(Ponto de vista geral)

A manhã seguinte passou tranquila, Freddie havia recebido alta do hospital e já estava em casa sob os cuidados da mãe, Carly passou a manhã organizando as coisas com ajuda de Sam. Sam havia acordado mais tranquila, ela levantou cedo, tomou um banho, vestiu um short jeans, uma blusa larga e fez um rabo frouxo no cabelo e calçou uma sapatilha. Quando se passava do meio dia Carly preparou um almoço e ligou para Brad convidando-o, ligou para Steven e Gibby. Já na mesa todos comiam e conversavam sobre assuntos diversos, Sam estava pensativa e quase não comia.

Steven: Sam? Você está bem? – Ele disse a despertado de seus pensamentos.

Sam: Oi?

Steven: Em que você tanto pensa? –Ele perguntou arqueando as sobrancelhas - Ou melhor, em quem?

Sam: Em nada. – Disse tentando cortar o assunto.

Steven: Você já visitou o Freddie depois que ele saiu do hospital?

Sam: Não, ainda não.

Steven: E o que você está esperando?

Carly: Eu concordo Sam, você tem que ir visitar o Freddie, anda!

Sam: Já to indo! – Levantou bufando e foi até a porta, saindo e ficando em frente ao apartamento do moreno.

Sam ficou encarando à porta por um tempo indeterminável e palavras de repente invadiram sua cabeça.

“Você é uma garota especial né? Sempre foi!”

Quando se lembrou destas palavras sorriu, mas logo despertou e tocou a campainha, esperou por alguns minutos e logo a porta foi aberta.

Marisa: Boa tarde Samantha! –Disse abrindo o sorriso.

Sam: Boa tarde senhora Benson – Retribuiu o sorriso – Será que eu poderia ver o Freddie?

Marisa: Ah claro, entre ele está ali na sala. –Ela abriu passagem e Sam entrou.

(Pensamentos Freddie Benson)

Ainda bem que não precisei ficar muito tempo naquele hospital, eu não suporto aquele ambiente, me remete tristeza e aflição. Minha mãe está mais grudenta do que o costume, ela não me deixa sozinho nem um só minuto, mas eu não a culpo, pelo contrario, eu agradeço a ela, minha mãe mesmo sendo paranóica e super protetora é uma ótima mãe, e faz de tudo para me ver feliz.

Eu estava sentado no sofá vendo TV com minha mãe quando ouvimos a campainha tocar.

Marisa: Eu atendo- Disse minha mãe indo em direção à porta. – Boa tarde Samantha! – Samantha? Minha mãe disse Samantha?

Sam: Boa tarde senhora Benson – ouvi sua doce voz – Será que eu poderia ver o Freddie?

Marisa: Ah claro, entre ele está ali na sala.

Logo ela apareceu ali na minha frente, ficou parada me olhando, ou melhor, olhando para a cadeira de rodas, sim, eu vou ter que ficar de cadeira de rodas até me recuperar da operação, o doutor disse que dentro de um mês eu já passo para as muletas, mas até lá não posso fazer muito esforço. Sam se aproximou e sentou do meu lado.

Freddie: Acho que sobrevivemos - Disse quebrando o silêncio.

Sam: É. – Ela disse sorrindo fraco. – Como se sente?

Freddie: Bem melhor, às vezes ainda sinto dor, mas o doutor disse que é normal.

Sam: Entendi. – Ela novamente se calou. Sam faz tipo de durona, mas eu sei que é só um meio de autodefesa, ela não me assusta mais, Ela é do tipo que se apaixona fácil, por simples olhares, sorrisos e gentilezas, ela aceita qualquer convite para o amor e por isso já se machucou demais, talvez seja por isso essa capa de durona.

Freddie: E você como se sente?

Sam: Às vezes sinto dor nas costas ou uma leve dor de cabeça, mas fora isso eu to bem.

Marisa: Desculpa atrapalhar, mas Freddie está na hora do seu remédio.

Sam: Bom gente, eu acho que já estou indo, passei mesmo só pra ver como o Freddie estava.

Marisa: Está cedo querida. – Sam iria se manifestar, mas no mesmo momento o telefone tocou a interrompendo – Espere um minuto.

(Ponto de vista geral)

Marisa terminou de falar no telefone e ficou desesperada com o que lhe haviam comunicado.

Freddie: O que houve mãe? Quem era?

Marisa: Era seu tio, avisando que sua avó está muito mal de saúde, eu preciso ir pra lá urgentemente porque não tem ninguém para ficar com ela.

Freddie: Mas e eu mãe?

Marisa: Ai meu Deus! – Marisa se desesperou, como cuidaria de duas pessoas em lugares diferentes? – Sam, você pode fazer companhia ao Freddie?

Sam: Mas...

Marisa: É por pouco tempo, até a noite, eu vou ver se consigo trazer a mamãe pra cá, para ficar mais fácil de cuidar dos dois.

Sam: Tudo bem então, eu fico com ele, pode ir tranquila.

Marisa: Obrigada querida! – Marisa correu para o quarto preparando a mala para ir até a cidade ao lado onde a mãe morava – Freddie sabe onde está os remédios e na porta da geladeira está o horário de cada um, se comportem e qualquer coisa me ligue Sam!

Sam: Pode deixar!

E Marisa saiu porta a fora, deixando os dois jovens sozinhos naquele apartamento, ambos com sorrisos bobos e envergonhados.

Sam ligou para Carly e avisou que ficaria com Freddie até de noite e teve que ouvir piadinhas maliciosas da amiga.

Freddie: É, estamos sozinhos, o que quer fazer?

Sam: Não sei o que quer fazer?

Freddie: Podemos falar de você, o que acha?

Sam: Falar de mim?

Freddie: É me fale de você, se descreva.

Sam: Ta bom... –Ela parou e pensou por alguns segundos, mas logo continuou - Eu sou superfeliz, sou indecisa, não sei quem sou, às vezes eu me finjo de boba, eu brinco com minhas próprias palavras. Talvez eu não seja perfeita, mas pelo menos estou tentando.

Freddie: Sabe Sam, eu amo até os seus defeitos... – Parou, olhou para ela, e continuou – Imagine os beijos.

Sam: Seu bobo! – Ela disse dando um tapinha de leve.

Freddie: Seu bobo! – Disse imitando a garota com a voz afetada. Fazendo a ela rir. – Sam, você mudaria seu jeito por alguém?

Sam: Não, definitivamente não, eu não quero ser quem as pessoas querem que eu seja, eu não viu abrir mão de mim para agradar ninguém.

Freddie: Você está certa... Você não deve viver a vida como outras pessoas esperam que você viva; tem que ser sua escolha, pois quando estiver lutando, você estará sozinha...

Sam: Nossa, o nerd ta inspirado hoje!

Os dois ficaram assim, rindo, e conversando durante horas e quando se deram conta já se passava das sete da noite e nada de Marisa voltar.

Sam: Sua mãe ta demorando né? Será que está tudo bem?

Freddie: Vou ligar pra ela, pode pegar o telefone pra mim, por favor?

Sam: Claro. –Sam foi até o telefone e o pegou dando à Freddie.

Freddie: Oi mãe, está tudo bem? ...A senhora já está voltando? ...Como assim não vai?...Não mãe ela não vai querer... Ta bom – Ele olhou para Sam que estava sem entender nada. –Minha mãe quer falar com você. – e lhe entregou o telefone.

Sam: Alô?... Claro que eu fico... Não se preocupe eu fico com ele... De nada... Tchau. – E desligou – É Freddie, vamos ter que passar outra noite juntos.

Freddie: Poise – Disse com um sorriso malicioso que fez Sam corar.

Sam: Tarado!

Freddie: Eu não disse nada!

Sam: Mas pensou.

Freddie: Eu não sei você mais eu to com uma fome.

Sam: É, eu também... O que acha de pedirmos uma pizza?

Freddie: Ótima idéia!

Sam ligou e pediu a pizza e ficaram ali esperando, quando a mesma chegou eles comeram e ficaram vendo TV até por volta das dez da noite.

Freddie: Sam, não sei se você sabe, mas você vai ter que me ajudar a tomar banho.

Sam: O QUE???

Freddie: É serio! Você vai ter que me ajudar!

Sam: Que seja, vamos!

Eles subiram e Sam ajudou Freddie a tirar a roupa, ele ficou de cueca e Sam teve se controlar ao olhar aqueles músculos do moreno. Depois do banho já tomado Sam levou Freddie até o quarto do garoto e ajudou ele a vestir seu pijama, era uma regata branca e uma calça de moletom na mesma cor.

Freddie deitou na cama e então Sam foi tomar banho, quando saiu do banheiro se deu conta de que não teria roupas limpas para vestir.

Sam: Freddie... – Ela disse entrando no quarto do menino enrolada na toalha – Pode me emprestar uma camisa sua pra que eu possa vestir? É que estou sem roupas limpas e a Carly já deve estar dormindo!

Freddie: Claro, escolhe qualquer uma ai no guarda-roupa.

Sam pegou uma blusa qualquer e vestiu como era de se esperar a blusa ficou larga, perfeita para dormir.

Sam: Freddie posso dormir no quarto da sua mãe?

Freddie: Isso não será possível porque minha mãe carrega com ela as chaves.

Sam: Tudo bem, eu durmo na sala.

Freddie: Não é necessário, pode dormir aqui comigo.

Sam: Tem certeza? Eu sou desastrada e posso acabar te machucando mais ainda.

Freddie: Tenho certeza que não, pode deitar, vem! –Ele disse batendo na cama para que Sam deitasse.

Assim que a garota deitou, Freddie apagou o abajur e tentou ficar em uma posição que não doesse sua perna e ao mesmo tempo pudesse se abraçar à Sam. Quando achou essa posição Freddie puxou a loira pela cintura e assim dormiram a noite toda. Abraçados, felizes e juntos.