Caçador de recompensas! escrita por Rose Gimel


Capítulo 1
Primeira parada!




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No meio do deserto eu caminhava com meu único parceiro pangaré... Ando armado, claro, com um pequeno frasco de água para matar minha sede! Tornara-me um caçador de recompensas para honrar a morte de meu pai, que infelizmente morreu, porque alguns ladrões estavam sendo caçados e o mataram para se esconder. Desde então eu caço ladrões e procuro rigidamente por aqueles que mataram meu genitor.
Estava no deserto há horas, decidi então procurar abrigo. Mas alguns minutos andando e finalmente chego a uma cidadezinha isolada, sem quase ninguém, as casas caiam em pedaços, porém ao contrário do que eu queria, as pessoas temiam a minha chegada.

Fui andando até me direcionar ao bar, estava com tanta fome, fazia dois dias que eu não comia nada! Fui até o atendente e antes mesmo de fazer meu pedido ouvi alguns gritos amedrontados:

–Alguém me ajude! Socorro ajude-me!- Era desesperador.
Sai dali, e me espantei ainda mais pelo fato de ninguém buscar ajuda, ou fazer alguma coisa, minha bota fazia barulho que ecoava chamando atenção, fui andando cada vez mais rápido até que invadi uma casa, que era o lugar onde o som estava mais alto. Deparei-me com um menino sorridente, e outro moço, montados em um cavalinho de brinquedo... Sem entender apontei a arma para o homem dizendo:
–O que você quer com o garoto?
–Calma homem, o que faz aqui? Sou o pai dele, estou apenas brincando!- disse com ar de espanto.
–Papai, você contratou um homem para brincar com a gente? Obrigado!
–Não fi...
Antes que ele continuasse a frase, eu o interrompi dizendo que era realmente isso, mas que estava totalmente ocupado e precisava ir, e depois quando tivesse tempo eu brincava.
Retornei ao bar, praticamente chorando, lembrando do meu passado, mas antes que as lágrimas escorressem, o menino puxou minha jaqueta de couro falando:
–Hey moço, me desculpe se te preocupei, sei que meu pai não te contratou, mais passo tanto tempo sem vê-lo, que quando isto acontece, eu brinco muito com ele, esqueço que existem mais pessoas que a gente por aqui, afinal, nossa cidade não há muita gente, e as que aqui se encontram sabem de minhas brincadeiras... Vejo que você é novo por aqui, neste caso, seja bem vindo a Bily Stones, o nome vem em homenagem ao policial mais famoso de todo faroeste, legal né?
–Ok garoto, obrigado por este bla bla bla todo aí, mais eu não me preocupei com você não!
–Então por que veio me salvar?
–Por quê? Por que eu sou um caçador de recompensas, eu pensei que fosse um ladrão, eu ia apenas capturá-lo, era isso que queria saber?- Levantei delicadamente meu chapéu com as pontas dos dedos. E ao ouvir estas grossas palavras, o pequeno menino saiu a correr.
Voltei ao bar, e pedi ao garçom bebida e alguns bolinhos, enquanto comia e bebia ia pensando no meu passado,tudo o que já havia acontecido comigo. Uma mulher que secava os pratos via a cena, e quando atingi dezoito copinhos de Pinga, ela ofereceu um quarto para mim.
–Hey senhor sou Mira! Não acha que bebeu muito não? Sei que você deve ser muito ocupado, afinal, trabalha muito, e é muito famoso por estas bandas. Faça o seguinte, venha até estes aposentos de aluguel, e sente-se, eu preparo com prazer água morna para que o senhor banhe seus pés... A hospedagem fica por conta da casa, em consideração por todos os ladrões que já capturou, e um deles quase me...
–Ou, ou senhorita Mira, não há necessidade de pagar meus aposentos não, eu mesmo pago, mas não hei de negar a água morna para os pés, e se não for pedir demais, peço que aqueça água o suficiente para tomar um banho completo!
–Moço, para esquentar água basta girar a manivela, que se encontra ali na casa de banhos, mas se quiser eu giro para o senhor,qualquer coisa é só gritar meu nome certo?
–Ah sim senhorita! Fico muito agradecido, obrigado pela informação, mas pode deixar que faço isso sozinho.
A mulher saiu, e resolvi me deitar um pouco, a cama me atraiu tanto que acabei tirando um cochilo.

Enquanto dormia, aparece um homem tentando me assaltar, sorte que tenho o sono leve, e ao tocar em mim, o ladrão mascarado me acordou ao vê-lo saquei minha arma reserva que sempre anda no meu coldre, e ameacei atirar! O tal sujeito implorou por perdão, mas eu não sou de dar misericórdia, para que ele não "sofresse" tanto, disse que o dispensava apenas desta vez, e quando ele se virou de costas, apertei o gatilho acertando em suas costas, ele ficou debruçado ao chão todo sujo de sangue, peguei levemente minha arma e com ela ergui a aba de meu chapéu de couro, rodopiei entre meus dedos e a devolvi ao coldre. Morreu instantaneamente, recolhi o dinheiro de seu bolso, e gritei para que Mira ligasse para a polícia.

Após a chegada dos policiais, me avisaram que ele era o ladrão mais procurado de toda região, e olha que não são poucos! Eles me deram uma enorme quantia em dinheiro. Fui tomar banho, mas infelizmente não pude demorar em meu lazer, tinha que me apressar, iria dormir por uma noite naquela hospedagem, depois partiria para encontrar o bandido mais famoso de todo faroeste, e era ele: aquele que havia matado meu pai.
Acordei de madrugada, coloquei o dinheiro sob a cabeceira da cama, e em seguida, Mira bate na porta:
–Com licença senhor... Joe?-Disse Mira totalmente sem graça!
–Oh sim entre, como sabe meu nome?
–Já disse, é o melhor caçador de recompensas! Bem... Sei que não vai querer, mas, vou tentar: Pode me levar na cidade de Zamblet? Sei que vai pra lá, eu necessito partir pra lá,mas não tem quem me leve, não precisa cuidar de mim nem nada, sou campeã de tiros. Atirei dezenove vezes seguidas no alvo principal, com a distância de doze metros.
–Você é apenas uma garotinha, de o quê: dezessete anos? Não posso. E você sabe que este tanto de tiros seguidos é "fichinha" para mim não é? Você é totalmente inútil a meu ver. Ora, vá trabalhar!
–Como ousas falar assim? Vocês são tão ignorantes! O que custa? Eu tenho cavalo, só que certamente me perderia se fosse sozinha, eu só quero um "guia" para não me perder, não precisa falar comigo, me oferecer algo, ou coisas do tipo, preciso apenas de um guia, entende? Quero encontrar meu avô que mora em Zamblet, ele está doente.
–Se é assim te guiarei, mas seja honesta seu avô realmente está doente?
–Infelizmente. Ele está muito mal, e quer que eu o ajude a fazer escrituras, o que acho desnecessário, creio que ele deverá deixar a herança para sua filha, que é minha tia Margaret.
–O quê ele faz ou deixa de fazer não é da minha conta. Vá se trocar, coloque uma bota, e prepare as malas, vamos partir logo.
Minutos depois, ela aparece de uma maneira que nunca havia visto uma mulher antes, ela estava de calças. De alguma forma percebi que ela era diferente das outras, não usava maquiagem, de certa forma era boa de tiros, e não se interessou no dinheiro do avô, se é que isso é verdade.
–Vamos então? Não irei me despedir de meu pai pessoalmente, ele trabalha muito, acho que ele se preocuparia, escrevi um bilhete e coloquei perto da cama.
–Quanto de dinheiro você tem aí?
–Ãhn?
–Você é surdinha? Que tanto de dinheiro você tem aí? Tá pensando que vou te guiar sem cobrar? Como você é engraçada!
–Tenho um bom dinheiro. Fique tranquilo, pagarei uma boa quantia. Vamos?


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Notas finais do capítulo

Gostaria de agradecer ao desenhista Landge Akira, que colocou a imagem do Joe no papel. Obrigada! Ah e continuem lendo a minha história, muitas aventuras ainda virão!



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