Saímos rapidamente para que ninguém sentisse nossa falta. Os primeiros trinta minutos de viagem não houve conversa, mas como ela estava ali, perto de mim, praticamente ao meu lado, eu não resisti de certa forma, ela chamava minha atenção. Ela era diferente eu via isso em seus olhos

–Ah, seu nome é Mira não é? - Oh, não acredito que fiz isso, que péssima maneira de começar um diálogo. Já até imagino sua reação: vai olhar delicadamente para mim e responder: "-É sim".

–O quê? Como consegue esquecer meu nome? Fui à única pessoa que falei com você. Poxa vida! Mira nem é um nome difícil. - disse com um tom grosseiro

Eu errei? Ela agiu totalmente diferente do que eu imaginava. Estava brava.

–Ei calma. Tá... Só estava puxando assunto!

–Me desculpe se fui grosseira, mas foi à emoção do momento. Joe. Joe Clarck Kouben me desculpe.

Eu já não entendia mais a cabeça daquela garota, mas teria tempo o suficiente para entender, apesar de não puxar assunto com ela. Decidi ficar na minha.

–Ouviu estes barulhos?- Disse para Mira!

Ela riu de mim, e eu não compreendi. - Meu caro Joe... Isto foi minha barriga, estou faminta!

–Idiota.

–Quê. Como tem a cara de pau de me chamar assim? - Puxou rapidamente minha orelha. -Idiota é você, seu... seu... Idiota.

–Ah cale-se e pegue um pouco de comida!

–Mas eu não trouxe. Pensei que tinha trago!

–Mas eu não trouxe... Estamos ferrados.

Andando um pouco, cerca de uns dez minutos encontramos um alce. E minha companheira de viagem provisória só reclamava.

–Ei faça silêncio.

–Ixeee, quem você pensa que... -interrompi tampando sua boca com minha mão puxei minha arma e atirei no animal.

Ela ficou comovida mais quando ofereci para que ela o assasse na fogueira que fiz, ela se animou. E assou apesar do caminho ser deserto, ela encontrou plantas e temperou a carne. Ficou realmente delicioso.

Depois deste descanso continuamos a andar, e a garota em tom alegre avisa: "Olha, é Zamblet.”.

A viagem foi curta, e a primeira impressão que tive da cidade é que era movimentada, agitada, todos estavam conversando e rindo juntos, parecia que todos se conheciam, onde todos eram uma enorme família, crianças riam e brincavam, era lindo, nunca havia vivenciado tamanha união. Diferente de Bily Stones no local encontrava-se plantas, frutos, pequenas feiras, e ao dar o primeiro passo e ninguém se assustou, não correram e nem fugiram, e ao contrário comemoraram minha vinda! Mas o meu objetivo a Zamblet, era capturar o fugitivo Jack, pois trabalho em uma associação chamada CLF (Caça aos Ladrões e Fugitivos). Teria três dias para capturá-lo, leva-lo até a associação e retirar minha recompensa, e depois disso poderia partir para a próxima captura.

Uma moça aparece dizendo:

–Olá moço! Seja bem vindo a nossa cidade, precisamos de ajuda! Capture Jack! Capture...

–Ei, ei, calma. Por que tanta pressa? Fale seu nome... Estou cansado, preciso descansar.

–Mas não há tempo, o apelido de Jack, é "O tarado", dispenso comentários a respeito, as pessoas não sabem como ele é, é cauteloso, se disfarça, está nesta cidade, agindo como habitante, ele age e se disfarça novamente.

–Eita! A situação está ruim! Certo, deixe-me apenas tomar um banho!

Continuei andando, e as pessoas iam me cumprimentando, e se alegrando. Mira ainda não havia se despedido, então pensei, se ela terá de sair, que saia logo.

–Hey Mira, não ia visitar seu avô?-Disse para Mira!

–O quê? Está querendo se livrar de mim? Eu só estou esperando até encontrar a casa!

–Oh sim, quer ajuda para encontrar?-Falei meio sem jeito.

–Não precisa, acho que já vou me desgrudar de você, mesmo assim obrigada!-Disse gentil enquanto retirava uma quantia do bolso. Tome como eu havia prometido!

–Ah, não obrigado!-Fiquei totalmente envergonhado, enquanto balançava rapidamente a cabeça para a direita e para a esquerda.

–Não faça desfeita do meu dinhei... -Antes que terminasse a frase, ouvimos um intenso "BANG!" para frente!

–O que foi isso? - Alertou Mira!

–Deve ser o Jack, com mais alguma vítima, está armada?

–Sim- Balançou a cabeça de pressa.

–Então, vamos correndo até a direção do tiro.

Minutos após o barulho escutamos o grito de uma pessoa, mas não parecia de mulheres, muito menos de crianças. Parei, e disse: "É aqui". Mira fez uma expressão diferente, e gritou chorando de soluçar para mim:

–É a casa do meu avô! Corre...

Arrombei a porta do local, e nos deparamos com uma casa suja de sangue, dois empregados já estavam mortos, Mira gritava desesperadamente a procura de seu avô, e no silêncio do casarão, escuta-se apenas três palavras: "Mira, é você".

–Vovô? Cadê você?

–Mira, aqui!

Ela correu e encontrou seu parente!

–Escute com muita atenção! Eu amo a todos, e como você viu meu leito de morte, fique com tudo que quiser. A propósito: Eu te amo!

–Não, não, nããããão, eu não quero nada! Vô...

–Mira...

Quanto amor esta garota sentia pelo vô, fiquei impressionado. Mira o viu morrer em sua frente. Avisei a ela que iria procurar pistas, enquanto ela estava chorando.

Segundos após dizer isso, um grupo de jovens chega ao casarão, dizendo que havia um telefonema para mim! Achei estranho, mas fui e a minha companheira insistiu para se juntar a mim. Chegando ao bar onde estava a ligação, percebi que era da Associação, que estava passando o recado que o Jack, não estava mais em Zamblet, pois correu muito risco após matar um senhor de idade. Ele arranjava diversas maneiras para fugir, enquanto corria conseguiu sequestrar uma garota chamada Annye, que corre perigo agora, por isso seja rápido.

–Mas como vocês sabem tudo isso?

–Ligações anônimas. Tchau.

–Ele desligou, mas antes disse que foi o Jack que matou o seu... Cof (tentando evitar falar o nome "avô"). Enfim, ele sequestrou uma garota, uma garota chamada Annye.

– O quê? Eu vou encontrar esta garota.

–Não... Eu não vou deixar, não mesmo. Você fica aqui, e pronto!

–Não, eu vou honrar a morte de meu avô! - E com isso começou a chorar. - Mas, não é só dele que quero vingar, tem também os empregados, que cuidaram de mim quando mais nova. Eu vou salvar a Annye, eu!