Amor e Rivalidade escrita por Melissa Martins de Souza


Capítulo 31
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– O que fazemos primeiro? – pergunto quando estacionamos o carro perto da delegacia.

– Penny precisa contar tudo o que aconteceu para o delegado, e depois ele vai querer conversar com ela a sós. – explica Finnick.

Olho para Penny no banco de trás do carro, ela esta muito nervosa.

– Calma, Penny. – pedi Damien. – Vai ficar tudo bem.

Damien insistiu em vir, não pude negar até por que, ele deixa a Penny mais calma. Deixamos as crianças na escola e viemos direto na delegacia.

Meu irmão suspira e vira para trás.

– Não precisa ter medo, é só contar a verdade. – fala Finnick para ela. – Ela não vai te ferir mais.

Damien toca em sua mão.

– Promete ficar perto de mim. – pedi a garota e segura a mão do Damien. – Promete não soltar minha mão.

– Prometo.

Ele aperta a mão dela numa forma de resposta.

Finnick e eu nos entreolhamos e sorrimos.

Saímos do carro e fomos para dentro da delegacia. Como prometido, Damien não solta a mão dela por motivos algum, pelo contrario só a puxa mais para o seu lado, e ela aperta mais e mais a sua mão. Meu irmão pedi para eles se sentarem e fomos conversar com um dos policiais que estavam perto da porta.

– Eu tenho uma denuncia a fazer. – falo quando me aproximo.

– De que tipo, senhora? – pergunta prestando bastante atenção.

– Agressão ao uma menor. – fala Finnick.

– Venham comigo. – pedi o policial.

Andamos com ele ate uma porta, meu irmão avisa que vai buscar as crianças e eu entro na sala com o policial ao meu lado. Um homem com uniforme esta escrevendo tranquilamente em papeis na sua mesa.

– Senhor, tem uma denuncia aqui de agressão. – fala o policial e o homem levanta a cabeça.

– Sente-se. – fala para mim e depois se vira para ele. – Pode sair.

O policial obedece e vai embora, me deixando sozinha com o delegado. Sento-me na cadeira a frente a sua mesa. Alguém bate na porta e ele pede para entrar, meu irmão entra com as crianças. Penny se senta e Damien fica do seu lado segurando a sua mão.

– Então, o que aconteceu. – pergunto o homem.

Explico tudo a ele que escuta com atenção e de vez em quando olha para Penny, ela aperta a mão do meu filho com força mas, ele não reclama apenas fica mais perto dela possível.

– Vocês podem sair enquanto eu faço algumas perguntas para Penny. – falo o delegado.

Levanto e vejo que Damien não se mexeu.

– Vamos, Damien. – o chamo.

– Não. – responde firme. – Não saiu sem ela.

– Não se preocupe, ela só vai responder a algumas perguntas. – tenta tranquilizar o homem.

– Pode ir, Damien. – fala Penny tentando não demonstrar medo. – Vou ficar bem.

– Tem certeza, Penny?

– Sim.

Como muita relutância ele solta a sua mão, vejo a preocupação em seus olhos azuis quando se afasta da garota. Vamos para fora da sala e esperamos. Nos sentamos nas cadeiras e Damien se senta ao meu lado, e do outro o Finnick.

– Vai ser rápido. – garante Finnick. – É só algumas perguntas sobre a mãe dela e pronto.

Damien olha para ele.

– Ela não vai voltar para a casa daquela mulher, Damien. – fala meu irmão.

A porta se abre e a Penny sai com o delegado. Penny corre ate Damien e volta a segurar a sua mão. O homem vem ate nos.

– Vou fazer um mandato de busca para prender a mãe e o pai da garota, e por enquanto ela vai ser encaminhada para o juizado de menores que vai saber o que fazer com ela. – explica.

– Ela não pode ficar em nossa casa? – pergunta meu irmão.

– Ela só poderia se fosse casa de algum familiar...

– Mas, não tem nenhum jeito dela ficar com a gente? – pergunto.

– Você quer ficar com eles provisoriamente, Penny? – pergunta o homem.

– Sim, eu quero. – responde firme.

O delegado assenti.

– Então, eu vou entrar em contato com vocês, e por enquanto ela fica na casa de vocês. – conclui o delegado.

Ele entrar na sua sala e voltamos para o carro. Que bom que tudo deu certo, agora a mãe e o pai dela vai ser presos e ela vai para de apanhar. A uma hora dessas os pais dela devem estar loucos atrás da garota, sorriu imaginando a cena. Eles devem estar com muito medo dela ter contado para mais alguém.

Chegamos em casa e eu fui para o quarto, me jogo na cama e ouço o meu celular.

– Oi, Prim. – cumprimento ela.

– Oi, Kat. Deu tudo certo na delegacia? – pergunta com expectativa.

– Sim. – respondo.

Antes de sair, liguei para a Prim contanto tudo o que aconteceu na noite em que peguei a Penny. Ela ficou súper feliz mas, também com raiva do Peeta por estar a aquela hora na frente de casa.

– Que ótimo! – exclama feliz. – Hoje é a festa! E você vem! Então trate de chegar na hora!

– Eu sei, e eu vou chegar sim na hora. – garanto.

– Até lá, então!

Estou tão cansada, que não aguento nem mexer um musculo, e estou mais ainda por não ter dormido a noite, mas não me arrependo de ter ficado acorda, foi por uma causa boa, e se precisasse eu faria tudo de novo se reclamar, não podia deixar a vida deu uma crianças ser destruída por uma mãe dessa. As horas se passam e acabo dormindo em minha cama.

Acordo e olho no relógio.

Estou atrasada para a festa da Prim. Corro para o chuveiro e tomo um banho rápido, saiu e visto um vestido. Termino de me arrumar e corro para o quarto das crianças. Só vejo Damien e Penny um de frente para o outro com um sorriso bobo nos lábios, na mão de cada um esta um pedaço de papel cheio de desenhos feito por eles.

Saiu e vejo os outro brincando e correndo para todo o canto. Procuro meu irmão e o encontro conversando com Annie no sofá, eles não estão arrumados. Acho que eles não sabiam da festa, mas ainda da tempo deles se arrumarem.

– Vão se arrumar. – falo me aproximando. – Temos uma festa para ir hoje.

– De quem? –pergunta Finnick.

– Prim. – respondo e ele olha para Annie.

– Chame uma babá, Annie. – pedi meu irmão.

Ela vai embora para o seu quarto e meu irmão corre para o banheiro. Me sento e observo as crianças brincarem animadamente pela casa. Damien e Penny saem do quarto e vão para o piano, os dois se sentam e meu filho começa a tocar Moonlight de Beethoven. A garota olha encanta para os dedos ágeis do pequeno garoto a tocar. Os olhos dela brilham e observa atentamente a cada nota que ele toca.

Damien acaba de tocar e só ai ele percebe Penny observando, ele pega as suas mãos e toca em cada nota. As crianças param de brincar e começam a observar os dois. Meu filho a ensina a tocar a música que ele tocava anteriormente, e quando ela consegue tocar o começo, ela da um beijo tímido na bochecha de Damien, ele abaixa a cabeça com o rosto completamente vermelho de vergonha. Ele esta sem jeito com o gesto repentino da garota.

Finnick e Annie chegam assustando as crianças que observam os dois pequenos no piano. Meu irmão senta com Annie ao meu lado e fomos embora assim que a babá chega. O caminho todo conversamos sobre diversos assuntos ate que Finnick estaciona perto da casa. Descemos do carro e caminhamos calmamente ate a casa.

Toco a campainha e em menos de um minuto a porta e aberta.

– Oi! – fala Prim me abraçando.

– Oi! – falo feliz em vê-la. – Trouxe meu irmão e a Annie.

– Oi, gente! – cumprimenta animadamente os dois. – Vamos entrem, a festa e no jardim.

A seguimos ate o jardim e ela nos deixa com alguns amigos dela, falamos por meia hora com eles e fomos para o barzinho, peço refrigerante já que não posso beber nenhum tipo de bebida alcoólica. Me sento perto do bar e bebo toda a bebida.

Fico bebendo latinhas e latinhas uma atrás da outra, e chega uma hora que a minha bexiga fica muito cheia. Saiu do jardim e corro para um banheiro, faço o que tenho que fazer e saiu. Passo pela sala e sinto alguém me puxar pelo braço, ele me encosta na parede e vejo seu rosto.

– Peeta.

– Me perdoa. – pedi baixinho.

Ele gruda o seu corpo com o meu e sinto minha pele pegar fogo, algo muito forte queima dentro de mim me deixando incapaz de pensar em qualquer coisa que seja, só em suas mãos segurando os meus pulsos acima da minha cabeça. Sinto meu coração parar quando empurro ele, não estou com a mínima vontade de afasta-lo. Conter o que toda esse desejo por esse homem esta a cada dia mais difícil.

Corro em direção a porta e entro no jardim totalmente atordoada e sem aguentar andar, me sento na cadeira perto do barzinho e respiro fundo. Tenho que ser forte, mas se ele continuar me agarrando assim não vou conseguir me conter mais.

Algumas horas se passaram e acabo parando de tomar refrigerante para não ter que ir ao banheiro. Alguém aparece em cima do palco com uma coisa grande nas mãos coberta por um pano. Peeta! Você de novo! Suspiro e ele pega o microfone. Todos na festa param e olham para ele sem entender o que esta acontecendo, alguns segundo depois, Prim sobe e sussurra alguma coisa para ele e na mesma hora ele nega com a cabeça, ela desce do palco brava.

– Bom, eu estou aqui hoje, para presentear alguém que eu amo muito. – fala e olha para mim. – Faz bastante tempo que ela me pediu isso e eu disse a ela que faria mais nunca fiz. Espero que ela goste.

Ele puxa o pano... Não acredito! Ele se lembro? Como? Faz tanto tempo.

Peeta pintou um retrato meu em uma quadro gigante. Eu lembro do dia em que lhe pedi.

– Se posse mudar e nunca ter falado que me ama na frente das câmeras... Você mudaria?

– Não. Mesmo com tudo o que esta acontecendo, eu não me arrependo de ter dito o que eu disse, que por sinal é a mais pura verdade. – fala Peeta e se senta na cama. – Estou cansado de não fazer nada o que quero por conta da imprensa.Quando eu era pequeno meu pai, me obrigou a ser ator, ele dizia que toda a família já atuava, e que era a minha vez de seguir os passos da família. Nunca quis isso.Nunca quis ser ator.Nunca quis me evolver com a imprensa mais do que meus pais.Nunca quis isso para minha vida. – fala e passa as mãos no rosto.

– O que você queria fazer?

– Pintor. – responde sorrindo de lado. – Adoro pintar.

– Qualquer dia quero que você desenhe para mim. – falo rindo.

– Claro, qualquer dia eu faço. – fala rindo também.

Esse dia foi enquanto eu estava presa naquela apartamento do Finnick, ainda estava fugindo do nossos pais.

Sorriu e abaixo a cabeça.

Levanto e saiu em direção a sala, esse quadro mexeu muito comigo, não sabia que ele lembrava disso. Quando chego perto do salão, sinto alguém puxar o meu braço com força me prendendo contra a parede. E na mesma hora já sei quem é.

Um fogo que eu não sei da onde veio surge dentro de mim, ele olha para mim com lágrimas nos olhos. Nossas bocas estão a centímetros uma da outra, meus músculos começa a doer por conta da minha persistência em resistir a ele.

Fecho os olhos e seus lábios me beijam e isso foi o meu fim, cansada de me segurar acabo cedendo a vontade de agarra-lo. Peeta passa suas mãos por minha cintura e faz um trilha até meus quadris e minhas coxas, me fazendo gemer, por onde suas mãos passam sinto vários choques elétricos em minha pele. Seus lábios descem ate meu queixo beijando por onde passa. Subo as mãos para os seus cabelos os agarrando com força, beijo os seus lábios quentes e macios.

As mãos ágeis de Peeta escorregam ate subirem o meu vestido fazendo minha respiração acelerar ainda mais, com uma mão só puxa minha coxa ficando na altura do seu quadril, sinto sua ereção em minha virilha, gemo alto entre seus lábios e ele acaba o beijo e segura meu lábio entre os dentes.

Minhas pernas se agarram a seu quadril e ele me segura deslizando a mão por dentro do vestido. Bagunço seu cabelo todo com minhas mãos e o sinto gemer quando beijo sua mandíbula, ele me aperta mais e os choques elétricos só aumentam me deixando cada vez mais louca.

– Eu te perdoo.

Quando eu falo as palavras, ele me joga no sofá e sobe em cima de mim. Com um sorriso enorme no rosto ele beija meus lábios com tanto vontade que acho que nossos lábios ate sangrariam.


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Notas finais do capítulo

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