Weiß Dämon escrita por AneenaSevla


Capítulo 14
A Princesa dos seus sonhos


Notas iniciais do capítulo

Yay! Mais um capítulo! Estou arranjando tempo para eles, e estou gostando desse ritmo. Divirtam-se.



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Desde criança, todos os dias que tinha oportunidade de sair do orfanato e andar pelas ruas, Alexander ocupava seu tempo procurando meios de entrar naquela parte meio escondida do convento, onde estava sua nova amiga, Andeir. Tinha um pouco de pena da garota, tão sozinha e desamparada naquela prisão. Sempre tinha ouvido falar de moças em castelos guardadas por dragões, nunca entendeu porque elas estavam lá para começo de conversa, mas sabiam que elas estavam lá. E para ele, a garota ali parecia mesmo uma donzela aprisionada.

— Então você não sabe como é o mundo lá fora? - perguntou ele, um dia, ao olhar para o céu, debaixo daquela árvore, onde sempre se encontravam.

— Não - ela respondeu, enquanto trançava coroas de flores com suas mãozinhas surpreendentemente habilidosas.

— E não… não sente vontade de saber?

— Um pouco, mas nada que você não me conte - ela diz, depois de uns segundos pensando.

A garota sorriu um pouco, revirando os olhos cegos.  Alexander teve vontade de sorrir junto. Ele sempre se sentia meio estranho junto das outras garotas, mas por que elas o olhavam estranho, talvez por causa do nariz meio grande e o cabelo desgrenhado, ou o jeito desengonçado... Com Andeir, ele não tinha esse problema. Ela o encarava como um igual, isso era algo valioso. Sentia que queria proteger ela.

— Ahh é beeem grande. Bem maior que o convento. Bem eu só conheci a cidade, mas eu tenho certeza que é bem maior que ela. Lugares distantes onde o sol se põe e chega tão perto do chão que o lugar é deserto. E lá tem pessoas que vestem roupas para cobrir tudo, exceto os olhos, para o sol não os machucar. E lá eles contam os anos em mil e uma noites…

— Mil e uma? Não deveriam ser só mil? - Andeir ergue uma sobrancelha.

— Eu sei lá, cada povo tem sua matemática - ele dá de ombros, deitando-se na relva. Olha para ela - diga, por que você fica aqui, hein? Assim, você não tem pai ou mãe. Os órfãos...

— Eu naõ sou uma órfã comum - ela suspira - madame Bartambu diz que eu tenho uma missão a cumprir, uma missão divina.

— É? E o que é?

— Eu não sei. Só sei que eu estou tendo aulas, muitas aulas. Esse tempo aqui é o único que me permite sair.

— Mas você não pode nem ir ao mercado?

— Não. Bartambu diz que não vou precisar comprar nada para onde vou.

— E a igreja?

— Tem uma capela aqui, então eu rezo lá. O padre vem aqui para confissão e ele me ensina as coisas da religião.

— Mas nem outras amigas? Nem uma menina da nossa idade?

— Tenho você - ela sorri mais - mas eu acho que não por muito tempo. Eu vou me mudar quando eu tiver mais idade. Para essa missão.

— Que vida chata - Alexander bufa, voltando a olhar para a copa da árvore. Pensa por um momento, e então tem uma ideia - você pode ir comigo.

— Hein?

— É claro! Eu posso arranjar um cavalo, arranjar um emprego como aprendiz de alguma coisa aí eu ganho o suficiente para manter a gente!

Andeir para de tecer a coroa de flores, agora quase completa.

— Isso… é insensato.

— Hein? - foi a vez dele de estranhar, se virando para encará-la - por que acha isso?

— Porque primeiro tem de arranjar uma boa moradia, com móveis e lenha para a lareira. Aprendizes normalmente não ganham nada antes do primeiro ano, depois disso o pagamento é irrisório, e o aprendizado dura cerca de cinco anos a depender da profissão, e olhe que algumas vezes nem tem isso, pois os mestres só deixam o aprendiz virar mestre depois que ele morre - ela ia dizendo calmamente ao voltar para sua coroa - e aliás, o que eu vou fazer enquanto você arranja tudo isso? Eu não posso ficar no relento… 

Ele piscou, e de repente se sentiu muito envergonhado consigo mesmo. Não tinha pensado nesse assunto. Ele nunca teve problema em ficar nas ruas, mas ela… até mesmo as roupas dela eram coisas que não se acha em qualquer loja. Eram de boa qualidade. 

Era uma moça bem-nascida. E moças bem-nascidas mereciam um lugar bem nascido. Ele tinha de ser melhor que isso.

— É… - concordou finalmente, depois de confabular - eu realmente não tinha pensado nisso…

— Alguém tem de pensar por nós dois, né - ela ri, a voz delicada - Então, eu sugiro que, se realmente quer que alguma coisa dê certo, tem de primeiro planejar.

— Entendi… entendi… nossa. Você é muito inteligente.

— Obrigada - ela assente, mas menos agradecida do que deveria - Eu sugiro você estudar, procurar o melhor lugar para ficar e aí então conseguir coisas. Aí quando tiver tudo pronto, talvez… - ela não deixou a frase se completar - bem, não duvidando de você, mas o que eu duvido é que as freiras não vão me deixar ir assim.

— É… mas a gente foge - ele sorri - eu vou te salvar desse castelo.

Ela sorriu, balançando a cabeça.

— Você é um bobo.

— Ao menos você não me acha feio e idiota.

— Idiota não, desinformado. Você tem inteligência, mas inteligência é como uma lâmina de uma faca, só precisa afiar ela mais, e aí ela se tornará uma arma bem útil. 

Ele sorriu, se ela pudesse ver, ele estava com os olhos brilhando, seu semblante estava enchendo de alegria, e alguma coisa tinha acendido em seu peito. Ela era alguém que ele adoraria conversar mais vezes. Na verdade, todas as vezes, até depois dessas vezes. E mais. Até o dia em que a terra há de os comer.

 

Alexander poderia ser um sonhador, mas não era burro. Ele seguiu o conselho de Andeir, e passou a procurar emprego de aprendiz em todo lugar que poderia ter alguma utilidade. Pensou em primeiro ir na estrebaria, se ele iria ter um cavalo, melhor aprender como cuidar de todas as coisas dele. Depois procurou aprender com um fazedor de itens de couro, um senhor de estalagem, um mercador na esquina, um caçador na floresta real, e assim ia. Em todo lugar que pudesse arranjar tempo para aprender alguma coisa, era onde ele gastava seus dias. Chega de andar nas ruas jogando pedra nas carruagens ou nos telhados procurando pombos. Agora ele tinha um objetivo, e era arranjar um castelo para sua princesa branca. Bem, ao menos o que pudesse conseguir, e todos os dias procurava um bom lugar para isso, procurando casas, até mesmo mansões vagas, e mesmo os donos delas rindo da cara dele ao dizer que um dia iria comprar aquilo, ele não ligava. Sabia que um dia poderia fazê-lo, e eles engoliriam as línguas e sentiriam o arder das próprias farpas. 

E pode-se dizer que, de acordo com a realidade, ele não estava errado, mas também não estava certo. Andeir tinha dito algo certeiro, porém: apesar de ser uma boa oportunidade, ser aprendiz era um saco. Trabalhou demais para pouco receber, então procurou outras coisas que pudessem ser de melhor oportunidade. 

Até que houve um evento na cidade, um torneio, cavaleiros de alta classe, competindo para ser o melhor ali. Ele sorriu ao achar um espaço para entrar entre as tendas, e, tendo tido uma habilidade de parecer extremamente comum, começou a trabalhar ali mesmo no que ele pudesse, desde engraxar botas até arrumar uma tenda, coisas que, com o tempo que ele teve de aprendiz em outros locais, o fez sem dificuldade. Tal o esforço que deu no torneio ao trabalhar, ganhou a simpatia de um nobre e ele assim que terminou o evento o pôs para trabalhar com seus escudeiros. Ele finalmente tinha sua oportunidade, e a agarrou com todas as armas que tinha. 

Uma noite, depois de uns bons meses de trabalho com o cavaleiro, quando finalmente teve um tempo de andar nas ruas de novo, sentiu saudade de falar com Andeir, e, para sua sorte de rapaz de dezessete anos, a viu encarando a janela do quarto dela, penteando seus cabelos brancos. Era um lugar bom para se escalar, com algumas vinhas bem antigas e pedras meio salientes. Assim o fez, sem muito esforço, com o físico que tinha ganhado nesse tempo. 

— Andeir - ele sussurrou, para anunciar sua chegada. 

Ela quase levou um susto, mas então se encostou no parapeito da janela e encarou o exterior, estranhando. 

— Alex? - ela perguntou aturdida - o que está fazendo aqui a essa hora?

— Vim te ver - ele diz, e sobe no parapeito para se sentar na beirada - eu não tive outro tempo, desculpe. Deve já ter se preparado para dormir.

— Bem, ainda falta eu secar meu cabelo - ela diz - mas… não devia estar aqui a essa hora. As freiras rondam os corredores e se escutarem você…

— Prometo que falo baixo - ele diz - eu… só senti saudade de você. E vim te dar boas notícias.

— Ah é? - ela sorri, sentando-se na cadeira onde, ele notou, estava antes de ele subir a parede - Então conte.

— Eu estou quase conseguindo as coisas - ele sorri, muito satisfeito - logo logo eu vou poder te tirar daqui e podemos ir juntos.

— Nossa, que… - ela vacilou - ...b-bom! - ela sorri um pouco - Eu… já tem tudo pronto?

— Falta só eu fechar o negócio da casa, mas já tenho o suficiente para comprar lenha, comida, tudo que a gente precisa. Até os móveis o Sir que eu consegui trabalho disse que ia me ajudar se eu fosse um bom escudeiro. Estou quase lá, Andeir.

— Ohh, isso… - ela vacilou de novo - isso é ótimo - ela disse sem muita animação.

Alexander estranhou.

— O que foi, meu anjo?

— Eu… temo que não teremos mais tempo… minhas cuidadoras dizem que o tempo se aproxima. Daqui a pouco farei dezoito e logo terei de cumprir minha missão…

Oh. A missão. Ele tinha se esquecido disso. Seu coração começou a acelerar. Tinha menos tempo do que pensava. Teria de arranjar tudo logo se quisesse que tudo desse certo.

— Então… o que eu posso fazer? - ele perguntou, temendo a resposta.

— Eu… eu não sei - ela suspira - eu não vou poder abandonar tudo assim, sem nenhum lugar concreto para ir, Alex. Eu… não tenho muito com o que eu posso te ajudar nas ruas…

— Não, não, eu não estou mais nas ruas. - ele entra no quarto e segura as mãos dela, ao se ajoelhar diante dela. Ela estava tão linda, com aquele cabelo solto - Eu… por sua causa eu consegui algo melhor. Eu fui de um órfão sem esperança a um escudeiro de um nobre bem-sucedido. E generoso! Eu ganho o dobro.. não não, o triplo que ganharia se tivesse como qualquer mestre mesquinho no mercado… por sua causa eu virei alguém melhor, então… então eu quero o mesmo para você!

— Então consiga o que quer - ela diz - vá, se torne um bom homem, um cavaleiro, um distinto homem de bem. Quando… quando puder e tiver com as coisas prontas, pode… pode me falar e aí eu…

— Entendi, sim! Eu vou conseguir, você vai ver! Eu não vou te decepcionar, Andeir! - ele aproxima as mãos dela de seu rosto e as beija. Andeir sorriu um pouco.

— Eu… eu percebi uma coisa - ela diz, sorrindo por fim.

— O quê? - Ele pisca, olhando para ela.

— Durante todo esse tempo, eu nunca parei para olhar sua cara.

— Mas… você não pode… não é?

— É, mas eu vejo de outro jeito - ela solta os dedos delicados, e os passa pelas suas feições. Sentiu um nariz reto com um osso meio saltado da cara, um queixo firme mas quadrado, um pouco de penugem de barba se formando… as orelhas meio quentes, as sobrancelhas fortes e meio grossas… os olhos meio amendoados, os lábios macios e preenchidos, mas não demais. O cheiro dele era... interessante. Parecia com um cheiro distante de madeira de cedro e o suor do trabalho árduo de quem tinha determinação. Gostou do que viu.

— Você é bonito - ela diz quando termina de o inspecionar - E tem um cheiro bom de um rapaz limpo. Não é nada como você se descreve, Alex. Tenho certeza que uma moça vai te achar atraente o suficiente...

Alex ficou atordoado. Ele não sabia bem o que dizer, a não ser prender o riso e tentar não se encolher de tão corado ao mesmo tempo. Andeir notou o riso.

— O que é tão engraçado? - ela estranhou.

— É que… Andeir… você não percebeu? - ele se ergue um pouco, para ficar frente a frente com ela - eu tenho já a moça. Ela tá bem na minha frente…

Ela arregalou os olhos, mesmo cegos. E piscou.

— E-eu? O que eu tenho de especial?

— Poxa, ainda pergunta? - Ele se aproxima dela - você é inteligente, mesmo sendo quem é, tem uma alma de ferro, é realista,  uma conversa maravilhosa, um sorriso lindo… aliás, você é linda. E… eu posso não ter muito, mas…

— Por favor, não me dê seu coração - ela o interrompe, meio triste, puxando as mãos - não… eu… eu não posso ficar com ele. Eu não tenho nem como…

— Tudo bem, mas ele é seu, de todo jeito - ele sorri - Eu… só sei que eu quero ficar com você. Por isso eu estou procurando essas coisas.

Ela abaixou a cabeça. Quando tornou a levantar, estava com umas lágrimas, um sorriso em seu rosto.

— Então… então quer dizer… que… me ama?

— Sim. A-absolutamente que sim.

— E… que quer casar comigo?

— Sim. Assim que eu tiver te tirado desse castelo cheio de dragões.

— E… me beijar?

— Eh… se você… quiser também - ele ficou muito vermelho.

— Eu… eu quero. Mas… - ela se interrompe - não sei se posso.

— Um beijo não é pecado, se é o que está achando.

— Eu sei que não… eu só… - ela mexeu um pouco os dedos - não quero que descubram. Esses dias de liberdade são os únicos que tenho… se te descobrirem, adeus isso e você não vai mais me ver.

— Tudo bem, eu prometo que vou visitar menos vezes. Eu só vim dar uma passada para dizer que está tudo bem… eu… eu posso sair agora.

Ele mencionou sair, mas ele sentiu a mão dela segurar a sua. Voltou-se para ela.

— Antes… antes…  - ela mordeu o lábio rosado. Ooh, agora Alex queria mesmo - me dê o beijo… eu quero sentir, ao menos uma vez.

Ele sorri, e, lutando contra sua vontade imensa de mais do que isso (não podia fazer isso antes de casar com ela, lógico. Ele era um cavaleiro), ele se aproxima dela e, deixando ela se acostumar com sua presença, chegou os lábios perto dela. Um leve toque dos dois, e uma pequena pressão dos lábios, em uns segundos que para ele foram uma eternidade abençoada. Os lábios dela eram perfeitos, como duas almofadas de seda depois de um dia de intenso trabalho.

As mãos dela foram ao seu rosto, e aí ele teve de controlar sua paixão para não ir em cima dela, retesou-se um pouco, querendo se controlar, e ela abriu a boca para aprofundar o beijo. Alex mexeu suas mãos, que naquele momento pareciam que estavam sob o peso de bolas de ferro, mas foram direto para a cintura dela, e ele finalmente se deu conta total de que ela estava seminua com o toque suave da roupa de dormir. Aí naquele momento, ao escutar o arfar baixo dela e um mudo pedido de mais quando ela segurou seu cabelo crescido, sabia que estava perdido. 

Deus, se estiver me escutando, me impeça de cometer um pecado e a tomar agora mesmo, ele rezou.

Como se Deus também não quisesse que ele se corrompesse também, um conjunto de passos ecoou no corredor, junto de um bocejo. O som de chaves na cintura alertaram os sentidos muito mais aguçados de Andeir, e ela o soltou rapidamente. Graças a Deus, Alex suspirou, ela estava alerta.

— Estão vindo - ela sussurrou - vai logo, por favor, e… não volta assim de noite. 

— A-até breve - ele conseguiu dizer, antes de ela o empurrar pela janela, para que ele saísse. Com um movimento rápido dos seus braços fortes, ele escalou a parede janela afora. A porta se abriu quando ele estava já a uns metros do chão.

— Andeir! Está acordada a essa hora? - Ele escutou uma das freiras dizer. Era a voz de madame Bartambu.

— Ah… s-sim, eu estava secando meu cabelo…

Alexander não escutou o resto da conversa. Estava já no chão e indo pelas sombras, para não ser visto se alguém olhasse pela janela. Mas estava super feliz. Ele tinha se confessado, e ela… eles se beijaram. Seu coração estava pulando de alegria tanto quanto ele quando corria aos saltos para a casa do nobre para quem trabalhava.

Sua princesa, não, seu anjo, bela brancura, luz divina feita em carne, também o desejava. E estava convencido de que seu amor por ela não tinha sido em vão…

 

Ou assim era o que ele pensava. O coração levantado aos céus por causa daqueles lábios como duas pétalas de rosa, despencou e caiu em pedaços quando voltou ao convento, um tempo depois que se viu livre, e não mais a viu. Escalou a parede uma noite, e as freiras tinham limpado o quarto e todos os pertences dela tinham sumido. Por pouco não se jogou dali mesmo. Ainda bem que Deus tinha dado-lhe juízo e inteligência suficiente para se lembrar de todas as conversas que tinha tido com ela, anos anteriores. 

Claro, a tal missão divina. A coisa na qual ela tinha sido criada para fazer. Ela não poderia dizer não a isso. Ela não tinha nem como se defender de tal destino. Não havia nada que ela pudesse fazer.

Pobre Andeir… ele não conseguiu seu objetivo a tempo, se sentiu horrível. Voltou ao chão em segurança e reviu seus passos. Tinha conseguido uma casa com a ajuda de seu generosíssimo patrão pelos seus serviços, e tinha conseguido uma boa soma, tinha um cavalo só seu, o jovem Drummont, e agora… 

Seu coração pesou de novo. De que adiantava agora ter tudo, sem a sua amada? Encolheu-se num canto, para chorar, era tudo que conseguia fazer nesse momento. Verteu suas lágrimas amargas naquela mesma parede, onde tinha pela primeira vez visto seu Anjo de olhos e lábios rosados. Sentia cada pedra do seu muro caindo aos pedaços.

Quando finalmente conseguiu recompor um pouco da sua dignidade, passou a reexaminar o que iria fazer. Ele era um rapaz até bem organizado, e… se pudesse… poderia até conseguir um título ele mesmo, se a sorte o favorecesse… não, de que adiantava? Agora que a princesa sumira do castelo, qual o motivo para se enfrentar um dragão? O tesouro? Baah! Era mais fácil ganhar e juntar ele mesmo, demorava mais tempo mas ele não precisaria se arriscar a fritar o traseiro.

Pense, Alexander, pense. Você… você agora está mais inteligente, não está? Andeir fez de você um homem determinado e forte, e ágil tanto nas mãos quanto no cérebro. Hora de usar isso.

Então como um milagrezinho que só se tem perto desses lugares sagrados, ele teve uma ideia. E se Andeir na verdade partiu contra a vontade e ainda está esperando por ele? Alex só precisaria ir até lá, pegar ela e voltar. 

Brilhante, gênio, mas onde ela estaria agora?

Agora ele teria de procurar. A começar com aquele padre da igreja que sempre ia no convento ensinar a catequese para ela. Ele teria de falar.

Ele iria falar, nem que eu tivesse de pecar, pensou enquanto um punho batia na palma da outra mão, andando determinado até a igreja. Andeir me ama, e eu a amo, então não vou descansar até que ela esteja em meus braços, com uma aliança no dedo e nós dois entrando na nossa bela casa.


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Notas finais do capítulo

Hey! Aí está, um pouco de backstory do nosso cavaleiro maltrapilho. O que acharam?



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