No embalo Dela escrita por Titta


Capítulo 26
Peetniss


Notas iniciais do capítulo

OOOIIIIIIEEEEE!!! Perdoem minha demora, eu estava para postar no domingo, mas tive alguns imprevistos e só consegui postar agora :)
Espero que ninguém tenha morrido antes da hora, nem tido um ataque ou algo assim.
Bem, prolonguei esse momento o máximo que pude para não ter muito exagero, então espero que gostem :) Nos vemos la em baixo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/491842/chapter/26

Katniss -

Quando desliguei o telefone com Peeta, contei a Delly que ele havia me chamado para sair. A ruiva, que estava jogada em minha cama, deu um pulo ficando sentada bem na ponta, arregalando os olhos verdes para mim.
– Ele vai te pagar um subway? - agitou-se
– Ele quer, mas vou tentar pagar.
– Ele vem que horas?
– Daqui a meia hora. Por que?
Ela se levantou correndo e foi me empurrando para o banheiro - Não vai toda suja. Toma um banho enquanto ligo pra Mad.
Fui para o box rindo enquanto tirava a roupa e abria o chuveiro no frio.
Parei para refletir sobre os ultimos quatro dias. Primeiro, Peeta me beijou na caverna da praia, depois, so o vi na segunda quando falei com os meninos, mas ele me ignorou enquanto futucava o celular. E hoje ele me ligou pedindo perdão, mais tarde me chamou pra sair... É muita informação para digerir em tão pouco tempo.
Tirei o condicionador do cabelo e sai enrolada na toalha, encontrando Mad e Delly vendo roupas em meu armário.
– Querem algo emprestado? - Brinquei, pois as duas sempre pegavam algo meu.
– Dessa vez não Everdeen. Por que não me contou que tinha um encontro com o gostoso do Peeta Mellark? - Falou Madge separando um jeans na cama com outras duas blusas.
– Primeiro: Oi Mad, estou bem, obrigada por perguntar, e você? - Ela riu me abraçando - Dois: Não é um encontro, e três: Ele me ligou faz uns minutos. Vou dar uma ajuda a ele em química.
– A ajuda é só um pretexto Kat - Falou Mad - Agora vamos te arrumar.
Elas me deixaram colocar uma roupa íntima e começaram a tirar tudo do meu armário colocando na cama. Madge separou as mais velhas das mais novas, so então reparei que minha mãe havia colocado roupas novas e se livrado de algumas velhas.
Ela fazia isso pois sabia que eu não me interessava em comprar roupas novas, e não queria que eu andasse desleixada, então ela mesma comprava. O bom é que ela não tinha bom senso para tamanhos, então sempre comprava uns dois números maiores, assim não ficava pequeno e curto.
Nos segundos seguintes, não tive tempo de pensar direito no meio de tanta roupa e algumas maquiagens que eu me recusava a usar.
Por fim, conseguiram me fazer usar uma calça jeans clara, não muito justa, era um número menor do que os jeans largos que eu costumava usar, uma blusa de alça preta com os dizeres "Keep Calm and Dream" em cor prata e uma sapatilha preta.
– Ainda acho que deveria usar uma maquiagem - Comentou Mad arrumando seus longos cabelos loiros.
– Nada disso - Recusei outra vez
Me olhei no espelho e ate que não estava tão mal. Era simples do jeito que eu gostava, a calça não era justa e a blusa não ficava indecente.
– Kat, que horas ele vai passar aqui? - Delly perguntou
– Ja deve estar chegando - Falei distraidamente enquanto arrumava as roupas espalhadas na cama.
Separei algumas camisas que ja estavam muito surradas ate para dormir e coloquei dobradas em uma sacola, as mais novas coloquei no guarda roupas junto com as que eu ainda usava. Juntei as maquiagens que minha mãe colocava em minhas gavetas para ver se um dia eu usava, e as coloquei no banheiro em uma gaveta espaçosa que estava vazia. Quem sabe um dia né?
Ouvi meu celular tocar e quando olhei no visor, Cato estava me ligando.
– Oi Loirão - Madge arregalou os olhos, provavelmente pensando que eu estava chamando Peeta de loirão.
– Oi Kat, estou sabendo que vai sair com Peeta ne - Ele riu do outro lado da linha
– Sim, vou ajudá-lo com química. Quer ir?
– Gostaria, mas não posso. Depois passa aqui e deixa a livro que ia me emprestar okay? E se quiser um subway de 30 centímetros com frango, queijo cheddar e completo
Gargalhei - Vou pensar no assunto.
– Okay. Pensa com carinho. Fica com Deus, beijos.
– Okay, você também. Beijos.
E desligamos. Cato é um amigo maravilhoso, devo adimitir. Ele se preocupa com todos a sua volta, o que era de se espantar vindo de um cara daqueles. Cato era loiro, alto e corpulento, se dava mal nas provas, era um dos alas do time de futebol da escola, logo, quem não o conheçe julga ele como um rapaz fútil que só liga para as aparências, mas era totalmente o oposto disso.
Começei a me perguntar se Peeta também era assim. De aparência, ele parecia ser um rapaz mimado e ignorante, avoado e mulherengo. Ainda não o conhecia direito, mas o pouco que sabia sobre ele ja mostrava que era bem o oposto.
Meu celular tocou, despertando-me de meus pensamentos. Só então notei que Madge estava tendo um ataque tagarelando sobre Peeta Mellark enquanto Delly tentava acalma-la.
– Alô? - Atendi
– Oi Everdeen. Estou aqui fora, pode vir.
– Okay, ja estou descendo.
Desligamos e a loira questionou-me como eu havia conseguido que Peeta Mellark me chamasse para sair.
– Só vou ajuda-lo com a prova, nada mais.
– Aham, sei... Ah claro, ele gosta de morenas! Vou pintar o cabelo
Ri alto, pensando na possibilidade de ver Madge morena. Ela tinha um cabelo loiro dourado, longo e com grandes cachos nas pontas que fazia inveja em qualquer garota.
Peguei uma bolsa com um livro e um caderno, vesti um casaco cinza claro de linha e despedi-me das meninas saindo rumo ao carro.
– Onde vai? - Perguntou Ben quando me viu saindo.
– Ajudar Peeta em química.
Ele riu e fechei a porta, sem prestar a atenção no que ele falava, zoando comigo.
Passei pela varanda e entrei em seu
Porsche prata no banco do carona.
– Oi - Ele sorriu pra mim
– Ei - Sorri de volta.
Senti um clima estranho no ar, fiquei muito sem graça, ate ele ligar o radio e uma musica do Cold Play encher o carro.
– Por que foi embora cedo da escola? - Ele me perguntou quando paramos no sinal vermelho.
– Precisava sair, fui ver meu pai.
– O que ele tem?
Abri a boca para responder, mas eu sabia que se começasse a falar eu choraria. Engoli as palavras e o choro e olhei para a janela vendo a vista passar. Creio que ele entendeu que eu não queria falar e puxou outro assunto, sobre as trapalhadas de Finnick, o que me fez rir bastante.
– Teve também outra vez em que tínhamos dez anos e ele quis dar o primeiro beijo na menina mais bonita da sala. O nome dela era Annie Cresta, lindíssima, e ele era realmente apaixonado por ela. Um dia ela foi com um laçinho azul no cabelo e Finnick o pegou dizendo que só devolveria se lhe desse um selinho.
– E ela deu? - Falei rindo.
– Deu, e saiu saltitando pela escola contando a todos que estava apaixonado. Annie era uma menina esperta, mas ela gostava dele também.
Gargalhei, mal podendo imaginar um homem como Finnick saltitando por um selinho.
– Chegamos - Falou Peeta estacionando o carro em frente a loja do subway.
Ele saiu rápido, fechando a porta e deslizando sob o capô e abrindo a porta para mim educadamente me estendendo a mão.
– Obrigada - Agradeci, pegando sua mão e saindo.
– Por nada - Ele sorriu tão carinhosamente que senti borboletas no estômago.
Mas o que é isso Katniss? Desde quando sente isso?
Peeta passou o braço pela minha cintura e me conduziu para uma mesa no canto da lanchonete.
– Não sei se falei, mas está linda hoje - Ele corou bem de leve sentando-se na minha frente.
– Obrigada, você também esta - Falei sentindo meu rosto corar violentamente.
– Bem, pode preparar os cadernos que eu vou preparar nossos subway's .
– Mas como sabe o que eu gosto?
– Não sei - Ele sorriu - Mas gostaria que experimentasse. Pode ser?
Assenti e peguei os cadernos enquanto Peeta foi preparar o sanduíche.
O lugar não estava muito cheio, então ele não demorou para trazer dois sanduíches, um de 15 centímetros e um de 30.
Eu ri - Vai comer um de trinta?
– Sim, eu assumo que como bastante - Ele sorriu e me deu o meu - Vamos comer primeiro se não esfria.
– Okay.
Pus os cadernos de lado e peguei o pão italiano branco com almôndegas. O dele era igual, mas maior.
Apenas de sentir o cheiro eu soube que estaria delicioso. Na primeira mordida eu desejei que houvessem mais quinze centímetros de sanduíche.
Peeta me olhou como se estivesse lendo meus pensamentos.
Degustamos cada centímetro daquela deliciosa refeição e tornamos a atenção aos livros.

Fiz-lhe perguntas simples, algumas mais difícieis e outras complicadas que eu mesma me embolava e ele soube responder a tudo facilmente.
– Disse que a matéria não estava fresca - falei rindo e fechando o caderno.
– E não estava. Até agora - Ele sorriu e bebericou seu refrigerante.
– Bem, se ja sabe toda a matéria, podemos ir.
– Tudo bem, mas que tal um sorvete antes? - Ele levantou e me estendeu a mão do mesmo jeito que fez no carro.
– Okay então. Um sorvete não vai fazer mal. Mas antes vou levar um subway para Cato, pode esperar rapidinho?
Ele pareceu surpreso - Cato? Ele que te pediu?
– Sim, eu disse que pensaria no assunto. Vou levar quando passar na casa dele pra deixar um livro e dou o sanduíche.
– Vai passar na casa dele? - Peeta perguntou como se estivesse enciumado, o que achei extremamente estranho.
– Sim, vou. Por que?
– Nada não...
Fiz o sanduíche de Cato e Peeta me conduziu de volta ao carro com o braço em minha cintura e abriu a porta para mim.
– Tem uma sorveteria aqui perto muito boa - Comentou
Não demoramos nem cinco minutos para chegar a um estabelecimento médio entre uma cafeteria e uma floricultura, decorado com tons de azul e roxo e uma placa escrita "Ice Dream". Ouvi falar, mas não cheguei a esperimentar o sorvete de la.
Novamente, ele me conduziu para o balcão onde se via vários sabores, alguns os quais nem podia imaginar.
– Toma - Peeta me deu um potinho colorido para pegarmos nosso sorvete.
Ele pegou uma bola de sorvete de algodão doce, uma de chocolate e outra de banana e rum. Eu preferi de choco-menta, um com sabor de nutella e de caramelo.
Ele insistiu em pagar o meu e depois de muita relutancia eu permiti.
– Nunca comi esse de choco-menta
– Quer experimentar? - Ofereci
– Aceito - Ele pegou um pouco e levou a boca.
Estranho eu nunca ter reparado o quanto ele era bonito. Seus olhos eram castanho-esverdeados, embora houvesse vezes em que os vi azuis, como os de sua mãe. Mas tirando os olhos, Peeta era a cara do pai, apenas alguns anos mais jovem, obviamente.
As borboletas tornaram a voar pela minha barriga e resolvi parar de observa-lo por alguns instantes.
Mas agora, era ele quem me olhava atentamente.
– O que está olhando? - Perguntei timidamente levando à boca mais uma colher do sorvete de nutella.
Ele sorriu - Você. Não tinha reparado no quanto seus olhos são bonitos.
– Os seus também são. Parecem não ter uma cor definitiva - Comentei, sentindo meu rosto queimar.
Peeta riu - São castanho-esverdeados, mas... Posso te contar um segredo?
– Pode - o fitei curiosa
Ele olhou para os lados como se temesse que alguém fosse escutar - De acordo com minha mãe, eles mudam de cor de acordo com meu humor. Assim como os seus.
– Mas como sabe que os meus mudam? - Ele havia reparado? Nem eu reparei, nem meus irmãos, nem meus pais ou Delly e Mad.
Ele riu - Sim. Quando fomos estudar, no dia em que brigamos seus olhos ficaram verdes bem claros, você ficou furiosa, agora estão azuis cintilantes, parece estar feliz
Sorri, quase que sentindo um orgulho dele, não sei bem por que, mas foi fofo da parte dele.
– E os meus? De que cor estão e estavam em alguma situação? - Disse ele terminando seu sorvete.
– No dia em que gritou comigo na sua casa, estavam castanhos. Mas antes tinham uma cor esverdeada, agora estão azuis claros.
Ele sorriu, como se estivesse orgulhoso, como se esperasse exatamente aquilo.

Terminamos o sorvete e ficamos conversando por mais algum tempo sobre qualquer coisa e saímos rumo a casa de Cato.
– Já esta frio - Comentei, pegando o subway que comprei para Cato.
– Ele não liga - Peeta comentou dando de ombros e virando na rua da casa dele
Estacionamos na casa de Cato, onde o mesmo estava do lado de fora conversando com uma senhora de idade. Não se demoraram na conversa e ele se apoiou na minha janela
– Oi Kat - Disse me dando um beijo na testa
– Ei Loirão, olha o que eu trouxe. - Lhe estendi o lanche e o livro de história americana que iria emprestá-lo.
Cato me agradeceu e conversou com Peeta sobre um jogo que estava chegando, dali à duas semanas. Não demoramos mais do que vinte minutos, pois Peeta havia se esquecido de que prometera a Glimmer que passaria na casa dela essa tarde. Assim, ele me deixou em casa com a promessa de sairmos outra vez e seguiu para a casa da amiga.
Entrei como se tivesse passado quatro dias fora de casa, ao invés de apenas quatro horas. Delly e Madge ainda estavam por la, assistindo Homem de Ferro com meus irmãos.
Como o filme ainda estava no inicio, ou pelo menos creio eu que estava, me joguei no sofá entre Ben e Delly, apoiando a cabeça no colo da ruiva e o corpo no de meu irmão.
Adormeci, pensando nessa tarde em que passei com Peeta Mellark. Rapaz o qual furara meu olho há cinco anos, que eu odiava até alguns poucos dias atrás, que me beijara de uma forma que ninguem me beijou antes, que me ignorou na escola, mas depois me levou para sair e que me fazia sentir borboletas no estômago.
É... A vida não é fácil pra ninguém...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*-* saudades Kat narrando né
Não sei se puderam notar, mas amo olhos e vou colocar muita enfase neles, então prestem bem a atenção nos detalhes ;)
Espero que tenham gostado, comentem

Ah, aviso básico, vou viajar nessa semana, mas farei o possível para postar na sexta.