kara Jons!

A moça logo perdeu o sorrido e a sua expressão logo virou de terror. A rapariga gritava que não e tentou fugir mas dois Pacificadores agarraram-se e espancaram-na arrastando-a até ao palco. Luy do outro lado tentava alcança-la mas fora impedido por um outro Pacificador. Ellie ficou revoltada com a forma como aqueles homens estava a tratar aquela rapariga e não hesitou em ajuda-la. Ellie abraçou-se a moça que estava no chão.

– Deixem-na em paz. – Gritou a moça.

– Sai daqui miúda. – Disse um dos Pacificadores.

– Obriga-me! – Disse Ellie mesmo só para provocar o homem. Este por sua vez preparava-se para bater na rapariga quando esta a parou com um berro. – Eu voluntario-me!

Toda a multidão ficou em silencia e o Pacificador baixou a arma com que ia agredir aquela delinquente. Para romper o silêncio Austin chamou-a ao palco. Esta largou a Kara que lhe disse obrigado baixinho.

– Como te chamas? – Perguntou o homem.

– Ellie Romanoff. – Disse a rapariga com um sorriso de vitória no rosto.

A seleção continuou e agora era a vez dos rapazes, Austin vez o mesmo que vez na seleção das raparigas e retirou um papel.

– Luy Samaton!

Luy queria um buraco para se esconder quando ouviu o seu nome mas não podia mostrar medo, não á frente da sua tia. Ergueu a cabeça, engoliu a seco e dirigiu-se em passos largos até ao palco. Luy subiu e olhou para a sua tia, pela primeira vez viu aquela mulher a chorar, foi algo que aqueceu o seu coração e lhe deu forças para lutar e ganhar.

– Senhoras e senhoras, aqui estão eles, os tributos do distrito 4. Podem apertar as mãos. – Disse o homem sorrindo para os dois jovens. Ambos se olharam e fizeram o que o homem mandou. Toda a população os olhava, para Ellie tinha conseguido entrar nos jogos e ainda conseguiu dar uma ideia de heroína para aquela gente e para Luy era uma oportunidade para mostrar á tia do que é capaz e voltar como agradecimento por tudo o que ela fez por ele.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, cometem e digam o que gostaram, o que não gostaram e todas essas coisas ^^