Must be love escrita por Isha Dur


Capítulo 3
High school


Notas iniciais do capítulo

eu sei, eu sei, disse que ia postar terça feira passada e to aqui na cara de pau postando uma semana depois do prometido, mas na verdade, era pra essa capítulo ter saído no sábado só que o Nyah! me sacaneou e quando eu estava quase terminando o capítulo, tudo apagou GRRRR! e olha que foi a primeira vez que eu escrevi direto aqui no site. Eu fiquei muito puta com isso. Antes que eu me esqueça, gostaria de mandar um beijo especial pra Miss Death que foi a primeira a comentar a fic, outro beijo pra princess of the light star, pra Grazieli, NatyJackson e EddiCosta, vai ter capítulo dedicado pra cada um de vocês



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Foxes - Let Go for Tonight

Capítulo 3 – High School

Senti a luz do sol atingir meus olhos quando minha mãe abriu as cortinas do meu quarto me fazendo acordar.

– Vamos, Tris, Marcus disse que Tobias sai ás sete e meia.

Minha mãe saiu do quarto e eu me levantei. Olhei nos relógio e ainda era seis e meia.

Me dirigi ao banheiro e tomei banho, lavando meus cabelos com o xampu de camomila que minha mãe havia posto no meu banheiro no dia anterior. Sai do banheiro e enrolei meus cabelos na toalha e me envolvi no roupão enquanto pensava no que vestir.

Acabei por decidir usar uma saia preta que chegava até a metade das minhas coxas, uma blusa vermelha de mangas compridas e um all star preto de cano baixo. Desenrolei meus cabelos e os desembaracei com os dedos, decidindo deixá-lo solto já que estava molhado, e como sempre, passei apenas um gloss labial rosa claro nos lábios. Olhei no relógio novamente, 07h10.

Desci para a cozinha, minha mãe preparava bacon na frigideira, Caleb estava sentado lendo um livro sonolento enquanto mordiscava uma torrada e meu pai bebia uma xícara de café sentado ao lado de Caleb.

– Bom dia. – cumprimentei enquanto me sentava de frete ao meu pai.

– Dia. - Caleb respondeu coçando os olhos.

Meu pai fez uma carranca e continuou á bebericar seu café.

– Você não acha que essa saia está curta demais? – meu pai comentou olhando minhas pernas expostas.

Dei de ombros e peguei uma torrada.

– Deixa a garota, Andrew. – minha mãe olhou meu pai de cara feia e serviu bacon no meu prato.

– Só estou dizendo que Beatrice nunca foi de usar coisas tão absurdas desse jeito. Foi apenas Tobias aparecer que ela começou á se emperiquitar toda! – meu pai rebateu com uma raiva palpável na sua voz.

– Tobias não tem nada a ver com isso! – não gritei, mas mantive minha voz firme. Meu pai me olhou assustado pelo modo que falei e voltou á fazer sua carranca.

Estava na cara que Caleb estava incomodado com a situação.

Ele pigarreou e disse:

– Vamos, Tris. Já está na hora.

Me levantei, dei um beijo em minha mãe e sai de casa ainda com a torrada na minha mão.

Tobias estava saindo com o carro da garagem quando chegamos à sua casa.

– É de família ser pontual? – ele brincou quando entramos no carro. Caleb se sentou no banco carona, como sempre, e eu me sentei atrás no banco do meio.

– Bom dia. – cumprimentei passando o cinto pela minha cintura.

Caleb apenas tirou um livro da mochila e começou á ler, fazendo pausas para arrumar o óculos no nariz. Ás vezes ele consegue ser muito chato.

Tobias ligou o rádio quando saímos do condomínio, já que dentro era proibida música fora da sua residência, á não ser usando fones de ouvido.

Caleb olhou irritado para o rádio e continuou á ler seu livro. Caleb conseguia ser muitochato.

Dez minutos depois, Tobias estava estacionando o carro em frente ao colégio.

Christina, Al, Will, Cara, Uriah e Zeke estavam sentados embaixo de uma árvore em frente ao colégio conversando. Desci do carro e segui na direção deles. Caleb entrou no colégio para fazer sabe-se lá o quê e Tobias me seguiu.

Christina que antes estivera conversando com Cara, olha na minha direção – precisamente, olha para Tobias.

– Tris! – Al me puxa para um abraço ao ver que estou andando junto de Tobias, ele sempre teve, digamos, uma queda por mim, mas eu nunca dei chance para ele porque 1) ele era meu amigo 2) eu não queria começar um relacionamento agora.

– Oi, Al. – disse retribuindo seu abraço.

– Vem sentar com a gente. – ele disse me puxando para perto deles. Me desvencilhei do seus braços e fiquei ao lado de Tobias de novo.

Christina ainda secava Tobias com a boca formando um O perfeito. Se ele olhasse para ela e a visse encarando-o daquele modo, provavelmente sairia correndo. Eu tinha que fazer ela parar de olhar para ele daquele jeito.

– Christina! – gritei abrindo meus braços em sua direção.

Ela deu um pulo de tão assustada e sorriu me abraçando. Estávamos bem novamente.

Tobias sentou-se ao lado de Zeke, e logo começaram á conversar animadamente, dez minutos depois Tobias estava conversando com todos, se dando bem principalmente com Will e Zeke.

O primeiro sinal tocou, indicando que as aulas começariam em cinco minutos, não ás aulas,e sim um discurso de boas-vindas da Srta. Matthews que sempre me fazia dormir.

Grupos de alunos corriam em direção á quadra esportiva. Preguiçosamente nós nos levantamos e seguimos em direção á quadra. Christina me puxou para o lado do banheiro feminino deixando os outros irem na frente.

– Quem é aquele?! – ela perguntou sorrindo, sorrindo talvez até demais.

– Tobias Eaton, meu vizinho. – respondi naturalmente, mesmo querendo gritar que ele era o maior gato.

– Tobias Eaton?! O garoto que mudou pra casa ao lado da sua?! –ela perguntou com a voz chiada.

– Se eu disse que ele é meu vizinho, ele mora ao lado da minha casa. – respondi revirando os olhos.

– Ele. É. Um. Gato!

– Eu. Sei!

Sabe aquelas cenas em que duas amigas começavam á pular e dá gritinhos? Foi algo parecido o que aconteceu, porém meus gritos e de Christina eram surdos.

Começamos á rir e decidimos ir para quadra quando o segundo sinal tocou anunciando o começo das “aulas”,

Havia um pequeno púlpito no meio da quadra. Faixas azuis, brancas e vermelhas estavam penduradas por todos os lados com frases de bem vindos, doze lideres de torcida – entre elas Molly – conversavam animadamente ao lado do púlpito uniformizadas com aquelas saias minúsculas e seus pom poms coloridos da mesma cor do colégio e os professores tentavam arrumar o telão que estava atrás do pequeno balcão.

Se ouviu um barulho fino e prolongado e toda a quadra se silenciou. Sentamos na fileira do fundo junto com os outros na hora em que Jeanine subia no púlpito. Ela deu uma olhada para as lideres de torcida que saíram andando para as suas posições, em frente á primeira fila da arquibancada com suas posições eretas e sorrisos brilhantes perfeitos.

– Sejam bem vindos, alunos e professores para mais um ano no Colégio Middle! – Uma salva de palmas desanimada ecoou pelo salão, fazendo o sorriso estridente de Jeanine murchar um pouco, ela continuou: É um prazer tê-los conosco em mais um ano escolar! Gostaria de dar as boas vindas aos novatos e espero que consigam se acostumar á rotina do nosso colégio. Também gostaria de dar as boas vindas ao novo professor que irá se juntar ao nosso corpo docente, professor Max, por favor, se apresente. – Jeanine saiu e um negro robusto tomou seu lugar.

– Obrigado, Srta. Matthews. – ele disse se virando para Jeanine , depois se virou para a platéia novamente – Eu sou Max Rothersfield, seu novo professor de literatura – ele sorriu mostrando seus dentes alvíssimos – Espero, que assim como eu estou feliz á me juntar á vocês, vocês me recebam bem e gostem da minha presença junto á vocês. Pois como dizia Shakespeare: "Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém. Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim. E ter paciência para que a vida faça o resto." – ele fez uma pausa olhando para os alunos na arquibancada e depois voltou: Com vocês eu mostrarei o meu “eu” verdadeiro, e vocês? Vocês me mostrarão o “eu” verdadeiro de cada um? Eu espero que sim. – Ele sorriu novamente e se juntou aos professores.

Jeanine voltou ao púlpito e suspirou antes de gritar:

– O ano letivo do ano de 2014 começa oficialmente... – ela pegou uma tesoura de jardineiro e se dirigiu á frente do púlpito, cortando a fita vermelha que estava ao seu redor.

Uma salva de palmas mais animada soou por toda a quadra e continuou até as lideres de torcida invadirem a quadra.

– Um, dois... Middle vamos lá! – Molly gritou e deu um salto para trás, invejei um pouco seu salto perfeito, pouquinho, INHO.

A banda do colégio estava espalhada pela arquibancada – p.s.: eu nunca faço parte da comissão de boas vindas no colégio, na verdade, eu não toco em nada que a banda participe –, o garoto do trompete estava ao meu lado, fazendo com que meus tímpanos gritassem por socorro toda vez que ele assoprava.

Quando a apresentação terminou, uma salva de palmas – dessa vez acompanhada de gritos e assovios – foi dada ás lideres de torcida, depois todos começaram á se retirarem do ginásio.

Olhei minha grade de horários, minha primeira aula era de inglês.

– Alguém tem inglês agora? – perguntei aos outros que também olhavam seus horários.

– Eu, mas eu sou do primeiro ano, então nem rola. – Uriah respondeu.

– O.k, aula de inglês sozinha.

– Parece que temos o segundo horário juntas, Tris. Educação física. – Tina disse pegando seu livro de inglês.

Despedi-me de todos e segui para a sala 07.

O professor estava escrevendo no quadro quando entrei na sala e me sentei na única cadeira disponível.

– Bom dia, Srta. Prior. – O Sr. Gargulio me cumprimentou sorrindo da sua mesa. Ele não era do tipo de professor velho corcunda e sim o professor espanhol bronzeado de olhos mais verdes que esmeraldas.

– Bom dia, Sr, Gargulio. – respondi devolvendo o mesmo sorriso caloroso, não o mesmosorriso, mas tentei.

– Bem turma, eu sei que hoje é o nosso primeiro dia de aula, portanto, não irei iniciar com matérias novas hoje – alguns alunos comemoraram e o Sr. Gargulio continuou:. Alguém aqui já ouviu falar do escritor francês François Rabelais?

Eu e um garoto magricela levantamos nossas mãos.

– Pois bem, dizem que as últimas palavras de François Rabelais foram: Saio em um busca de um Grande Talvez. – ele fez uma pausa para escrever esta frase no quadro negro – O que significa o “Grande Talvez” para vocês? Eu quero que vocês dêem um exemplo com algo que aconteceu na vida de vocês. Mas eu não quero esse texto hoje ou nem mesmo nesse semestre. Eu irei querer ele apenas no último dia do nosso ano letivo. Agora a aula é de vocês.

Alguns alunos fizeram grupos e começaram á conversar animadamente sobre suas férias. Retirei Moby Dick da mochila e li os três primeiros capítulos até o sinal bater, indicando a próxima aula: Educação Física.

Com um esforço bastante exagerado, levantei-me da carteira e sai em direção ao ginásio. Encontrei Christina ao lado do vestiário feminino.

– Pronta pra correr, Tris?

– Cala a boca, senhorita-ai-estou-passando-mal. - ri debochadamente enquanto retirava a roupa da educação física da mochila.

– Fala sério, o professor obrigou a gente á dar dez voltas pela quadra inteira! Eu tinha que inventar alguma coisa pra me livrar daquela aula. - ela riu e entrou em um dos boxes para trocar de roupa.

Entrei no boxe quatro e me troquei. Quando sai Christina me esperava com a mochila pendurada no ombro.

Havia o dobro de pessoas na quadra quando saímos do vestiário.

– O que diabos eles eles estão fazendo aqui? - Christina perguntou olhando os alunos do outro lado da quadra. Tobias estava entre eles.

Andei na direção dele no mesmo momento em que ele me viu. Ele vestia o calção branco e a regata - que realçava seu peitoral e os músculos dos seus braços - do uniforme. Eu podia - e queria - beijar ele!

– Ei, Tris. - Tobias disse me tirando do transe.

– Ahn? Ei. - respondi e senti meu rosto esquentar.

Ele sorriu e passou os braços pelos meus ombros, me guiando para o meio do ginásio.

– O que vocês estão fazendo nessa aula? - perguntei passando meu braço pela sua cintura.

– Parece que o professor de biologia está doente e meu segundo horário seria com ele, ai eles nos mandaram pra participar dessa aula junto com vocês.

– Isso! - Christina gritou jogando os braços para cima.

Tobias e eu olhamos para a garota que sorria abertamente.

– Christina, você está bem?

– O meu terceiro horário era para ser biologia. Obrigada Deus! - Christina gritou abraçando um garoto que passava ao seu lado.

– Christina, por favor, ele é só um garoto. - Tobias riu passando o seu outro braço pelos ombros de Christina.

Nos juntamos ao lado do professor que falava com o grupo de alunos e anotava em uma prancheta.

– Ótimo, como temos duas turmas hoje, nós iremos jogar vôlei. Quero seis pessoas em cada time, o resto pode esperar nas arquibancadas. - o professor falou.

Tobias e Christina ficaram para jogar e eu me sentei na primeira file de cadeiras da arquibancada.

Tirei meus fones de ouvido e observei os dois jogarem. Christina jogava bem, ela era alta, o que lhe ajudava, e Tobias era habilidoso, com seus músculos protuberantes e peitoral definido.

Depois de um tempo observando o jogo, retirei Moby Dick da mochila e li quatro capítulos até alguém fechar meus olhos com suas mãos.

– Adivinha quem é. - A voz grossa de Tobias falou perto do meu ouvido.

Me arrepiei e retirei as mãos suadas de Tobias do meu rosto.

– Essa piada já é velha.

– Ei, Tris, você vai jogar? - Christina perguntou apontando para a quadra.

– Sou obrigada á isso. - respondi fazendo uma careta.

Desci para a quadra junto com um grupo de garotas bem aperfeiçoadas com corpos esbeltos e peitos pulando para fora fora da regata e um grupo de garotos do mesmo porte, fortes, altos e bonitos. Tobias se encaixaria bem nesse grupo, pensei.

Eu era a única deslocada no meio daquelas pessoas, todas as garotas altas com suas curvas milimetricamente perfeitas e eu com meu porte físico pequeno e curvas quase inexistentes.

O apito soou e o jogo começou. Eu sou terrível no vôlei, em qualquer jogo na verdade, e as circunstâncias de nada me ajudaram. A bola nunca vinha para mim, e quando vinha, alguma das garotas ou dos garotos ás pegava.

Aconteceu bastante rápido. A bola vinha para mim, me posicionei mais na frente para poder pegá-la, a garota morena se atirou na mina direção e eu caí. Depois disso senti uma dor lancinante no meu tornozelo esquerdo.

Um grupo de alunos se formou ao meu lado e Tobias e Christina empurravam todos para poderem chegar até mim.

– Tris, você está bem? Onde está doendo? - Tobias perguntou se agachando ao meu lado.

Coloquei a mão no meu tornozelo e gemi de dor.

Tobias colocou a mão delicadamente sobre a minha que estava no tornozelo e eu fiz uma careta, ele percebeu e retirou a mão no mesmo instante.

O professor veio correndo preocupado.

– Beatrice? O que aconteceu?

Tobias me levantou no seu colo e respondeu:

– Acho que ela torceu o tornozelo, professor.

– Leve ela para a enfermaria, e diga que foi um acidente, ninguém aqui seria capaz de macucar alguém por querer.

Olhei para a garota morena que havia se jogado para cima de mim e percebi que era Molly. Como não percebi que era ela? Peter e Drew estavam ao lado dela com sorrisos contidos.

Tobias demorou mais de quinze minutos para achar a enfermaria, já que ele era novo no colégio. Tive que lhe mostrar quais corredores ou prédios entrar. Nos perdemos duas vezes e mesmo com a dor insuportável no meu tornozelo, Tobias conseguia me fazer rir.

Quando finalmente chegamos á enfermaria, Tobias me colocou sentada na maca e a enfermeira começou á olhar meu pé.

– Ela não quebrou ele, mas torceu feio - ela disse passando a atadura ao redor do meu pé até a metade da minha panturrilha - Eu recomendaria você ir para casa, eu posso te dar atestado para as outras aulas. Que azar, hein, se machucar logo no primeiro dia de aula.

Concordei com a cabeça e sai da sala fazendo Tobias como suporte.

– Eu posso te levar para sua casa, só vou buscar nossas coisas no ginásio. - ele disse me deixando escorada na parede.

Tobias saiu pelo corredor e eu fiquei esperando enquanto ele não voltava. O sinal bateu momentos depois e uma camada de alunos saiu de todas as salas com direção á outras salas. Alguns olhavam na minha direção, para o meu pé enfaixado.

Depois de dez minutos Tobias voltou com as duas mochilas e Christina ao seu lado.

– Por que você demorou tanto? - perguntei colocando meu peso em Tobias, ele entregou minha mochila para Christina e me pegou no colo novamente, os alunos que ainda estavam nos corredores nos encararam.

No carro, Tobias me colocou deitada no banco traseiro á meu pedido. Christina disse que iria ter que ficar e avisaria para Caleb que eu torci o tornozelo.

– Quer almoçar aonde?

– Minha mãe deve estar preparando o almoço, pode me deixar em casa. - respondi.

– Nós vamos ao McDonalds. - ele disse ignorando minha resposta.

Bufei e cochilei até chegarmos á lanchonete.

– Tris, o que você vai querer? - Tobias perguntou para mim que ainda estava deitada no banco, ele achou melhor comprarmos pelo Drive Thru já que era difícil para mim caminhar.

– Qualquer coisa, desde que tenha batata frita e bacon.

Ele fez os pedidos e pegou logo á frente. Depois estacionou o carro em um posto e nos deliciamos com os sanduíches.

– Quando eu te conheci, lá naquele jantar, pensei que você era de tudo uma garota sem graça. - Tobias disse guardando os lixos no porta luvas.

– Sério? Mas na verdade eu sou mesmo. - respondi ligando a rádio.

Ele riu e deu partida no carro.

Vinte minutos depois chegamos ao nosso condomínio e Tobias me deixou na porta de casa.

– Quer vir assistir filmes aqui em casa mais tarde? - perguntei pegando minha mochila.

– Não dá, Tris, vou ter que arrumar minha bagunça lá em casa. - ele respondeu pegando minha mochila da minha mão e segurando minha cintura para me equilibrar.

Toquei a campainha e segundos depois minha mãe apareceu na porta com um avental sujo.

– Oh, Beatrice!

Tobias me colocou sentada no sofá e minha mãe o agradeceu.

– O que aconteceu, minha filha? - minha mãe perguntou sentando ao meu lado segurando minha mão.

– Nada mãe, eu só torci o tornozelo na aula de educação física. - respondi olhando para Tobias pedino socorro, tudo o que eu queria fazer era deitar no meu quarto e ficar lá infinitamente.

– Você quer que eu...

– Sra. Prior, você gostaria que eu levasse a Tris para o quarto dela? - Tobias perguntou inocentemente, coloquei a mão na boca para evitar que minha mãe visse meu sorriso.

Ela olhou para nós dois e um pouco relutante acenou com a cabeça.

– Claro, Tobias, se você não se incomodar.

– Vamos, Tris. - ele me pegou no colo e eu passei meus braços ao redor do seu pescoço e fiquei com a cabeça encostada em seu peito até ele chegar ao meu quarto.

Ele me deitou na cama e me deu um beijo na testa.

– Tris, eu vou ir embora, o.k?

– Você não pode mesmo vir assistir filme comigo? - perguntei me cobrindo até o pescoço.

– Tris, não posso mesmo. A gente podia marcar de assistir com o pessoal, sabe, Christina, Will, Zeke e os outros. - a frase "com o pessoal" não me legrou, eu queria assistir sozinha, apenas eu e ele.

– Ah, o.k então.

Ele beijou minha bochecha e saiu fechando a porta trás de si.

Fiquei um tempo deitada tentando dormir, mas não conseguia por causa do suor e do meu cheiro de educação física.

Levantei com dificuldade e fui para o banheiro. Desfiz a atadura do meu pé e me despi. Nunca tomo banho na banheira, mas por conta do meu pé tive.

Fiquei dentro da banheira até a água esfriar e sai. Depois de muito tempo, consegui chegar ao meu guarda roupa e pegar meu pijama. Depois de me vestir peguei a caixa de primeiros-socorros e pedi á minha mãe que colocasse ela novamente. Minha mãe me deu uma bronca por eu ter me arriscado levantar e ir tomar banho sozinha, mas cuidou com uma habilidade incrível do meu tornozelo, ela perguntou se eu queria almoçar e eu recusei.

Deitei na minha cama novamente e liguei o ar condicionado por conta do calor que estava fazendo.

Liguei a TV para ver se algo de bom estava passando, mas me decepcionei. Então só havia uma coisa á fazer: dormir.


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Notas finais do capítulo

Essa Tris sempre acaba dormindo no final dos capítulos HEUHEHUEHUEHUE esse capitulo foi inspirado em "Cidades de Papel", na parte do Grande Talvez. Talvez eu poste capitulo novo no feriado, apenas talvez o.k gente? mereço reviews? não? okay :( então é isso, espero que tenham gostado, até