Caçador de recompensas! escrita por Rose Gimel


Capítulo 5
Tudo por falta de comida.


Notas iniciais do capítulo

Acho que agora da pra matar a curiosidade da história anterior!



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–Bo-bonitão? Foi você? Você me matou? Eu não sentia por ninguém o que senti por você em um dia, eu seria capaz de viver como Annye com você, por você, pra sempre, mas a Mira eu teria que matar, precisava aliviar minha raiva entende? Ela sabia demais... Espero que me perdoem...

–Joe! Minhas mãos estão escorregando, me ajude! Por favor!

–Estou indo! Espero que me desculpe pela demora. – Disse enquanto corria.

–Seu idiota! Estava aí o tempo todo?

– O que importa é que está viva, e que temos informações! – Já estava ofegante.

Segurei na mão de Mira, e a levantei, agora ela estava segura, em terra firme, resolvemos parar, pois o clima ficou tenso depois da morte de Meredy.

–Só pra discordar da mulher morta, vou tirar meu coldre e minhas botas do mesmo jeito que você fez.

–Ei, Mira! Posso fazer algo, que sempre quis, desde o momento que você começou a me fazer companhia nas viagens?

–Ãhn? Ah... Pode sim. – Respondeu Mira um pouco vermelha.

–Levantei Mira no colo, e comecei a andar enquanto ela gritava: “Ei, pare, me solta, me coloca no chão”. Joguei ela na parte rasa do rio, o que não ficou barato, ela me puxou junto, e ficamos lá, brincando na água, um jogando água no outro, foi um dos poucos momentos que eu não pensava em vingança, recompensas, Jack, eu só pensava em acertar a água no rosto de Mira.

Quando o momento guerrinha acabou, saímos da água rolando de dar risadas, e já estava decidido iriamos passar a noite naquela região.

–Hey parceira, tem alguma roupa seca aí? Vai acabar pegando um resfriado.

–Está no pangaré, perto do galpão onde aquela maldita foi “sequestrada”.

–Vamos até lá?

–Certo, mas vamos correndo. Se você perder terá que usar minhas roupas secas.

–Ok, eu não vou per... – Não terminei de falar e vi a Mira correndo em direção ao galpão. – Ei sua trapaceira, isso não vale.

Comecei a correr também tentando acompanha-la. O que não deu certo!

–Há ganhei, vai ter que usar roupas de mulher... Uhuuuuuh, não vejo a hora de te ver assim!

–Ah, não há problemas, nossas roupas são parecidas, só não sei se cabe em mim.

Mira começou a rir, e começou a puxar da bolsa, um vestido rosa cheio de babado.

–Ãhn... Mas, mas... Você não usa calças?

–Uso sim, mas esta é minha roupa de dormir, se eu desse as calças você a rasgaria, por isso contente-se, e cumpra sua palavra. – Disse isso enquanto soltava uma longa gargalhada!

–Ah, não vale, você trapaceou!

–Ok, então não cumpra sua palavra de homem.

–Farei o que disse, mesmo sem gostar.

E lá eu fui, me esconder atrás de uma rocha, e então colocar aquele... bem, você sabe.

Aos poucos fui saindo atrás da rocha, e escutando o barulho das risadas de Mira! Que com o tempo deixaram de ser risadas e se transformaram em extensas gargalhadas.

–Ótimo, já posso tirar essa coisa?

–Não, passe a noite com isto, vai acabar pegando um resfriado!

E foi assim a noite toda, Mira quase não dormiu de tanto rir. Só de pensar que eu estava com um vestido rosa e babados ainda com meu jeito ‘machão’ de ser.

Logo de manhãzinha acordei, peguei minhas roupas e voltei com meus trajes comuns, e resolvi acordar Mira para continuarmos com a perseguição. Mas antes, comida!

–Mira...?

–Quê foi?

–Arruma aí o rango, estou morrendo de fome.

–Não tem.

–Não estava na sua bolsa?

–Acabou.

–Não, não, não! COMIIIIIIIDAAAAAAAAAAAAAAA...

O dinheiro que eu tinha era aquele da recompensa do bandido que matei, e Mira tinha uma boa quantia consigo. Resolvemos ir ao bar mais próximo para conseguir comida, pegamos os cavalos e partimos.

Mal começamos a galopar, e Mira reclamou, e em seguida ocorreu uma pausa, ela já estava pálida, e agora desmaiada com a cabeça suja de sangue pois a batera em uma pedra.

Quem diria que isso aconteceria?

Tudo por falta de comida.

–Mira! Acorde...- Falei batendo em seu rosto levemente tentando fazer com que ela recobrasse os sentidos.

–Levantei-a no colo, coloquei-a no meu cavalo. Abri sua bolsa, e rasguei aquele vestido de situação constrangedora, amarrei na sua cabeça formando uma atadura, sentei atrás dela, mas antes prendi seu cavalo em uma árvore.

Nunca havia galopado tão rápido, galopava mais rápido que as batidas de um coração, mesmo depois de cansado. Então não demorou muito tempo, e encontramos uma hospedagem chamada “CURANDEIRA ANE’S”.

Novamente peguei-a no colo e fui entrando.

– Bom dia! Bem vindos a nossa curandeira.

–Ah, tá... Que seja. Vão logo, cuidem dela!

–O que ela tem?

–Bateu a cabeça em uma pedra, e agora está desmaiada.

–Emergência! Qual o nome da mulher? – Soltou um grito estrondeante, e logo após isso, entraram dois homens na sala onde eu estava, tiraram Mira de mim, e adentraram novamente em uma porta descascada de madeira.

– Mira. Onde a estão levando?

–Na emergência, não é óbvio?

–Ah, mas antes eu gostaria de esclarecer algo. Não faz sentido dizer “Bem Vindo” em uma curandeira, até por quê, quem vem aqui quem está doente, e visita a curandeira... dispenso! Mas mudando de assunto... Onde tem alguma coisa para comer?

–Tem um bar aqui perto, ande alguns metros e você chega lá.

–Ok, obrigado!

Mira estava sendo atendida e eu fui comprar coisas de comer, pois do jeito que eu estava, corria o risco de acabar desmaiando também. Chegando lá comprei dois bolinhos, eram diferentes, nunca havia experimentado antes, a fome era tanta que não resisti, e comprei mais dez para guardar para outro dia.

Ao voltar para o hospital fiquei sabendo de uma notícia horrível: Mira estava entre a vida e a morte.

–Façam o possível para salvá-la.

–Será difícil além do mais, custará uma nota!

–Sem problemas, eu pago, pago tudo.

Fiquei olhando para a porta, em pensar que haveria a hipótese de Mira morrer. De tanto olhar para a porta acabei pegando no sono, e dormi sentado no chão.

–Ora, ora! Que deselegante, dormindo em um local de respeito.

Ãhn? Esta voz me era tão familiar...

–Meredy?


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Notas finais do capítulo

Continuem lendo e façam comentários, estou aberta a críticas, quero saber o que estão achando. E aí?



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