Abismo da Sanidade escrita por SeriousWriter, Bêrenicius


Capítulo 16
Capítulo XV - Despedida


Notas iniciais do capítulo

Bem, mais um capítulo! Como o título já sugere, teremos uma despedida hoje. Já faz um tempo que não temos um comentário se quer! Espero que comentem esse! Obrigado!
~SeriousWritter



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/493108/chapter/16

A surpresa foi instantânea para o grupo e Sara se perguntava se realmente era necessário saber o motivo dessa explosão. Seu sexto sentido gritava loucamente que algo ligado a esta explosão estava para acontecer em breve, era um pressentimento angustiante.

O grupo estava inerte no fundo do supermercado. A explosão viera como um estalo, o que para alguns era motivo de medo, para outros era algo que atiçava a comum característica humana: a curiosidade.

– Vamos pessoal! - Gregory caminhava rapidamente até a saída do supermercado - Temos de ver o que está acontecendo lá fora!

O restante do grupo segue Mark e Greg. Eles estavam no fundo do supermercado e conforme se aproximavam da porta de saída, podiam sentir milhares de passos seguindo a trilha da explosão.

[...]

Para Amy, a cena do lado de fora do supermercado parecia uma invasão alienígena. O céu escuro estava denso de tanta fumaça e de longe se via um grande fogaréu. A menina abre um sorriso ao olhar para o céu e imaginar várias espaço-naves em um ataque á Terra. Infelizmente esse sorriso se acaba rapidamente quando o grupo avista um zumbi do outro lado da rua. Os alienígenas estavam longe de serem os inimigos, os mortos é que propagavam o caos nos dias de hoje.

A ventania fazia tudo parecer uma cena de filme de ação. O fogo era alto o suficiente para ser visto do supermercado. Klaus calcula a distância aproximada. A explosão deve ter ocorrido a cerca de cinco quadras da rua do supermercado e rapidamente a fumaça chegara até ali. A lógica é que, com o barulho e a fumaça, os zumbis iriam para aquele local, mas a vontade de Klaus em saber o que ocorreu naquele local era maior do que a lógica. Klaus mal imaginava que a curiosidade poderia ser bem mais perigosa durante um apocalipse.

– Mark, temos de ficar atentos - Jinx diz com um tom passado em medo

– Estaremos atentos, querida - Mark a consola - Nada de ruim acontecerá, ficaremos bem

O grupo caminha pela Brookhaven Ave e avistam a explosão logo à frente, na entrada da Federal Ave, os cálculos de Klaus estavam corretos, a explosão ocorrera a cinco quadras do supermercado.

Jenna ajudava Martha a caminhar. A idosa já não tinha mais forças nem mesmo para andar sozinha. A doença óssea que Martha possuía necessitava de um tratamento constante, para ao menos controlar o desenvolvimento da doença, porém, agora não era mais possível seguir com este tratamento. Nada mais da antiga sociedade estava presente naquela desordem apocalíptica e Martha sentia que não aguentaria muito mais.

– Precisamos parar! - Jenna avisa

O grupo se vira para trás e vê Martha coberta de exaustão, a idosa se sentara em um destroço do que um dia fora a parede de um lar. Jenna estava ao lado da idosa

– O que foi mãe? - Jeremy corre até a idosa

– Estou cansada meu filho - A idosa diz, ofegante

– Não podemos ficar aqui parados, é perigoso! - Jeremy tenta explicar

– Eu não posso continuar você sabe que essa doença que eu tenho vai me impedir de continuar - Martha estava prestes a cair em lágrimas, mas controlava o choro, a idosa sabia que esse seria um momento que exigia firmeza - Vocês têm de ir embora, não posso continuar e não posso permitir ser um estorvo a vocês.

Faz-se um breve silêncio. Jeremy estava ajoelhado ao lado da mãe enquanto Jenna acariciava a idosa. O restante do grupo observava a triste cena

– Mãe! - Klaus intervém - A senhora não pode ficar aqui sozinha! Deve nos acompanhar!

– Vocês são jovens, Klaus, podem sobreviver sozinhos, já eu não consigo nem andar sozinha mais - Martha olha para Jenna, que assumia um semblante tristonho por saber que teria de se despedir da idosa.

– Você não pode ficar aqui! - Jeremy entra em desespero, não queria abandonar a mãe no meio do caminho, não depois de terem passado por várias coisas.

Jenna dá um beijo em Martha e se ajoelha ao lado de Jeremy, em frente à Martha.

– Jeremy, sua mãe não está apta a continuar com isso - Jenna usa um tom calmo para explicar a situação - Ela não aguentaria muito mais

– E o que faremos? - Jeremy berra - Ela não pode ficar aqui sozinha!

– É o que tem de ser feito, Jeremy - Klaus anuncia ao irmão. O rapaz parecia compreender toda a situação e sabia que sua mãe não seria capaz de sobreviver por muito tempo

Klaus se dirige até a mãe e a abraça, Klaus era uma pessoa inteligente e forte emocionalmente, naquele momento ele sabia que aquilo seria o melhor para sua mãe. Em seguida ele abraça o irmão.

O clima agora era de despedida, por um breve momento o grupo esqueceu-se de que um exército zumbi caminhava pelas ruas de Santa Monica em busca de carne fresca.

Dean, Mark e Greg vão até a idosa e a cumprimentam

Roxanne, Sara, Amy, Jinx e Chloe abraçam a idosa.

– Agradeço mais uma vez a todos vocês - Martha sorria brevemente - Vocês nos salvaram de um fim trágico

O grupo se restabelece da despedida

– Temos de ir - Roxanne anuncia - Não podemos ficar aqui por muito tempo

Jenna caminha até Martha e a cumprimenta pela última vez

– Você tem o poder de escolher como tudo acabará - A moça entrega uma arma na mão da idosa - Cabe a você escolher qual forma será a melhor

Jeremy estava calado ao lado do irmão, que o consolava.

O grupo então dá as costas a Martha, aquele era o fim de mais uma vida, um pequeno pedaço de esperança que se esvai.

[...]

O grupo continua andando pela Brookhaven Ave, logo eles chegariam ao local da explosão. A noite já tomava conta da cidade.

O silêncio predominava desde a despedida de Martha, há poucos minutos, mas ele logo se encerra com o barulho surdo de um tiro atravessando um crânio.

Jeremy se vira para trás e vê sua mãe caindo inerte no chão, a arma na mão indicava qual foi a decisão de Martha. O rapaz tentou voltar, mas logo foi impedido pelo irmão.

– Não, Jeremy - Klaus consola o irmão - Já não há nada a ser feito, agora ela se foi, está em paz

Aquela visão parecia não poder piorar até a chegada de duas monstruosas criaturas que saíram das sombras da casa em frente a qual Martha estava parada. Os dois zumbis eram irreconhecíveis como seres humanos, o corpo estava todo queimado e as roupas em farrapos. As criaturas se jogam no corpo ao chão da idosa já morta e aproveitam a refeição. Era uma visão pavorosa. Klaus puxa o irmão para frente e o grupo prossegue em memória de Martha

[...]

O grupo já estava próximo o suficiente da explosão e já podiam identificar o que havia naquele local. A escola que ficava na Federal Ave de esquina com a Brookhaven Ave estava coberta em chamas. A escola era grande e o fogo já havia se alastrado por toda a construção.

Gregory e Mark se aproximam da entrada da escola

– O que será que causou esta explosão? - Mark expressa dúvida

– Não faço idéia, algo parece ter acontecido lá dentro - Gregory comenta

Havia uma área da escola, do lado oposto, onde o fogo ainda não havia chegado

– Devemos ir até o outro lado pessoal! - Mark dá as ordens - Pode haver algum sobrevivente

– Mark tem razão, as chances de alguém vivo estar por perto são grandes - Dean comenta

– Essa explosão não aconteceria sozinha - Klaus completa

O grupo decide investigar mais a situação em busca de algum sinal do que causou aquela explosão e é claro, de algum sobrevivente que ainda esteja por ali.

[...]

Gregory e Mark guiam o grupo até o outro lado da escola, onde se localizava o pátio. Chegando lá eles encontram um amontoado de carros e uma passagem livre do fogo que dava acesso a escola.

– Vamos entrar? - Sugere Klaus

– Sim, vamos descobrir se há alguém lá dentro - Mark responde com confiança

O grupo se dirige até a entrada, mas logo são surpreendidos por um grupo de zumbis.

Eram oito no total e Gregory e Mark, que estavam à frente do grupo, entram em combate. Um zumbi se joga em cima de Mark em busca de arrancar-lhe um generoso pedaço, mas Jinx atira no alvo caído, livrando Mark. Gregory degola dois dos mortos com seu machado. Tudo estava fácil até ali, o pequeno grupo de zumbis não representava perigo algum, mas algo pior havia sido despertado pelo barulho do combate na porta da escola. Dezenas de zumbis saem do corredor principal da escola em direção ao portão principal, onde o grupo estava. Era uma quantidade que poderia causar problemas e problemas era algo que todos queriam evitar

– Devemos sair daqui! - Gregory grita ao grupo

– Mas e se haver algum sobrevivente lá dentro? - Sara questiona

– Não podemos correr riscos, Sara - Jinx responde a colega

– Não deve haver ninguém lá dentro - Mark explica - Olhem o número de zumbis que estão saindo de lá de dentro!

O grupo se apressa para sair de lá, ir a pé resolveria o problema, mas a situação volta a piorar. Saindo da igreja, ao fim da rua de esquina com a Richland Ave, um grupo de fiéis mortos caminhavam juntos em direção ao local onde o grupo estava. Eles teriam de ir pelo outro lado e pegar um carro seria a solução

– Temos de achar um carro! - Dean grita - E logo!

Carros era algo que não faltava por ali. Havia vários deles, a maioria em péssimo estado. O desafio agora era encontrar um em bom estado.

Inicia-se uma rápida procura por um carro. Era uma breve corrida contra o tempo. O rastejar lento dos zumbis se aproximava mais e mais do grupo.

– Aqui! - Klaus grita - Achei um!

O grupo era grande, mas por sorte Klaus havia achado uma van. A van seria o suficiente para transportar todo o grupo

Eles se apressam e entram na van. Mark e Dean entram no banco da frente e o restante do grupo entra pelas portas traseiras.

As chaves já estavam na van e Mark liga o carro partindo em fuga dos mortos que os perseguiam. Mark acaba atropelando alguns dos zumbis no caminho e acaba sujando a van branca.

– O que foi, Sara? - Roxanne pergunta a Sara, que estava do seu lado na parte traseira da van

– Não pode ser! - Sara estava com os olhos arregalados, um certo pavor tomava conta da moça

– O que é Sara? - Jenna também estava ao lado de Sara e começava a se preocupar com a colega

– Essa van é do orfanato de Oxnard! - Sara explica - Ian pode ter passado por aqui!

Aquela van desperta sentimentos de remorso e medo junto com as lembranças de Sara em relação ao sobrinho que ela havia abandonado anos antes. Uma voz interior dizia a Sara que Ian ainda estava vivo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esse foi o capítulo mais longo até o momento. Se querem saber, esse não é nem o começo de tudo! Comentem, comentem!
~SeriousWritter



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Abismo da Sanidade" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.