O cão de Caça e a Raposa escrita por Patucio


Capítulo 11
Capitulo 10 - Pista de hockey e o retorno de alguem




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Já era outubro. Todos estavam prestando atenção na aula, mas havia duas pessoas que estavam inquietas batendo o pé e olhando para o relógio. Pela primeira vez, Sam estava querendo que a aula acabasse logo. Erik pensava o mesmo. A campainha tocou e Erik e Sam correram da sala. Eles deram as mãos e foram os primeiros a sair da escola.

– Vamos lá! Não podemos perder tempo Angel, então bota essas pernas curtas pra correr. – Ela o chamou de idiota e acelerou a corrida. Ele riu. Só estava brincando, mas pelo visto ela levou a serio.

Eles pararam ofegando em frente a uma pista de hockey. Erik abriu a porta e eles entraram. Era uma arena bem básica, mas eles não ligavam pra isso. Erik se aproximou de um cara, ambos sorriram um para o outro e o rapaz que cuidava da pista saiu, fechando e trancando as portas.

– Volto as 8 para tira-los daqui. – Ele fechou e eles ouviram um barulho de tranca.

Eles se olharam e sorriram. Em silencio, foram para o local onde guardavam os patins e colocaram um número que servia. Sam prendeu os cabelos num rabo de cavalo e pegou na mão dele. Quando chegaram perto da entrada do ringue, Erik deu uma puxada na mão de Sam para ela não entrar.

– Olha Angel, acho melhor esquecermos essa ideia tudo bem? Vamos só aproveitar aqui e deixar o ringue quieto. – Ele olhava pro gelo com uma cara de assustado. Ela riu do que viu e o puxou pra perto.

– Fica colado em mim e segura minha mão. Dessa vez, eu vou te guiar pra algum lugar. – Ela pisou no ringue e o puxou. Ele entrou e ficou totalmente desequilibrado. Sam começou a patinar em volta dele com muita tranquilidade. Era obvio que ela sabia o que estava fazendo. Ela ria enquanto rodava ele. – Vamos, fique reto, se ficar curvado não conseguira equilíbrio mesmo. – Ele olhou meio irritado pra ela e estendeu a mão.

– Você não disse que ia me guiar? Então me ajuda aqui pô. – Ela sorriu e pegou a mão dele. Mas antes que ele pudesse se equilibrar ela começou a patinar e o levou pelo ringue. Ele ficou assustado e se pendurou no braço dela. Ela riu e se virou de frente pra ele. Ela começou a esquiar de costas.

– Olha pra mim, vai facilitar. – Ele encarou os olhos dela e começaram a patinar tranquilamente. Ele não descolou os olhos do rosto dela um único momento. Ela ria vendo a expressão dele. Ela o fez parar no meio do ringue e deu um beijinho na bochecha dele.

– Só isso? – Ela deu um sorriso meio maldoso.

– Se quer mais vai ter que me seguir e pegar. – Ela se afastou e começou a patinar pelo ringue. Ele ainda não sabia se equilibrar, mas estava decidido a conseguir pega-la. Ele cambaleou pelo ringue todo atrás dela, até que acabou tropicando e caiu no gelo de cara. Ela ficou preocupada e correu até ele. Ela se agachou do lado dele, ele ainda estava com a cara no gelo.

– Erik? Você esta bem? – Ele não respondia, até que com um movimento rápido ele a agarrou e jogou contra o chão, ficando por cima.

– Há! Te peguei Angel. – Ela começou a corar enquanto ele dava um sorriso malicioso para ela. Ele se aproximou e beijou ela e ela até esqueceu que estavam sobre gelo de uma arena. O garoto não parecia se importar de estar deitado em algo tão frio, mas logo girou Sam até ficar por cima da menina. A mesma riu e começou a passar a mão pelas costas dele enquanto ele fazia o mesmo. O calor gerado no toque dos lábios dos dois não fazia Sam sentir frio, como se fosse apenas mais um piso comum. As mãos de Erik foram descendo lentamente, então Sam ficou corada, mesmo permitindo que o garoto a tocasse aonde nunca alguém a tocara. Os dedos do garoto deslizavam em tantas curvas, e então a menina decidiu fazer o mesmo, desde a sua nuca até o fim das costas do menino. O tempo foi passando e aquela cena ia ficando mais e mais quente, e o frio do gelo não os afetava mais.

Eles estavam sentados do lado de fora do ringue de patinação. Ele acariciava os cabelos dela enquanto ela deitava em seu peito, ainda um pouco ofegante.

– Eu achei que o gelo iria derreter com você lá Angel. – Ela corou e deu um tapa no peito dele.

– Não fale coisas assim Erik! Você sabe muito bem que essa foi... – Ela ficou mais envergonhada ainda. Erik deu uma risadinha.

– Foi a minha também. Desculpa, você parecia muito fora da realidade por um momento que quis te trazer de volta.

– D-Desculpa, é que eu tava me lembrando. – Ela corou mais um pouco. Ele sorriu e a puxou pro peito de volta.

– Eu também. – Eles ouviram a porta abrindo e se sobressaltaram, o cara de antes estava de volta.

– Bem, é o máximo que posso fazer Erik, se divertiram? – Os dois coraram e se levantaram.

– Claro, foi bem divertido. – Eles passaram por ele e o cara sussurrou pra Erik.

– Seu zíper ainda ta aberto Erik. – Ele corou e rapidamente fechou sussurrando de volta um obrigado.

O dia passou e os dois ficavam relembrando a primeira vez o tempo todo. Alguns dias depois, uma prova iria ser realizada na escola. Erik e Sam chegaram normalmente como sempre e foram para seus lugares, mas o professor anunciou:

– Hoje não. Iremos inverter a sala, vamos lá. – Todos murmuraram que era muito inútil fazer isso, mas ninguém discordou abertamente. Erik e Sam passaram na frente um do outro desejando boa sorte.

Era obvio, no entanto que Sam não precisava. Em 40 minutos ela finalizou a prova, deu um sorriso para Erik e saiu da sala. Ele começou a se esforçar mais. Ela ia esperar ele no portão. Ele olhou pela janela e viu ela caminhando de costas para a entrada acenando. Ele sorriu, mas então ficou preocupado e nervoso. Um rapaz estava parado esperando Sam e ele não reconhecia quem era. O rapaz colocou a mão no ombro dela e ela se virou. Ela deu um grito que foi abafado pela comoção que os alunos que já haviam acabado faziam. Quando ela tentou correr de volta, ele pegou o braço dela e deu uma pancada na cabeça dela a fazendo desmaiar. O rapaz olhou na direção de Erik e finalmente ele o reconheceu. Seth tinha um sorriso doentio na cara quando apontou para a arvore e depois a levou embora. Erik saiu correndo da sala sem ligar para nada e só parou quando chegou na arvore. La havia um bilhete que dizia:

“Cão maldito, está na hora de você me pagar pelo que fez. Se quiser ela viva e bem, venha para o cais 10 sozinho. Se eu ver amiguinhos seus por lá, ela ira pagar por suas decisões.”


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Notas finais do capítulo

Gostaria de agradecer uma pessoa importante pra mim que atende pelo nome "Aquela que não escreve" aqui no Nyah por ter me ajudado a fazer a parte "picante" da fic :3
Vlw magrela *----*



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