Dear Madness escrita por M Lawliet


Capítulo 10
Castelo de Cinzas


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal, cá está Lady Watson - sim, euzinha O/
Vim com um capítulo minúsculo, mas ainda assim feito com muito amor e dedicação (precisei terminar assim pra deixar um suspense no ar huee). Espero que gostem >



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Zack Honselt precisava imediatamente de férias.

A verdade era que viver em um mundo insano lhe deixava tão insano quanto. Pensamentos confusos à parte, o homem precisava mesmo era de um merecido descanso. Já estava mais do que na hora, pensava ele com certo ar de superioridade. Sua vida cansava, seus jogos o cansavam e – principalmente – sua própria mente o cansava.

Na busca incessante pela verdade, deixava-se levar por um instante às profundezas mais obscuras de sua mente. Aquela parte que, mesmo que bem escondida ante aos outros, lhe caía muitíssimo bem perto de quem merecia provar um pouco dela.

Não sentia-se culpado pelas crueldades que fazia porque, afinal, que filho ele seria se não quisesse vingar a morte dos pais? Um muito ruim, por sinal. Ou, pelo menos, era isso o que pensava.

Sabendo disso, não poupava esforços para alcançar seu objetivo.

Enquanto andava pelos corredores desolados do sanatório, no entanto, pôs-se a pensar com cautela nas imagens que serpenteavam por sua mente como víboras sedentas, prontas para lhe envenenar.

A mensagem na parede, os devaneios de Nathalie, suas perguntas sempre sem respostas...

Mas aquela garota o intrigava. Parecia haver uma particularidade interessante acerca da mesma. Um mistério quase tão indestrinçável quanto a busca pelo assassino de seus pais. Zack podia quase sentir na ponta dos dedos uma energia que se espalhava em ondas suaves de adrenalina, fazendo-o sorrir de orelha a orelha, apenas imaginando o que haveria por trás da história de sua mais nova paciente.

O homem gostava de equiparar-se a um titereiro, comandando lá de cima tudo o que os outros deveriam fazer. Não importava quem fosse, todas as vítimas tinham de dançar sob as mãos que as controlavam de um lado para o outro, como as marionetes que bem mereciam ser.

Confiante, seguiu até a sala de registros de St. Joanna e batucou de leve com os dedos sobre a mesa de madeira que usou como apoio ao verificar a papelada.

– Hmm.... Nathalie Shang... interessante – murmurou para si mesmo enquanto lia as informações com calma. - Muito interessante.

Anotou o antigo endereço na palma da mão com a caneta azul que trazia no bolso do jaleco antes de largá-lo sobre a cadeira de sua própria sala, pronto para descobrir um pouco mais sobre aquela menina.

A rua não era de todo estranha. No entanto, havia algo sutil no ar. Talvez fosse apenas uma aura diferente daquelas que o resto da cidade emanava, mas ainda assim era familiar. Havia um leve, mas apagado, odor cítrico junto ao perfume de flores nos jardins das casas vizinhas, todas separadas em canteiros bem organizados. Casinhas de tijolos, parecendo-se, em parte. Como um bairro construído em um laboratório, todos pareciam imitar a todos, como perfeitos clones bem treinados. Talvez fosse essa a estranheza: a semelhança harmônica das casas, até mesmo em seus perfumes e cores, diferente da “miscigenação” dos outros lugares.

Zack olhou mais uma vez para o endereço na palma da mão, ansioso pelas novas descobertas que poderia fazer naquela propriedade. Fitou o gramado e então a residência, com uma placa de “Vende-se” à mostra.

– Bem, Nathalie Shang – proferiu com um sorriso de canto. – Vamos descobrir um pouco mais sobre sua vida.


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