Addiction escrita por Catherine


Capítulo 11
Capítulo Onze


Notas iniciais do capítulo

Oiiii~~~~~!
Deixaram de gostar ? Pouca gente comenta e eu assim não sei se devo continuar ou não :s
Mas bem, avançandooooooo, o Bruce é um idiota, mas não o matem (a)



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Um dos graves problemas de Natasha era ser curiosa. E todos sabiam o que a curiosidade fazia ao gato, ou nesse caso, á aranha. Naquele momento, encolhida e abraçando o próprio corpo contra o frio, amaldiçoou a própria curiosidade. Depois do “jogo” com Barbara, tinha demasiada adrenalina no corpo para ficar parada e sendo que nenhuma delas quis ir com ela, resolveu explorar a praia sozinha.

Até aí, tudo bem.

Alcançou uns rochedos e encontrou um bocado de praia deserto logo ao virar a esquina. Até aí, sem problema também. O verdadeiro problema começou quando adormeceu a apanhar sol, e a água subiu sem dar conta. Ao acordar, já estava escuro e não conseguia ver o caminho de volta, pois já está submerso. Era estupido, mas preferia congelar a arriscar-se a nadar, bater com a cabeça numa rocha e morrer tentando encontrar o caminho.

Estremeceu quando sentiu o vento passar pela sua pele.

Agora era só esperar que alguém desse pela sua falta.

Tony riu do que Thor disse e tomou um gole de uísque. Assim que começou a escurecer, abriu o pequeno bar na praia e fizeram uma fogueira. Os mais fracos já dormiam perto do fogo ou então estavam demasiado bêbados, grupo que incluía o Capicolé, Pepper, Jane e Bobby Morse. Para sua surpresa, descobriu que tanto Clint, como Bruce, conseguiam segurar bem a bebida, já Thor não era uma grande surpresa, depois de o verem beber como um louco e continuar a pedir mais.

Foi então que deu pela falta de alguém.

– Onde está a Natasha?

– Ela foi passear – Respondeu Pepper, levantando a cabeça e soluçando. Tony teria até começado a rir da namorada, se não estivesse a ficar sóbrio de preocupação.

– Há quanto tempo ela foi passear?

– Hm, já faz algumas horas, agora que falas nisso – Respondeu Bobby, enquanto segurava a cabeça e fazia cara de enjoada.

– Será que ela foi raptada por E.T’s? – Perguntou Clint, sussurrando como se fosse uma conspiração. Tony revirou os olhos, talvez o Barton não segurasse a bebida tãooooo bem assim.

Natasha espirrou, esfregando as mãos contra os braços e as pernas, numa tentativa de aquecer. Amaldiçoou o maldito biquíni por não tapar mais do seu corpo, e desejou estar em casa, embrulhada num quente e aconchegante cobertor, bebendo chocolate.

Espirrou de novo e esforçou-se para não começar a tremer. Quanto tempo ia levar para darem pela falta dela? Alguém tinha que dar certo? Será que ninguém se ia importar por ter desaparecido? De repente, sentiu-se insegura. Talvez ninguém quisesse saber dela.

– Somos os únicos em condições, então vamos separar-nos para procurar a Tasha ok? – Perguntou, olhando para Thor e Bruce, que parecia perdido de preocupação.

Eles assentiram e os três seguiram caminhos diferentes. Clint tinha sido deixado para trás, uma vez que já não estava tão bem assim, mas pelo menos podia tomar conta dos restantes, que também não iam servir de muita ajuda.

Vagueou um pouco pela praia, sem nem saber quanto tempo tinha passado desde que tinham começado a busca, quando finalmente se lembrou do sitio em que Nat podia estar, bem, sorte sua que conhecia aquela praia como a palma da sua mão. Um sorriso apareceu nos seus lábios, lembrando-se de algo ainda melhor. Talvez.

Bruce ainda sentia o efeito do álcool no sangue, mas a preocupação parecia anular qualquer efeito e começou a procurar como um louco, já imaginando que ela estava caía em algum lugar depois de tropeçar e bater coma cabeça, não que ele achasse que a letal agente Romanoff fosse assim tão distraída. Talvez a tivessem mesmo raptado, apesar da conspiração louca do Barton.

Correu, gritando o nome dela e estava quase a perder a voz, quando alguém gritou de volta.

Aproximou-se da água gelada, olhando para todos os lados, desesperado.

– NATASHA!

No outro lado do rochedo! – Gritaram, mas a voz soou tão diferente da dela, que ele desconfiou. Depois, apagou os pensamentos da sua mente, pensando mesmo na possibilidade. Talvez ela estivesse rouca de tanto chamar por eles. Talvez já estivesse doente.

Olhou para o lado esquerdo, avaliando o rochedo e praguejando pela altura.

Merda. Pensou, e o “Outro” rosnou, querendo sair.

Tony amaldiçoou as pedras, enquanto se deitava no cimo do rochedo e tentava avaliar a situação. Estava demasiado escuro, mas podia facilmente distinguir o vulto de Natasha na pequena praia e Bruce, gritando como um louco do outro lado.

Tossiu, tentando clarear a voz e gritou.

NATASHA!- Gritaram de volta.

Tony franziu a testa, para um dito génio, o Doutor estava bem lento em entender a mensagem.

– Do outro lado do rochedo!

Houve um longo momento de silencio, e inclinou-se para espreitar, tentando ver o que Bruce ia fazer e quase caiu para baixo quando o Hulk saltou por cima dele, e pulou para o outro lado. Durante uns segundos, ele julgou ter visto olhos verdes olharem diretamente para ele e um sorriso de conspiração brotar nos lábios do grandalhão.

Talvez o Hulk não esteja tão contra o Bruce quanto ele acha. Pensou, sorrindo. Depois levantou-se, já preparado para deixar os dois se entenderem, mas voltou a deitar-se no mesmo lugar. Posso sempre usar isto no futuro. Qualquer informação é boa informação.

Natasha soltou um gritinho de surpresa, quase se esbofeteando a si mesma por parecer uma menina assustada. O Hulk deu um passo na direção dela e estendeu a mão. Encolheu-se e fechou os olhos, já imaginando que ele a ia agarrar como uma boneca de trapos e atirar contra a rocha, mas ele segurou-a com cuidado, erguendo-a ao nível do rosto dele. Olhos verdes, não os de Bruce, mas sim do “outro”, fitaram-na.

– Tasha. Segura – Disse, apertando-a contra ele em seguia. Nat quase deixou o queixo cair no chão, entendendo que ele a protegia.

– Mas por que... Pensei que me odiavas – Sussurrou.

– Tasha gostar de Bruce. Hulk gostar de Bruce. Bruce gostar de Tasha. – Explicou como se fosse tudo o que ela precisava saber, e ela riu, aninhando-se contra o peito dele, e fechando os olhos, quando ele pulou daquele maldito pedaço de areia para fora. Deixou-se cair na inconsciência, sabendo, pela primeira vez em muito tempo, que estava realmente segura.

– Bruce – Murmurou, abanando-o, mas ele parecia demasiado ferrado no sono e não acordou. Natasha suspirou, desviando os olhos do corpo nu dele e corando. Certo, já sabia que quando o Hulk desaparecesse, as roupas não lhe iam servir mais, mas Bruce nu mesmo ao seu lado fazia-a pensar em coisas que não queria.

Franziu a testa, lembrando-se das palavras de Bruce quando tentou falar com ele, e no que Hulk tinha dito na noite anterior. Se ele gostava dela, porque a tinha afastado, dizendo que tudo não passava de sexo? Bufou, e olhou para os lados. Já tinha amanhecido, mas estava no meio de uma floresta e não sabia muito mais que isso. Tanto quanto sabia do Hulk e da velocidade com que se transportava, podia estar num lugar qualquer da América.

– Então, repete de novo – Pediu Clint, massajando as têmporas.

Tony bufou, começando a irritar-se, aquela devia ser a quarta vez que dizia o mesmo, desde que os ressacados tinham perguntado onde estava Natasha. E uma vez que Thor não sabia dizer, todos se viraram para ele – O verdão salvou-a, mas não sei muito mais depois disso. Ele pulou e desapareceu, fim.

– Espera – Disse Pepper, soltando um guincho para infelicidade de todos – Quer dizer que o Hulk raptou a Tasha? TONY! E não fizeste nada!

– Ele não raptou, ele salvou – Frisou impaciente.

– Mas eles podem estar em qualquer lugar! – Berrou Clint, lançando os braços ao ar e recebendo protestos de todos. Tony sorriu.

Exatamente.

Ah ótimo, o Tony tem pássaros a picar madeira no meu quarto. Pensou, começando a acordar, depois, levantou-se, sentindo uma brisa um pouco estranha. Olhou em redor, tentando imaginar o que tinha acontecido, mas os calções rasgados perto dele, revelaram-lhe o como tinha lado ido parar. Faltava descobrir o porquê. Lembrava-se de procurar Natasha, mas depois tinha apagado e deduziu que tinha sido aí que o “outro” tomou conta.

Levantou-se, vasculhando o perímetro com os olhos e não encontrando Natasha em lado nenhum. Teria começado a entrar em paranoia, se não pudesse sentir o cheio dela em redor.

Resolveu sentar-se e esperar. Nu não ia a lado nenhum.

Quatro horas depois e nada de Natasha. Irritado, levantou-se e chutou umas folhas, já imaginando que ela o tinha largado lá. Sorriu amargo, pensando que tinha sido a coisa mais sensata a fazer. Largar o monstro na floresta, de onde não devia ter saído.

O som de risadas atraiu a sua atenção e viu Natasha aparecer no meio das árvores, acompanhada de uma menina que lhe contava alguma coisa em espanhol. Bruce, já demasiado irritado para ouvir o que elas diziam, aproximou-se de Natasha e segurou-lhe o braço.

– Porque demoraste tanto? Foi preciso pensar duas vezes em voltar para o monstro?

A menina gritou assustada e desapareceu correndo por onde tinha vindo. A ruiva olhou para ele furiosa, e puxou o pulso, soltando-se, só então Bruce reparou que ela trazia uma pequena cesta no outro braço. Deu um passo para trás, abrindo a boca para pedir desculpa, mas Natasha foi mais rápida e atirou-lhe o cesto contra o peito.

– Perdi-me e demorei a encontrar uma aldeia, trouxe algumas roupas, espero que lhe sirvam Doutor – Cuspiu, já começando a andar para longe sem esperar, enquanto ele tentava vestir-se á pressa – Vou tentar encontrar maneira de sair daqui, quanto mais tempo passarmos juntos, pior vai ser.


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