A Garota do Cabelo Lavanda escrita por Chibieska


Capítulo 37
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Hey hey pessoas! Tudo bom com vocês?

Cá estou para um novo capítulo da minha, da sua, da nossa AGCL (isso ficou tosco).

Fico muito feliz com o comentário de vocês, apoio e tudo mais. E o que temos para hoje, romance!!! Será? Leiam e descubram como eu adoro arruinar os sonhos de vocês (ou não)

Tema: confusão



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DISSONÂNCIA

Aquela fatídica noite no Digital World lhe parecia um sonho. Era difícil na cabeça de Inoue Miyako separar o que tinha acontecido e visto nas suas trevas brancas. Por muitas vezes os vários Ken’s e Kaiser’s se misturavam e ela já não sabia precisar realmente o que tinha acontecido após tirar Kariya do campo de batalha.

Lembrava-se de confrontar Ken, não tão duramente como ele merecia, mas o suficiente para que ele percebesse que se isolar e deixar Kaiser ser dono de si não era a melhor opção. Se não havia existência de um sem o outro, eles precisariam trabalhar juntos e Miyako esperava que suas palavras jogada no ar noturno daquele dia sombrio tivessem algum efeito.

Foi estranho quando Ken se rendeu, não parecia realmente uma rendição, mas não havia o que fazer. Não seria possível anular suas trevas e Wormmon estava fora de batalha, não haveria mais combates, mas mesmo assim, aquilo não parecia uma rendição.

O grupo voltou em silêncio pela floresta, até chegar ao portal em Coela Beach. Iori ia à frente, guiando o grupo com Armadillomon, em seguida estava Takeru, que ainda não tinha retornado o parceiro a forma Seichouki, e que levava um Minomon adormecido nos braços. Miyako andava ao seu lado, com Hawkmon caminhando silenciosamente com eles. Ela percebia vez ou outra que o parceiro lançava um olhar vacilante para a abertura no peito e o sangue nas roupas, mas não havia palavras para tranquilizá-lo, ela mesma não sabia o quão bem estava.

Ken vinha longo atrás deles, os braços presos a costas por Yamato. Ele estava em silêncio, mas o sorriso marcante ainda estava no rosto. Greymon e Garurumon os ladeavam, atentos a cada pequeno movimento. Taichi e Daisuke, com o pequeno Chibimon nos braços, fecham a procissão. O grupo não dizia nada e os únicos sons eram os passos pisoteando a grama.

Quando saíram da orla da floresta, Palmon veio ter com eles, cruzara com Hikari e Kariya e não conseguira nenhuma informação. Tinha muitas dúvidas, mas ao ver o estado do grupo, silencioso, abatido e sombrio, se restringiu a dar um muxoxo.

Ao chegaram ao portal, o mais jovem usou seu dispositivo para abrir a passagem. O portal estava aberto, mas havia um clima apreensivo no grupo, ninguém queria realmente atravessar sem ter certeza da situação, mas Ken não iria colaborar e deixá-lo sozinho no Digital World faria mais mal do que bem.

Taichi deu um passo à frente e expôs sua ideia, eles atravessariam e Ken ficaria em quarentena, até que tudo voltasse nos eixos de alguma forma. Ele seria privado de contato com tecnologia, humanos e Digimon e esse tempo deveria ser o suficiente para avaliar as escolhas que fizera naquela noite.

Não era apenas por isso, eles mesmos precisavam de um tempo para avaliar tudo o que acontecera nos últimos dias, de como o desejo de Kariya se tornou a loucura de Ken. Miyako encarava o rosto do gênio enquanto o líder seguia com a explanação. Os lábios eram cortados por aquele sorriso arrogante do Kaiser, mas os olhos estavam escuros e enigmáticos, era possível ver muito do Ken ali, mas também de sua faceta sombria. Havia triste, dor e incerteza, mas também havia coisas que a menina não sabia distinguir. E era exatamente esses mesmos olhos que a encaravam no corredor, diante do armário de sapatos.

“Miyako?”

“Droga...”

=8=

“Você parece muito pensativa.” Uma voz masculina tirou Miyako de seus pensamentos. Era uma manhã não muito fria e sem vento no final do período letivo. Era bastante cedo, os corredores ainda estavam vazios e a menina estava diante de seu armário de sapatos, trocando os calçados.

Motomiya Daisuke estava parado ao seu lado, mãos enfiadas no bolso e cabelo amassado, já que ele não poderia usar os inseparáveis goggles durante as aulas. Habitualmente eles vinham juntos para o colégio, mas o ruivo ainda tinha algumas atividades no clube de futebol e por isso, ia para a escola antes.

“Não é nada.” Respondeu com um sorriso não muito convincente e terminou de ajeitar suas coisas, se preparando para tomar o corredor e ir para sua sala.

Para a menina ainda era um pouco estranho conversar com Daisuke, não estavam brigados, mas desde a discussão que tiveram na casa de Iori, antes de ingressarem para o Digital World, o clima entre eles estava desconfortável. Afinal, Daisuke dissera na frente de todos que Ken acreditava que Miyako não o amava verdadeiramente. Ela nunca soubera de onde o ruivo tinha tirado tal afirmação, mas Ken e Daisuke eram melhores amigos, então nada impedia que realmente uma conversa assim tivesse surgido entre eles.

Inoue queria tirar aquela história a limpo, principalmente com o próprio Ichijouji, mas com tudo o que havia acontecido, suas atribulações românticas acabaram ficando de lado.

“Você está preocupada?” O menino questionou antes que ela pudesse se afastar.

Miyako encarou o mais novo. Ela sabia a que o menino se referia: Ichijouji Ken estaria de volta. Ela estava ansiosa e queria que as borboletas indisciplinas em seu estômago fossem de excitação, mas sabia que muitas delas não eram monarcas coloridas, mas sim grandes mariposas de asas escuras que giravam descontroladamente em torno de um foco de luz. As borboletas monarcas representavam sua felicidade em revê-lo, as mariposas, o seu medo.

Inoue nunca mais vira o namorado depois dos acontecimentos no Digital World. Queria ter visto, mas não vira, pois não se sentia segura para tal. Não era medo de quem Ken havia se tornado, era medo de si mesma, de não saber lidar com essa nova faceta, que na verdade nem era tão nova assim. Teria que lidar com as novas marcas no espírito dele, mas não apenas isso, não apenas as cicatrizes dele.

“É só o Ken voltado para escola.” Desconversou.

“Desde quanto Inoue Miyako, a giganta, se tornou alguém tão maduro?” Provocou com um sorriso. Embora eles não estivessem se falando tanto desde a discussão, Daisuke sabia que Miyako andava na retaguarda da situação e isso em nada combinava com sua personalidade expansiva.

“Eu sempre fui assim.” Respondeu indignada, mas não pôde deixar de sorrir também. “Talvez seja um pouco estranho.” Admitiu por fim. “Mas talvez seja como da outra vez.” Disse se referindo a quando Ken se uniu ao grupo, mas sabia que o dizia mais para se convencer do que por realmente acreditar em tal coisa.

“Ele admitiu que sempre foi o Kaiser, na reunião.” O menino contou.

A verdade é que a reunião tinha acontecido de forma muito diferente do que o ruivo previra. Era o estilo deles, da maioria do grupo pelo menos, resolver as coisas com discussões inflamadas, gritos, até mesmo trocar socos. Quantas vezes não saíra no braço com Takeru ou resolvera as coisas com Ken a base do grito? Quantas vezes os dedos de Inoue não tinham ficado elegantemente estampados no seu rosto? Até mesmo os veteranos, sempre tão comportados, vez ou outra, resolviam suas diferenças de modo não muito maduro. Era comum Yamato aparecer com os lábios sangrando ou Taichi com um olho roxo.

Por isso quando Ken disse que era o Kaiser com a calma de quem comenta sobre o tempo foi assustador. Não houve gritaria, choro ou revolta diante daquelas palavras. Até mesmo Daisuke não tivera coragem de ir contra o clima soturno que acompanhava aquela declaração. Mas se havia sido ruim ver Ken admitir o pior de si mesmo, pior ainda foi ver Yagami ser condescendente com aquelas palavras, como se já as esperasse.

Taichi havia dito que carregar aquela mácula pelo resto da vida seria sua punição e aquilo, a Daisuke, soava pior do que qualquer castigo ou punição que eles pudessem dar ao guardião da bondade.

O ruivo sabia que apesar das palavras que Ichijouji dissera, ele era digno do seu brasão. Quem admitira ser um monstro quando poderia usar as trevas como uma desculpa? Se Ken fosse a pessoa horrível que Kaiser desejava que ele fosse, nunca diria aquelas palavras, poderia culpar os esporos, a situação, qualquer coisa. Eles acreditariam. Mas dizer que ele havia abraçado seu pior lado não era apenas uma aceitação de si mesmo, mas uma tentativa de protegê-los, de deixar claro que ele se considerava uma ameaça e apenas alguém muito bom poderia por a preocupação com os amigos acima da própria imagem.

“Mas você já sabia disso.” Completou após analisar as feições femininas e ver que não havia surpresa ou choque.

“Sim.” Ainda se lembrava de suas trevas brancas e sua conversa com seu idealizado Ichijouji Ken. Assim como sua idealização fazia parte de quem ela era, Kaiser fazia parte de Ken.

“Desde quando?”

Miyako deu de ombros. Queria dizer que era desde sempre, mas não era verdade. Assim como todo mundo, ela acreditou que Kaiser era as trevas, uma fase ou qualquer coisa do gênero. Se ela mesma não tivesse confrontado suas trevas quando teve a Torre Negra cravada no peito, provavelmente ela não perceberia, ou aceitaria melhor dizendo, que Ken e Kaiser eram uma única existência.

“Só eu não sabia?!” Se indignou com um beicinho.

“E os outros?” Perguntou se lembrando do resto dos garotos presentes na reunião. Apesar de ter conversado com Takeru, o loiro não tinha falado nada a respeito.

“Taichi-san parecia já saber. O tirou da quarentena, mas provavelmente vai ficar de olho nele.”

“Acho que todos nós.” E infelizmente era verdade. Mesmo que Ken tivesse exposto seus medos e aflições e aberto seu coração, ele havia relevado ser um monstro e agora, mesmo que instintivamente, todo mundo ficaria mais receoso com ele.

“Está tudo bem mesmo?” O ruivo questionou novamente.

“Sobre o Ken?”

“Sobre tudo na verdade.” E os olhos deslizaram para o peito da garota. Instintivamente Miyako levou a mão ao local.

“Já até cicatrizou.” Ficaria uma cicatriz feia que a faria ter vergonha de usar vestidos decotados ou biquínis, mas ela aprenderia a conviver com essa marca.

“Como é?” Daisuke perguntou curvando a sobrancelha. “Ter uma Torre Negra em você.” Prosseguiu ao perceber que a garota não entendia a que ele se referia. “Você se sentiu controlada? Sabe como os Digimon com os Dark Rings...”

“Eu estava desmaiada.” Constatou. Na verdade, mesmo desmaiada, sabia que a Torre Negra havia provocado mudanças em si, mas Ken já era preocupação demais e ela não queria ser um fardo para os amigos.

“Oh, é mesmo...” E balançou a cabeça como se não tivesse pensado nisso antes. “Imagino que se você tivesse despertado ficaria louca como os Digimon. Apesar que você já é uma louca escandalosa, nem faria tanta diferença.” Provocou.

“Quem você está chamando de louca escandalosa?” Rebateu.

E em segundos, estavam discutindo novamente, chamando a atenção para si no corredor, como no passado, em dias despreocupados. Aquelas discussões bobas que provavam que tudo estava bem. Que a fazia sentir que tudo era como deveria ser, mesmo que soubesse que as coisas não seriam como antes. Aya, que havia acabado de chegar ao colégio, balançou a cabeça descrente, onde estava a amiga reservada com quem vinha interagindo nos últimos dias?

Miyako se despediu do garoto e acenou para a amiga, então tomou o caminho para o clube de informática, pois precisava recuperar um pendrive esquecido. A sala ficava do outro lado do prédio e ela gastou todo o tempo livre para tal feito. Quando retornou, o sinal já tinha tocado e ela rumou direto para sala.

A aula de literatura era chata e desinteressante, ainda mais que as provas já tinham passado e ela realmente não precisava prestar atenção àquelas baboseiras. Miyako sempre aproveitava para mandar mensagens para os amigos, Ken principalmente, mas não achava que deveria começar assim, eles nem tinham se visto pela manhã. Seria melhor fazê-lo pessoalmente, mas ela ainda não sabia como iria reagir diante do garoto, por mais que imaginasse todas as opções possíveis.

=8=

Finalmente eles se viram, mas não saiu nada como a garota esperava. Não que tivesse algum sonho fofo e romântico, mas se flagrada na troca de sapatos, em meio a um desequilíbrio não era exatamente o que ela chamava de boa forma de reencontrar com alguém.

Ela percebeu como as sobrancelhas escuras se curvaram diante de sua fala silenciosa e desviou o olhar, fingindo que arrumar os sapatos era a maior das suas preocupações. Sua mente trabalhava em velocidade extrema procurando algo para falar, começar com um ‘droga’ não era começar com o pé direito.

“Bem-vindo de volta.” Disse sem jeito e sem olhar para o adolescente. Não sabia o que dizer, e nada daquilo lhe soou casual, mas ela sentia que precisava dizer alguma coisa. Continuou ajeitando os sapatos e pensando se deveria ter colocado mais ênfase na frase proferida, afinal, mesmo que receosa, ela estava feliz que ele tivesse voltado.

“Você está me evitando?”

As palavras pegaram a menina de surpresa, ela levantou a cabeça tão rápido que bateu na beirada da porta do armário, ainda aberto. Teve que reprimir o gemido de dor.

“O quê?”

“Você está me evitando, não está?” Ele repetiu, analisando-a com aqueles grandes olhos escuros. Miyako se sentiu inibida por um momento, era quase como se ele pudesse ler sua mente. Viu o retornar o celular no bolso e ajeitar a mochila no ombro, enquanto esperava por uma resposta.

“Por que acha isso?” Foi tudo que conseguiu perguntar.

“Não nos vimos o dia todo.” Respondeu como se fosse óbvio.

“Estamos nos vendo agora.” Saiu antes que realmente pudesse pensar no que falara e recebeu como resposta um revirar de olhos.

“Inoue” e ela gelou ao perceber que ele usara seu sobrenome. Ken foi até seu armário e começou a trocar seus sapatos. A menina o assistia mudar os calçados em total silêncio, sem nem sequer olhar para ela. Vez ou outra, ele puxava a ponta do cabelo que caia sobre o rosto e Miyako achava aquilo muito atraente.

Definitivamente eles não tinham começado bem. Era verdade que tinha receio de falar com ele, mas também não significava que o estava evitando.

“Ken...” Mas o garoto sequer olhou para ela. Terminou de trocar os sapatos e se levantou, ajeitando a barra da calça. “Ken.” Chamou novamente, antes que ele pudesse sair dali. “Eu não estou te evitando, é sério.” A falta de reação dele não a deixou nem um pouco animada. “Eu sei que não nos encontramos o dia todo, mas foi só coincidência.”

“Você não apareceu no almoço.” Disse simplesmente. “Takeru me disse que você estava ocupada com coisas...”

Ah, coisas. Na verdade não era como parecia. Daisuke já tinha a enchido de perguntas pela manhã e Takeru fez o mesmo durante o intervalo das aulas. Claro que ela estava ansiosa e nervosa para ver o gênio, mas aquilo estava começando a ganhar proporções maiores do que deveria como acontecera com seu encontro com Izumi. Por isso, quando o loiro perguntou se ela almoçaria com eles, preferiu sair pela tangente. Não precisava que seu primeiro contato com Ichijouji fosse com uma plateia curiosa e esperançosa.

“Eu ia descer para o almoço, mas a Aya está saindo com aquele cara do terceiro ano, não é como se eu quisesse ficar de vela. Pensei na Hikari, mas uma das amigas dela não gosta muito de mim, então acabei ficando com umas garotas na biblioteca.” Despejou de uma vez, entretanto o olhar que recebeu não era o que esperava. Ele ainda parecia incrédulo e podia muito bem entender aquela expressão. “Eu sei que poderia ficar com vocês, mas seria estranho, não? Acho que Takeru e Daisuke poderiam ficar incomodados, afinal, eles acabariam ficando de vela.” Mentiu.

De certa forma ela tinha razão, mas não era como se eles fossem ficar se pegando no almoço, sequer havia clima para isso.

“E eu acabei ficando presa na organização da sala, por isso fiquei até mais tarde. Eu ia até sua sala logo que o sinal bateu, mas ninguém quis trocar comigo.” Ela falava muito rápido e gesticulava exageradamente. “Olha, eu sei que as coisas estão meio estranhas e parece que estou te evitando, mas simplesmente as coisas aconteceram assim. Eu sei que não fui te ver durante a quarentena, eu sinto muito por isso...”

“Você não sente.” Interrompeu. “Mandou Hanamizuki, mas não foi me ver.” Quando Ichijouji saiu de casa naquela manhã seu objetivo era fazer as pazes com a garota, mas agora havia uma parte sua que parecia bem desgostosa com toda essa tentativa de desencontro. Ela não o vinha evitando apenas aquela manhã, mas desde que voltaram do Digital World e isso, de fugir do problema, não combinava nada com ela.

“Ah...” Era visível que ele estava muito bravo, e não era totalmente sem razão. Mesmo que não fosse aconselhável ele ter contato com outros Digiescolhidos durante a quarentena, não era como se Inoue estivesse totalmente proibida de vê-lo. “Eu não mandei...” Mas sentiu a voz vacilar. “Quer dizer, ela queria falar com você, achei que seria mais apropriado se ela o fizesse pessoalmente do que se eu servisse de intermediaria. Ela tinha até um presente, não pegaria muito bem que eu fosse a ponte...”

A verdade é que a menina tinha pedido a Miyako para entregar o embrulho, mas Inoue não achou isso correto. Por mais que não gostasse da ideia da garota se encontrando com Ken, havia coisas que era melhor não interferir e essa era uma dessas coisas.

“Era em nome do Kariya, a visita e o presente.”

“Só isso?” Arqueou a sobrancelha.

“Sim.” Respondeu. “E o que mais seria?”

“Bem, ela gosta de você.” Respondeu laconicamente. “Qual é, eu sei que ela gosta de você, esta estampado na cara dela...”

“Mas foi só isso. Além disso, Hanamizuki sabe que estamos juntos.” Naquela altura quase todo mundo já sabia, mesmo que efetivamente, eles não estivessem namorando.

“Saber que você está com alguém não a impede de continuar apaixonada.” Explicou.

“Como você e o Izumi-san?” Seco e direto.

A garota abriu a boca, mas não disse nada, sua cabeça girava. As palavras de Daisuke, no dia que discutiram vieram a tona “Ken estava certo, você não deve amá-lo de verdade”. Aquilo ficara martelando em sua cabeça mais do que o restante dos acontecimentos e por várias vezes se sentiu impelida em perguntar a Motomiya, mas sempre mudava de ideia no momento derradeiro. Agora a questão estava exposta ali, mas definitivamente não era a abordagem que esperava.

Por muitos motivos, receou seu encontro com o adolescente, com medo de um silêncio opressor ou uma discussão inflamada. Até imaginou que eles colocariam uma pedra sobre tudo, sem ao menos discutir sobre os acontecimentos e seguiriam em frente. Mas era Ichijouji Ken, nada era simples ou óbvio com Ichijouji Ken e claro, ele seguiria por um ponto que ela sequer imaginara e que não estava pronta para acompanhar.


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Notas finais do capítulo

N/T: Têm dois flashbacks de épocas diferentes no mesmo capítulo, eu me supero, às vezes. ¬¬

Eu admito que não gostei de fazer esse capítulo, não sinto que ficou como eu queria, eu não tenho talentos para DR.

Além disso, tudo meio que saiu do que eu tinha planejado, quase como se o Kaiser ficasse cochichando no meu ouvido e me mandando por mais lenha na fogueira. Só eu vivo com personagens incontroláveis?

Enfim, comentem, critiquem, reclamem e por ai vai.

Beijokinhas e até!



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