O cão de Caça e a Raposa escrita por Patucio


Capítulo 12
Final - O cão de caça e a Raposa


Notas iniciais do capítulo

É isso pessoal, este é o ultimo capitulo (vlw capitão obvio o/). Espero que tenham gostado, escrevi ela em pouco tempo até, mais ou menos um mes para fazer tudo, da idealização ao acabamento.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/491160/chapter/12

Erik segurava a nota em suas mãos. Ele tinha que fazer algo, não importava o que. Mark o viu de longe e começou a se aproximar.

– Ei Erik! E ai como acha qu... – Mas Erik saiu correndo derrubando a nota. Mark o olhou meio chateado pelo jeito que o abandonou mas então viu a nota. Erik já estava no portão e Mark ficou em duvida se a leria ou não.

Erik correu como nunca o tinha feito antes. Era incrível como o tempo parecia ter parado para ele passar. Os carros não pareciam se mover, todos os sinais estavam fechados, não havia muitos pedestres. Nada em seu caminho em direção ao cais 10.

Ele chegou em menos de 3 minutos. O cais estava normal, menos por um barracão totalmente fechado. Ele rumou em sua direção e tentou abrir a porta. Conseguiu. A porta de ferro se abriu com rangido e ele muito cuidadosamente entrou no local.

Ele não enxergou muita coisa, mas a fresta de luz que entrou pela porta mostrou uma Sam amarrada a um poste. Erik soltou uma exclamação e se adiantou. Antes, porem, que pudesse andar muito, uma forte luz foi ligada e ele ficou meio atordoado.

Quando seus olhos entraram em foco novamente, ele viu Seth parado a uma distancia de Sam com uma faca na mão. O olhar dele era simplesmente doentio.

– Seth! Solte-a! Seus problemas são comigo e você sabe! – Erik estava tentando não ter que brigar com ele, uma faca mudava um pouco a maneira dele ver as chances que teria. O rapaz apenas deu uma risada louca.

– Muito enganado cão! Meus problemas são com os dois. – Ele apontou a faca para Erik enquanto enumerava – Você por ter interferido no meu plano... – Ele apontou a faca para Sam. – Ela por ter sido uma vadiazinha e não ter me escolhido como era o obvio. – Ele olhou para Sam com aquele olhar louco.

– Não! Fui eu que fiz ela tomar aquela decisão, seu problema é apenas comigo. Aponte esta faca pra pessoa certa seu idiota! – Provoca-lo não era uma boa, mas Erik precisava mudar o olhar dele senão Sam poderia acabar mal. Seth tornou o rosto virado para ele. Ele estava furioso agora.

– Eu sabia! Sabia que você tinha mexido com a cabeça dela! Ela estava certinha pra mim já, mas ai você apareceu e arruinou tudo! – Erik estava sentindo medo, não por Seth poder vencê-lo, mas pelo o quanto o garoto estava louco. Ele tinha que continuar provocando-o para tira-lo de perto de Sam, era o único jeito dela ficar bem.

– Há! Foi muito fácil fazer isso. Você é só um doido mesmo. – Por alguma razão, Seth colocou as mãos na cabeça e começou a gritar.

– NÃO ME CHAME DE DOIDO! – Era incrível o quão louco ele havia ficado desde aquele dia em que foi expulso.

– Doido! Maluco! Louco! – O garoto o olhou com o rosto deformado de raiva. O momento estava próximo. – A Sam nunca iria querer alguém como você! – Pronto, havia dito o que faltava.

Seth deu um grito de fúria e correu na direção de Erik brandindo a faca. Erik estava paralisado de medo de acabar morrendo mas conseguiu se mover e sair do caminho do ataque. Infelizmente, Seth se virou rápido e dessa vez Erik não conseguiu sair a tempo. Ele sentiu uma dor intensa no rosto e viu respingos vermelhos caindo ao chão. O corte em sua bochecha direita não havia sido profundo, mas deixaria uma cicatriz sem duvida.

Seth deu um sorriso quase que de triunfo. Ele olhou pro sangue na faca e isso pareceu motiva-lo a atacar novamente. Dessa vez Erik parou a estocada com um movimento rápido, segurando o braço do garoto. Ele aproveitou a chance e torceu o braço dele, o fazendo largar a faca. E então o impulsionou e o arremessou por cima do corpo, o fazendo cair de costas no chão. O garoto parou de se mover. Erik não queria perder tempo examinando o garoto pra ver se ele ainda estava de pé e rapidamente pegou a faca e cortou as cordas prendendo Sam. Ela despertou e ficou assustada com a cara de Erik.

– Não se preocupe, vamos sair logo daqui e chamar a policia. – Ele começou a puxa-la, mas então sentiu algo agarrando ele e o derrubando no chão. Seth se arrastou até ele e havia recuperado a faca. Sam ficou em choque e não conseguiu se mover, apenas olhava a cena assustada. Seth tentou atacar Erik com a faca, mas o garoto segurou a mão dele. Seth ficava repetindo “Morra, morra, morra” enquanto fazia força e Erik tentava repeli-lo. Então...

[Dias presentes]

– O que aconteceu? O que aconteceu? – Duas criancinhas, um menino e uma menina, ele com uns 12 anos e ela com uns 10 anos estavam sentados em cima de um tapete no que parecia ser uma sala de estar e gritavam excitados para uma mulher sentada numa poltrona. Ela tinha um longo cabelo loiro-prateado e seus olhos eram de cores desiguais. O da direita era azul e o da esquerda era vermelho. As crianças tinham olhos diferentes também. O menino tinha um olho azul e outro laranja, enquanto a menina tinha um vermelho e o outro também laranja. A mulher riu com a exaltação deles.

– Calmas crianças, não prometeram esperar o pai de vocês para terminar a historia? – A menina fez cara de entendimento, mas o garoto se levantou, cruzou os braços e balançou a cabeça. A mulher deu um pequeno sorriso ao ver essa reação do garoto. Ela tinha um costume parecido, apesar de que com o cabelo enorme dela o movimento era mais espetacular.

– Mãe! Se você queria isso não devia ter começado! Quero saber o fim agora! – A mulher fungou, mas por sorte a campainha tocou e um homem entrou na casa. Ele era alto, tinha cabelos pretos, ligeiramente arrepiados e com uns raros fios brancos se mostrando entre eles. Os olhos dele eram laranja. Ele tinha uma cicatriz em sua bochecha direita, mas ela era ocultada pela barba que crescia em seu rosto. A menininha ficou encantada de ver o homem e pulou no colo dele.

– Papai! Papai! Ainda bem que chegou! Queremos ouvir o fim da historia. – O pai ergueu uma sobrancelha e olhou para a mulher.

– Angel, você começou sem mim dessa vez?

– Desculpe querido, eles realmente queriam muito ouvir o fim da historia que não aguentaram esperar. Seu filho principalmente. – Ela acenou na direção do menino que continuava de braços cruzados. O pai deixou a filha no chão e pôs a mão na cabeça do filho.

– Você é muito impaciente Max. Quase pior que eu. O garoto se animou. Adorava ser comparado ao pai, ele o admirava muito. A menina ficou um pouco enciumada com o tratamento em direção ao irmão. – E você Felícia, é quase tão ciumenta quanto sua mãe. – A menina deu um sorrisinho. – Mas crianças, tudo bem se eu contar um resumo do fim da historia? Eu preciso falar com a mãe de vocês, pois hoje é uma data muito especial para nós.

– Siiiiiiim! – As crianças gritaram em uníssono. O pai sorriu e sentou no braço da poltrona.

– Muito bem, após caírem, Erik lutou bravamente para impedir que Seth o acertasse e então, na hora “H”, um tiro foi ouvido e Seth caiu no chão com o braço dolorido. A policia entrou no galpão e o prendeu. Mark, amigo de Erik, havia chamado a policia e eles chegaram bem na hora. Eles levaram Erik e Sam para um hospital, onde receberam cuidados. Seth foi levado para um centro de loucos, onde dizem ter morrido de loucura após alguns anos. Erik e Sam ficaram juntos pelo resto de suas vidas, tiveram dois filhos maravilhosos e foram felizes para sempre. Fim. – O pai encerrou a historia e as crianças ficaram energéticas.

– Um dia eu quero que um príncipe como ele me proteja de todo o mal. Claro que junto de você papai! – A menininha sorria sonhadora de olhos fechados. O garoto se ergueu e ficou sorrindo abobalhado também.

– Um dia eu encontrarei a mulher perfeita pai! Te prometo isso! – A mão o interrompeu.

– Mas você já não encontrou? Quem é aquela Laura que sempre fala? – O menino corou bastante e ficou agitado.

–N-Não é nada disso mãe! – A mãe e o pai riram.

– Muito bem, agora vão que eu preciso falar com a mãe de vocês a sós. – Eles derram um beijo e um abraço em cada um e foram para seus quartos, provavelmente sonhar com a própria aventura romântica que teriam.

– Angel. – Erik se virou para a esposa. Ela continuava tão linda quanto quando se conheceram e se apaixonaram. – Hoje é o aniversario do dia em que trocamos alianças como você deve saber. – A mulher sorriu e se aproximou do marido e o abraçou.

– Claro que lembro Erik, como poderia esquecer? – O homem beijou a testa dela e eles se sentaram no sofá. A noite ia caindo e Erik acendeu a lareira que tinha na sala. Eles ficaram abraçados olhando o fogo.

Os dois estavam se lembrando de suas vidas juntos. O momento em que se graduaram e Sam falou, chorando, que ia embora para a faculdade que prestaria. O momento em que Sam descobriu que a faculdade dele era a mesma que a sua e que aquilo era uma surpresa para ela. O dia em que Mark e Liz assumiram o namoro, sobre aplausos de todos no recinto. O dia em que Erik, com a ajuda de Mark, Liz e Ash, comprou alianças e bolou uma festa para pedir Sam em casamento. A garota nunca havia chorado tanto na vida. O dia em que Erik chorou sem controle de felicidade ao ver a noiva entrando de branco na igreja. O dia em que receberam a noticia de que ela estava gravida. O dia do nascimento do filho. O nascimento da pequena Felícia. O nascimento do filho de Ash, que havia se casado com um velho companheiro de classe deles que ninguém nem suspeitava sobre o romance.

Os dois estavam abraçados no sofá, ele virou o rosto dela e deu um beijo suave. Eles deram as mãos e ela se confortou nos braços e no peito do marido. Ambos tinham duas alianças, uma em cada mão. Na esquerda, a aliança de casamento, dourada e simples, gravadas com os dizeres “Para sempre juntos” e na mão direita, no dedo anelar, ambos ainda usavam aquela aliança velha e desgastada. A aliança que tinha um cão e uma raposa se olhando nos olhos. A representação do amor deles. E eles adormeceram, felizes de poderem estar juntos para sempre.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem pessoal, quero comunicar que estarei sumido das historias por um mes aproximadamente para idealizar minha proxima historia. Por favor, me falem o que acharam do meu estilo e o que eu poderia melhorar. Toda a ajuda é boa. Obrigado a todos ^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O cão de Caça e a Raposa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.