– Nathalie... Nathalie! Acorde! - Zack dizia, quase berrando nos ouvidos da adolescente.

– Ham? O que... o que houve? - balbuciava ela. Ele deu um suspiro de alívio longo.

– O que você estava sonhando? - Zack perguntou, tirando uma prancheta e caneta de seu jaleco com diversos bolsos.

– Eram... os... garotos da escola... e eles... morreram. Eu... eu os matei, Dr. Swangt.- a menina abria seus olhos agora, vendo tudo embaçado. Havia um pouco de sangue em suas mãos e no nariz.

– Se importa de me contar a sua vida para mim? Quer dizer, antes de estar aqui. - Zack sorriu amigavelmente. Havia um pouco de malícia em meio ao seu sorriso.

Eles eram muito familiares um para o outro...

– Bem... eu me lembro de estar correndo, logo após o acidente. Me lembro de meu tio, me fazendo males.... como eu era um rato de laboratório! Me lembro dos garotos me... me... da morte do meu tio. E agora, estou aqui!

Nathalie havia perdido seus pais em um acidente de carro no qual foi culpada a vida inteira por seu tio. Ela era só uma criança, mas, para seu tio, ela precisava - todas as noites - pagar por isso. Então ia ela, pro inferno terrestre todos os dias. Claro que ela tinha de fazer alguma coisa.

Contara todos os detalhes para Zack, e o mesmo ficava boquiaberto. Mas ele se lembrou de seus "assuntos à resolver" e teve de deixá-la ali.

– Naths, eu preciso ir. - ele disse, fechando a porta. Nathalie ficou sozinha.

Não. Eles estavam ali com ela.

Os outros barulhos foram os berros de Nathalie. Seus devaneios estavam sempre a atacando. Era... estranho. Lembrar-se de coisas que nunca se lembrou.

– Querida, estou perdendo o controle! - exclamou a sombra do homem. Sua mulher, alta e loira, o acalmava. No banco de trás, um menino de cabelos negros e olhos azuis se assustava.

– Fique calmo, Zack. Se Sam e você saírem vivos, está tudo bem. - a mulher dizia. Ao lado de Zack, uma garotinha, que era a Sam, berrava. Ela tinha cabelos negros e olhos cinza, diferentes dos traços de seu irmão

Então, o carro bateu, logo após se virando e ficando de cabeça para baixo.

Zack abriu a porta. Com Nathalie na cabeça. Não podia parar de pensar na sua semelhança com sua falecida irmã, Samantha.

Era hora de vingá-los.

Ele entrou na sala escura. Uma lâmpada amarela estava no topo, iluminando as cadeiras onde Amy e Rodney estavam. Haviam diversas cicatrizes neles. De facas e chicotes.

Amy começou a berrar por ajuda, mas Zack calou-a com uma facada. Puxou a faca, vendo o sangue dela escorrer.

– Sabe... se ficarem quietos, talvez eu lhes dê um desconto. Mas como foram gente má... - fez uma pausa. - Mataram eles! A Sam era só uma menina de seis anos! Mas, agora, ela vai ser vingada.

Ele jogou um álcool em Rodney, e em Amy? Ele sabia que iria cuidar dela depois.

Ele pegou o isqueiro e jogou em Rodney, logo ouvindo seus gritos por ajuda. Infelizmente, Amy também foi queimada.

– Zack... não! - era a voz de Nathalie, ecoando em sua mente.

– Eu preciso, Naths. É a Sam que está em jogo.

– Me... ajude, Zack! - era Naths mais uma vez. Zack parou com tudo e caçou as chaves do quarto da Nathalie pelo seu jaleco. Ao achar, correu o mais rápido que pôde, até abrir a porta com nervosismo.

Tudo estava em ruínas. O quarto estava destruído. Haviam inúmeras poças de sangue. E Nathalie estava sangrando.

Mas algo chamou mais a atenção de Zachary para uma parede. Com sangue, estava lá escrito:

"A sua irmãzinha está aqui, Zack. - Beijos, SS "