Bizarre Love Triangle escrita por Mila Hepburn


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo.
Mas não estou certa se devo continuar a fic, o número de comentários caiu sendo que tem muitos acessos. Não sei se vocês tem preguiça de comentar ou o que, mas isso me deixa chateada porque é sempre bom ter seu texto reconhecido para poder produzir melhor.
Espero que esse capítulo tenha mais comentários, até porque tem interação Faberry pra dar e vender.
Beijos e até o próximo.



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Eu odeio o amor e esse conflito que sou obrigada a viver por ele. Eu amo Rachel, mas não posso representar a mulher que eu amo e seduzi-la ao mesmo tempo. Não dava, portanto me afastava, ignorava e doía muito isso em mim. Doía tanto que eu só queria fugir dali com ela pra qualquer lugar, vivermos como desconhecidas. Ela não podia ir pra Lima, não deixaria ir pra Lima e aceitar uma vida medíocre. Portanto precisava encontrar Weston, faze-lo pagar pelo que fez e assinar o divórcio. Se ela realmente quisesse o divórcio.

– Sei como você se sente, assustada, apavorada, sem saber o que fazer com seus superpoderes. Eu sei como você se sente. Mas Quinn, toda heroína precisa de um parceiro, no seu caso, uma parceira. E Rachel é perfeita.

– E também minha cliente.

– Ótimo, mande pra outro escritório o caso dela, eu pago os custos.

– Não é bem assim.

– É bem assim, Quinn.

– Te ofereço a solução e você quer ferrar com sua vida, você quer protegê-la e abraçar o mundo, mas não pode. Deixa disso, Quinn. Essa pode ser sua última chance.

Ele tinha razão, minha última chance. Voltei até a sala disposta a fazer diferente as coisas com Rach, só não sabia como faria.

Quando Rachel começou a cantar e ao mesmo tempo tocar piano, vi meu mundo se desfazer aos poucos porque era por esse motivo que eu a tinha largado. Para ser famosa. Para ganhar o mundo, porém ela se casou de novo e a história terminou como podemos ver.

Mas era bom ver como ela se divertia. Como apesar de tudo se sentia livre quando entrava em contato com a música.

O jantar seguiu divertido, típico do meu irmão quando fazia aquelas piadas sem graça. O menu foi salada caesar e raviolli de brócolis, já que Mercedes sabia que Rachel era vegan. Santana não gostou muito do jantar, mas nada disse com medo do que Brittany podia fazer para puni-la. Eu ainda não entendia se elas tinham voltado ou não, mas tudo indicava que sim. Só não queria ver minha sócia e amiga sofrer de novo.

Por falar em sofrer, foi o que aconteceu comigo durante a viagem toda. Fizemos nosso caminho de volta em silêncio.

Quando chegamos no meu prédio, abordei ela antes que entrasse no apartamento de Santana.

– Rach, será que podemos conversar?

Santana e Brittany entraram no apartamento e a latina fez questão de bater a porta. Ri internamente. Rachel bateu na porta, em seu rosto o pânico por ser deixada pra fora.

– Santana, volte aqui! Eu não disse que sim.

Pela porta dava pra ouvir a gargalhada de Santana.

– Por favor, Rachel.

– Eu não tenho mais nada pra conversar com você. Você não é mais minha advogada. – ela cruzou os braços sobre o peito encostando seu corpo na porta.

– Mas eu tenho. Eu me joguei em cima de um carro por você.

– Vai jogar na cara agora? Antes você me deixasse morrer lá e...

Me descontrolei. Rachel era irredutível. Eu não queria deixar a Quinn dos tribunais ser a mesma Quinn da vida pessoal, mas por um minuto encarnei ela e avancei em Rachel apontando meu dedo para o seu rosto.

– Nunca mais fale isso novamente. Nunca mais. – ela respirou fundo assustada com o meu ato. Podia ouvir sua respiração e seu peito arfando, tão perto que era irresistível.

– Você não se arrepende?

– Nenhum pouco. Ainda dói, mas o que é uma dor diante da dor de deixar você partir? Foi difícil pra mim também. Acredite se quiser.

– Eu sei.

– Não você não sabe.

– Não quero saber.

– Ótimo. Então não saiba. Mas só quero que você entenda que é difícil pra mim te defender e ao mesmo tempo te amar. E ainda saber que você ainda sente algo pelo Weston.

Rachel nada disse, apenas olhava pra mim ainda assustada. Eu compreendia seu medo, medo que eu a machucasse de novo, medo que o mundo ruísse ao seu redor mais do que já estava. Mas eu não iria a lugar nenhum.

– Você me vê aqui, Rachel?- Ela franziu as sobrancelhas sem entender a pergunta.- Você me vê? Essa sou eu, Quinn Lucy Fabray, e essa Quinn mudou, essa Quinn não vai a lugar nenhum.

– O que você quer dizer com isso?

– Quero ser sua amiga, sua mulher, sua namorada. Ou apenas sua.

Foi então que senti seus braços ao redor de mim, seu calor me cobrir. Me senti tão bem como em anos não me sentia em estar fisicamente perto da pessoa que eu mais amava. Pela primeira vez eu sentia fazer algo certo ao expor minhas fraquezas.

– E por que você não disse isso antes?

– Medo. – murmurei, ela tirou seu rosto do meu ombro e olhou pra mim com aqueles olhos chocolates brilhando. Eu sabia seu próximo passo e me adiantei juntando nossos lábios. Era como flutuar, era como ir para outra dimensão, era como se o mundo finalmente fizesse sentido, tudo que eu passei tivesse um propósito.

O amor.

O beijo ficou mais intenso e fui arriscar passear minhas mãos por suas costas. Rachel diminuiu o ritmo do beijo e se afastou.

– Me apressei? Desculpe.

– Não, não se desculpe. Só não estou pronta pra arriscar ir mais longe.

– Nem eu. Vamos ser apenas Quinn e Rachel, ok? Vamos a encontros, vamos nos conhecer de novo. Sinto que eu perdi tanto de você.

Rachel sorriu.

– Não poderia ser melhor.

Poderia, ela poderia estar divorciada e com uma indenização gorda em sua conta. Mas ali era a Quinn apaixonada e não a Quinn advogada.

Rachel acabou por dormir na minha casa, mais especificamente, na minha cama. Emprestei uma camiseta de Yale que ficou grande demais nela. A curiosidade para saber como era seu corpo sem aquela camiseta aumentava, mas eu tinha que me controlar. Ainda mais tendo uma audiência amanhã de manhã.

Deitei do seu lado e abracei sentindo seu abdômen firme. Aquela mulher seria meu fim se continuássemos assim. Cheirei seus cabelos sentindo o aroma do seu shampoo e assim adormeci.

Assim que abri os olhos, Rachel estava em cima de mim com aqueles olhos expressivos demais e um sorriso lindo nos lábios, me esforcei pra falar alguma coisa, mas antes disso ela me encheu de beijos.

– Bom dia, eu me perguntei a noite inteira se aquilo foi real. Se nós estamos realmente bem.

Sorri. Pra mim também era difícil acreditar que superamos todos os obstáculos para ficarmos juntas.

– Bom dia, linda. – ajeitei seus cabelos bagunçados colocando-os atrás da orelha. – você é linda de manhã. – como alguém podia abandonar essa mulher? Obrigada, Brody por ser tão idiota. – Deixe-me fazer isso direito, que tal um encontro logo mais á noite?

– Ok. – ela disse sorrindo.

– Confirmado. – envolvi meus braços em volta dela e a abracei apertado.

Haviam várias coisas inacabadas entre nós e precisávamos acertar aos poucos, enquanto isso ter Rachel em meus braços parecia uma boa idéia. Até olhar para o relógio e perceber que em meia hora eu precisava estar no escritório.

– Foi ótimo, mas preciso estar no escritório em meia hora.

– Hoje é sábado.

– Só não trabalho aos domingos. – ela revirou os olhos.

– Você é a dona.

– Por que não passa o dia no Kurt? Eu posso ligar pra o Puck e ele te leva lá.

Ela aceitou a idéia e levantou-se. Fui tomar um banho cantarolando Happy do Pharrel, lembrando de quando foi a última vez que me senti feliz desse jeito. Quando saí, procurei uma roupa mais esportiva. Afinal, era sábado, como lembrou Rachel.

Fui guiada para a cozinha pelo cheiro maravilhoso de muffins e café, pra o meu azar Santana estava sentada á mesa com Rachel, enquanto com certeza a interrogava sobre a noite.

– Olá Fabray.

– Bom dia Sant. Cadê Brit Brit?

– Tinha que resolver umas coisas sobre a transferência de companhia de dança e saiu cedo.

– Estou perdendo alguma coisa? – disse me sentando.

– Sim, ela vai se mudar para Nova Iorque. Mais especificamente minha casa.

– Isso que eu chamo de ir devagar. – Rachel brincou, porém Santana não riu.

– Vamos falar sobre vocês dormindo juntas na primeira noite então. – Ela retrucou.

– Ah não, eu e Quinn não tivemos relações sexuais ainda.

Engasguei com o pedaço do muffin, tossindo sem parar. A palavra ainda no final da frase deu todos os subsídios para nutrir esperanças com Rachel. Esperei por esse momento desde sempre.

– Berry sempre me surpreendendo.

– Podemos ir trabalhar, San.

– Não, estou me divertindo mais aqui. – A latina riu, enquanto bebia se café.

Felizmente, depois de terminado o café ela fez favor de deixar Rachel em paz e seguimos pro trabalho. No caminho pedi á Puck para acompanhar Rachel até a casa de Kurt, onde ela passaria a tarde. Ela precisava de uma distração enquanto não encontrávamos o Brody. Estávamos perto, á cada informação sabíamos que a pista era quente e podia nos levar até ele. Pessoalmente eu queria olhar na cara daquele desgraçado que fez mal a Rachel.

Chegando ao escritório, Ryder veio logo falar comigo sobre um caso que conseguiu deter antes que fosse para o tribunal.

– Trabalhou bem Ryder. Parabéns. – Pisquei pra ele que ficou parado no meio do corredor sem entender nada.

– Ela se acertou com a Rachel. – Santana justificou antes de entrar no seu escritório. Revirei os olhos. Ryder saiu antes que eu retirasse meu elogio.

Passei a manhã revisando processos, fazendo monções e organizando minha agenda. Teria uma viagem pra Washington marcada pra essa semana, mas parecia ser numa hora errada, não queria deixar Rachel, contudo prometi ao meu irmão.

– Candy, tente remarcar minha passagem para Washington pra voltar no mesmo dia. - Disse pelo telefone da central.

– Ok, vou tentar senhorita Fabray.

Próximo passo era ligar para a Alexis, saber sobre as investigações.

– Será que essa é a garota que me prometeu um jantar, mas foi atropelada no mesmo dia? Ah é!

– Olá Alexis, como vai?

– Bem e você?

– Muito bem. Eu e Rachel nos acertamos.

Houve um silêncio.

– Que bom Fabray, uma pena que isso elimina a possibilidade de sexo casual com você.

Gargalhei.

– Mas ainda somos amigas, certo? Você é a minha melhor ex. A que não é um fantasma.

Ela riu.

– Sim, claro. Descobri algo estranho sobre seu caso, a placa do carro é fria, como já sabemos, contudo, eu consegui descobrir pelas filmagens que esse BMW especificamente foi vendido pra poucas pessoas. E uma dessas é o Xavier Cortez.

– Opa.Cortez é sócio do Brody. Como ele pode...

– Vai ver ele pensou que atingindo a Rachel, atingiria o Brody e ele voltaria.

– Isso indica que Brody agiu sozinho.

– Certamente. Uma pista por uma pista. – Alexis brincou. – bom se eu não posso ter você, será que a sua assistente gata está disponível?

– Kitty? Ela é toda sua, por favor. – se Alexis saísse com Kitty que sabe assim ela esqueceria essa paixão platônica por mim.

Meus pensamentos foram interrompidos pela por se abrindo sem aviso prévio. E não era nada mais nada menos que Rachel com um saco cheio de biscoitos na mão.

– Eu tenho que desligar Alexis. Não, não posso te garantir que não vou atrás dele. – o sorriso de Rachel se transformou numa carranca ao perceber com quem eu falava- Rach, que surpresa.

– Não consegui ficar longe de você e queria ver se realmente é tão sexy trabalhando como eu imaginava.

Sorri pra ela.

– Acho que sou sim. – ela rodeou a mesa sentando-se no meu colo. Meu coração só faltou dar um pulo de tão forte que bateu.

– Trouxe meus cookies para melhorar seu humor. – ela disse colocando-os em cima da mesa. Dei um selinho em seus lábios. – Quinn, o que a Alexis queria?

Hora da verdade pra mim.

– É sobre o caso, temos indícios fortes de que o carro pertence ao Xavier.

– Não pode ser, ele foi o padrinho de casamento do Brody! – Rachel exclamou. – e agora quer me matar, mas que merda. Eu quero a droga do divórcio o mais rápido possível.

– É nossa intenção, achar o Brody e fazê-lo pagar pelos seus crimes.

– Eu quero falar com o Cortez.

– De jeito nenhum. – quase gritei com ela.

– Eu sei onde ele mora. E você não vai me impedir!


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