(Ponto de vista geral)

Sam abriu os olhos. Olhou para o lado e viu Freddie dormindo, ficou o observando por alguns segundos, até que um barulho desnecessariamente alto vindo lá de baixo á fez voltar a si. Telefone. Sam saiu da cama com cautela para não acordar o garoto, desceu as escadas e foi até a sala atendendo ao telefone.

Sam: Alô?

Marisa: Alô Sam? Querida como estão às coisas? Freddie está bem?

Sam: Está tudo bem, Freddie está dormindo e parece que as dores estão diminuindo.

Marisa: Ótimo! Assim eu fico mais tranqüila.

Sam: E como estão as coisas ai? Como está sua mãe?

Marisa: Nada bem, eu terei que ficar mais um tempo por aqui.... Sam você pode ficar com Freddie? Pode me dizer quanto cobra que eu pago.

Sam: Não é necessário que me pague Sra. Benson, eu fico, sem problemas!

Marisa: Eu não sei nem como te agradecer Sam, muito obrigada, agora eu preciso ir, avisa pro Freddie e pede pra ele me ligar, tchau querida. – E desligou antes que Sam pudesse dizer qualquer coisa.

Sam colocou o telefone no lugar e foi até a cozinha preparar o café da manhã.

(Pensamento Sam Puckett)

Um barulho muito forte tomou conta da sala e eu quase perdi o rumo. Desci as escadas e atendi ao telefone. Era a senhora Benson avisando que teria que ficar sei lá quanto tempo à mais com a mãe dela, perguntou se eu podia ficar com o Freddie e eu simplesmente concordei. Depois fui até a cozinha preparar algo para comer e esperar Freddie acordar. Resolvi ligar para Carly e botar o papo em dia.

Brad: Quem é? - Brad atendeu e ele estava ofegante e eu comecei a rir.

Sam: Bom dia para você também, Brad. A Carly está aí? - imaginei que a minha amiga devia estar me xingando de tudo o que fosse possível.

Brad: Está sim, vou passar para ela.

Carly: Fala logo o que você quer, sua vaca - que amor ela tem por mim, até contagia o ambiente, não?

Sam: Credo, Carly, seja mais educada.

Carly: Seria se você tivesse me ligado outra hora e não quando eu 'tava trans... Deixa para lá. Fala logo - gargalhei ao ouvir o que ela disse. Minha amiga parece santinha, mas só parece.

Sam: Só liguei para colocar o papo em dia, ontem te liguei ainda era de tarde, então queria saber se está tudo bem, mas vi que está.

Carly: Você me liga às nove horas da manhã, para bater um papo? Vai se foder, Sam - ao dizer isso, ela desligou o telefone na minha cara. Ri alto desligando-o, subindo até o quarto de Freddie e entrando.

Freddie: 'Ta rindo por quê? - Freddie falou coçando os olhos, que ainda demonstravam muito sono. - Bom dia, Sam.

Sam: Bom dia, senhor dorminhoco, e eu estava rindo por que liguei para a Carly e bom, ela 'tava fazendo coisas impróprias para o horário com o Brad e eu atrapalhei.

Freddie: Sua empata foda, ela vai dar o troco em você, só quero ver.

Sam: Vai nada, porque aonde já se viu atender ao telefone no meio do sexo? Só o Brad mesmo. Ah, e sua mãe ligou e pediu para eu te avisar que era para você ligar de volta.

Freddie: Minha mãe? Ela disse quando volta?

Sam: Ela disse que precisa ficar lá por mais algum tempo e que eu vou ficar com você.

Freddie: E o que ela quer falar comigo?

Sam: Não sei, depois você resolve isso, agora vou na Carly e depois ao mercado porque nessa casa não tem nada para fazer um almoço decente - Freddie sorriu.

Freddie: Ok, madame.

Sam: Você vai ficar bem?

Freddie: Vou sim, pode ir tranquila.

Sai do apartamento do jeito que havia dormido, como a blusa de Freddie, afinal o apartamento de Carly ficava a alguns passos de onde eu estava, por que não? Entrei, e não vi ninguém, imaginei que Spencer havia saído e Carly e Brad estavam fazendo vocês sabem o que. Fui ao quarto de hospedes, peguei algumas roupas minhas que estavam no guarda-roupa e separei um conjunto para tomar banho ali mesmo. Depois que estava pronta deixei um bilhete para Carly, peguei minhas roupas e sai. Fui ao supermercado e comprei o que achei necessário.

Cheguei ao apartamento de Freddie ele estava sentado no sofá, estranhei aquilo já que Freddie não conseguia se mover direito.

Sam: Como fez para tomar banho e descer até aqui? – entrei colocando as compras e a bolsa onde estavam minhas roupas no sofá vazio.

Freddie: Gibby passou por aqui e me deu uma ajudinha. – Ele disse. - O que vamos almoçar? Eu estou com fome.

Sam: O que você quer comer? – Freddie desligou o jogo e ficou me observando enquanto eu fuçava nos armários para ver o que podia fazer.

Freddie: Se você está procurando o livro de receitas da minha mãe, ele está na gaveta debaixo da gaveta de talheres.

Abri a gaveta e peguei o livro, folheando para achar alguma receita boa para fazermos. Achei uma de cannelone ao molho quatro queijos.

Sam: - Podíamos fazer essa aqui – me virei para Freddie, e só então reparei em como ele estava lindo com aquela skinny preta, sua t-shirt do Green Day com uma jaqueta jeans por cima e seu Nike High, sorrindo de canto para mim. – Cannelone ao molho quatro queijos. O que acha?

Freddie: - Oba, massa! Adoro suas massas! Faça essa!

Pouco depois estávamos almoçando e conversando banalidades.

Freddie: Esse cannelone está excelente. Já disse que adoro suas massas? – Freddie estava com a boca suja de molho e sorria como uma criança.

Sam: Já e limpa essa boca suja, criança. – Joguei um guardanapo nele.

Freddie: É impressão minha ou você adora me chamar de criança? – ele fez um bico me fazendo rir.

Sam: É o que você é. Uma criança grande. – arrumei os pratos num canto da mesa e me levantei indo até o sofá pegando os controles do vídeo game. – Vem, vamos jogar!

Freddie: Depois eu sou a criança. – Freddie rolou os olhos- Pode me ajudar? - levantei e o ajudei.

Sam: Você roubou, Freddie!

Freddie: Sam, como se rouba em um vídeo game? É quase impossível!

Sam: Não quero mais brincar.

Ouvi meu celular tocar e então o atendi, era Carly avisando que estava vindo até aqui com Brad, então falei para que ela ligasse para Steven e Gibby.

Ficamos sentados no sofá por alguns minutos sem falar nada, comecei a me entediar e ficar impaciente por esperar. Quatro pessoas estavam para chegar, e nenhuma chegava! Quando concluí meus pensamentos, a campainha tocou. Levante depressa do sofá, abrindo a porta principal.

Gibby: Mas quem diria, Sam Puckett abrindo a porta da casa de Freddie Benson! -Gibby exclamou, entrando. Ele me deu um beijo na bochecha.

Sam: Oi, amiga. - eu disse e Carly me olhou com a sobrancelha arqueada. - O que foi, Carly?

Carly: Nada, só estava com saudades. - ela sorriu, mostrando todos os dentes e me abraçou.

Sam: Eu também estava, parece que me esqueceu. Só anda com o Brad agora. – fiz uma cara feia para Brad, que mostrou a língua.

Brad: É, agora é tudo culpa minha e da Carly, né? Deixa você, Sam. – Brad disse, entrando na casa com Carly.

Steven: Oi Sammy! - Ele disse me abraçando.

Sam: Oi Steven! - Também o abracei.

Steven: Tudo bem com você?

Sam: Agora sim. -Disse sorrindo.

Steven: E cadê o Freddie?

Sam: Sofá.

Resolvemos assistir um filme qualquer de comédia romântica e em dez minutos de filme eu já estava ficando deprimida em ver Brad e Carly se abraçando e trocando carinhos. Me mexi desconfortavelmente no sofá, tentando ficar longe deles e Freddie me olhou com uma sobrancelha arqueada.

Sam: Estou tentando ficar longe do casal ternura. – Freddie riu.

Carly: Vamos ao banheiro comigo, Sam? – ela levantou, arrumando a roupa e esticando a mão para eu pegar. Concordei, esticando a minha e pegando a mão dela.

Terminamos de subir a escada, entrando no banheiro. Encostei meu corpo na pia, enquanto ela fazia o que tinha que fazer.

Sam: O que quer falar comigo? – perguntei, já tendo uma idéia. Freddie era a idéia.

Carly: Quê? – ela foi até a pia para lavar a mão. – Como sabe que eu quero falar com você? – ela enxugou, apoiando o corpo na pia também.

Sam: Você não me chamou para vir ao banheiro à toa! – conclui, cruzando os braços e esperando ela falar.

Carly É que eu queria falar com você sobre o Freddie! – ela mordeu o lábio inferior, me olhando. Ok, qual a novidade, né?

Sam: Sobre...

Carly: Eu estou com medo de você se machucar com tudo isso. Pronto, é isso. – ela desviou o olhar, mirando o chão.

Sam: Carly...- eu disse passando a mão pelo braço dela- Eu não vou me machucar, fique tranquila, Freddie não é como os outros.

Carly: Exatamente! Mas, você conhece o Freddie, ele é indeciso, tenho medo que você crie expectativas e se frustre, Eu só quero que você seja feliz, como eu sou! - ela sorriu sincera e senti meus olhos enxerem de lágrimas e a abracei.