Dear Madness escrita por M Lawliet


Capítulo 8
Olho por olho...


Notas iniciais do capítulo

Hello O/
Aqui é a Lady Watson. Desculpem-me pela demora, mas houve um problema com meu computador. Assim, depois de resolvido, esperei pela próxima quarta-feira para postar, então cá estou eu ^o^/
Esse capítulo foi ideia da minha colega de escrita, então espero que eu tenha conseguido chegar perto do que ela queria >



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Uma canção confusa era entoada janela afora, junto ao uivo incessante do vento e às risadas intermitentes dos garotos dentro do carro. Brighton, o rapaz moreno ao volante, vez ou outra desviava sua atenção da estrada para sorver mais um gole de sua lata de cerveja enquanto seus amigos Josh e Carl estapeavam-se por algum motivo qualquer no banco de trás, quase completamente bêbados.

Horas antes um boato estranho havia percorrido os corredores da escola. Eram sempre fofocas, na maior parte das vezes, mas Brighton e seus amigos tinham lá sua desconfiança de que este fosse mesmo verdade.

– Ei, aquela garota... como era mesmo o nome dela? – o moreno indagou com a voz levemente alterada devido ao álcool.

– Ah, a maluca? – Josh, o ruivo, respondeu com uma risada. - Acho que era Natália, Nathaly ou algo assim.

– Certo – acrescentou Carl, o loiro. – Era Nathalie, e ela enlouqueceu completamente... – parou por um instante, pensativo. – Mas... será que as patricinhas realmente fizeram algo com ela? Quer dizer... pode ter sido isso, certo?

Brighton riu de maneira descontrolada, batendo no volante repetidas vezes ao terminar a última lata de cerveja.

– Quem se importa? – debochou. – Ela que se...

O líder do trio foi repentinamente calado, encarando a estrada com o cenho franzido. Sua visão, agora turva, vagueava entre o céu noturno e o farol que piscava de modo estranho – até mesmo assustador.

Tirou as duas mãos da direção para esfregar os olhos, tonto. Não saberia dizer se era pelo exagero na bebida ou alguma coisa ainda mais anormal. Sentia uma sonolência fazer o mundo a seu redor girar e as risadas de seus amigos parecerem apenas sussurros distantes e distorcidos.

– Gostaria de saborear uma adorável xícara de chá, meu amigo?

Brighton teve um leve sobressalto ao ouvir a voz tão próxima a ele. Olhou ao redor e deixou-se afundar no assento de veludo, consternado. Encontrava-se em uma floresta escura, fechada por árvores retorcidas e envolta por uma densa cortina de névoa.

À sua frente, dispunha-se uma mesa quadrada e comprida, ocupada por pequeninos animais falantes e macabros, que mais pareciam estar mortos. Assustou-se, porém, ao avistar seus dois amigos sentados à mesa, tão confusos quanto o próprio. Além disso, suas roupas colegiais haviam sido substituídas por trajes bizarros tirados de algum filme antigo.

– E então? – a voz tornou a repetir. – Vai querer o chá?

O rapaz olhou para o chapéu na cabeça do homem e engoliu em seco, repugnando a aparência anormal do outro.

Sem receber uma resposta, o Chapeleiro pôs-se a servir o líquido fumegante na chávena disposta sobre o tampo com seu sorriso inabalável no rosto. Encarou o garoto sem mudar sua expressão nem por um segundo sequer, meneando a cabeça em um ângulo estranho.

Brighton fitou Josh e Carl como se lhes pedisse algum tipo de ajuda, mas então percebeu que os outros dois também seguravam uma xícara entre os dedos, prontos para levá-la aos lábios.

Com dedos trêmulos, segurou a louça de porcelana e, em um único movimento, sorveu toda a bebida.”

– Brigh, acorda! – Carl sacudiu-o com violência. A sofreguidão com que pronunciava as palavras mostrava o quanto havia sido afetado pelo álcool. – O volante, seu imbecil, preste atenção!

Brighton piscou com força, com a respiração pesada e vertigens tomando conta de seu corpo. Sentia a saliva descer por sua garganta, queimando, e instintivamente procurou pelas latas de cerveja espalhadas pelo carro. Tentou, em vão, fitar o rótulo da última bebida que havia ingerido, já que sua visão perdia o foco, arrastando-o cada vez mais para um sonho profundo e horripilante que transformava a lata em suas mãos na “adorável” xícara de chá que lhe fora estranhamente oferecida.

“- Que tal? – o Chapeleiro indagou com um sorriso maior ainda, que ocupava-lhe quase toda a extensão do rosto de uma forma nada normal.

– Aposto que ele amou...

O jovem virou o rosto em direção à nova voz, deparando-se com uma garota de olhos penetrantes e maquiagem borrada; embora seu sorriso fosse bonito, havia algo horripilante nela, além do fato de estar montada sobre um cavalo negro, com olhos vermelhos e dentes afiados que pingavam sangue, sedentos.

A expressão confusa e amedrontada de Brighton deu lugar, então, a uma de puro pavor quando a cabeça da garota passou a girar devagar em direção às costas, dando lugar ao rosto conhecido de Nathalie, a garota com a qual tinha mexido na escola, junto a seus amigos.

– Bem-vindos – sorriu. – Meu nome é Nathalie e este é o Pesadelo. O de todos vocês.”

– Brighton!

Josh e Carl gritaram em uníssono; a embriaguez dando lugar ao pavor em segundos quando o carro capotou, girando de maneira descontrolada sobre o barranco.

E no instante seguinte, havia apenas escuridão.


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Notas finais do capítulo

Eu jurei que tinha ficado maior... e.e



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