Caçador de recompensas! escrita por Rose Gimel


Capítulo 11
Passado de Joe!


Notas iniciais do capítulo

Galerinha aeo õ/
Este começo pode incomodar vocês por que está bem repetitivo, eu sei disso, mas vocês só vão entender este começo no capítulo que vem, por quê eu resolvi fazer com que vocês conhecessem o passado do protagonista, até por quê a única coisa que vocês sabiam era que o pai dele foi morto por ladrões e ele quer vingar isso!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/494215/chapter/11

Ficou tudo bem, tudo bom, mas algo ainda me incomodava, de quem era aquela voz, que atormentava meu sono? Aquela voz que gritara enquanto eu duelava, aquela voz seria apenas meu subconsciente? Aquela voz... Aquela voz... Não era tão fácil de esquecer, pois não foi Mira que falou, e de quem seria se não fosse dela?

Não tínhamos mais notícias de Kelly, nem de ninguém, só pensava em dormir, ou de como aquela cama era fofinha, e por final, a dona daquela voz.

Já estava tarde, e acordei com Mira olhando na janela com um sorriso de um canto a outro da boca.

–O que acontece? Por quê está tão feliz?

–Ah, é essa maravilha aqui fora, está chovendo Joe, a tempos eu não via a chuva!

Levantei as pressas coloquei meu colete de couro, meu coldre e meu chapéu e sai, queria sentir aquilo, pingo por pingo, Mira me seguiu, era uma delícia sentir aquelas respingadas, não estava chovendo forte, era pouco, mas suficiente para matar a saudade da época do orfanato.

Quando meu pai morreu eu tinha apenas cinco anos, minha mãe havia morrido no parto, e eu já não tinha mais ninguém, nem para onde ir, andava sem rumo e vivia com fome, foi quando cheguei em um lugar, que já não sabia onde era e se ainda estava em minha cidade, era uma grande casa, com o nome “ La antica”. Eu não deveria ter andado tanto, cheguei no lugar que eu nunca deveria ter chegado, era um orfanato, meu sonho era ser adotado como as outras crianças bonitinhas e educadinhas de lá, mas eu sempre fui diferente, toda a vez que aparecia a oportunidade de ser adotado eu a jogava na lixeira, falava coisas que não deveria falar, fazia coisas que não deveria fazer, eu era muito violento, que tipo de pai vai querer um filho que fala em armas e em matar pessoas por dinheiro, fala que comeria o fígado do bandido que assassinou o pai? E eu falava essas coisas, mas eu não era assim... Eu me tornei uma pessoa má e fria, uma pessoa que não liga para ninguém a não ser eu mesmo, e daí decidi não me apegar mas com ninguém, já estava certo disso, até que em minha vida em um dia de chuva conheci sem querer Michael, que foi o único garoto capaz de me entender, mas ele viveu algo completamente diferente. Ao contrário de mim que sempre fui magrinho, ele já tinha músculos, o que fazia com quem ninguém quisesse ele era o fato de não ter um dos olhos, e por isso sempre usar um tampão. Nós se tornamos amigos e sempre elaborávamos planos de fuga, mas a dona Carlota sempre descobria graças ao dedo-duro que dormia em nosso quarto. A gente se separou quando um casal o adotou, mas antes disso passamos longos sete anos sendo amigos, aproximadamente um ano depois, eu consegui fugir do orfanato, eu já estava velho, quem iria querer um garoto velho? Estava com doze anos, então encontrei o velhote Karl, ele cuidou de mim até os quinze anos, por que morreu de parada cardíaca, me ensinou os truques de armas e tiro, então comecei a seguir a vida do meu jeito, sempre treinando e reforçando o que Karl me ensinou, hoje me tornei um dos melhores caçadores de recompensas que o mundo já viu e já sentiu, onde passo e deixo minha marca, este sou eu: Joe Clarck Kouben.

Balancei a cabeça e tentei parar de lembrar do meu passado, principalmente do meu pai, de Michael e de Karl. Eu já não sabia o que fazer, queria chorar, mas isso eu não faria, ainda mais quando Mira estava toda feliz sapateando e girando, eu só me sentei ao chão bem em cima de uma poça molhada e anunciei as palavras que Michael falava na época de orfanato: “Você não poderá fazer nada sobre isso, ninguém poderá”!

–Joe? Você está bem? Essa frase foi bem pensativa, mas... Sério , você tá bem?

–Sim, só estou pensando em algumas coisas.

–Tudo bem então, só me espantei de você ter falado que estava pensando, por quê isso referindo a você é bem anormal com o seu cérebro de ervilha.

–Faça-me rir! O seu cérebro seria do tamanho de uma ervilha se inchasse.

Paramos e rimos, soltamos gargalhadas, pois apesar de tentar não me apegar a ninguém, percebi que era impossível, por quê mesmo depois de tudo e das pessoas que já perdi, sempre haverá uma que me fará gostar dela também, e se eu a perder antes que venha a minha morte eu não conseguirei mais viver.

–Joe, você está agindo estranho de novo!

–De novo como?

–Assim, fitando o nada, dando umas encaradas, e paralisando.

–Ah, não é nada não, vamos entrar antes de pegar um resfriado até por quê a chuva já engrossou.

Entrei coloquei meu outro colete, calça e chapéu e após fazer isso escutei um som de galopes que me deixou maravilhado, a batalha de hoje ia começar. Bati na parede que dividia meu cômodo para o de Mira, e gritei ofegante:

–Você não vai assistir, vai começar!

"-De um lado a incrível, enfermeira Ane, quem diria? Uma enfermeira em uma batalha por dinheiro, uma enfermeira matando?"

– Não, não pode ser Ane, não pode ser a mesma Ane.- Falei aflito.

"Do outro lado George um rapaz conquistador, aquele bonitão que toda mulher quer, vai cair dentro e amarelar Ane? Ou é mais fácil ele cair de quatro por você? Nessa luta ambos são bonitos, e a plateia já começa a torcer, de um lado George, de outro Ane, estatura baixa, acho que foram feitos um para o outro, quem vence essa disputa?"

Quando o duelo estava pronto para começar um homem invade a arena dizendo:

–Você é audacioso George, e eu odeio pessoas audaciosas, você vai ter coragem de lutar contra uma mulher?

"-E um homem entra na arena, quem seria este?"

– Eu estou aqui para duelar, para vingar a morte da minha irmã, e ir contra o cara que matou ela e aqui ele está, se para vinga-la eu tenho que passar por dez mil homens, então assim será.

Confuso George balança a cabeça procurando entender o que está acontecendo.

–Ele é seu namorado?

–Não, não conheço esse cidadão.

–Então por favor, abandone esta batalha, eu vou embora, eu não ligo, ignore essa vingança para que nós dois possamos sair vivos daqui e ficarmos juntos, nós conversamos e nos tornamos colegas só de treinar, por quê o destino nos coloca para duelarmos juntos? Eu não quero ser apenas seu colega, quero ser mais que isso, então desista, desista dessa vingança, por mim.

O rapaz intrometido volta até a plateia sussurrando: “Acho bom mesmo.”

–George eu aceito, mas antes quero chamar aqui: Joe! Não vou duelar nem nada disso.

–Joe? – Gritaram Mira e o rapaz que acabara de sair da arena!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aquelas frases"Você não poderá fazer nada sobre isso, ninguém poderá", "Você é audacioso e eu odeio pessoas audaciosas" foi a minha amiga Suzana que criou, aliás seu senso de criatividade para frases é ótimo e eu vou desfrutar disso!
Obrigado a todos que leram até aqui! :D
Aliás quem será esse cara intrometido?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Caçador de recompensas!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.