A Arte da Alma escrita por GF


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

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– Então há mais dois perdidos por aí?
– Não tenho tanta certeza. Pelo que Jussara disse, eles estão em conflito. Um se esconde do outro. Algo diria que se colocássemos os dois cara a cara daria briga.
O chefe do Conselho, Luciano, pensou sobre algum plano para que extraísse o melhor dos dois:
– Death ou Gin? Quem merece ser resgatado?
Nayana se manifestou:
– Somos um Conselho do bem: Conselho Informal Mundial de Magia, não podemos pegar o melhor de dois. Temos que fazer com que os dois venha ao nosso lado. Isso resultaria uma revolta na parte de um deles, o que não podemos enfrentar agora.
Nayana faz parte do Conselho e é uma das vozes mais ativa que há em sua estrutura. Ao todo são nove magos, e os mesmos estão buscando o décimo.
– Lembrando que um deles será o décimo membro do Conselho.
– E o outro, Luciano? O que faremos com ele?
– Retiraremos a magia.
– Porque não podemos ter onze membros? - perguntou Laraíza, cruzando os braços para demonstrar tamanha dúvida.
– Irei formar uma monarquia. Irei mudar o mundo, e essa mudança incluirá uma guerra.
– Mais uma guerra? Já estamos em uma. - interferiu Johnny.
– Johnny... Essa está acabando e está óbvio que o continente americano vai vencer mais uma vez. Após essa guerra, todos os países terão dificuldade em rentabilizar sua economia e restaurar os padrões militares. Uma brecha enorme que nos dará um mapa para encontrar a vitória. - respondeu com maior calma e certeza possível, Luciano.
Nayana e Luciano são magos que conseguem impor opiniões, são executores. Johnny, não muito. Como fundador e líder do Conselho, Luciano tinha que dar exemplo e algumas de suas falas e ações pensadas eram forçadas - o que todos conseguiam ver.
– Então como vamos pegar os dois? Ou melhor, recuperar os dois?
– Johnny, você não entendeu. Vamos fazer os dois lutarem entre si, até a morte. O que vencer, obviamente, será o décimo membro.
Nayana, com seu cabelo curto e preto, ficou com dúvida e perguntou:
– E se ele não quiser?
– Ele não tem outra chance. Ou fica com a gente, ou contra a gente.
Sendo executor, Luciano sempre tivera seus planos alternativos. Fazer o Conselho ficar contra Gin era algo cômico e que fugia do objetivo, porém era possível.
– Mas não tem apenas esses dois magos fugindo da guerra... Há aquela com magia de cura, a Fairy. - contemplou Kaony, o mais novo e mais "pesado" do Conselho.
– O apelido dela é Fairy. Seu nome, Hemannoele; 21 anos de idade. Canadá, Toronto.
– Nossa, Nayana. Não precisava de tudo isso. Ela é um caso a parte. Já declarou inimizade com o nosso conselho. É uma inimiga, maga traidora. Não vamos entrar em detalhes. - Luciano.
– Gente! Ordem, primeiro de tudo. Como e quando vamos pegar ''a média'' de Gin e Death.
– Primeiro, temos que fazer com que Gin tenha motivo para brigar com Death.
– Motivos já temos, Luciano. - comentou Kaony, se levantando da cadeira e se afastando da enorme mesa redonda com um decágono no meio, de tom vermelho. - Gin matou dois soldados do mesmo bloco militar que Death e seu comandante, Yankuru. Esse comandante quer a cabeça do assassino, no caso, Gin. Se Yankuru ser morto por Gin, Death irá se vingar com a máxima convicção e sem desistência. O que pode nos atrapalhar é a Cubana.
– Cubana? - perguntou Luciano, não sabendo dela.
– Estela Yankovich, filha do presidente de Cuba, traficante ilegal de armas e vereadora corrupta. Desenvolveu técnicas militares em construção e análise de armamentos pesados. Estela e Gin, juntos, podem ser uma ameaça para qualquer bloco, qualquer governo ou pelotão. Temos de separá-los.
Nayana riu alto, com maldade em seus pulos risonhos:
– Isso já aconteceu. O navio que eles estavam afundou, o qual sem sucesso foi pro continente americano. Estela foi para um lado da correnteza marítima e Gin caiu próximo a uma praia do mesmo continente. Diríamos que Gin está em terra firme e Estela, no fundo do mar... Morta.
– Então vai ser mais fácil do que imaginamos... Mandaremos uma carta como se fosse o representante militar da África dizendo que o suposto assassino está onde está, e indicaremos a localização de tal.
– Mas Yankuru vai interferir. - supôs Luciano.
– Tem razão... Yankuru é tão forte para dar conta da inteligência e criatividade de Gin? - Kaony.
– Eu não vou deixar. Conheço Yankuru e tenho motivos para matar um covarde como ele.
– Como assim, Nayana? O que ele lhe fez?
– É uma longa história, mas vou ser útil nesse ponto. Posso muito bem matar ele e de alguma forma culpar Gin. Culpado pela morte de dois soldados e do comandante do bloco A, Death ficaria puto. Recebendo uma carta, aviso ou algo do gênero, colocaríamos os dois em questão próximos.
Luciano sorriu e concluiu o plano:
– Nayana, mate Yankuru. Use alguma coisa que tenha as digitais de Gin. Eu escrevo a carta. Após eu te der um sinal, você se põe como viajante africana e leve Death até Gin, pelas coordenadas que eu te darei. Gin não vai fugir, vou ocupar o mesmo. A décima cadeira do conselho será ocupada. E então vamos dominar o mundo, nos vingando de todos os milhares ou milhões de magos mortos inocentemente por um preconceito bobo. A nova ordem mundial está chegando. Os magos vão liderar, em quantidade, qualidade e poder... Muito poder.

***
– Ai!... Que dor insuportável... Onde é que eu estou? - se perguntou Gin, preso em um grande poste feito de madeira, no meio de uma circunferência enorme de fogo.
– Você é americano... Merece ser morto! - comentou um dos dez soldados africanos que havia ali. Pela guerra, tiveram que aprender muitas línguas inclusive a mesma que Gin falava. Não perfeitamente, mas sabiam.
– Eu? Não sou americano. - blefou Gin.
– Não te perguntamos nada. Vamos matar você.
Gin fechou os olhos e abaixou a cabeça. Estava pensando. Sempre fizera isso quando precisava de concentração, ou seja, calcular seu próximo passo.
"Essa corda tira metade da minha força... Se eu duplicar, consigo romper a corda. Minha mão está machucada então vai dificultar um pouco. Como Estela não está aqui, acho que posso usar magia. Dez soldados, distância média de 1 metro cada um."
– O que ele está fazendo? - perguntou um soldado.
– Ele está dormindo? - perguntou outro.
– Hey!! - um soldado pegou seu rifle e cutucou Gin. -O que está fazendo? Estamos falando com você!
– Magia de Força: Quebra de Gravidade!
Gin diminuiu a gravidade e aumentou sua força e velocidade, conseguindo romper a corda e socar o dono do rifle para longe. Os outros nove soldados tentaram metralhar o mago cientista, porém o mesmo já estava no ar, flutuando.
– Nada melhor como a ciência para nos ajudar a livrar de situações como essa.
– Um mago! Matem-no.
Gin começou a voar e desviar das balas, em horizontal e sem perder a altura:
– Isso é... Divertido! - gritou Gin, ainda desviando e gargalhando. - Próximo passo, aumentar a pressão e gravidade.
Assim feito, os nove soldados caíram de imediato no chão.
– Merda... Não consigo me levantar, algo está me empurrando de volta ao chão.
– Simples. A gravidade, de aproximadamente dez metros por segundo ao quadrado foi aumentada para mais de cinqüenta metros por hora ao cubo, ou seja, por sorte vocês não explodiram ainda. Isso devido à pressão das moléculas que com o calor cria um atrito para cima, ou seja, impactando com a gravidade. É meio complicado de vocês entenderem, mas é algo concreto e que vai manter vocês por muito tempo caídos no chão. Cerca de uma hora até a gravidade no raio de dez metros quadrados se restabelecer.
– Ele é... Louco.
– Sim, eu sou. E eu vou ir embora. Digo, procurar uma amiga.
Gin foi embora, ignorando os soldados imóveis.
Andou e andou, por noites e dias, e nada de Estela. Então resolveu ir pra costa leste, no litoral - praia.
– Ela deve estar aqui, com certeza foi aqui que me acharam quando eu caí no mar. Preciso descobrir onde ela está. Qual magia devo usar? A única magia sensorial que eu possuo é rastreamento de moléculas, o que não pode me ajudar por conta da densidade da água do mar.
– Ela deve estar por perto, Gin.
Gin ficou imobilizado, reconhecendo a voz.
– Não pode ser... Ubbel?


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Notas finais do capítulo

Favorite, comente o que achou, e aproveite a arte escrita ;)



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