A filha do diretor escrita por The Drama Queen


Capítulo 37
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Voltei!! Link do POV extra do capítulo 35: http://thedrama-queen.blogspot.com.br/2014/09/pov-cap-35.html
Vou logo avisando: ninguém vai vomitar arco-íris, e nenhum coração vai trasbordar açúcar ou chocolate, nem nada do tipo, nesse capítulo. Preparem o coração, meu povo. Porque a partir daqui é só treta hahaha Boa leitura! E nada de matar a autora antes do fim da história.



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Alysson está muito mal. Passou a semana inteira meio avoada, e não é pra menos. Eu estaria bem pior. Quer saber? Eu admiro muito atitude dela, embora me preocupe. Sei bem que guardar sentimentos desse gênero não é nada bom e, embora eu faça uma ideia do que ela está sentindo, ela não conversa comigo, não se abre. Eu quero ajudá-la a passar por isso, mas ela age como se nada estivesse acontecendo quando estou com ela, diz que está tudo bem, mesmo que seus olhos digam totalmente o contrário. Eu queria que ela confiasse em mim do mesmo jeito em que eu cofiei nela.

Imagino a vergonha que ela deve sentir só de pensar nisso. Não sei se Sarah e Lilyan também sabem, e se sabem, não demonstram. É estranho pensar que ela não contou a elas e sim para mim. Isso quer dizer que, sim, ela tem confiança em mim, mas não tanta quanto eu gostaria. Queria que ela tivesse o tipo de confiança que me permitisse saber no que ela está pensando.

Durante umas duas semanas não nos falamos. Alysson está de castigo, como me contou. No colégio não podemos nos falar, por causa do diretor, e ela vai pra casa acompanhada dele também, para prevenir, e claro, ela não pode sair de casa e está proibida de receber visita de quem quer quer seja. Ficar longe dela é difícil, muito difícil. O diretor está de marcação serrada em cima dela. Não tem nem como ela fugir para sair comigo, como fazia antes.

Agora estou no colégio. Maldito colégio. É o único lugar onde eu posso vê-la, mas não posso sequer chegar perto dela. Isso é tão torturante.

– Scott Miller, quanto tempo. - Sarah me abordou no corredor.

– Sarah Foster! Como vai? - Faz muito tempo que não falo com Sarah, mesmo na casa de praia nós não nos falávamos direito. Me sinto até estranho falando com ela agora.

– Bem, na medida do possível.

– Aconteceu alguma coisa?

– Alysson. Mas acho que você já deve saber. - Assenti.

– A culpa foi minha - contei.

– Ela me contou.

– Eu não devia ter entrado. Se eu tivesse simplesmente a deixado na porta de casa e ido embora…

– É… Mas não adianta ficar pensando nos “se’s”.

– Eu sei.

– Relaxa. Daqui a pouco o diretor desiste dessa coisa de castigo e talvez até pare de te odiar.

– Acho muito difícil.

– Difícil não é impossível.

– E também não é fácil, e nem significa que vá acontecer.

– Tudo bem. Eu sei disso. Mas também não significa que nada vá melhorar - contra argumentou. - Meu Deus, você é tão chato quando é pessimista! - Apenas dei de ombros. - Ah, olha ali! - Ela apontou para um lado do corredor. Olhei para o local indicado. - Aquele é o Enzo. O moreno.

– Qual deles? - perguntei, já que o corredor está cheio de garotos morenos.

– O que está conversando com o… Peter?

– Isso não está me cheirando bem - murmurei.

– Tudo bem - Ela respirou fundo e abanou as mãos, com se dissesse “deixa pra lá”. - Ele não é mais assunto meu. - Assenti.

Seria coincidência? Quer dizer, o garoto estava saindo com a Sarah, que é próxima de mim e da Alysson, e agora está conversando com o Peter. Pode parecer muita paranóia minha, mas todo cuidado em relação ao Peter é pouco. Não quero que mais ninguém seja alvo desse cara, muito menos a Sarah.

Sara despediu-se de mim. Disse que iria encontrar com James. Eles marcaram de estudar. Sei bem o que eles vão estudar… Sarah saiu andando pelo corredor, agora vazio, e eu fiquei lá sozinho. Já é final das aulas e eu não estou afim de ir para casa.

– Oi, Scott - uma voz aveludada disse.

– Paris - respondi, sem emoção alguma na voz.

– Soube que você e a sem-sal terminaram - comentou e sorriu, me olhando de cima a baixo. Ainda está longe o suficiente para fazê-lo sem esforço.

– Então, acho que soube errado. Não terminamos.

– Mas não andam mais juntos, não se veem mais, não se falam, não se beijam, não se tocam - disse aproximando-se lentamente.

– Isso é temporário.

– Não é o que o diretor pensa.

– Mas é o que é. - Pelo menos eu acho que é.– Eu e Alysson não vamos nos separar assim! - decreto. Paris soltou uma risada debochada.

– Você realmente acha isso? Se eu fosse você, terminava logo com ela.

– Não vou terminar com a Alysson.

– Bom - Ela deu os dois passos que faltavam para colar nossos corpos. -, então você podia apenas matar a saudade de tocar alguém. E eu não me importo de ser esse alguém. Pode me chamar de Alysson se quiser. Eu também não me importo.

Ela está me encarando, sua cabeça, consequentemente, está quase totalmente erguida, pois eu sou bem mais alto do que ela. Esse momento me lembra os primeiros dias de aula, quando ela corria atrás de mim e eu quase sedia, mas me censurava por causa da aposta. Para completar a cena só falta…

Percebi um movimento com o canto do olho. Ergui a cabeça para encarar… Ah, droga!

Como da primeira vez, abandonei Paris e corri atrás dela, que entrou na sua sala de aula.

– Alysson - foi tudo o que eu disse.

– Scott - ela disse, fria, como naquele dia.

– Aquilo não era o que parecia.

– Isso não diz respeito a mim - disse sem me olhar. - Eu não me importo que você se esfregue com ela por aí, só quero que você deixe claro que tudo acabou antes de fazê-lo.

– O quê? - gritei. - Nada acabou, Alysson! E eu não estava me agarrando com ela!

– Estava quase.

– Alysson, presta atenção. Eu amo você - dei ênfase no “amo”. - Não te trocaria e não te troco por nada. Mesmo que estar com você seja difícil, ou quase impossível por causa do seu pai. Eu não sou idiota de cair na lábia daquela cobra.

– Eu não era cobra quando satisfazia seus desejos na cama. - Me virei e lá estava ela. A ruiva mais detestável da face da Terra, encostada no batente da porta.

– Você não cansa de se rebaixar tanto? - questiono. - Se dê o mínimo de valor, Paris. Você está se comportando como uma verdadeira…

– Scott! - Alysson me repreendeu, não sei o porquê. Ela está mesmo. Nada do que eu disse (ou quase disse) é mentira.

Respirei fundo.

– Desculpa, Aly - pedi. - E você - me dirigi a Paris. -, para de ficar me perseguindo. Eu já disse e vou repetir: não quero nada com você. Eu amo a Alysson e é com ela que eu quero ficar. Vê se procura um babaca qualquer pra ocupar seu tempo, porque de mim você não vai receber nada além de respostas mal dadas! - Paris já não está mais na porta. Está numa das cadeiras de alunos. - Se você não se dá o mínimo o valor, como quer que algum cara te respeite algum dia, te trate como algo além de um mero objeto?

– Não preciso que ninguém me respeite. - Deu de ombros. - E também não preciso das suas lições de moral. Gosto quando você me desrespeita. - Ela abriu um sorriso malicioso.

– Você é patética, sabia?

– Aham… Me liga qualquer dia - ela disse e saiu da sala.

Suspirei e me virei para falar com Alysson, mas eu estou sozinho na sala.

...

– Paris disse isso? - Anthony perguntou e eu assenti em resposta. - Tudo bem, todo mundo sempre soube que ela não era uma santa, apesar de não ir pra cama com qualquer um. Mas acho que ela exagerou um pouquinho. Nunca ouvi dizer que ela disse coisas tão… imorais. Não que eu soubesse da vida dela.

– O que mais me preocupa, é que Alysson saiu de lá sem dizer nada. As últimas coisas que disse, aliás, foram sugerindo que eu a estava traindo e que eu devia ter avisado que nosso namoro tinha acabado - desabafei. - Estamos passando por um momento difícil, muito difícil. Eu reconheço isso. Mas não é por isso que temos que abandonar o barco. Eu quero ficar com ela, mesmo que o diretor ou o rei do mundo seja contra. Eu não me importo com eles, só me importo com ela.

– Que lindo, Scott! Até me emocionei. Pena que o diretor vai arrancar as suas tripas se você pensar em se aproximar dela. - Bufei impaciente.

– Dane-se! Pelo menos eu morro feliz. - Anthony eu de ombros.

– Você que sabe. Mas então, você deu uma lição de moral na ruiva?

– Isso mesmo. Dei um fora lá no acampamento e ela não se tocou. Então, eu optei pelo discurso de pai de família. Eu não estava raciocinando direito. Não me culpe.

– Eu queria ter assistido essa cena.

– Não sei se posso dizer que a cena foi engraçada, ou agradável de ser ver. Foi patético, para falar a verdade. Eu não devia ter ficado lá, parado, ouvindo o que ela tinha para dizer, e muito menos respondido. Eu sou um idiota de primeira mesmo. Agora Alysson deve estar achando que eu terminei com ela. E Paris ter dito que eu fui com ela pra cama não ajudou muito.

– Com certeza, não.

– Ah, merda! O que eu faço agora?

– Não há nada o que ser feito no momento. A menos que você fale com a Sarah. De repente ela te ajuda, já que você não pode nem sentir o cheiro da Alysson - Anthony opina.

– É, pode dar certo.

Depois da nossa breve conversa, Anthony saiu e eu fiquei sozinho em casa. E pior que eu não posso nem sair, porque não estou afim de sair por aí sozinho. Minha namorada está proibida de me ver, meu amigos e meus primos estão namorando e segurar vela não é agradável.

Poucos minutos depois que Anthony saiu, ouvi a campainha tocar. Bendita campainha. Espero que seja alguém para me tirar do tédio.

Bufei ao ver quem é.

– Você não cansa de estragar meu dia, não? - Não que ele esteja exatamente bom…

– É um prazer te rever também, Scott. - Revirei os olhos. - Vou ser bem breve. Não gosto de estragar o dia dos outros. - Peter sorriu.

– Então, fala logo. Eu tenho mais o que fazer. - Não tenho, não.

– É um aviso breve, e se eu fosse você, faria o que eu digo.

– Vá direto ao ponto, Peter.

– Tudo bem. - Ele ficou sério repentinamente. - Você tem até o fim desse mês para terminar com a Alysson. E não é terminar de qualquer jeito. Quero que ela sofra. Caso contrário, alguém próximo a você vai sofrer as consequências. E, vai por mim, você não vai gostar de saber quem é, nem o que vai acontecer. Como eu disse, é bem melhor você fazer o que eu mando.

– Você realmente acha que eu vou deixar que você machuque alguém? - Tentei não parecer amedrontado, mas a quem eu quero enganar? Eu estou apavorado!

– Você não pode proteger todo mundo, Scott - afirmou. - Tenha uma boa noite.

Peter foi embora. Eu fechei a porta, mas permaneci imóvel.

Eu não posso proteger todo mundo.

– Vamos ver se não - disse para mim mesmo.

Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Sarah, pedindo que ela viesse aqui com James e Lilyan o mais rápido possível. Ela respondeu poucos minutos depois com um simples “ok”. Por que também Lilyan? Bom, ela disse que quer resolver as coisas entre nós. Nada mais justo ela ficar sabendo do que está acontecendo.

20 minutos depois, estavam James, Sarah, Lilyan, Anthony e Dylan sentados no sofá da minha sala, e eu em pé de frente para eles.

– Temos um problema.


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Notas finais do capítulo

Então, néh... Pois é... Complicações acontecem. E olha que nem chegamos no capítulo mais esperado e temido da história. Mas devo dizer que ele, agora sim, está muito, muito perto. E não, eu não vou dizer em qual capítulo vai ser a descoberta. Mas está perto. E uma outra coisinha, mas grave do que todas essas, ainda vai acontecer. Ah, vocês não fazem noção do que vem pela frente.
Bom, algum palpite de quem seja o alvo de Peter, o da ameaça? Quero saber. Digam aí, por favor. Quero saber se temos pessoas sagazes no nosso meio.
Bom, como eu disse, capítulo sem um pingo de romantismo. Mas também, depois de tanta cena fofinha, eu já estava enjoando com oxigênio de tanto romance.
Ah, digam também o que acharam da Paris "piriguetando" para cima do× Scott. E sobre o dejavu, o que acharam da mesma cena se repetindo?
Anthony e Scott voltaram ao que era antes, não é?! Eu fiquei tão feliz *-*
Ah, e claro. Tem o tal do× Enzo. O que acharam dessa cena? Acham que foi só coincidência eles estar conversando com× Peter ou tem treta aí?
Só lembrando: esse capítulo não tem POV extra. Os próximos tem, no caso, o 37, 38 e 39.
Ah, estou até imaginando a reação de vocês quando lerem esses capítulos. Se acharam isso ruim, vão ter um treco quando lerem os próximos.
Beijos de amora :*