Weiß Dämon escrita por AneenaSevla


Capítulo 7
A Presa Perfeita


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, sentiram saudades? Masky não veio atrás de mim, Slender não veio me buscar, e ninguém saiu ferido. E não vou mais, sabe pq?

SIM, CAPÍTULO NOVO!
Sem mais delongas, o dito-cujo!



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Slender, o Weiß Dämon, a observava, sentado na cama dele, enquanto ela explorava sua casa, se sentindo inquieto. Óbvio que ela nunca conseguiria levar algo, e seus pensamentos não demonstravam intenção de fugir, mas apenas a sensação de ter um humano assim tão próximo o incomodava.

Além de sentir tudo isso, e o fato de que até agora ela não tinha derrubado ou quebrado nada, a possibilidade disso ocorrer o deixavam ainda mais aflito. Ele sabia que humanos sem olhos eram inúteis e desajeitados, mas aquela fêmea era de certa forma diferente: ela tocava, segurava, sentia o que era e depois colocava no mesmo lugar onde achara, saindo de perto sem nem mesmo passar rente e derrubar.

De repente ela parou, e ele ouviu o estômago dela roncar, e ela pôs a mão na barriga. Ele ergueu uma sobrancelha invisível ao ouvir-lhe os pensamentos sobre comida. Humana, claro…

– Hm… Mestre… - ela começou a dizer – o que o senhor come… quando ninguém aparece na floresta?

Aquela pergunta o surpreendeu. Ela estava se preocupando com ele ou o quê?

Depende da estação… posso caçar qualquer coisa, inclusive donzelas indefesas…

Ela tremeu. Ele riu contidamente com isso.

– Eu também percebi que aqui tem uma lareira… - de fato, tinha uma, e por acaso, era o único ponto de luz do local.

E? Ele gostava do fogo, embora não se incomodasse com a neve.

– Tem alguma comida sobrando? – ele não deixou de se interessar pela pergunta, até que ela finalmente disse – eu… estou com um pouco de fome…

Ele ergueu novamente a sobrancelha, se perguntando o porquê de tanta enrolação por causa de algo que ele já sabia.

Não sabes nem achar tua própria comida. Realmente és inútil.

Andeir baixou a cabeça, ele sentiu-a triste. Ele adorava isso.

O que é uma pena... dentro desta caverna tem comida, mas só vai ganhar se a encontrar. Ele disse, em tom de desafio. Está fria, então pelo cheiro não será fácil distinguir…

– Mesmo? – ela nem esperou ele terminar de dizer e de imediato começou a procurar – Obrigada Meu Senhor!

Não precisa agradecer… ele se recostou na cama, apoiado na parede, e passou a observá-la procurando pela área perto dos baús, inclusive procurando dentro deles.

Mesmo ela tateando rapidamente, era incrível o fato de que ela ainda não esbarrava nas coisas, e organizava à medida que procurava, colocando depois tudo em seu lugar.

– Hmmmm, está... por aqui… - ela murmurava pra si mesma – não, não está… Estou perto?

Tão fria quanto o inverno das montanhas. Ele disse, sentindo-se divertido com essa pequena tortura.

– T-tudo bem... – ela continuou procurando.

E assim se passaram horas e mais horas, ela procurando por toda a extensão da cavena, inclusive na borda do lago subterrâneo, perto da lareira, em cima dela, nas laterais, em cima – e embaixo – da mesa de corte, perto da cama (inclusive por dentro dela, e para isso o demônio nem se deu o trabalho de sair, apesar de ter se incomodado por ter aquelas mãos minúsculas tateando-o. “Desculpe!!” ela dissera ao perceber, indo procurar em outro lugar. Ele achou graça com isso, e sempre que ela perguntava ele dizia que não estava nem um pouco próxima.

Até que enfim o próprio torturador estava se cansando disso, será que ela não conseguia perceber que não tinha comida nenhuma? Qualquer humano sentiria cheiro de comida ao sentir-se faminto, ele sabia. Ela estava faminta, então deveria ter percebido…

Foi interrompido dos pensamentos ao perceber que ela havia desistido, e sentou-se numa cadeira, gemendo, a barriga roncando…

– Eu desisto, Senhor… não consigo achar em lugar nenhum…

Já? Ele disse com sarcasmo. É uma pena…

Ela ficou com medo de perguntar, mas respirou fundo e engoliu o receio, tamanha a fome que estava:

– Não tem comida nenhuma, não é? – ela não o surpreendeu, pelo contrário, ela o fez rir. Um riso silencioso, como um rosnado rouco e baixo, e em seus pensamentos o tom de divertimento em sua voz.

E só percebes agora… HAHAHAHA, bravo! Seu intelecto é maior do que o de uma mosca! Espere, é menor. Até mesmo a mosca percebe antes.

– Moscas veem, senhor… - ela disse, secamente.

Ah, é verdade, então é ligeiramente maior, já que moscas cegas morrem antes…

A zombaria dele a atravessava como mil facas em seu coração, e espinhos em sua cabeça, até que ela se levantou, cerrando os pulsos. O riso dele parou aos poucos, mas o tom de divertimento ainda continuava, como que esperando o que ela iria fazer.

– Então o Senhor mentiu… - ela disse, com uma voz meio esganiçada pela tentativa de prender o choro – está zombando de mim como se eu não fosse nada… talvez eu realmente seja nada…Talvez… - a voz esganiçada volta ao normal – Talvez… o Senhor queira me ensinar algo! Como… eu não percebi que não tinha comida porque simplesmente não tinha usado meu nariz! E o Senhor disse “a comida está fria, então pelo cheiro não será fácil distinguir”. Era uma charada!

Por um momento o próprio Weiß Dämon não acreditou no que ouviu. De onde ela tinha tirado essa conclusão absurda? Ensinar? Que petulância! Além de cega, era idiota. Presentinho muito útil esse, povo da vila… Juram que era o melhor que tinham?

Ensinar? Duvido que consiga aprender alguma coisa… ele alfinetou mais uma vez, mas ela não se abalou.

– Mas eu aprendi sim – ela responde, começando a sorrir – “Quando não se tem certeza de algum caminho, use sempre o seu nariz”, essa a lição!

Toda aquela conversa mole e sem sentido estava chegando aos nervos do demônio, que se levantou e se aproximou dela, inclusive se dando o trabalho de fazer barulho no chão, o que a fez se encolher. Ele a segurou com os tentáculos e a levantou. A confusão passava pela cabeça dela enquanto se encolhia, esperando outro choque.

Eu nunca me daria o trabalho de ensinar um humano. Tu que tirastes esta conclusão, Fraünlein. Agora se dê o trabalho de ficar quieta enquanto retiro tuas entranhas de ti, elas me irritam com esse barulho ressonante…

Um outro choque passou pela cabeça dela, os mil sinos badalaram novamente, e com apenas um grito, ela não resistiu, desmaiou e desfaleceu, pendurada pelos braços.

Inútil. E frágil demais. Ele a joga no monte de peles, o corpo dela desmaiado se acomodou lindamente à elas, parecia de certa forma que ela tinha apenas dormido.

O Weiß Dämon ficou observando-a por alguns minutos, ali, desmaiada, se perguntando como ela se recuperava tão facilmente dos choques ou então não conseguia se abalar com as zombarias dele… Ele rosnou, se ela continuasse a irritá-lo, do jeito que era frágil, não iria durar muito tempo.

Beschissen, ele praguejou, não acredito que estou com essa criatura e agora tenho de cuidar dela, como um filhote de…

Ele se virou, desaparecendo da caverna. Humanos.

Frágeis demais.

Idiotas demais.

Vulneráveis demais.

E por isso mesmo eram presas perfeitas.


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Notas finais do capítulo

E AÊ CAMBADAAAAAA!!!
Presente de Halloween pra vcs!
Como tenho recebido ameaças de leitores - e choros - por não postar nada nessa história, digo-lhes em meio à escuridão "não temam, jovens gafanhotos! Eis que surge uma esperança!"

Mais historinha pra vcs! Beijo e feliz Halloween! *3*
Que o Slender proteja vocês nessa noite... MWAHUAHAHAHAHAHA



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