Haijame revirou os olhos pela... decima vez? Estava impaciente, para conhecer o homem que fizera a jovem princesa desafiar os comandantes. Ele sabia, que a partir do minuto que nascera, Kushina estava destinada a casar-se com algum general ou coisa parecida do gênero.

Seu avo, havia resolvido que a filha, herdeira do trono, merecia ter um treinamento  militar digno de inveja, pois seus planos eram o de expandir seu poder.  Um homem acostumado a resolver as coisas na razão, decidira que Kushina deveria ir para konoha, juntamente com um pequeno grupo de jovens.

A escolha da vila fora a mais sensata. Que outra vila tinha, como servidores, os ninjas lendários Tsunade e Jiraya? E também o jovem talento conhecido como Relampago Dourado?

Embora o lendário Orochimaru houvesse saído da vila, o imperador sequer deu bola para o assunto. Não gostava, não aceitava uma traição. E o sannin das cobras era um traidor.

O príncipe sem coroa, assim Haijame poderia se definir. Afinal, ele sabia, desde criança, que assim que sua mãe morresse, seria desterrado, morto ou qualquer coisa no gênero. Kushina apenas havia permanecido no poder, graças as velhas tradições e a excelente administração que fazia.

Também o gênio terrível, que fazia quem não a conhecia tremer. Ryu a apelidara de dragoa, pela cor de seus cabelos. Kushina guardara em seu coração a lembrança de seu amor por Minato Namikaze. Um dos únicos pontos que jamais abdicara.

Haijame deu um enorme sorriso, quando os três jovens pararam em frente ao portões da vila. Um enorme símbolo, marcava qual vila era. Sua mãe desenhara para ele, aquele símbolo, tantas e tantas vezes, que ele era capaz de reproduzi-lo de olhos fechados.

Se todos os habitantes fossem como aqueles malucos que o haviam ajudado – Haijame admitia isso com a mais absoluta humildade que poderia ter – ele já antevia muitas situações de confusão.

Os morenos costumavam olhar-se, de maneira significativa, em especial quando ele falava algo a respeito de voltar o mais breve possível ao pais do redemoinho. Ele percebera que eles acreditavam que ele era um tal de “Naruto”... o que lhe estava começando a lhe irritar.

Confiante, começou a andar pela guarita.

- NARUTO!

Haijame nem deu atenção e viu exóticos cabelos rosas, vindo em sua direção, em passos decididos. Agora, quando o primeiro soco atingiu seu  olho esquerdo, levando-o a inconsciência, resolveu trocar suas prioridades. A mãe estava sendo muito bem cuidada por Ryu e Ayame.