As coisas não estavam nada fáceis para os opositores de Voldemort, principalmente para o Trio de Ouro.

Haviam passado quase sete meses desde que Tonks tivera alta do St. Mungus. No início foi complicado para ela se habituar ao repouso absoluto, mas quando passadas três semanas ela sofreu um início de aborto, finalmente acatou as ordens do médico e só fazia alguma coisa quando era necessário.

Passado não muito tempo Voldemort conseguiu atingir completamente o seu objetivo conquistanto completamente o ministério. Não demorou muito para conseguir colocar um comensal como Ministro da Magia.

Os simpatizantes da Ordem da Fênix e os seus integrantes eram agora caçados, por isso, para ficarem mais protegidos, todos os membros tiveram de fazer o feitiço do Fiel do Segredo em suas casas. Apesar dos grandes esforços certo dia a Toca foi atacada. Percebendo o perigo que os outros corriam com a sua presença, Harry decidiu fugir e procurar um esconderijo para ele, mas como tem excelentes amigos Rony e Hermione segiram-no.

Para não deixar a sua família ainda mais preocupada deixaram um pequeno bilhete pedindo desculpas, mas que era necessário. Na curta mensagem expliicavam ainda que no momento certo enviariam um sinal para reunirem rapidamente todos os aliados para lutar e recuperar o mundo mágico.

A família Weasley, como precaução, mudou-se para uma das únicas propriedades que possuía. Era o esconderijo perfeito uma vez que pouca gente sabia da sua existência e estava localizado num lugar isolado. O Chalé das Conchas não era uma casa muito grande pelo que foi necessário fazer vários feitiços para a sua expansão principalmente quando Lupin e a família Tonks se mudaram para lá.

Hermione para proteger os seus pais alterou-lhes a memória e fê-los mudarem-se para a Austrália e com a sua ajuda Harry pediu para a sua tia Petúnia convencer o marido a mudarem-se também para fora do país.

Hermione aproveitou ainda o facto da casa de sua avó já não ser habitada e estar no nome falso de sua mãe para torná-la na nova sede da Ordem, para isso enviou uma mensagem a Lupin explicando sucintamente a situação.

Agora após esses quase sete meses as coisas estavam cada vez piores.

Arabella Figg, Dédalo Diggle e Elifas Doge foram capturados pelos comensais durante uma luta com a Ordem da Fênix e mortos. A nova sede da Ordem estava sempre cheia. Todos os membros se encontravam todos os dias para debaterem estratégias.

As horcruxes estavam quase todas destruidas, só faltava a cobra e Harry, mas os amigos já tinham um plano. Pelo menos Harry tinha. Os três continuavam foragidos. Com o plano traçado eles resolveram que já era hora de se prepararem para a batalha final.

Hogwarts estava naquele momento sob a influência de Voldemort. Snape era o novo diretor.

Naquela altura eles já tinham a certeza de que Draco estava realmente do lado deles e que Snape também. Apresar de ter sido muito dificil confiar novamente em Snape, depois de Harry saber de toda a história através das memórias do professor que Draco lhe entregara num dos encontros secretos tornou-se mais fácil acreditar nele.

—Você tem mesmo a certeza de que está na hora? - perguntou Rony pela terceira vez.

—Tal como lhe respondi das outras duas vezes, tenho sim. Já adiamos este dia durante muit tempo. - respondeu Harry. - Da última vez que me encontrei com Draco ele contou-se que Snape lhe disse que já era chegada a hora.

—E confia mesmo nesse cara?

—Dumbledore confiava nele e depois do que eu vi também confio. Já temos o nosso plano definido. Agora só nos resta esperar que dê muito certo.

—Sabe que nosso plano tem muitas falhas certo? - Hermione terminava de arrumar a barraca.

—E alguma vez um plano nosso não teve? - brincou Rony. - Nunca nada correu como planeado. Se bem que nunca tinhamos um plano em concreto por isso...

—Rony tem razão Mione. Mas agora só nos resta ter experança. Já está tudo pronto. Cada um de vós sabe o que fazer por isso vamos embora.

Não foi preciso muito tempo para que os três desaparatassem. Rony tinha sido encumbido de aparatar no Chalé das Conchas, avisar os Weasleys e depois aparatar na sede da Ordem para também os avisar para se prepararem pois a última batalha estava prestes a começar.

Enquanto isso Hermione e Harry aparataram em Hogsmead e tudo correria como planeado se não fosse pelo feitiço que logo os denunciou mal pisaram com os pés a aldeia. Valeu-lhes o plano B que neste caso se chamava Dumbledore e era o irmão do antigo diretor. Graças a ele consegiram esconder-se antes que os comensais que estavam de vigia os apanhacem.

—Muito obrigada senhor Dumbledore. - agradeceu a garota. - Não sei o que seria de nós se você não nos tivesse ajudado.

—Bem, eu sei. Vocês seria apanhados pelos comensais, eles chamariam Você-Sabe-Quem e todos os nossos esforços seriam em vão pois ele os mataria. - respondeu-lhe o velho. - Venham, temos de ser rápidos. A esta hora todos os professores em Hogwarts e talvez Você-Sabe-Quem devem saber que vocês estão aqui.

De repente ouviu-se um barulho e quando olharam para trás, os garotos viram um retrato a abrir mostrando um passagem secreta.

—E então pessoal, como estão?

—Neville! - gritou Mione correndo para o abraçar.

—É bom ver você. - cumprimentou Harry. - Como estão as coisas lá?

—Como deve imaginar. Muita tortura para os alunos, principalmente pelos irmãos Carrow que são professores, para todos os alunos exceto os da Sonserina. - respondeu Neville.

—Chega de conversas. - cortou o velho. - Está na hora de vocês irem. Quanto mais tempo se demorarem aqui, mais risco correrão em seres descobertos.

Dito isto, os três entraram na passagem secreta e fecharam o retrato. Agora só faltava percorrerem o longo túnel que tinham pela frente.

—Estamos quase a chegar. - falou Neville depois de alguma tempo. - E então, porque Rony não veio convosco?

—Ele foi avisar a Ordem. Quando conseguirmos tomar a escola chamaremos toda a Ordem e os aliados para se juntarem a nós. - informou Harry. - A partir de agora não há volta a dar. Teremos de nos juntar e lutar. Chegou o momento de derrubar Voldemort ou morrer tentando.

—Você ficou ainda mais sombrio desde que o vi pela última vez. - Neville tentou amenizar a tensão que se criou com o último comentário.

E foi pouco tempo depois dessa tentativa que a passagem terminou e um grande retrato se abriu à frente deles dando-lhes a visão de uma grande multidão de alunos.

—Bem vindos ao nosso novo dormitório na Sala Precisa. - Neville deu as boas vindas. - Pessoal, vejam quem eu encontrei! - gritou fazendo toda a sala parar o que estava fazendo para o olhar. - Isso mesmo, Harry Potter e Hermione Granger voltaram.

Não é preciso dizer a euforia que se formou. Rapidamente todos fizeram festa, afinal o Eleito estava à frente deles fazendo uma nova onda de esperança surgir. Mas isso não demorou muito pois a porta da Sala Precisa rapidamente se abriu num estrondo deixando entrar uma garota bem conhecida por todos com o seu olhar aflito.

—Os comensais avistaram o Harry Potter e a Hermione em Hogsmead. - desabafou cansada pelo esforço da corrida que fizera. - O Diretor convocou todos os alunos para o Grande Salão. Acho que desconfia que Potter esteja conosco.

—Bem, ele tem razão. Eu realmente estou aqui. - falou o bruxo surprendendo-a. Afinal ela ainda não o tinha visto.

—Harry!!! - ela gritou correndo até ele o abraçando-o. - Tive saudades suas? Está tudo bem com vocês? - questinou olhando para Hermione. - Onde está o Rony? - concluiu.

—Ele teve outra coisa pra fazer. - respondeu Hermione evasiva. - Agora vamos. Snape espera-nos e todos nós sabemos que ele não tolera atrasos. - e lembrando-se que ainda não a tinha cumprimentado em condições. - Também é muito bom vê-la Cho.

Dito e feito. Logo todos os alunos naquela sala começaram a sair por ondem em direção ao Grande Salão. Harry e Hermione camufelaram-se no meio deles tentando passar despercebidos.

—Tenho a certeza que já é do conhecimento de todos que Harry Potter e Hermione Granger foram avistados no vilarejo. - começou o professor. - Eu sei que eles estão aqui. Agradecia que eles aparececem caso contrário, esta senhorita irá sofrer as consequências.

Harry começou a amaldiçoar-se pela confiança depositada em Snape. Isto não estava no plano. Gina nunca esteve no plano e o rapaz por impulso esqueceu-se de tudo ao ver os irmão Carrow a segurar a sua namorada pelo lindo cabelo cor cobre.

—Eu estou aqui. - revelou-se Harry. - Pode soltar ela.

Foi tudo muito rápido. Num instante todo o Salão estava em silêncio e Snape e Potter trocavam olhares faiscosos como no outro instante todo o Salão virou um reboliço com ele, a Armada Dumbledore, os professores de transfiguração, feitiços e herbologia atacarem o diretor e os restantes comensais. Não foi preciso muito tempo para estes fugirem e todos os alunos, exceto os da sonserina claro, comemorarem.

Harry correu até à sua ruiva e beijou-a até ficar sem fôlego.

—Uau Potter, se soubesse que ficar alguns meses sem me ver o deixaria assim teria concordado com isso à mais tempo. - brincou Gina.

—Potter! - chamou a professora McGonnagal aproximando-se do casal. - Como está?

—Bem professora. Obrigado.

—Quero que saiba que pode contar com todos nós para o que precisar.