Harry Potter o Começo da Procura das Horcruxes escrita por Nalamin


Capítulo 25
Capítulo 25 - Despertar




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—Não sabemos. - respondeu Quim, pois Remo não estava em condições para falar. - Houve um ataque a poucos quarteirões de vossa casa. Tinha a marca negra no local. Várias pessoas ficaram feridas e um dos aurores reconheceu Tonks e chamou-nos.

—Como ela está? - perguntou Harry.

—Os medibruxos ainda a estão a tratar. - continuou o auror. - Não nos deixaram entrar nem nos deram notícias. Só nos resta esperar.

—Será que pode ir avisar a família Weasley? - pediu o garoto. - eles vieram comigo. Ficaram na sala de espera.

Após Quim se retirar para ir falar com os Weasleys, Harry olhou para Lupin que se encostou à parede e lentamente deslizou até se sentar no chão do corredor:

—Foi tudo culpa minha. Se não tivesse discutido com ela e ter dito aquelas atrocidades ela não teria saido daquele jeito e estaria em segurança conosco.

Por mais que Harry quisesse negar dizendo que ele não tinha culpa nenhuma, o garoto não conseguia pois o que Remo disse era verdade e ele naquele momento estava muito chateado com a situação por isso ele apenas disse:

—Vai ficar tudo bem.

—Nunca me perdoaria se algo acontecesse com ela ou com a criança.

Nem eu, completou Harry mentalmente.

Os minutos sucederam os segundos e as horas sucederam os minutos sem qualquer notícia. Harry conseguira convencer Remo a ir à cafetaria do hospital para se alimentar. Os Weasleys estavam lá tal como Quim que havia enviado um patrono à esposa narrando o acontecido e a decisão de ficar por lá para apoiar o seu amigo e a sua aprendiz. Harry tinha aproveitado para avisar os pais de Tonks que também se encontravam na cafetaria.

—Algum familiar de Ninfadora Tonks? - ouviram depois de algumas horas.

—Aqui. - levantaram-se os pais de Tonks. - Como está a nossa filha?

—Bom dia. A senhorita Ninfadora Tonks está num estado um pouco delicado. - começou o medibruxo. - O quadro clínico é instável pelo que o prognóstico ainda é reservado. Ela apresenta várias escoriações e uma fratura na tíbia da perna direita. Pelo que pudemos deduzir durante a queda ela bateu fortemente com a cabeça resultando numa hemorragia que já conseguimos controlar. Neste momento estamos a fazer mais testes para termos a certeza de que nada nos escapou e de que nenhum feitiço das trevas a atingiu. A lesão na cabeça é uma das coisas que mais nos preocupa. Uma lesão nesse local é para ser levada a sério e a queda parece ter sido muito feia.

—E a criança? - perguntou Harry fazendo todos, exceto o médico, Remo e Quim que já desconfiava, olhar confusos para ele.

—Infelizmente, - começou o médico deixando Harry, Quim e Remo a pensar no pior dos cenários. - o assunto ainda é muito delicado. Depois de descobrirmos a sua condição fizemos uma bateria de testes e exames ao feto. Numa gestação o risco de aborto é maior nas primeiras 12 semanas. O período de gestação ainda é muito curto, apenas 6 semanas, o que nos deixou um pouco surpresos, pois pelos relatos dos outros pacientes ela ainda duelou com alguns comensais e foi atingida por algumas azarações, aliás foi uma delas que resultou numa queda de 2 metros. Quando ela chegou teve uma pequena hemorragia devido ao desgaste do corpo e do momento, mas conseguimos controlar e impedir que resultasse num aborto.

—O que quer dizer com isso tudo? - perguntou Quim. - Ela e o bebé vão ficar bem?

—Ainda é muito cedo para dizer. O corpo dela está fraco e os níveis de magia estão um pouco oscilantes o que pode ser prejudicial para o feto. A lesão na cabeça também nos preocupa uma vez que depois de acordar ela poderá apresentar sequelas. Devido ao estado dela as chances de ocorrer um aborto são muito elevadas e caso a gravidez prossiga será de risco elevado pelo que é possivel que a criança nasça natimorta ou no momento do parto um dos dois ou ambos venham a falecer. Com a gravidez não podemos administrar muitas das poções que temos ou feitiços que acelerem a sua recuperação. Só o tempo poderá ajudar.

—Será que podemos vê-la? - perguntou Remo.

—Como ainda a estamos a examinar não posso permitir visitas. Sugiro que voltem para casa e descancem pois acredito que passaram aqui a noite toda e se estiverem cansados em nada ajudarão. Se houver alguma notícia ou alteração no quadro clínico pedirei para vos avisarem. - dito isto o medibruxo foi embora.

—Vamos. - ordenou a senhora Weasley. - Harry querido, não quer vir conosco?

—Obrigado senhora Weasley, mas acredito que seja melhor ficar com Remo. - respondeu Harry. - Se houver alguma novidade envio uma coruja.

Dito isto os Weasleys despediram-se. Gina ainda tentou convencer os pais a ficar com Harry, mas Arthur e Molly foram irredutiveis além de Harry também ter dito que era melhor ela ir com a família.

—Vou enviar uma coruja a Neville, Luna e Hermione. Se eles souberem por outra pessoa não vão parar de me chatear. - declarou Harry. - Você vem?

—Irei acompanhar os Tonks a casa deles e depois vou para nossa casa. - respondeu Remo.

Harry acompanhou Lupin e os pais de Ninfadora até à saída de St. Mungus para aparatarem. Quim já havia saído. Dissera que ia fazer algumas perguntas às vítimas do ataque e aos medibruxos que as trataram, mas só depois de avisar a esposa sobre o estado da sua protegida.

—Harry? Você está aí? - gritou uma voz vinda do jardim.

—Na cozinha! - respondeu o garoto. - Oi, o que está aqui a fazer?

—Não está contente por me ver? - perguntou a garota. - E então como está a Tonks?

—Claro que estou contente por ver você. - disse Harry. - Só não estava à espera que viesses. A última vez que tive notícias dela foi à cerca de três horas que foi quando saí do St. Mungus. Remo disse que iria acompanhar os pais de Tonks a casa e depois viria pra cá, mas ainda não chegou.

—Provavelmente voltou para o St. Mungus. Pensava que Gina estaria aqui a fazer-lhe companhia. E já agora parabéns, finalmente vais ter um irmão. - a garota ainda tentou disfarçar um pouco da tristeza e insegurança que tinha.

—Hermione, você será sempre a minha irmazinha. - garantiu o rapaz. - Só porque Remo e Ninfadora vão ter um filho que para todos os efeitos será meu irmão, não quer dizer que te vou deixar de lado.

—Eu sou mais velha que você. - alfinetou Hermione - Não sei porque me continua a chamar de irmazinha. Eu é que te devia chamar irmaozinho.

—Verdade. - concordou Harry. - Quer comer alguma coisa? Eu ia agora fazer um pequeno

lanche para depois ir ao St. Mungus.

—Só se me deixar ajudar. Podiamos fazer panquecas com mel, suco de abóbora e crepes com nutela. - propôs Mione.

—Soa bem. Eu estava a preparar uma salada de frutas. - informou o garoto. - Você podia começar a fazer os crepes enquanto eu acabo a salada.

Depois de prepararem a comida e comerem até se fartarem, os dois adolescentes lavaram a louça, arrumaram tudo e foram para o jardim para desaparatarem.

—Oi Remo tudo bem? Alguma notícia?

—Olá Hermione, tudo dentro do possivel. - respondeu o lobo. - Já me deixaram vê-la por cinco minutos, mas depois expulsaram-me do quarto para fazer mais exames. Ainda não houve qualquer alteração.

—Pelo que Harry me contou foi uma sorte ela não ter perdido o filho. Por reagiu daquela maneira Remo? - questionou a morena.

—Por medo. - desabafou o mais velho. - Por medo daquela coisa a matar, por medo da criança nascer como eu, por medo de perder os dois. Eu cometi um erro e agora é ela e a criança que estão a pagar por ele.

—Vai correr tudo bem. - Harry tentou confortá-lo. - Não podemos fazer mais nada aqui. Vamos para casa e amanhã voltamos para vê-la.

E assim se passaram duas semanas. Sempre a ir e a voltar do hospital sem qualquer alteração do estado de Tonks. Mas isso não durou muito mais tempo pois numa tarde ensolarada uma coruja pousou na Toca onde toda a gente acabava de almoçar.

Remo levantou-se da mesa e leu o pergaminho que a coruja estanha trazia.

—É do St. Mungus. Tonks acordou.

—Eu vou com você. - voluntariou-se Harry. E dito isto ambos aparataram à porta do hospital.

Mal chegaram o medibruxo de Tonks foi falar com eles:

—Ela acordou. Parece estar tudo bem com ela e o feto apesar de o risco de ocorrer um aborto ainda ser muito grande. Ela vai precisar de muito repouso e de ter cuidado com qualquer emoção forte. Se quiserem pode ir visitá-la.

Depois do medibruxo se despedir os dois foram até ao quarto de Tonks e entraram depois de bater à porta.

—Seja bem vinda Bela Adormecida. - falou Harry. - Então como está?

—Acho que bem. - respondeu a auror sentando-se na cama. - Mas quando sair deste lugar e voltar a trabalhar estarei melhor.

—Penso que isso será um pouco complicado. - disse Harry.

—Porquê? - perguntou a metamorfomaga. - Ainda não percebi o porquê de não me darem logo uma poção para regenerar os ossos.

—Do quanto se lembra? - pronunciou-se Remo pela primeira vez.

—De discutir com você. - falou rispidamente. - Não me lembro o porquê só sinto que era algo muito importante e que fiquei com muita raiva. Lembro-me de sair de sua casa e de depois ser atacada por comensais e apagar.

—Não há uma maneira mais fácil de dizer isto eu também não me apetece estar aqui com rodeios. - começou Lupin. - Nós discutimos porque me disse que estava grávida. Está de 8 semanas de gestação e eu não reagi bem à notícia. Basicamente gritei com você e disse várias atrocidades inclusive para tirar essa criança. Eu discuti com você por medo de algo te acontecer ou com a criança. Discuti porque tinha e tenho medo que a criança nasça com o licantropia. Por minha culpa pode perder essa criança e eu posso perder você também. Eu fiz asneira e vocês poderão pagar por algo que eu fiz.

—Eu estou grávida? - perguntou Tonks atónica. - Nós vamos ser pais?

—Sim. Nós vamos ser pais. - concordou Remo um pouco emocionado. - Nós vamos ter um filho. Me perdoe, por favor me perdoe. - ajoelhou-se Remo ao lado da cama.

—Eu perdoo. É normal ter medo eu também tenho. - confessou Tonks. - Agora me diga, porque diz que eu e o bebé poderemos pagar pelo que fez?

—Acho melhor chamar o medibruxo. Ele saberá responder melhor às suas perguntas. - falou Harry saindo à procura do médico.

Pouco tempo depois ambos entraram e o medibruxo tratou logo de falar:

—Soube que já le contaram as novidades. O que quer saber?

—Quando saio deste lugar, quando poderei voltar para o Quartel de aurores? - começou Tonks. - Como está o meu filho?

—Começando pelo início, acho que não à mais nada que possa fazer além de vigiar por isso passará aqui a noite para a monitorarmos e amanhã de manhã terá alta. Não vai poder voltar ao trabalho.

—Como assim não poderei voltar?

—O ataque que sofreu deixou-a muito debilitada. Quando chegou ao St. Mungus teve uma hemorragia que quase acabou num aborto. A sua gravidez e delicada. O risco de sofrer um aborto é muito alto principalmente até completar as 12 semanas de gestação. Vai ter que ficar em repouso absoluto e evitar emoções fortes. Caso a gravidez avance à uma probabilidade de o feto nascer natimorto ou até de no momento do parto um de vocês ou ambos morrerem por isso todo o cudado é pouco.

—O que posso fazer?

—Além do que disse antes todos os meses virá a uma consulta para acompanhar a sua gravidez e quando chegar o momento decidiremos o que fazer para a frente.


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