No embalo Dela escrita por Titta


Capítulo 5
Shopping for the boys


Notas iniciais do capítulo

Agradeço a quem esta comentando, principalmente a Annie, fiel leitora kk'



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/491842/chapter/5

As duas aulas acabaram e eu fui para casa, dando uma carona a Glimmer e outras duas meninas amigas da loira. Sempre assim, ela gruda em mim na hora da saída para me pedir carona e ainda carrega as amiguinhas. Elas conversam muito e alto sobre coisas banais como esmaltes, roupas e garotos. Por que mulheres não podem ter outros assuntos? Depois reclamam que nós homens so conversamos sobre sexo e jogos.
Entediado, zanzei as estações do radio enquanto elas conversavam para ter algo em minha mente que não fosse as vozes delas, até Glimmer fazer charme.
–Peet,coloca na que eu gosto - Dizia a loira com um bico, que adimito, não era dos melhores, era forçado e chegava a ficar feio.
Suspirei - Não sei qual você gosta Glimmer.
– Ora como não, eu sempre entro e coloco na que eu gosto.
– Mas eu não prestei a atenção nisso.
– Nossa benzinho, devia prestar mais atenção em mim - Disse ela se emburrando no banco do carona. E quando ela me chamava assim? Nunca dei intimidade a ela. Alias, nem mesmo minha mãe me chamava assim. Benzinho era cafona e ridiculo.
– Não sou seu benzinho Glimmer. Desde quando me chama assim?
Ela começou a fazer um drama barato, se fazendo de vitima enquanto suas amigas apenas olhavam um tanto sem graça.
Parei o carro em frente a casa de Glimmer e todas desceram. As amigas dela me agradeceram e pediram desculpas por qualquer que fosse o incomodo, e eu lhes expliquei que não havia problemas nisso, mas Glimmer saiu do carro batendo a porta e dizendo para eu apagar o numero dela do meu telefone. Por mim tudo bem, eu não tinha mesmo...

Quando cheguei em casa, nem mesmo os empregados estavam, mas a casa estava imaculada, limpa como nova. Nem mesmo me atrevi a jogar a mochila no sofá, ja que eu sabia que quando minha mãe chegasse eu teria de arrumar tudo. Então eu apenas ia tomar um banho e passar o dia fora para não ter bagunça. Esperto não?
Tomei um banho frio e coloquei uma bermuda xadrez branca e cinza e uma camisa de gola V branca de manga comprida, ventava um pouco e eu sabia que logo ia esfriar mais. Não sou muito de ficar horas e horas escolhendo roupas como minha mãe, mas ela me fazia estar sempre bem vestido e eu gostava disso.
Calçei um tênis e corri para a cozinha, pegando apenas uma lata de refrigerante. Enquanto tomava, pensei em passar na casa de alguem, provavelmente Thresh estaria em casa nessas horas. Meu telefone vibrou e na tela, o nome de Cato apareceu
– Fala - Atendi engolindo o refrigerante.
– Passa aqui em casa, vamos sair. Thresh também vai, a mãe dele quer algo do shopping - Disse Cato do outro lado da linha.
Afirmei que estaria la em apenas alguns minutos e sai de casa.
No carro, também recebi a ligação de Thresh para confirmar que eu iria com eles.
– Pode me dar uma carona? Meu pai não liberou o carro.
Eu ri, lembrando o que havia acontecido com o ultimo que seu pai emprestara - Claro, passo ai e encontramos Cato no shopping.
Desligamos e logo parei na frente de sua casa onde ele já me aguardava.
– Que milagre foi esse que você não deu uma desculpa pra não ir no shopping? - Disse Thresh fechando a porta do carro.
– Meus pais estão fora e liberaram os empregados. Então qualquer bagunça eu tenho que arrumar - Disse eu rindo.
Meu amigo gargalhou, entendendo meu lado preguiçoso.
Thresh zanzou as estações de radio ate chegar a uma que lhe agradava com rap. Algumas musicas ele até cantava junto, outras ele apenas fazia um movimento com as mãos engraçado, como se fosse um DJ.
– Ta sabendo que vão deixar apenas dez jogadores no time ne? - Disse Threh do nada.
– Até fiquei sabendo... Ideia de quem? - Perguntei sem dar muita importancia, afinal, eu ja era um dos fixos.
– Não sei, mas parece que metade dos jogadores estão quase reprovando e não querem ninguem com notas baixas jogando.
Engoli a seco, eu estava ferrado então. Cato era bom em contas, não estudava nem nada e conseguia uma nota mediana nas provas, Thresh colava sempre, ate mesmo na frente da professora ele conseguia. Mas e eu? Não sabia colar tão bem quanto eles sem falar que na recuperação só tem burro.
Praguejei mentalmente enquanto entrava no estacionamento do shopping.
Encontramos com Cato na praça de alimentação em frente ao subway.
– O que sua mãe pediu mesmo? - Perguntou Cato na fila
Thresh pegou uma folha do bolso e leu- Ela quer um tenis e roupa pra academia.
Eu ri - Você ao menos lembrou de pegar a numeração dela?
Thresh deu de ombros - O que couber dois de nós dentro cabe ela, e o tenis cabe em mim.
Eu e Cato rimos, apesar de sabermos que ela realmente era um tanto robusta.
Pedimos nossos lanches no subway e seguimos para a loja de esportes. Ao menos dessa vez ela pediu algo de uma loja mais masculina. Da outra vez ela pediu uma roupa intima da Hope e não era muito legal estar lá. Não querendo me gabar, mas nos chamamos bastante atenção das mulheres. Imagine estar andando no shopping e se deparar com nós tres. Um sonho, não?
Cato me tirou dos pensamentos me mostrando uma bermuda de malhar realmente enorme. Começei a gargalhar, pensando que aquilo de fato entraria nela.
– Vocês acharam isso onde, so acho o G. Tem que ser um extra GG pra ela - disse Thresh que realmente não havia encontrado nada desse tamanho.
Eu ia fazer um comentario sobre outra loja, mas seu telefone tocou. Era sua irmazinha Rue, de 12 anos que estava no shopping com o pai, o padrasto de Thresh, mas o mesmo estava indo e ela queria ficar com o irmão.
– Vocês se importam dela vir conosco? - perguntou ele
Nós respondemos que não nos incomodariamos com ela, afinal, Rue era um doce de menina. Não era do tipo que fazia escandalos, não era mimada e era fofinha.
Buscamos ela na entrada, onde estava com o pai. Ela correu para os braços de Thresh, que a abraçou, mas os dois homens não trocaram uma palavra, sequer olhares. Eles não se suportam, brigam sempre e por qualquer motivo.
– Oi bonitinha - Disse Cato mexendo em seu arco.
Rue riu e o abraçou - Bom te ver Cato. Você também Peeta. - Ela me abraçou e eu a girei enquanto ela ria. Realmente gostava dessa guria.
– Ja achou algo pra mamãe? - perguntou a pequena enquanto iamos a outra loja de esportes.
Thresh contou que achamos apenas uma, mas estava rasgada. O que era mentira, por que nós haviamos derrubado molho barbecue do subway e não poderiamos contar a ela, ou ela nos faria voltar la e pagar.
Com a ajuda da pequena Rue, entramos ate mesmo em lojas femeninas e encontramos algumas roupas do tamanho estra GG e outras mais. Quem diria que alguem tão pequena, poderia ser tão esperta.
– Olha,acho que isso cabe nela.. Seja la o que for... - Disse cato, estranhando uma espécie de blusa que tinha um fecho em baixo, parecendo um maiô.
Rue riu e pegou - Caber, pode até ser,mas ela não gosta e ela quer roupa de academia.
Andamos mais um pouco pela loja e selecionamos algumas roupas que Rue julgou apropriadas para a mãe.
Quando finalmente compramos umas tres bermudas de academia e mais algumas blusas, já estavamos de saida quando vimos Madge com Katniss e Delly.
Madge e Katniss estavam com a mesma roupa da escola, provavelmente vieram direto, já Delly não sei, por que não reparei. Estavam todas com sacolas, Mad com algumas mais do que as outras. Havia algo diferente em Katniss, algo pequeno, mas que fez diferença. Por ser meticuloso, eu lembro de certos detalhes e percebo se foram modificados, so não descobri ainda o que ela fez.
– Meu Deus que loira perfeira - Disse Thresh quando viu Mad.
Rue riu - Fecha a boca, sua baba ta caindo.
Thresh riu e bagunçou o cabelo da irmã.
Cato me cutucou e sussurrou para mim - Observe.
Vi o loiro ir ate as meninas, deixando Thresh surpreso. Eles conversaram apenas uns 5 minutos e ele veio correndo sorrindo. Ele aprontou algo...
– Thresh, consegui uma mentora pra você de biologia. Delly, mas ela também da aula pra Mad, o que acha? - Cato entregou o papel com o numero de Delly em uma letra caprichada.
Thresh o pegou quase não acreditando - Eu acho que te amo cara.
O moreno pulou no amigo, abraçando-o como se estivesse ganhando o melhor dos presentes.
Cato tentou empurra-lo - Calma, não sou gay lembra? Seu boiola
Rue e eu rimos com os dois, ate Thresh soltar Cato.
– Vamos pra casa - Perguntei, cansado de tanto andar pelo shopping.
Os tres concordaram e Cato foi no carro dele, deixando Thresh e Rue comigo.
A pequena entrou na porta do passageiro e sentou-se, sabendo que Thresh não a tiraria dali mesmo se quisesse.
Eu gostava dessa garotinha, ela era muito fofa e eu adoraria te-la como irmã, ou filha. Sim, penso em ser pai de uma menina, e da maneira que sou, tenho certeza de que ela será mimada. Vou enche-la de mimos e tudo mais o que ela quiser.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que gostem do capitulo, não tive tempo de revisar então se acharem algum erro por favor me avisem