Sarah dirigia apreensiva enquanto Rachel cantarolava uma música conhecida.
- I don’t love you... Like I loved you... yesterdaaaay! – ela cantava trocando algumas letras.
Quando Sarah se tocou que música era, quase bateu com o carro.
- Rachel!!! Onde você aprendeu a cantar essa música??
- eu ouvi mamãe, outro dia lá em casa você tava ouvindo e eu gostei tanto... – ela olhava para a mãe assustada.
- faz um favor pra mamãe, não cante mais essa música.
- por que mamãe? A senhora não gosta?
- por favor minha filha, só obedece à mamãe tá? – Sarah dizia com lágrimas nos olhos.
Rachel não respondeu. Ela era muito pequena para entender assuntos do coração e para ela, era só uma música que ela continuou cantarolando baixinho sem que sua mãe ouvisse.

As duas chegaram em frente a um salão de festas enorme, todo enfeitado com bolas coloridas e cheio de crianças correndo de um lado pro outro no jardim.
- vem, filha. Chegamos. – Sarah ajudou Rachel a descer do carro.
- Julieeeeeeeeeeeeeeee! – Rachel saiu correndo quando viu a amiga e sumiu no meio da criançada.
- Rachel, volte aqui!! – Sarah gritou e quando ia atrás da filha um homem parou bem na sua frente.
- olá, Sarah. – ele disse.
- ah, oi Adam. – ela respondeu procurando a filha com os olhos. – cadê o Matheus? O presente dele está aqui. – Sarah balançou o embrulho e riu sem graça.
- eu disse que não precisava comprar nada, o Matheus já tem muita coisa. E além do mais, a sua presença já é suficientemente importante.
Sarah sentiu seu rosto corar. Adam era um cara lindo, um amigo que ela conheceu logo depois que virou chefe da loja de CD’s. E ele tinha uma séria ‘queda’ por ela mas por incrível que pareça, Sarah não conseguia sentir nada de mais por ele a não ser amizade.
- eu preciso achar a Rachel. Essa menina tá cada dia mais levada. Com licença. – ela tentou sair de perto dele mas ele segurou seu braço.
- e você tá cada dia mais linda, sabia?
Ela sorriu e sem fazer muita força, conseguiu que ele soltasse seu braço. Saiu pela festa atrás de Rachel mas não conseguia achá-la em lugar nenhum. Olhava para os lados e via um monte de criança, mas nenhuma era sua filha.

Quando Sarah já estava mais que desesperada, encostou os braços numa mesa e apoiou a cabeça. Estava a ponto de cair no choro quando sentiu alguém tocar seu ombro.
- Ginny??? O que tá fazendo aqui??
- eu vim curtir a festa ué.
- e sozinha??
- não, claro que não.
- então... com quem?
Ela nem precisou responder. Na mesma hora um homem abraçou Ginny por trás e Sarah o reconheceu.
- oh shit!!! – ele deu um sorrisinho e Sarah quase caiu da cadeira. – Frank??? Frank Iero, é você??
- em carne, osso e tatuagens! Como vai Sarah? Faz tempo que a gente não se vê neh?
- meu Deus, Ginny!!! Então ELE é o seu namorado???
- há quase 1 ano, sim. – ela riu.
- e você me escondeu isso por todo esse tempo?? Por que não me disse que era logo o Frank??
- calma meninas, não briguem por mim! – ele abriu os braços e as duas o olharam de cara feia. – ok, ok... não é por mim, mas... não briguem mesmo assim.
- mas Frank, e a Jamia???
- ah, nós terminamos no ano retrasado. Chegamos a conclusão que éramos melhores juntos como amigos do que como namorados, entende? Ela ainda é uma grande amiga hoje em dia.
- caramba! Frank, Ginny... mas como... como vocês...
- nós nos conhecemos no supermercado. Lembra aquele dia ano passado que eu voltei sorrindo depois de ir no mercado comprar refrigerante?
- claro que lembro, Ginny. Você tava com aquela cara de boba e disse que tinha visto um príncipe. – Frank deu um largo sorriso, se ‘achando’ o gostoso.
- isso, e quando eu ia dizer quem era você disse que tava com sono e queria dormir.
- eu lembro...
- então, perdeu a chance de saber ué. Depois desse dia, eu e o Frank nos encontramos de novo quando eu estava de plantão no hospital e ele apareceu pra fazer um curativo no braço.
- eu tinha me cortado quando passava manteiga de amendoim no pão (?).
- hã?? É melhor deixar pra lá, continua...
- ele me viu, me deu uma ótima cantada e me chamou pra sair. 1 semana depois começamos a namorar sabe... – ela deu um selinho nele.
- nossa! E você nem me disse nada!! Em 1 ano Ginny, você só me disse que ele era gatinho, mais nada!!! – Sarah cruzou os braços e fechou a cara com emburrada.
- mas o que você faria se soubesse hein?? Não duvido nada que você fugiria na mesma hora com a Rachel pensando que o lindão lá podia encontrar vocês né?
- quem é Rachel?? – Frank perguntou confuso. Até aquele momento ele não sabia da existência da menina.
- mamãaaaaaaaaaaaae!!! – Rachel veio correndo e abraçou Sarah. – titia Ginny, você veio!!!
- ela é a Rachel, Frank. – Ginny disse sem poder mais esconder.
Agora era tarde, ele já tinha visto a menina e não demoraria muito para ligar os fatos e descobrir de quem ela era filha.

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