Acabei de chegar na cidade mas já estava adorando o clima fresco e calmo, as pessoas, os lugares... Nem lembrava que já tinha visitado East River pois muitas coisas mudaram mas as casas são as mesmas: Estilo casa da vovó com, no mínimo, 3 andares e uma pequena garagem na frente. As casas da cidade pareciam que eram clonadas.

A casa onde residíamos era dos meus avós, meu pai trabalha com minha mãe então nós só visitávamos a casa quando meu pai estava trabalhando na cidade ou perto. Dessa vez é só por alguns meses mas se meu pai conseguir fechar negocio poderemos ficar um bom tempo na cidade e eu ainda não tinha contado disso para a Tay. Taylor era minha nova amiga e vizinha, ela morava em frente da casa dos meus avós, no começo da esquina com a Rua Winnie. Em pouco tempo de convívio (especificamente mais de 2 semanas) nós nos tornamos super amigos, mas ela é um pouco mais fechada que eu. Ela é linda, inteligente, tem bom gosto musical, ama animes, chega nos horários combinados, tira notas iradas, sabe jogar vídeo-game e é uma merda no skate! hahaha. Tão nerd, mas uma nerd muito da hora.

Eu a chamei para uma partida de vídeo-game em minha casa, adorava ouvir sua voz meio roca dizendo ''David Nolan, eu te odeio!'' sempre que perdia no Mortal Kombat, ela jogou as almofadas em mim e se calou. Levei Taylor para andar de Skate mas ela é um caso perdido. Depois de tanto dar mole discretamente, roubei 2 beijos dela, esse dia foi show, ela beija pra cacete! Eu estava estudando na escola onde a irmã dela, Anna, estudava. Ela é legal, a escola era legal mas nada comparado a passar a tarde no teatro com a Tatá. Eu estava loucamente interessado nela, e deixei isso bem óbvio naquele dia, ela me chamou de gay, mas disse que sou um gay muito forte, isso é engraçado mas se fosse um menino eu daria um soco! HAHAHAHA.

Fiquei sabendo que ela tinha passado mal no colégio, como ela não acordava (pois bateu a cabeça) a levaram para o hospital e depois de receber alta fui visita-la em casa. Levei umas barras de cereais e uns chocolates escondidos num ursinho que ela chamou de Nolan.

– Por que colocou meu sobrenome nele?

– Ele é muito gay, olha só quanto lacinho cor de rosa...

– Ah, ta! Será que é por isso mesmo?

– Sim, seu gay, ainda estou viva, vou te derrotar no Mortal Kombat - disse com olhar vingativo e mudando de assunto.

– Vamos ver, Sra. EuCaioMasNãoPercoAVibe.

– Sim, claro. Eu caio com charme, minhas quedas merecem premios!

Por que ser tão legal e engraçada? Minha vontade era de ficar ao seu lado o tempo todo, de conversar, namorar... Mas ainda era cedo para qualquer aproximação, aquele beijo foi de menos, nada comprado ao que eu pensava quando via suas lindas pernas e suas curvas perfeitas... re re re

Depois de 3 dias se recuperando da pancada na cabeça e tomando uns remédios para dor no estomago ela foi para o teatro mais linda que nunca, irradiando sua beleza pelos corredores. Me aproximei para puxar assunto.

– E ae, Mills! Como vai essa força?

– Oi Nolan, estou bem melhor! Em casa dei uma estudada nos roteiros da peça.

– Legal, decorou tudo? Eu não consigo fazer a parte que eles lutam.

– Nossa, tão fácil... Amanhã é sábado, nós podemos ensaiar na garagem de lá de casa e não é um convite, eu vou cozinhar para você!

– Vai explodir a casa! - eu debochei e ela deu de ombros.

– Vou te mostrar o quanto sou boa na cozinha, ensinamentos da mamis. Posso te chamar às 19:00?

– Sim, claro!

Estava não só ansioso para provar das delícias da Taylor, mas também para conversar mais com ela, saber de algumas coisas que deixei excluído no ''joguinho de perguntas e respostas''. Já no meu colégio, umas meninas metidas se aproximavam de mim só para ver se eu caia no papo da ''chefe'' delas, a Jude Samers, uma loira muito mal comida que vivia se gabando por ser chefe das líderes de torcida. Menina nojenta! Eu estava na praça, ela e sua gangue se aproximaram.

– Oi, David. Posso te fazer uma pergunta?

– Fala logo!

– Estou péssima em Física, as provas estão chegando e eu preciso daquela redação, minha avó estava doente e não pude ir para a escola. Poderia me ajudar a formular uma para mim?

– Ah, tudo bem, se é por isso...

– Posso passar hoje a noite na sua casa para você me ajudar?

– Sim.. é.. ta bom.

Eu estava cercado, e agora? Já tinha marcado com a Taylor para ir a sua casa e não seria legal dar um bolo. Pensei que se eu fosse rápido talvez desse para sair. Só estou ajudando a Jude por conta da avó dela, que soube estar muito doente, e aliás ela nem liga para o estudo. Ela não se dava bem com a Anna nem com a Taylor porque disseram que eu estava a fim da irmã da Anna e ela, de repente, criou fetiche por mim em quase 3 semanas...