Contos de Hans escrita por Paulo Dias


Capítulo 1
Capítulo Zero




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Era dia 1 de fevereiro. Capuz Vermelho fitou Clarck com cuidado. Era uma clara manhã no mundo Encantado. O Sol iluminava a grande sede do Caçadores. Era uma grande mansão, tinha uma ponte que atravessava um lago perto dali, justamente onde a estrada acabava. Tinha árvores em sua volta, um portão de madeira enorme e dois anões protegiam-na. Por dentro era uma casa definitivamente; tinha sala de estar, cozinha, quartos... porém, o que mais chamava atenção era um enorme globo no centro da sala, nele, estavam acessas várias luzes. Cada luz acessa significa um lobo vivo.

Capuz Vermelho - Chapeuzinho para os mais íntimos - terminou seu café e observou o globo com uma expressão de espanto.

– É meu amor... não estamos dando conta do recado sozinhos. - disse Clarck se direcionando para ela.

– Me recuso a pedir ajuda. - respondeu ela com raiva.

– Somos apenas dois e existem mais mil por aí afora. E bem, eu e você sabemos como chegarmos lá.

– Quem poderá se juntar a nós? Um peixe? Um boneco de chumbo? Um par de sapatos vermelhos? Ah claro, até porque somos "imortais"! Óbvio que não. Eles estão se multiplicando, e com eles a inocência e a crença das crianças em nós se acaba. E sabe o que acontece se isso ocorrer? De fato morreremos! Basta um erro nosso e uma mordida deles. Não quero discutir agora. Vou me preparar para o horário da Lua.

Clarck saiu cabisbaixo. De fato, Capuz Vermelho tinha razão em parte, porém, sozinhos eles não iriam durar muito. Ele tinha que arranjar alguma maneira de convencê-la à entrar no portal. Mas ele não sabia como. Até que ele se lembrou de uma antiga porção no sótão. Feita de ervas, essa porção tinha um efeito alucinógeno. Sabiamente, ele misturou o mesmo no suco de sua esposa e deu-a para beber.

– Nunca estive melhor! Que comida deliciosa! - falou Capuz esboçando um sorriso largo seguido de várias gargalhadas.

– Princesa, siga-me por favor. - falou Clarck à ela, puxando-a consigo.

Eles caminharam até o final da casa. Perto da margem do rio, havia duas pequenas lantejoulas fora da parede, Clarck empurrou as duas e um tremendo buraco negro se abriu.

O efeito da porção tinha acabado pouco tempo antes, porém, os dois foram sugados para dentro.

***

– Eu falei que não queria vir! - gritou Capuz.

– Já estamos aqui, não adianta reclamar mais. - respondeu Clarck à ela.

– Onde estamos?

– Segundo esse mapa, - ele respondeu puxando um enorme papel do bolso - estamos no coração da besta. Na região Central de Encantado!

– Aqui seremos presas fáceis! Você viu o globo hoje pela manhã? É onde mais se tem lobos!

– Eu sei, e por isso mesmo viemos aqui.

– Não era você mesmo que disse que seria suicídio atacarmos sozinhos à todos eles?

– E quem disse que estaremos sozinhos? Conheço um primo distante que mora por aqui.

– Quem?

– Peter, mais conhecido como Soldado de Chumbo.

Eles andavam em direção à feira, enquanto Capuz Vermelho esbravejava sem parar.


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Notas finais do capítulo

É minha primeira fic. Baseada nos clássicos infantis de Hans Christian Andersen. Opinem, comentem. Espero que agrade a todos.



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